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Osires adere ao discurso populista durante campanha

A busca do voto é mesmo incessante e localidades onde o ex-chefe Poder Legislativo jamais havia pensado em pisar hoje são colégio eleitoral em potencial

Folha Filho pede recursos para o Bico do Papagaio, mas não investe na região

O vereador de Palmas e candidato a deputado estadual visitou alguns povoados, além das cidades de Nazaré e Luzinópolis, região de onde ele é natural

Por que Simoni não herda os votos de Bolsonaro?

[caption id="attachment_134054" align="aligncenter" width="620"] Cesar Simoni ao lado de Jair Bolsonaro: o primeiro não apresenta os mesmos resultados do segundo nas pesquisas[/caption] O candidato a governador Cesar Simoni (PSL) não é político de golpes baixos nem de expressões grosseiras, o que já foi demonstrado nas entrevistas à época em que esteve à frente da Secretaria de Segurança Pública, bate-papos informais ou declarações à imprensa quando provocado acerca de temas polêmicos. Trata-se de um camarada comedido, mas, dicotomicamente, irredutível e implacável em suas posições. Simoni é homem de levar o adversário às cordas sem ferir a regra do jogo, porque foi obrigado a aprender o ofício, enquanto exerceu o cargo de promotor de Justiça. É capaz de engolir alguns sapos, todavia, só até onde considera suportável. Isso ficou claro em suas declarações, no início de agosto, ao Jornal Opção e a outros veículos de comunicação sobre a Operação Jogo Limpo, da Polícia Civil. Mesmo desvinculado da pasta de Segurança Pública desde o mês de março, ele foi acusado, injustamente, por alguns vereadores de Palmas de ser o “mentor” da referida operação. A resposta veio a caráter. Simoni provou sua capacidade de gestão enquanto esteve no comando da Segurança Pública e organizou, com ideias inovadoras, criativas e muita responsabilidade, os problemas deixados pelo governo anterior. Aliado a isso, o ex-promotor de Justiça possui um passado profissional sem quaisquer máculas. Tem o perfil ideal, portanto, na visão de muitos eleitores, para ser governador. Entretanto, apesar do currículo, a campanha de Simoni ainda não decolou. É como se ele possuísse uma mina de ouro subterrânea, mas não tem capital para comprar o maquinário necessário para explorá-la. Talvez fosse como se possuísse um avião tipo Boeing, mas sem gasolina, sem comandantes, e muito menos dinheiro para colocá-lo e mantê-lo no ar. Bolsonaro Essa mina de ouro ou esse Boeing é nada mais do que o fato de ser o candidato a governador do Tocantins do presidenciável, e líder em todas as pesquisas sem o ex-presidente Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PSL). Observa-se que, entre os mais de 5,5 milhões de seguidores inscritos na sua página do Facebook, cerca de 400 mil são eleitores tocantinenses. Ora, então por que esses votos ainda não foram transferidos a Simoni, se na última pesquisa divulgada pelo instituto Vetor, encomendada pela Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto), Bolsonaro lidera com folga e alcança 23% das intenções de votos