Resultados do marcador: 2018

Prefeita de Pires do Rio e o marido, o ex-deputado Chico Tomazini, se preparam para deixar a base

Estado de Goiás terá o maior número de municípios que passará pelo recadastramento em todo o País

As eleições municipais têm importância relativa em relação às disputas de governo estadual, mas é um dos componentes que formam a força de um grupamento
[caption id="attachment_16964" align="alignleft" width="620"] Palácio das Esmeraldas: a eleição municipal tem um foco lá|Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Afonso Lopes
Partido ou grupamento que vence majoritariamente as eleições municipais torna-se imbatível na disputa pelo governo do Estado dois anos depois? Claro que não. Tampouco as eleições nas cidades são uma prévia do que vai se disputar no Estado. Trata-se, na verdade, da composição dos muitos aspectos que terminam por montar situações favoráveis ou não. É por essa razão que deputados estaduais e federais, senadores e governador fazem o possível para vencer na maioria dos municípios. É a formação da chamada base, o alicerce inicial do que se poderá construir depois.
Isso posto, o resultado das eleições deste ano animaram as forças que compõem a chamada base aliada estadual, esmagadoramente vitoriosa em número de prefeitos e vereadores. Isso abre espaço para a preparação de um cenário bem mais favorável para a disputa de 2018, que deve ser bastante intensa tanto entre os governistas como entre os opositores.
Projeto
Os prefeitos que venceram agora e que vão assumir seus cargos a partir de janeiro devem encontrar “casas”, na maioria das vezes, completamente arruinadas. Há o fator histórico que pesa contra as máquinas administrativas municipais, geralmente paquidérmicas, agravadas pela gravíssima crise econômica que secou fontes importantes de financiamento das cidades, além da estupidez que é o pacto federativo brasileiro, que termina por concentrar quase completamente o bolo tributário em Brasília. Se os Estados sofrem com receitas baixas, as cidades praticamente dependem de oxigênio financeiro externo em tempo integral.
É certo também que esses prefeitos eleitos precisaram prometer mundos e fundos para seduzir seus eleitores. Faz parte do jogo. Os candidatos derrotados também fizeram muitas promessas. A diferença entre eles é que os primeiros é que vão ser cobrados pela população.
Mas essa cobrança não será imediata. Quem chega recebe uma espécie de salvo-conduto que costuma girar entre seis meses e até um ano. Basta que se apresente como um líder realmente confiável e criativo. Mais do que isso, que use a transparência como uma boa e positiva arma para se proteger das críticas iniciais. Fora isso, é torcer para que a crise econômica comece efetivamente a ser superada já no ano que vem, como se acredita. Esse desempenho dos prefeitos é importante para a tal montagem do cenário para a disputa estadual, que no final das contas é considerado como um projeto político de governistas e de opositores.
São os prefeitos e vereadores que formam a base das candidaturas a deputado estadual e federal, fator preponderante na montagem de chapas competitivas tanto para o governo como para o Senado. É possível vencer a disputa pelo Palácio das Esmeraldas sem essa competitividade? Possível, é, como se viu em 1998 quando Marconi Perillo derrotou Iris Rezende tendo o apoio de apenas 20 e poucos prefeitos, mas é extremamente complicado. Aquela foi uma eleição completamente atípica, e que provavelmente não vai se repetir em sua atipicidade tão cedo.
Assim, e tecnicamente, pode-se afirmar que, sem nenhuma dúvida, as forças governistas venceram o primeiro round da grande batalha de 2018. Mais do que isso, mostra que esse eixo político permanece como referencial no Estado. Prova disso é que as vitórias foram colhidas em todos os quadrantes, e não em uma ou duas regiões, e em cidades de todos os portes, das menores às mais densamente povoadas.
Um velho problema dos opositores permanece aparentemente sem qualquer solução: a falta de projeto alternativo. A oposição atua em cima de situações conjunturais, e portanto possíveis de transformação, e não política e administrativamente estruturais. Faz-se oposição ao governo porque não está no governo. Não se formula a alternativa aquilo que aí está.
A oposição precisa desenvolver um projeto que vá além da mera troca de comando do Estado. E isso, obviamente, é ir muito além da fulanização da disputa. Enquanto a base aliada estadual continuar se mostrando viável e a oposição bater apenas na tecla da mudança sem apresentar o que e como mudar, haverá sempre a imensa possibilidade de as bases municipais permanecerem como um dos elementos que formam a vitória na disputa estadual. Para 2018, o jogo começou com a base aliada estadual à frente. Ainda há tempo para os opositores igualarem as possibilidades, mas sem um projeto política e administrativamente alternativo não vai dar. Mais uma vez. l

O senador Ronaldo Caiado só abre mão de disputar o governo de Goiás se o candidato do PMDB a governador for Iris Rezende.

