Resultados do marcador: Obituário

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Luto
Quem é a piloto agrícola brasileira que morreu em combate a incêndio nos EUA

Amigos e familiares lamentaram a perda da piloto brasileira

Corpo de professor da UFG é sepultado em Goiânia

Romildo da Silva Pina, que trabalhava no Instituto de Matemática e Estatística (IME) desde 1991, foi sepultado no Cemitério Parque Memorial

Papa Francisco presidirá funeral de Bento XVI no dia 5 de janeiro

A Arquidiocese de Goiânia publicou nota sobre o falecimento: “A Arquidiocese de Goiânia se une em oração com a Igreja do mundo, pois cremos na ressurreição. Dai-lhe, Senhor, o descanso eterno e a luz perpétua o ilumine. Descanse em paz. Amém.”

Morre Mulatinho, ex-secretário estadual de Educação e nacional de Assistência Social

Heldo Vitor Mulatinho trabalhou por 20 anos no Senado Federal e era professor de sociologia na Universidade Federal de Goiás

Com mais de 50 anos de carreira, morre Sebastião Tapajós

A morte foi confirmada pelo hospital em que o músico esteve internado

Prefeito de Perolândia morre vítima da Covid-19

Evolução da doença foi rápida. A primeira-dama da cidade goiana também foi infectada com a doença, mas já se encontra curada

Morre pai do vereador Lucas Kitão

O deputado Lucas Calil lamentou a morte de Emival Bueno, seu tio, nas redes sociais

Muhammad Ali é o herói indomável do boxe, um precursor qualificado de Conor McGregor

Ninguém lutou boxe tão bem e percebeu que uma batalha às vezes começa ser vitoriosa fora dos ringues. George Foreman perdeu a guerra do Zaire dentro e fora do ringue

José Vitti, pai do deputado estadual José Vitti, morre aos 89 anos

Empresário sofreu parada cardíaca no hospital onde estava internado depois de sofrer um acidente doméstico

Morre ex-prefeito do Rio de Janeiro Luiz Paulo Conde

Arquiteto e ex-professor da UFRJ deixa esposa e três filhos. Ele estava internado no Hospital Samaritano e lutava contra um câncer na próstata há sete anos

Morre mãe do ex-vice-governador Ademir Menezes, no Pará

Parada cardíaca tirou a vida dela na manhã do último sábado (27). Antes, ela foi diagnosticada com trombose e embolia pulmonar, em Ourilândia, no Pará

“Suplemento do Campo”, de “O Popular”, morre aos 27 anos

Exibindo J Campo.jpg “O Popular” extinguiu o “Suplemento do Campo”. “As notícias sobre agronegócio serão publicadas diariamente no primeiro caderno no jornal e no site do ‘Popular’”, explicou a direção numa nota. “A mudança atende uma demanda do setor”, afirma. Quer dizer, no lugar de informações semanais, notícias diárias. Curiosamente, as notícias diárias sobre o agronegócio já eram publicadas no primeiro caderno. O “Suplemento do Campo” morreu aos 27 anos. Foi criado em 1988.

Morre Aloysio Campos da Vaz, o médico que criou a excelência do Hospital Sarah Kubitschek

“Alguém com domínio da técnica sem uma visão humanista torna-se uma pessoa perigosa”, disse o médico que reinventou o atendimento ortopédico, num hospital público, a partir de Brasília

Relembre personalidades que morreram em 2014

Desfalques na literatura foram grandes com a morte do cuiabano Manoel de Barros e do colombiano Gabriel García Marquez. A política também perdeu: o ex-ministro de Israel Ariel Sharon e o ex-governador Eduardo Campos