no Estado? Talvez sejam erros de estratégia dos coordenadores da campanha, por não gravarem vídeos com o presidenciável solicitando que seus eleitores votem também em Simoni. Talvez seja pura escassez de recursos para engatilhar outras ações político-partidárias. Talvez seja porque os adversários estejam em campanha desde abril, em razão da eleição suplementar, enquanto o governadoriável do PSL só começou a campanha em no último dia 16. Não se sabe ao certo e não cabe aqui fazer pré-julgamentos. Contudo, o fato de não ser bastante conhecido em âmbito estadual – exatamente por não ser político profissional – mas, possuir uma ficha “pra lá de limpa”, pode se transformar num indicativo de acerto sob a ótica do eleitorado, contrariando a interpretação dos políticos e jornalistas setoriais. Política tradicional Simoni pode surfar, por exemplo, na onda levantada por Marlon Reis (Rede) na eleição suplementar: de ilustre desconhecido a detentor de quase 60 mil votos, em uma campanha com parcos recursos e que se baseou na suposta honestidade do candidato e sua ficha limpa. Porém, ao atrair o PT e o PV para sua coligação, Reis rasgou deixou-se contaminar. Jogou fora, numa só tacada, mais da metade dos votos que obteve na eleição extemporânea, porque as condutas dos caciques dos dois partidos, o PT em âmbito nacional e o PV em âmbito estadual, são totalmente contrárias aos preceitos da Lei da Ficha Limpa, que ele tanto se orgulha de ter ajudado a criar. Além disso, anteriormente, Marlon Reis se declarou totalmente contrário a alianças com as oligarquias, familiocracias ou ainda a quem houvesse exercido cargos públicos que levaram o Estado do Tocantins ao que ele classificou como lamaçal. Mas seu candidato a senador é o deputado federal Irajá Abreu (PSD), filho da senadora Kátia Abreu (PDT). Assim, o termo da “ficha limpa” está sem dono no momento. Simoni, se quiser, pode se apoderar deste discurso e, cooptar esta onda, arregimentando os eleitores de Marlon Reis, que demonstraram insatisfação com os atuais modelos de gestão, como também com seus executores, ora candidatos. Caso seja isso mesmo, haverá uma dificuldade adicional na perspectiva dos adversários que pretendem desmontar a candidatura do inesperado concorrente. Vão precisar tomar cuidado para não transformá-lo em uma doce vítima do “poder econômico” ou do “pragmatismo e proselitismo da velha política” que aí está. Contra a tese do candidato refratário à política tradicional, existe a realidade nua e crua: as necessidades do caixa da campanha, advindas apenas de um ínfimo fundo partidário, exatamente porque ele se nega a receber doações espúrias, além do reduzido tempo de rádio e televisão e dos acordos partidários que pouco agregaram, que incluem até mesmo o apoio a outros candidatos majoritários, por parte dos candidatos proporcionais. Condutas estas totalmente contrárias aos interesses de Simoni. Há, por fim, o outro lado da realpolitik: quem tem o poder de decisão é o povo e, caso ocorra o fenômeno da transferência de votos de Bolsonaro para Simoni, isso dá ao jogo igualdade de condições.