Em levantamento feito com 2.002 pessoas em 137 municípios de 25 Estados, ex-presidente petista lidera no primeiro turno, mas perderia na votação final

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Na reabertura dos trabalhos legislativos, vice-governador sai da defesa e parte para o ataque contra oposicionistas dando o tom para 2018

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[caption id="attachment_56020" align="aligncenter" width="620"] Antônio Gomide, Maguito e Daniel Vilela: união de Anápolis, Aparecidade de Goiânia e capital contra a base aliada[/caption]
O raciocínio é simples. Minar a base aliada do governador Marconi Perillo (PSDB) no processo de sucessão ao governo estadual em 2018, nas três principais cidades goianas: Goiânia, a capital, Aparecida de Goiânia e Anápolis. Isso significa que, a partir das eleições municipais deste ano, pode ser iniciado um processo de efetivação de uma aliança política envolvendo o prefeito de Aparecida, Maguito Vilela (PMDB), o deputado federal Daniel Vilela (PMDB) e o ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide (PT).
Mas afinal, como se daria esta aliança política abrangendo duas siglas que, internamente, são divididas por grupos e tendências com longo histórico de falta de unidade partidária? Tudo dependerá da sobreposição do grupamento liderado por Maguito em relação ao do cacique Iris Rezende. Se os Vilelas conseguirem sobrepor o decano peemedebista da liderança da legenda, o caminho estaria aberto para a consolidação da aliança com o PT da tendência de Gomide e de seu irmão, o deputado federal Rubens Otoni (PT).
A partir daí, a engenharia política para definição de cabeça de chapa, vice e Senado seria uma discussão sobre a qual não é possível fazer projeções neste momento. O estágio inicial se concentrará na formatação de uma ampla frente política que uniria três players políticos, respectivamente de Goiânia, Aparecida e Anápolis. Ou seja, três “grandes” dos maiores colégios eleitorais de Goiás. É de ressaltar que nestas cidades, com exceção de Anápolis, o PSDB de Marconi e partidos aliados nunca apresentou grande rendimento eleitoral.
Antônio Gomide teria a missão de tomar os votos dos tucanos em Anápolis. Eleito prefeito duas vezes (2008 e 2012), sua administração na “Manchester Goiana” foi uma das mais bem avaliadas da história da cidade. Os índices de 80% de popularidade à frente do Executivo municipal anapolino o credenciaram a disputar o governo em 2014. Apesar do revés nas urnas, o petista conseguiu ganhar de todos os candidatos no primeiro turno em Anápolis. Fato que demonstra grande capital político que será de fundamental importância para a reeleição do prefeito João Gomes (PT) em 2016 — e para os planos eleitorais de 2018.
Em ascenção
Já Daniel Vilela é uma força em ascensão. Vereador por Goiânia, deputado estadual por uma legislatura e, atualmente, deputado federal, o peemedebista sempre obteve votação expressiva na região metropolitana e em Jataí — município da região Sudoeste do Estado. Jovem, de boa estampa, trato fácil com aliados e adversários, o filho de Maguito tem afiado seu discurso e preparado novos planos que o levam para caminhos mais notórios na política. É inegável que o Palácio das Esmeraldas esteja em seu radar.
Apesar de ter sofrido duas derrotas seguidas (2002 e 2006) na tentativa de retornar a chefia do governo estadual, Maguito Vilela recomeçou do zero sua carreira política ao assumir a desafiante tarefa de governar Aparecida de Goiânia. Sua gestão tem agradado os aparecidenses, fato que explica ter sido eleito duas vezes (2008 e 2012) ao Executivo do segundo mais populoso município de Goiás.
Como se nota, este provável eixo pode fechar, eleitoralmente, os três principais municípios ao PSDB e as siglas que compõem a base aliada. Sobrou a região do Entorno do Distrito Federal, que deverá ser uma “Stalingrado” na batalha por votos. Deve-se ressaltar que este cenário é distante, mas seus ruídos já podem ser ouvidos neste ano de eleições municipais. A base para que a aliança política entre o clã dos Vilela e dos Gomide se viabilize, inevitavelmente, passará por 2016. Portanto, para quem observa atentamente a política goiana, é bom ficar de olho.
Com Marconi fora do páreo, montagem do quadro eleitoral é só indefinição
José Eliton e Lúcia Vânia, pela base aliada, podem enfrentar Ronaldo Caiado e Daniel Vilela pelas oposições em 2018
Pouso do vice-governador no ninho tucano é parte da engrenagem eleitoral que está sendo preparada para sucessão estadual

O superintendente do Sebrae, Igor Montenegro, pode disputar mandato de deputado federal em 2018? É possível. Executivo do primeiro time, de rara eficiência, Igor integra o grupo de apostas políticas do governador de Goiás, Marconi Perillo. Porém, no momento, Igor Montenegro só pensa em gerir bem o Sebrae. O projeto Sebrae Itinerante faz o maior sucesso

Aos 33 anos, Natalia Vodianova é mãe de quatro filhos e já estrelou campanhas de grandes marcas, Calvin Klein, Gucci e Louis Vuitton

Prefeito do Rio, presidente da Câmara dos Deputados e vice-presidente da República despontam como nomes do partido para a disputa