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Ao todo, a lei prevê 14 hipóteses de inelegibilidade, quem for pego um uma delas está sujeito a ficar até oito anos longe da disputa como candidato
A radicalização do debate de campanha se tornou algo mais do que o jogo da verdade nua e crua: o tucano quebrou o mito sagrado em torno da presidente
[caption id="attachment_18348" align="alignright" width="310"] Eleitores indecisos: agora o grande alvo dos dois candidatos à Presidência[/caption]
A pesquisa do Datafolha divulgada na quinta-feira revelou que 9% dos eleitores escolheram seus candidatos apenas no dia da votação do primeiro turno, há duas semanas.
São os eleitores tardios que esperam pelo estalo mágico diante das urnas. Outros 6% disseram que se decidiram na véspera.
Eles, os indecisos, abrem brecha para o empate técnico entre o tucano Aécio Neves e a presidente Dilma, sendo que a reeleição da segunda possui o dobro do potencial de crescimento do desafiante pelos cálculos do Datafolha: 13 contra 6%. Mas a contas revelam ainda que este é o segundo turno mais disputado desde a volta da eleição direta em 1989, há 25 anos.
Os indecisos eram 6% dos eleitores nos dados apurados pelo Datafolha há uma semana, contra outros 6% de nulos ou brancos. Na pesquisa do Ibope, coletada na mesma época e divulgada também na quinta, os indecisos eram 5%, contra 7% de votos nulos ou brancos.
Rejeição
Nesta corrida final, Aécio tem contra si o aumento da rejeição pelos eleitores, que encosta no número dos que prometem não votar em Dilma de jeito nenhum. No Datafolha, a rejeição a Aécio cresceu de 34 para 38% no espaço de uma semana. A de Dilma, no mesmo período, caiu de 43 para 42%. Na pesquisa do Ibope, a rejeição a Aécio subiu de 33 para 35%. A de Dilma desceu de 41 para 36%.
No Datafolha, os eleitores que dizem votar em Dilma estão em queda. Na última pesquisa antes do primeiro turno, ela tinha 48%, desceu a 46 e agora ficou com 43. Aécio está em alta. Tinha 42%, foi a 44 e chegou a 45. Ambos em empate técnico, considerando a margem de erro de dois pontos para cima ou para baixo.
No Ibope, as promessas de votos em Dilma estão em queda como no Datafolha. Eram de 45% antes do primeiro turno, desceram a 44 e chegaram 43. As promessas a Aécio subiram bem, mas depois cairam. Eram de 37%, saltaram a 46 e caíram a 45. Novamente, os dois candidatos estão empatados diante da margem de erro de 2%.
[caption id="attachment_18347" align="alignright" width="620"] Juiz federal Sérgio Moro: os petistas não querem que ele faça seu trabalho de apurar ação de quadrilha na Petrobrás[/caption]
Na mira das denúncias sobre corrupção no governo, a presidente Dilma, em defesa da reeleição vai ao ataque para denunciar manobras golpistas em série vindas da oposição. Trata-se de uma inovação da candidata ao inverter papéis: há um hábito político onde o golpe costuma ser instrumento de poder, vindo de cima para baixo contra a oposição.
A presidente confiou na base governista do Congresso e tentou algo assim quando, depois das manifestações de rua de junho do ano passado, lançou a ideia de uma constituinte para tratar exclusivamente da reforma política.
Se a exclusividade do tema já é algo exótico, a proposta incluía a excêntrica realização de um plebiscito prévio para o povo definir os itens passíveis de mudança na Constituição pelos constituintes. Considere-se ainda que a eleição de uma assembleia para mudar a Constituição não é sugestão que caiba a iniciativa do Executivo.
A ênfase na denúncia de golpismo surgiu na entrevista em que Dilma saiu da defensiva por um momento e foi ao ataque contra a oposição. Acusou oposicionistas de explorarem eleitoralmente a exibição na televisão de trechos em áudio de depoimentos à Justiça Federal pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef a respeito da corrupção na Petrobrás.
Acuada pelas delações dos dois corruptos a respeito da coleta de propinas entre 13 empreiteiras, todas fornecedoras da Petrobrás para financiar o PT e os aliados PMDB e PP numa reedição do mensalão, a presidente considerou golpista a divulgação do áudio. Para beneficiar seu desafiante na sucessão presidencial, Aécio Neves (PSDB).
Numa entrevista à imprensa, a candidata à reeleição usou três vezes o termo golpe neste conjunto de 19 palavras com final atrapalhado:
— Agora, na véspera eleitoral, sempre querem dar um golpe. Estão dando um golpe. Esse golpe, nós não podemos concordar.
Se a oposição queria um golpe, o PT veio com o contragolpe, que não passa de outro golpe. No começo da semana, uma delegação petista, à frente o presidente do partido, Rui Falcão, denunciou o responsável pelo processo da Petrobrás, juiz federal Sérgio Moro, ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria Geral da República.
Os petistas desejam que o juiz seja forçado a oferecer ao partido o acesso a todo o depoimento concedido por Costa e Youssef em troca da redução da pena criminal deles pela delação premiada. O acesso abrangeria as provas contra políticos que os dois réus apresentaram. Os petistas ainda acusam Moro pelo vazamento de informações sobre o processo.
Bem, aquela entrevista de Dilma sobre golpe. Ao acusar a oposição de “manipulação eleitoreira”, ela confundiu os processos jurídico e policial da apuração do roubo na petroleira. Considerou que o áudio foi deliberadamente vazado para ajudar a oposição. “Eu acho muito estranho e muito estarrecedor que, no meio de uma campanha, façam esse tipo de divulgação”, espantou-se.
A presidente preocupou-se com a carga explosiva de relatos criminais que prejudicam a reeleição, mas não deu bola ao conteúdo das denúncias. Assim como ignorou que os depoimentos de Costa e Youssef não eram secretos, ao contrário dos testemunhos na Polícia Federal. Nem poderia a Justiça interromper o seu trabalho de apuração por causa de campanha eleitoral.
Há dois anos, o Supremo Tribunal Federal não suspendeu o julgamento do mensalão, embora Lula, como quem chantageava, apelasse ao ministro Gilmar Mendes para evitar que mensaleiros fossem julgados no mesmo semestre de campanha eleitoral nos municípios. Ele queria o julgamento depois das eleições, ou seja, na prática, no ano seguinte.
A quadrilha ou ciranda da presidente Dilma em torno de golpe como mote da reeleição pode derivar do vezo de Lula em pressentir conspiração contra o partido ou governo deles em meros gestos de oposição ou de crítica ao sistema. Lula, com a mania de usar expressões fortes como meio de impressionar a clientela política e popular.
É um hábito esquisito na medida em que o golpe geralmente é associado a quem detém poder. Em 1964, a maioria militar estava na oposição ao governo Jango, mas exercia o poder armado. Recordemos um confronto de poder que ocorreu há 48 anos, em outubro de 1966 — mês também de eleições nos Estados.
A ditadura rompeu um acordo político com as lideranças governistas e cassou seis deputados do velho MDB, destinado pelo regime a fazer oposição. A Câmara não aceitou a ruptura do trato com os militares. Os cassados se refugiaram ali mesmo no plenário da casa, sob a proteção do presidente, Adauto Lúcio Cardoso, mineiro da Arena que se elegia deputado pelo Rio.
Certo dia, o marechal Castello Branco, ocupante do Planalto, mandou cortar a água e a luz do prédio. À noite, sob sua ordem, uma tropa militar invadiu a Câmara para retirar os cassados e fechar o Congresso. “Eu sou o poder militar. E o senhor quem é?”, o coronel Meira Mattos, chefe da operação, interpelou Adauto, que o encarou e rendeu-se:
— Eu sou o poder civil e curvo-me à força dos canhões.
Aquele, sim, era golpe de verdade, conflito entre poderes, que resultou no fechamento de um deles, o Legislativo. Dois anos antes, Meira Mattos se credenciou a fazer política com tropa armada ao comandar a intervenção em Goiás com a deposição do governador Mauro Borges. Era outro golpe.
E os golpes que Dilma observa na oposição? Sem usar a o termo, ela pressentiu golpe ao comentar com repórteres a ideia do rival Aécio Neves (PSDB) a favor do fim da reeleição em troca do mandato presidencial de cinco anos. “Quero saber que negociação está por trás dessa questão”, suspeitou da proposta e especulou:
“É uma negociação entre tucanos? É isso? É uma negociação para aumentar para cinco anos e depois prorrogar? É o tipo de proposta que tem de vir para a mesa clarinha, para a agente poder se pronunciar. Ninguém consegue fazer um governo efetivo em quatro anos.”
A malícia é um dom político, mas parece que Dilma subestimou o poder do PT e aliados em frear no Congresso a proposta de Aécio. É como se bastasse ao tucano, no próximo domingo, derrotar a reeleição que está em jogo para impor a mudança no mandato.
Na verdade, a presidente tem a missão de preservar a reeleição como regra do jogo para tentar garantir mais oito anos a Lula no Planalto a partir da sucessão em 2018. Façamos a conta Se Dilma se reeleger agora e Lula conquistar mais dois mandatos o PT completará 24 anos de poder sucessivo. Não é nada não é nada, trata-se de um quarto de século. Mas o PT quer mais.
A radicalização do debate de campanha se tornou algo mais do que o jogo da verdade nua e crua: o tucano quebrou o mito sagrado em torno da presidente
A quantidade de chuvas nas regiões Centro-Oeste e Sudeste será 67% da média histórica, o que contrasta com a Região Sul, onde tem chovido acima da média, com 147%