Kátia Abreu busca apoio suprapartidário para pedetista Ciro Gomes no Tocantins

[caption id="attachment_134053" align="aligncenter" width="620"] Senadora Kátia Abreu
é candidata a vice-presidente na chapa de Ciro Gomes: momento “ímpar” para Tocantins[/caption] A senadora Kátia Abreu (PDT), candidata a vice-presidente da República na chapa encabeçada por Ciro Gomes (PDT), conclamou, durante entrevista coletiva, os líderes políticos do Estado e toda a população a unirem forças pela eleição do pededista, com a perspectiva de que pode ser uma importante oportunidade para o Tocantins ter uma tocantinense eleita como vice-presidente da República. “Peço, humildemente, que as forças políticas de todo o Tocantins se unam em torno da candidatura de Ciro Gomes, porque esse é um momento ímpar para o nosso Estado”, avaliou a senadora. Na coletiva, Kátia Abreu falou do plano de governo para o Brasil e frisou que consertar as contas públicas é prioridade para garantir empregos e investimentos. “O plano envolve ações que devem alcançar esse objetivo em dois anos. Nos seis primeiros meses de mandato, já serão feitas mudanças importantes e os brasileiros vão perceber os avanços que serão alcançados na vida de cada cidadão”, destacou.

Alckmin promete duplicar a BR-153 para aumentar renda no Tocantins

[caption id="attachment_134051" align="aligncenter" width="620"] Presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, em meio a lideranças do partido no Tocantins durante evento em Gurupi[/caption] O deputado estadual e candidato à reeleição Olyntho Neto (PSDB) recebeu, na quarta-feira, 22, em Gurupi, o candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB), que esteve em eventos de campanha no município. A comitiva fez visita à indústria de cereais da cidade e a um frigorífico. Além disso, os candidatos participaram de uma caminhada na Avenida Goiás, uma reunião com empresários e um comício na parte da noite. Para Olyntho, “Geraldo Alck­min é o mais preparado para administrar o país, por sua história, experiência e, principalmente, pelas propostas que atendem às necessidades da população brasileira”. Entre as propostas do presidenciável mencionadas por Olyntho estão a realização de diversas reformas, como a tributária e a política, que inclui o fim do voto obrigatório. Duplicação Após solicitação do ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSDB), Geraldo Alckmin garantiu que, se eleito, atuará para a duplicar a rodovia federal BR-153, com o objetivo de garantir o desenvolvimento do Estado e segurança aos bra­si­leiros que utilizam a via. "Vamos duplicar, sim, a BR-153. Rodovia duplicada vai trazer mais empresa, mais renda e mais segurança para a população", afirmou Alckmin a populares em reunião na feira da Rua 13. "O Tocantins é o Estado que é potência no agronegócio, no turismo, e precisa de infraestrutura para se desenvolver", complementou o candidato do PSDB. Candidato a governador do Tocantins, Amastha ressaltou a importância da proposta. "O futuro do Brasil passa pelo Tocantins e o futuro do Tocantins passa por Gurupi. O presidente Alckmin sabe disso e, por isso, dedicou seu tempo para estar aqui. Para nós, é uma honra. Ele tem visão e sabe que o Tocantins é uma terra de oportunidades", disse o pessebista. O governadoriável pelo PSDB des­tacou a necessidade de o Sul do Estado voltar a ser potência econô­mi­ca. "Gurupi é o corredor de riqueza do nosso Estado. Por aqui pas­sa toda a riqueza", frisou A­mastha ao pedir a duplicação da rodovia BR-153, também chamada de Belém-Brasília. Em seu discurso, Alckmin fez elogios a Amastha por sua atuação como prefeito de Palmas por mais de cinco anos e a composição de sua chapa para o governo do Estado. "Amastha foi um grande prefeito e será um excelente governador. Ele escolheu para vice alguém que tem estatura de governador, um empre­endedor", disse, em referência a Oswaldo Stival (PSDB), candidato a vice na chapa. Plano de governo Por sua vez, Amastha aproveitou o mo­mento para sublinhar alguns pon­tos de seu plano de governo, como desburocratização da máquina pública para favorecer a geração de mais emprego e iniciativas para atrair mais empresas, além de atuar a fim de proporcionar condições a segmentos produtivos, como o comércio e zona rural, que podem se fortalecer. "Isso é desenvolvimento econômico. O tocantinense não está atrás de esmola, mas de oportunidades." Apoio Em seu pronunciamento, o senador Ataídes Oliveira (PSDB) dirigiu-se a Alckmin como o futuro presidente do Brasil. Candidato à reeleição, Ataídes disse que é orgulho para o Tocantins recebê-lo, fato que demonstra o seu “compromisso com o Estado”. O senador Vicentinho Alves (PR), outro que busca se reeleger, também teceu elogios a Alckmin, classificando-o como o “mais preparado” para governar o Brasil. Ao pedir voto a Amastha, Vicentinho destacou que o pessebista foi um grande prefeito da capital. "Quem vai a Palmas sai seguro e, com tranquilidade, vota em Amastha para entregar o Tocantins a este bravo líder e excelente gestor", afirmou. O prefeito de Gurupi (PSDB), Laurez Moreira, corroborou e ressaltou a condição de gestor de Amastha. O tucano afirmou que o ex-prefeito de Palmas fez uma gestão transformadora. Em relação a Alckmin, declarou que o presidenciável é o “mais capacitado” o para mudar a realidade do Brasil. Durante o evento, foi apresentado um vídeo com depoimento da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), que reforçou o apoio à campanha de Alckmin e, ao citar Amastha, declarou que segue o trabalho de dar sequência à “gestão inovadora” de seu antecessor à frente da prefeitura. Oswaldo Stival expressou que um dos principais objetivos do grupo é assumir o governo do Estado para “gerar emprego e oportunidades” aos tocantinenses.

