Resultados do marcador: atos golpistas

Colegiado também aprovou acesso a relatórios do Coaf

Não existiria invasão do palácio presidencial, nem de Congresso ou STF, não fosse a complacência contínua dos generais com os “patriotas”

253 pessoas ainda estão presas por suspeita de ligação com os atos golpistas, segundo o Supremo Tribunal Federal (STF)

Ao todo, a investigação já conta com 396 pedidos, entre eles a convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid

Bolsonarismo aproveita vazamento de vídeo que levou à crise no GSI para estabelecer novamente mais um de seus falsos paralelismos

O governo sabe que investigação desse tipo sempre causa desgaste e perda de foco, mas agora também já entende que é melhor encarar logo o monstrengo

Supremo julga mais de 100 indivíduos envolvidos nos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro

Cerca de 80 militares das Forças Armadas serão interrogados pela Polícia Federal.

Em depoimento à Polícia Federal, mulher disse que foi a Brasília em uma caravana organizada pela deputada federal Coronel Fernanda (PL)

Kátia Aquino teria pago por banheiros químicos em acampamento bolsonarista

Advocacia-Geral da União pediu ao Supremo bloqueio de bens dos financiadores dos ataques às sedes dos três Poderes

Ministro do STF também negou pedido de abertura de um novo inquérito policial, por ausência de justa causa

Qualquer ato que se atente contra o Estado democrático de direito é tratado como terrorismo, aponta jurista

Suplente de senador avalia que o presidente saiu fortalecido após atos golpistas, mas alerta que não pode demorar a mostrar resultado

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse não ter visto, até o momento, indícios de que os deputados eleitos para a próxima legislatura André Fernandes (PL-CE), Clarissa Tércio (PP-PE) e Nikolas Ferreira (PL-MG) tenham incitado o grupo de vândalos golpistas que invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF), no último dia 8.
“Não vi, nos deputados Nikolas Ferreira, André Fernandes e Clarrisa Tércio nenhum ato que corroborasse com os inquéritos”, disse Lira, referindo-se ao pedido de abertura de inquérito que o Ministério Público Federal (MPF) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) no último dia 11.
Na petição do MPF, contudo, os procuradores pedem autorização do Supremo para investigar não o deputado eleito e já diplomado Nikolas Ferreira, mas sim a parlamentar Silvia Waiãpi (PL-AP).
Nikolas e outros cinco deputados eleitos são alvos de uma petição apresentada por advogados do chamado Grupo Prerrogativas, que tentam impedir a posse dos seis parlamentares acusando-os de terem ferido o decoro parlamentar ao apoiarem publicamente os ataques ao Estado Democrático de Direito – crime previsto no Código Penal.
Alertado para a confusão ao relacionar Nikolas ao pedido da PGR, Lira se corrigiu e disse não ter conhecimento do caso específico de Silvia Waiãpi. Lira também revelou já ter conversado com Nikolas, Fernandes e Clarissa Tércio e que voltaria a discutir o assunto com o procurador-geral da República, Augusto Aras, ainda hoje.
Postagens
O presidente da Câmara disse que, em alguns casos, as postagens citadas pelos procuradores para sustentar o pedido de investigação foram publicadas até seis meses antes dos violentos atos antidemocráticos do último dia 8.
Lira, no entanto, avisou que deputados federais que relativizam a gravidade ou negam a depredação das sedes dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), em particular a Câmara dos Deputados, serão convocados a se explicar.
"Estes parlamentares que andam difamando com vídeos, dizendo que houve inverdade nas agressões que a Câmara sofreu, serão chamados à responsabilidade. Todos viram as cenas terríveis, violentas, gravíssimas. Eles terão que ser chamados à responsabilidade [porque] um parlamentar eleito não pode divulgar fatos que não condizem com a realidade”, disse Lira, sem citar nomes.
Lamentando os estragos, Lira destacou o trabalho de cerca de 400 servidores da casa que, já na noite de domingo, começaram os serviços de limpeza do prédio para que a Câmara pudesse votar e aprovar o decreto presidencial de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal.
Questionado se considera que o ex-presidente Jair Bolsonaro também pode ser responsabilizado por estimular parte de seus apoiadores a atentarem contra a democracia brasileira, Lira respondeu que cada um deve responder por seus atos.
"Cada um responde pelo que faz. Meu CPF é um, o do presidente é outro. Temos que ter calma neste momento, investigar todos os aspectos. Todos que praticaram e contribuíram para estes atos de vandalismo precisam ser severamente punidos."
Entenda
Desde que o presidente Lula foi eleito em segundo turno, no final de outubro, apoiadores do ex-presidente Bolsonaro demonstram inconformismo com o resultado do pleito e pedem um golpe militar no país, para depor o governo eleito democraticamente.
As manifestações dos últimos meses incluíram acampamentos em diversos quartéis generais do país e culminaram com a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, no segundo domingo do ano, dia 8 de janeiro.