Filósofo, tradutor e crítico literário Leandro Konder era uma democrata radical

O filósofo brasileiro Leandro Konder morreu na quarta-feira, 13, aos 78 anos. Ele padecia, há dez anos, do Mal de Parkinson. Na primeira metade da década de 1980, Leandro Konder esteve em Goiânia, convidado por militantes do Partido Co­munista Brasileiro (PCB), notadamente líderes estudantis da tendência Unidade, como Elias Rassi (do curso de Medicina da Universidade Federal de Goiás), Marina Freitas (do curso de Ciências Sociais da UFG), entre outros. Lançou um livro e deu uma pequena palestra. Era comunista (do Partidão), ligado ao Eurocomunismo. Sobretudo, como Carlos Nelson Coutinho, um socialista-democrático (achava que isto era possível). Para ele, como para Carlos Nelson, a democracia é um valor universal, não é etapa (ou fase) para nada, como avaliavam os comunistas. Além dos livros, nos quais pontificou sobre vários assuntos, Leandro Konder escreveu em jornais, tanto artigos mais filosóficos quanto críticas literárias. Seus comentários eram generosos, de grande abertura para entender e assimilar o que havia de melhor no pensamento adversário. No lugar do combate puro, buscava certa convergência. Era um exemplo de civilidade. Suas críticas ao ensaísta José Guilherme Merquior, que não era de esquerda, mas também não era de direita, eram atentas e permitiam e abriam o diálogo. Leandro Konder era um leitor atento dos filósofos alemão Karl Marx e húngaro Gyorgy Lukács, o que os sites de “O Globo” e do UOL divulgaram. Mas também, como Carlos Nelson, era vulgarizador do pensamento do filósofo italiano Antonio Gramsci. Os sites deixaram de mencionar que era um tradutor categorizado, inclusive de Marx, e estudioso do pensamento do filósofo alemão Walter Benjamin. E escreveu um opúsculo delicioso sobre o Barão de Itararé. Numa biografia curta, que está no livro sobre o jornalista e humorista, escreveu que, se pudesse voltar a ser jovem, cuidaria melhor dos dentes. Nos últimos anos, pertencia a um grupo ao qual os participantes, como Ferreira Gullar, deram o nome de Comuníadas (junção de comunistas com “Os Lusíadas”, de Camões). Intelectual público de alta qualidade, Leandro Konder escrevia com o máximo de clareza. Aquilo que era profundo e complexo na sua pena se tornava inteligível. Sua prosa límpida, persuasiva, agradava do especialista ao leigo. Por vezes, parecia superficial, mas não era bem assim. Na verdade, escrevia (e pensava) de maneira simples, o que não quer dizer que era simplista ou simplório. Mantinha uma rica ligação com a filosofia alemã, mas escrevia com a clareza típica dos ingleses. Entrevistado pelo “O Globo”, o filósofo e ensaísta Sérgio Paulo Rouanet disse: “Ele era um intelectual que amava a literatura, vivia pela literatura e pela filosofia. Um marxista dos menos dogmáticos, conhecido por sua doçura, por seu carisma e generosidade”. Quando Merquior era atacado como um apóstolo da direita, especialmente no período em que apontou um plágio da filósofa Marilena Chauí — a professora da Universidade de São Paulo redarguiu que não havia copiado o filósofo francês Claude Lefort, sugerindo uma suposta “filiação de pensamento” —, Leandro Konder o tratava com respeito, admiração e lhaneza. Quando Merquior morreu, Leandro Konder revelou que o ensaísta, no seu posto de diplomata, protegeu esquerdistas perseguidos pela ditadura e ajudou exilados. Um dos “protegidos” foi Rodolfo Konder, irmão de Leandro Konder. Merquior fazia isto, secretamente, e não alardeava, nem mesmo depois da queda da ditadura. Porque não queria fazer “média” com ninguém. Não era populista. Em 1972, preso e torturado, Leandro Konder escapou para a Alemanha e, depois, para a França. Ao voltar ao Brasil, continuou a militância no Partido Comunista Brasileiro, depois entusiasmou-se e decepcionou-se com o PT de Lula da Silva, tanto que se tornou um dos fundadores do PSOL. Os Konder são assim: quem não vira comunista, de uma esquerda democrática, se torna banqueiro e reacionário. Alguns livros de Leandro Konder: “Marxismo e Aliena­ção”, “Introdução ao Fascismo”, “As Ideias Socialistas no Brasil”, “O que é Dialética”, “O Futuro da Filosofia da Práxis”, “Sobre o Amor”, “Em Torno de Marx”, “As Artes da Palavra”.