Amastha perde apoio de lideranças do MDB

[caption id="attachment_134049" align="aligncenter" width="620"] Carlos Amastha (PSB), candidato a governador, perde apoio de peso[/caption] Tudo tem seu preço. A vida é semelhante a um bumerangue: tudo que vai, volta. O ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), tem vivido essa máxima na pele. Suas palavras causaram impactos e seus efeitos transformaram-se numa carga pesada. É comum ouvir: “Ah, mas a im­pren­sa pega demais no pé do A­mastha”. Quem dera fosse perseguição. Longe disso. A verdade é que, quando comandava a prefeitura de Palmas e acreditava não precisar de ninguém, Amastha falou o que quis. Hoje, ouve o que não quer. Além disso, atualmente, é rejeitado por muitos e ouvido por pouco. Isso, naturalmente, traz reflexos e tal fato deve ser noticiado e repercutido. A avalanche de notícias jornalísticas, artigos e comentários acerca dos retrocessos do ex-prefeito é bastante comum na imprensa tocantinense. Muitos possíveis aliados, que, a princípio, iriam garantir votos a ele pelo interior estão se distanciando. O deputado estadual pelo Stalin Bucar (PR), por exemplo, manteve sua fidelidade ao senador e candidato à reeleição Vicentinho Alves (PR), mas rejeitou de pronto Amastha. “O candidato lança uma candidatura em uma convenção e dias depois renuncia. Qual a confiança que teremos num elemento deste? Nenhuma. Essas coisas que ele fez político sério não faz. Perdeu totalmente a credibilidade no meu ponto de vista. E eu não seria irresponsável a ajudar a eleger um governador que, de repente, poderia abandonar o Estado”, justificou Bucar. Já os parlamentares Luana Ri­bei­ro e Olyntho Neto, ambos do PSDB, mantiveram seus compromissos com senador e candidato a reeleição Ataídes Oliveira (PSDB), mas excomungaram Amastha, candidato a governador escolhido pela coligação do partido. A classificação de todos os políticos tocantinenses como “vagabundos” ainda não desceu goela abaixo dos referidos de­putados e nem de outros políticos. O grupo do ex-prefeito de Nazaré Clayton Paulo (PTB), apoiou Amastha na eleição suplementar, mas decidiu trabalhar pela reeleição do governador Mauro Carlesse (PHS). A pequena cidade, diga-se de passagem, deu a maior vitória proporcional para Amastha na suplementar. Segundo Clayton Paulo, os últimos acontecimentos envolvendo o ex-prefeito de Palmas dificultaram o apoio do grupo. “Ele tem afastado muita gente dele, inclusive do nosso grupo. Tínhamos vereadores que o apoiaria, mas, depois de sábado [18], criou uma resistência muito grande pelas atitudes do Amastha, pela forma com que ele vem conduzindo esta campanha. Pesou muito isso”, disse Clayton Paulo, em uma referência ao fato do governadoriável do PSB ter se recusado a subir no palanque em Sítio Novo em razão da presença do ex-governador Marcelo Miranda (MDB). Para ele, a forma como Amastha vem conduzindo sua campanha demonstra “incoerência”. “Com essa alternância de pensamento, do tipo ‘hoje sou candidato, amanhã não sou’, ‘quero o MDB, mas não quero o Marcelo Miranda’, fica muito difícil. É incoerente. Algumas pessoas citaram isso na reunião”, lembrou. Outros prefeitos, como Itair Martins (PSB), de Rio Sono, Renan Cer­queira (PR), de Porto Alegre, Miranda Taguatinga (PV), Tagua­tin­ga e Suelene Lustosa Matos (PSD), de Lizarda, já desembarcaram do navio colombiano para se juntar à frente liderada pelo governador Carlesse. O fato de Amastha, pela conveniência política, ter aceitado o MDB na coligação, mas não querer posar ao lado de Marcelo Miranda e Dulce Miranda no comício de Sítio Novo, e também no Bico do Papagaio, trouxe reviravoltas dentro do seio emedebista. Um dos mais revoltados e incisivos foi o suplente de deputado federal, atualmente em exercício, Freire Junior. A revolta no partido foi tamanha que a Executiva Estadual do MDB se reuniu na quarta-feira, 22, para discutir o imbróglio e resolveu, por fim, liberar os candidatos do partido a levar o apoio a quem quiser e não mais exclusivamente a Amastha. O prefeito de Paraíso, Moisés Avelino (MDB), foi enfático: “Eu expliquei a razão, já que ele me perguntou o porquê. Eu disse que era em função das declarações dele durante essa caminhada de muito tempo para cá, em que postou nas redes sociais que, dos políticos velhos do MDB e do Tocantins, ninguém prestava, que tinha que renovar tudo. Eu disse a ele que me incluía dentro desses políticos velhos. Portanto, reafirmei ao Amastha que eu não tinha condições de apoiá-lo”. Já o presidente estadual da sigla, Derval de Paiva, segue a mesma linha de raciocínio e, em troca, a deliberação do partido foi a indicação o próprio Derval como suplente do senador Ataídes Oliveira (PSDB), ocupando um espaço que, anteriormente, o MDB não havia feito questão de ocupar. Justamente por esta razão, os prefeitos emedebistas das cidades de Almas e Bernardo Sayão, Wagner Nepo­muceno Carvalho e Maria Benta de Mello Azevedo, respectivamente, já optaram por abandonar Amastha e apoiar Mauro Carlesse. Por sua vez, o ex-governador Marcelo Miranda e a ex-primeira-dama e deputada federal Dulce Miranda participaram da reunião e se mostraram indignados com a postura de Amastha, deixando claro que não aceitam mais apoiar a candidatura do ex-prefeito de Palmas. Dessa forma, Amastha está ilhado e sem apoios de peso. Não será surpresa, portanto, se sua votação, em outubro, for inexpressiva. O maior adversário do pessebista é ele mesmo. l

Márlon Reis cobra ficha limpa para adversários mas não para aliados?

