Bastidores
Apesar de rara, junção entre tucanos e petistas já ocorreu na capital antes
O principal adversário do ex-prefeito será o prefeito Joaquim Guilherme. Maycllyn Carreira também planeja ser candidato
O executivo entraria no lugar de Valfran de Sousa Ribeiro, que poderá ser remanejado para outro órgão. Lopes tem dialogado com a bancada do MDB
A população em geral tem em seu imaginário que o Legislativo em geral é um lugar onde políticos pouco trabalham e se refestelam de mordomias com verbas para tudo que é tipo de coisa.
Todo mito tem um fundamento, claro, e o Parlamento no Brasil, em geral, das câmaras nas menores cidades até o Senado Federal, pouco se ajuda.
Sobre os vereadores em geral, corre à boca miúda que só “sabem” fazer sessões especiais para entregar medalhas – hoje, mais economicamente, distribuem majoritariamente diplomas – e mudar nome de rua. É verdade? Isso constitui parte da rotina de muitos parlamentos, mas o trabalho vai além disso.
De vez em quando, por exemplo, as câmaras se agitam por conta de alguma investigação. Em Goiânia, a Comissão Especial de Inquérito (CEI) sobre a Comurg foi evidentemente usada de forma muito mais política do que técnica, além do que há – seja numa cidade, no Estado ou na União – outras instituições que podem apurar, talvez bem melhor do que vereadores e deputados, se há irregularidades no Executivo.
Por isso, é importante ressaltar trabalhos que fogem à alçada da mera rotina e também não entram em processos que invariavelmente ameaçam assam batatas, mas terminam em pizza.
É o caso de projetos como o Abrace o Meia Ponte, destinado a propor ações que salvem a bacia hidrográfica que abastece a capital e toda a zona metropolitana; e o Viva o Centro, que visa movimentar a região central de Goiânia e levar equipamentos e atividades artístico-culturais para os bairros mais afastados.
Ambos são de iniciativa da vereadora Kátia Maria (PT), mas, como ela mesmo faz questão de salientar, foram “abraçados” pela Câmara, de modo especial por seu presidente, Romário Policarpo (Patriota).
Propostas como as acimas citadas acabam por gerar a organização de forças-tarefa com outras entidades e mostrar que, de fato, o Legislativo não está parado, nem voltado para si mesmo. Pelo contrário, está saindo às ruas e tentando mudar a realidade do lugar pelo qual trabalham.
Assembleias e câmaras nunca serão habitáculos de santos – como pouquíssimos lugares são, de fato. Mas a tarefa de mudar a imagem ruim que tem a política começa em ações locais que mostrem os políticos e seu entorno próximos à população mesmo fora de época de campanha.
O PDT, que tem o vereador Juarez Lopez na Câmara e na base, pode indicar alguém para a Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer
Vanderlan, Gayer e Adriana estão fortes em Goiânia. Mas nenhum deles tem o apoio de Ronaldo Caiado, Daniel Vilela, Silvye Alves, Gustavo Mendanha e Delegado Waldir
Se não for candidato na capital, Gustavo Gayer pode circular pelo interior, ao lado de Wilder Morais, como cabo eleitoral de candidatos a prefeito do PL
Centro-Oeste é grande desafio para o partido, que para presidente venceu, em alguma unidade federativa da região, em um já distante 2010, no DF
O prefeito, por causa do controle da máquina, acaba por ser forte. Mas falta-lhe estatura para enfrentar o deputado Professor Alcides Ribeiro
A vereadora esteve no gabinete do senador Wilder Morais, em Brasília, acompanhada do deputado federal Gustavo Gayer
Aliados do prefeito de Caldas Novas, Kleber Marra, do MDB, temem uma coisa: que acorde apenas em 1º de janeiro de 2025— quando terá de dar posse para seu sucessor.
Ante Evandro Magal, do Patriota, Kleber Marra é um avanço e tanto, inclusive no campo da probidade administrativa.
Porém, dada a inabilidade política do prefeito, Evandro Magal, espécie de vanguarda do atraso, tem chance de ser eleito prefeito. Isto, claro, se puder disputar o pleito de outubro de 2024.
Kleber Marra tem o apoio dos dois grandes grupos de turismo de Caldas Novas, o DiRoma (da deputada federal Magda Mofatto) e o Privê (da família Palmerston). Ou seja, está com a faca e o queijo nas mãos. Entretanto, dada sua proverbial lentidão, Evandro Magal pode aparecer e, de repente, tomar-lhe tudo.
Nos bastidores, os grupos empresariais, percebendo em Kleber Marra um avanço, em comparação à hecatombe chamada Evandro Magal, estão articulando a montagem de uma chapa consistente. O grupo Privê pode bancar o vereador Saulo do Privê (Saulo Inácio da Silva), do PSDB, para vice do prefeito. Já o Grupo DiRoma pode lançar o vereador Rodrigo Lima. O presidente da Câmara Municipal, Andrei Rocha, do União Brasil, também é cotado para vice.
Marinho Câmara, do PDT, pode ser candidato a prefeito ou vice de Fabrizio "da Construtora" da Silva.
Na Câmara Municipal corre a informação de que balancetes rejeitados de Evandro Magal podem impedir sua candidatura a prefeito. Mas o que se precisa constituir, de verdade, é uma “frente do bem” para derrotá-lo.
Uma derrota de Evandro Magal não é apenas uma derrota pessoal do ex-prefeito, e sim, sobretudo, a derrota de uma forma arcaica de fazer política e de lidar com o Erário.
Comenta-se da possibilidade de um grupo de empresários bancar a candidatura do empresário Fabrizio da Construtora para prefeito. Mas é possível que, se Kleber Marra melhorar a gestão, ele passe a apoiá-lo.
O problema de Kleber Marra é que sua gestão parece que não começa, ou seja, parece que está sempre começando. “A administração de Kleber é a mais amarrada possível. Ele não deslancha”, afirma um vereador.
Politicamente, Kleber Marra não articula mal. Tanto que se filiou ao MDB do vice-governador Daniel Vilela, conta com o apoio do vereador Andrei Rocha, que pertence ao União Brasil do governador Ronaldo Caiado, e conquistou o apoio de Magda Mofatto (que trocou o PL pelo Patriota). O que falta mesmo é gerir melhor a máquina pública e, ao mesmo tempo, divulgar com mais qualidade o que está fazendo em Caldas Novas. Consta que tem o que mostrar — só não sabe como fazê-lo. (E.F.B.)
Não é nada fácil vencer os milhões da família da prefeita Cida Tomazini. Mas, com o apoio do deputado, a campanha do empresário ganhará em profissionalismo
A deputada federal e o prefeito de Valparaíso já foram aliados, por longos anos, e poderão recompor para a disputa eleitoral de 2024
O senador não fala explicitamente sobre o assunto. Mas aliados lembram que o PSD é aliado do presidente Lula da Silva
O senador que transformá-lo no candidato de Jair Bolsonaro no município. Os dois são engenheiros e mantêm relacionamento estreito
