Avenida Anhanguera teve o tráfego interrompido e alguns manifestantes tentaram forçar entrada em lojas dos camelódromos da região

A onda de protestos iniciada na manhã desta sexta-feira (16/5) em Goiânia devido manifestação dos motoristas de ônibus do transporte público se intensificou com início da participação de usuários, motivados pelo atraso das linhas, já que a categoria cruzou os braços para forçar nova rodada de negociações por reajuste salarial. Este é o segundo dia de protesto da categoria, sendo que hoje 19 pessoas foram presas, conforme informações atualizadas da Polícia Militar. Dentre os pontos mais críticos estão os terminais das Bandeiras e Praça A.

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Neste último, localizado na região de Campinas, um leitor do Jornal Opção Online que está no local relatou que um grupo de aproximadamente 50 pessoas fechou o trânsito da Avenida Anhanguera, paralisando os serviços do Eixo Anhanguera, cujos ônibus ficaram enfileirados até chegar à Rua José Hermano. A Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) informou em nota que houve tentativa de incêndio contra um veículo biarticulado do Eixo Anhanguera. Na semana passada, um dos veículos da Metrobus foi completamente incendiado no Terminal da Bíblia.

Funcionários dos camelódromos localizados próximos ao Terminal Praça A foram surpreendidos por atos agressivos dos manifestantes, que quebraram portas de alguns comércios. “A polícia está aqui, mas não está fazendo nada para impedir as pessoas que estão cometendo esses atos”, relatou o leitor. Devido ao clima tenso, comerciantes fecharam as portas.

Por volta das 11h a Tropa de Choque da Polícia Militar chegou ao Terminal da Praça A e após o uso de bombas de efeito moral conseguiram liberar o trânsito na Avenida Anhanguera. De acordo com a fonte que está no local, os manifestantes permanecem na localidade.

Em nota enviada à imprensa às 10h40, a CMTC garantiu que está “atuando para normalizar a circulação dos ônibus.” “No início da manhã, um grupo de motoristas impediu a saída de ônibus da garagem de uma das empresas operadoras do sistema, provocando atrasos na prestação dos serviços. As linhas mais afetadas são as que passam pelos Terminais Araguaia, Bandeiras, Cruzeiro, Garavelo, Veiga Jardim e Vila Brasília”, informa a companhia.

Como havia um acordo fechado na última terça-feira, o que não justificaria o protesto da categoria, a CMTC oficiou o Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT) para apoiar na fiscalização da paralisação, tida como ilegal.

*Notícia atualizada às 17h08