[caption id="attachment_131803" align="aligncenter" width="620"] Marlon Reis, Marcelo Lelis e Claudia Lelis: o primeiro é ficha limpíssima, mas parece não se importar que seus supostos novos companheiros de jornada não o sejam[/caption]

Se o ex-prefeito Carlos Amastha (PSB), ao aliar-se aos senadores Ataídes Oliveira (PSDB) e Vicentinho Alves (PR), abandonou o barco furado e o discurso pseudo-ideológico — que pregava que o Tocantins precisava de uma “nova política” —Márlon Reis corre o risco de trilhar o mesmo caminho.

Márlon Reis se aproxima, a passos largos, do “candidato surpresa” das eleições suplementares, os pevistas Marcelo e Claudia Lelis. Ora, se Márlon obteve quase 57 mil votos na eleição suplementar exatamente porque seu enfadonho e repetitivo discurso exaltava a “ficha limpa” como a salvação de todos os males, entabular aliança política com o PV, comandados no Tocantins pelo casal Lelis, pode ser um verdadeiro “tiro no pé”.

Qual tocantinense dos mais longínquos rincões não sabe que Marcelo Lelis ainda cumpre pena de inelegibilidade, após transgredir a regra eleitoral em 2012? Qual é o morador dessas bandas que não sabe que Claudia Lelis não ocupa mais a cadeira de vice-governadora no Palácio Araguaia por ter sido cassada — juntamente com o ex-governador Marcelo Miranda (MDB) — por também não cumprirem a legislação que rege as eleições, no ano de 2014?

Os políticos creem piamente que os eleitores, de uma forma geral, ainda são aqueles mesmos que sequer tinham acesso ao noticiário ou, pelo menos, não se preocupavam com envolvimento em escândalos. Os tempos são outros, felizmente... para os eleitores.

Numa “Nota à Imprensa”, divulgada na na quarta-feira, 25, o Partido Verde enfatizou: “Depois de curadas as feridas, o PV está pronto para reescrever sua trajetória e ajudar também a escrever uma nova página da história do Tocantins. Por isso, sinaliza para uma nova direção, que julga ser uma das mais acertadas já definidas pelo partido, que é dar início ao processo de aliança para apoiar a pré-candidatura a governador do Tocantins de Márlon Reis”.

Se a ferida do PV está curada, é fato que as chagas dos eleitores não estão. Ao contrário, ainda sangram ao constatarem que a classe política, geralmente, não dá o mínimo valor às suas esperanças, ao agir de maneira eventualmente sórdida e aviltante.

Em “Nota à Imprensa”, Márlon Reis disse que, apesar de vetar os políticos que já administraram o Tocantins, respeita a biografia de cada um deles;, contudo, evitou citar nomes. “Não faremos aliança com famílias políticas que já governaram o Tocantins. Reforço que respeitamos a história de cada um deles, mas entendemos que chegou a hora de fechar um ciclo político no Estado e dar início a um novo momento para o Tocantins”, afirmou o ex-magistrado. Ele ressaltou que as composições deverão seguir os “princípios” da Rede.

Em que pese a pré-candidata ao senado pela Rede, Nilmar Ruiz, ser antiga parceira do casal Lelis — dos idos tempos em que comandou a Prefeitura de Palmas —, não é crível que Márlon Reis tope a aliança, a não ser que seu projeto seja apenas de poder e não de Estado. Seria como rasgar a cartilha da moralidade e jogar no lixo o discurso da ficha limpa, que aliás, é o único que ainda lhe sustenta.

Carlesse, do alto da torre, “assunta” os adversários

Muitas foram as reuniões dos derrotados na eleição suplementar – Kátia Abreu, Vicen­ti­nho Alves, Marlon Reis e Carlos Amastha ou assessores próximos – visando definir estratégias para as eleições de outubro. O ex-prefeito de Palmas, amplamente criticado por se render à “velha política”, fugiu de alguns destes encontros, mas o certo é que ele se rendeu à máxima que sem esses medalhões, que ele chegou a classificar como a escória da política, ele fará apenas voos de galinha e será eternamente derrotado em solo tocantínio. Ele chegou, inclusive, a reconhecer a força da “velha política” em vídeo gravado após a derrota no primeiro turno. Na visão de todos aqueles que disputaram a eleição extemporânea, assim como na película cinematográfica do Capitão Nascimento, o inimigo agora é outro e atende pelo codinome de Carlesse. Deram-lhe um palanque que ele não tinha, uma visibilidade que ele jamais pensou ser possível, transformando o adversário num gigante. Neste caso, é necessário juntar todas as forças para derrotá-lo. Mas agregar forças tão díspares na mesma chapa é missão para discípulos de Hércules. Assemelhando-se a outra milenar história, a do cavalo de Tróia, a “velha política” mandou um presente para Amastha e ele abriu os portões para que o “cavalo”, cheio de inimigos, penetrasse em sua fortaleza. Ataídes já desceu do artefato soltando foguetes. Vicentinho Alves ensaia também descer em grande estilo – legitimado pelo partido, mas sem o apoio do vereador palmense Lúcio Campelo, seu fiel escudeiro. Já a senadora Kátia Abreu, segundo fontes, não desce nem que o “capeta reze o Pai Nosso em aramaico” pois se os outros dois são as iscas, ela será a atiradora das flechas. Mauro Carlesse, por sua vez, do alto da torre do Palácio Araguaia, vislumbra um cenário de guerra entre os adversários e, maliciosamente sorri, aguardando o desfecho desta insólita batalha.