Enquanto o tucano desponta com 56,4% dos votos válidos, a petista tem 43,6% da preferência do eleitorado
De acordo com o Ministério Público Federal no DF, a quebra do sigilo de identidade do paciente vindo da Guiné provocou manifestações racistas e xenófobas contra ele

Na capital fluminense, a petista teria compromissos com os candidatos ao governo Luiz Fernando Pezão (PMDB) e Marcelo Crivella (PRB), que integram sua base aliada

Questionado sobre as motivações que o levou a cometer a série de assassinatos, o suspeito se limitou a dizer que precisa de “tratamento”
O papa questionou até quando se defenderão "sistemas de produção e de consumo que excluem a maior parte da população mundial, inclusive das migalhas que caem da mesa dos ricos?"
De acordo com ele, muitas vezes, esses condenados não têm consciência da gravidade de suas atitudes e enfrentam dificuldade para se identificar como racistas

Para o tucano, trata-se de uma questão de respeitar seus eleitores e batalhar para promover as mudanças para que, de fato, haja mudanças significativas no combate à violência

Nossos hospitais não estão apenas bem. Estão muito bem. Essa é a avaliação que o Secretário da Saúde do Estado de Goiás, Halim Girade, faz ao citar os investimentos que têm sido realizados pelo governo no setor. Segundo ele, os desafios agora se concentram em criar uma rede adequada para o interior, algo pelo qual a pasta já está se empenhando