PSB quer ampliar parcerias

[caption id="attachment_131067" align="alignright" width="620"] Reunião da executiva do PSB antes de fechar parceria com tucanos: Júnior Bandeira, Alan Barbiero, Ricardo Ayres, Carlos Amastha e Tiago Andrino[/caption] Antes de fechar a parceria com os tucanos, o PSB já havia se reunido internamente, na quarta-feira, 18, em Palmas. Depois do fiasco ocorrido na eleição suplementar, os membros da executiva estadual da sigla no Tocantins já haviam definido que as portas estavam abertas para novas composições partidárias, visando as eleições de outubro. Eles também acertaram que a siglas que caminharam juntas na eleição extraordinária (PT, PCdoB, Podemos e PTB) continuarão fazendo parte da parceria que pretende alçar ex-prefeito Carlos Amastha ao Palácio Araguaia. “Os companheiros que estiveram e estão conosco são valorosos. Queremos e iremos adicionar ao grupo novos companheiros, com ideais e projetos voltados à recuperação e praticamente reconstrução do Tocantins, o que é uma necessidade urgente do Estado e imprescindível para os tocantinenses”, afirmou Amastha, presidente regional do PSB. A questão é: se o PT já mandou recado e orientação – na pessoa de seu presidente estadual, o deputado Zé Roberto Forzani – que não são admissíveis coligações com o PSDB em todo território nacional, como é que Amastha vai conseguir conciliar todo mundo no mesmo balaio de gatos, uma vez que a aliança com os tucanos já foi fechada? Neste caso, a força do braço tucano talvez fale mais alto e o PT fique – de novo! – completamente sem pai nem mãe nas eleições de outubro no Tocantins. O certo é que ao final da reunião, pelo menos a princípio, restou confirmado as pré-candidaturas de Alan Barbiero ao Senado, do vereador Tiago Andrino a deputado federal, e de Ricardo Ayres à reeleição na Assembleia Legislativa. Também houve direcionamento na reunião da definição da coordenação da campanha de Amastha, que ficará a cargo do ex-secretário municipal de Palmas Cristian Zini, como também dos ex-prefeitos Júnior Bandeira, de Lajeado, e Jucélio Lustosa, de Lagoa do Tocantins. Eduardo Gomes Mas a avalanche de Amastha pode se espalhar sobre outros territórios, que ele considerava como asquerosos, por se tratar de integrantes da “velha política”. O ex-deputado federal Eduardo Gomes (SD) é amigo pessoal de Amastha, o que não é segredo. Aliás, foi exatamente em razão dessa amizade que o vice de Amastha, eleito em 2012, Sargento Aragão, não tomou posse no cargo. É lógico que o ex-prefeito queria Gomes na sua chapa, mas convencer o partido Solidariedade é tarefa árdua. Ele tem muitos inimigos naquele reduto, então, no momento, é melhor deixar quieto, mesmo porque Eduardo Gomes tem vaga garantida como suplente do velho José Wilson Siqueira Campos (DEM). Corre pelos bastidores, diga-se de passagem, que Gomes sempre quis isso – e está acertado desde o começo – mas ele manteve o discurso de manutenção da candidatura para sentir o termômetro do eleitorado. Gomes tem fortes elos com o grupo político que está atualmente no poder. Ora, se o Palácio Araguaia já tem fortes candidatos ao senado federal – Siqueira Campos e Cesar Halum (PRB) – porque Go­mes não poderia ser “altruísta” e se conformar em ser o suplente do “mito”? Seria a estratégia perfeita, mesmo porque – para o eleitorado – isso soaria como gesto de nobreza e humildade.

Aliança Ataíde-Amastha pode rachar o ninho tucano

Senador do PSDB faz o movimento mais efetivo até aqui no sentido de fechar chapa majoritária para outubro, mas nem tudo é tranquilidade

Carlesse é a estrela nacional do nanico PHS

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou na quinta-feira, 24, por unanimidade, a resolução que regulamenta a distribuição de recursos do Fundo Eleitoral público, de R$ 1,716 bilhão, para financiar campanhas. Entre as principais definições está a de que cada partido somente receberá os recursos após sua respectiva executiva nacional aprovar e divulgar amplamente os critérios para distribuição do dinheiro entre os candidatos que, posteriormente, podem ser alvo de contestação pela Justiça Eleitoral. Segundo os critérios definidos em lei, entre eles o tamanho das bancadas no Congresso até o dia 28/08/2017, o TSE calculou qual a porcentagem dos recursos que caberá a cada partido. A legenda que mais receberá recursos será o MDB (13,64%), correspondente a R$ 234,19 milhões. O segundo partido que receberá mais recursos será o PT (12,36%), com R$ 212,2 milhões, seguido por: PSDB (10,83%), com R$ 185,8 milhões; PP (7,63%), com R$ 130,9 milhões; e PSB (6,92%), com R$ 118,7 milhões. O PHS terá direito a 1,1%, que corresponde a 18,05 milhões. Já as pequenas siglas, como o Partido Novo, PMB, PCO e PCB ficarão com (0,57%), tendo direito a R$ 9,7 milhões cada. Único governador da sigla Interessa, neste momento, em razão da eleição, em segundo turno, do governador Mauro Carlesse (PHS), a distribuição do fundo partidário para essa legenda. Consi­de­rando que ele é o único governador do Partido Humanista e Solida­riedade (PHS) no País, e que a sigla tem apenas quatro deputados federais — Carlos Andrade (RR), Cícero Almeida (AL), Marcelo Aro (MG) e Zenaide Maia (RN) — e nenhum senador no Congresso Nacional, certamente o partido investirá pesado na reeleição de Carlesse em outubro, e uma grande fatia desses R$ 18 milhões certamente será aportado no Tocantins. É, sem dúvidas, um grande diferencial para as próximas eleições, uma vez que os outros partidos podem até receber verbas mais vultosas, entretanto, têm muitos parlamentares detentores de mandato com direito a dividir o bolo, assim como governadores, além de outros “interessados”. O PSB de Amastha, por exemplo, receberá mais de R$ 118 milhões, todavia, o partido conta com 4 senadores, 26 deputados federais e 5 governadores: Daniel Pereira (RO), Márcio França (SP), Paulo Câmara (PE), Ricardo Coutinho (PB) e Rodrigo Rollemberg (DF). Nestas circunstâncias, é natural e necessário que Amastha consiga outras fontes para financiar seu projeto de chegar ao Palácio Araguaia na eleição de outubro.

Prefeitos devem receber R$ 60 milhões adicionais

A Associação Tocantinense de Municípios prevê que os municípios tocantinenses devem compartilhar cerca de R$ 60 milhões referente ao 1% adicional do Fundo de Partici­pa­ção dos Municípios (FPM), que deverá ser depositado nos cofres municipais no dia 9 de julho. O recurso foi conquistado pelos municipalistas durante mobilizações em Bra­sília, atos que pregavam maior justiça fiscal e tributária, bem como au­xílio financeiro às prefeituras no período em que as receitas despencam. A previsão dos R$ 60 milhões considerou o relatório de avaliação fiscal do segundo bimestre do Ministério do Planejamento, com base nas arrecadações do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o Imposto de Renda (IR), tributos que compõem o FPM. Quando comparado com o valor da projeção do 1% pago em julho de 2017, a ATM observa um crescimento de 4%. Cautela nos gastos e aplicação estratégica dos recursos são conselhos dados pelo presidente da ATM e prefeito de Pedro Afonso, Jairo Mariano (PDT), aos gestores municipais. Lembra que nos meses de julho, agosto e setembro há queda nos valores do FPM. Ele alerta, ainda, sobre a aplicação dos limites constitucionais em Educação e Saúde, já que o 1% é transferência constitucional e por isso incorporado a Receita Corrente Líquida. Em dezembro deste ano será depositado ainda o segundo 1% adicional do FPM, a ser compartilhado entre os municípios tocantinenses, com previsão para ser depositado até o dia 7 de dezembro.

Marilon vai comandar a Câmara de Palmas

Na sessão ordinária de quinta-feira, 28, a Câmara de Palmas elegeu a nova mesa diretora da Casa de Leis. A votação contou com ape­nas uma chapa, todavia, tomará posse apenas em 1º de janeiro do ano que vem, para um mandato de dois anos. Pelo resultado da votação, a partir de janeiro de 2019 a mesa diretora ficará composta da seguinte forma: Marilon Barbosa (PSB), presidente; Vandim do Povo (PSDC), vice-presidente; Etinho Nordeste (PTB), primeiro secretário; Gerson Alves (PSL), segundo secretário; e Professor Júnior Geo (Pros), terceiro secretário. Todos os 19 vereadores participaram do pleito, decidido através de maioria absoluta dos votos. O atual presidente, Folha Filho (PSD), destacou que a escolha dos novos líderes da Câmara ocorreu de forma democrática e seguindo os preceitos legais e éticos que o momento exige. “Esperamos que o novo presidente possa dar sequência à modernização dos processos legislativos, ao trabalho de transparência dos atos da Casa de Leis e a essa abertura que nós promovemos entre o Legislativo e a população”, enfatizou. Em discurso na tribuna, o presidente eleito falou de sua trajetória e ressaltou o apoio dos pares, agradecendo o voto de confiança. “Queremos implantar uma gestão com a participação de todos os vereadores e fazer um trabalho conjunto com o município. Estamos aqui para somar”, ressaltou Marilon. A sessão contou com a presença da prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB), que destacou a importância da democracia. “Essa votação de hoje marca a maturidade desta Casa, do respeito ao voto. A Câmara de Palmas marca aqui um novo tempo, um tempo de prosperidade e paz”, pontuou. O vereador Junior Geo Espero disse esperar um biênio diferenciado e que os parlamentares possam honrar os votos recebidos. “Que os trabalhos desta Casa de Leis sejam levados conforme os anseios da sociedade e que ela aja de forma independente.” Já o vereador Milton Neris (PP), que sempre fez oposição ao ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB), não poupou elogios ao papel que a prefeita Cinthia desempenhou para o desfecho da eleição da mesa diretora da Câmara. “Sem a prefeita não teríamos conseguido o consenso”, comemorou. Segundo ele, a nova gestora “foi fundamental” para o entendimento entre os dois grupos, que resultou na retirada da candidatura de Etinho Nordeste e na eleição, por chapa única, de Marilon Barbosa para a presidência do Legislativo. “Vamos fazer nossa parte e ajudá-la no que for possível porque a situação que ela herdou é muito complicada”, enfatizou o pepista, alertando que em função do que avaliou como “grave quadro das contas do município”, os vereadores próximos ao Palácio Araguaia estão trabalhando o estreitamento de relações entre a prefeita e o governador eleito Mauro Carlesse (PHS). “Estamos buscando este estreitamento entre Paço e Palácio”, concluiu Neris.

As lições da eleição suplementar

A vitória insofismável de Mauro Carlesse sobre Vicentinho Alves confirma que ter a máquina governamental é um trunfo e tanto

Alterações em vistorias do Detran geram economia ao usuário

Foi publicada no Diário Oficial nº 5142, de 27/06/2018, portaria do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) visando alterar o processo de troca de placas inserido nas vistorias e melhor atender os usuários. A nova gestão detectou que os gastos do condutor com as vistorias eram abusivos, razão pela qual foi estabelecido que os processos que exijam a troca de placa – transferência de jurisdição, transferência de UF e mudança de categorias – que não estiverem de acordo com os padrões exigidos pelo Departamento Nacional de Trân­sito (Denatran), não pagarão novas taxas para um novo processo de LPT (Lacre, Placa e Tarjeta) se estiverem dentro do prazo de vistoria. Antes de tal portaria, as vistorias não possuíam prazo, entretanto, a partir de agora, a validade delas foi alterada para 30 dias. Quando o usuário tinha a placa com algum item fora dos padrões exigidos, ele deveria resolver o problema para só depois retornar ao Detran e efetuar novo pagamento. Em alguns casos, os usuários pagavam até duas vistorias no mesmo dia. A atual administração preza por medidas que acarretem menor impacto financeiro na vida do usuário, motivo pelo qual o prazo de 30 dias foi estabelecido, proporcionando mais tempo para o condutor resolver suas pendências. “O Detran não deve ter o objetivo apenas de arrecadar a todo cus­to, temos que atender bem o usuário e ser justos com as taxas que cobramos por nossos serviços”, disse o presidente do órgão, Cole­mar Câmara, que destacou ainda que a gestão tem a intenção de tornar o Detran um órgão educativo e não apenas punitivo e arrecadador.