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“Mais de 70% dos aliados de Friboi já estão na campanha de Marconi”, diz Robledo Rezende

[caption id="attachment_13552" align="alignleft" width="620"]Frederico Jayme, Robledo Rezende e o governador Marconi Perillo: uma “aliança contra o rancor e o ódio” e em defesa da modernidade | Foto: Fernando Leite Frederico Jayme, Robledo Rezende e o governador Marconi Perillo: uma “aliança contra o rancor e o ódio” e em defesa da modernidade | Foto: Fernando Leite[/caption] Digamos que você está observando um dedo. No dedo há carne e há unha. Pois, em termos políticos, o empresário Júnior Friboi (PMDB) e o advogado Robledo Rezende são carne e unha. Indis­so­ciáveis. A senha para entender quem Friboi apoia para governador de Goiás é simples. Basta perguntar: quem Robledo está apoiando? “Júnior autorizou nosso grupo político, do qual é o líder, a apoiar o governador Marconi Perillo, que está nos tratando muito bem, de maneira republicana”, afirma Ro­bledo. “Não fizemos nada sem sua autorização. Mais de 70% dos aliados de Júnior já estão na campanha de Marconi.” Robledo, que já foi candidato a prefeito de Porangatu e é um político experimentado, afirma que está viajando o Estado com o objetivo de arregimentar as forças políticos organizadas por Friboi em apoio à candidatura do tucano-chefe. “Eu não paro um minuto, estou visitando todo o Estado, dialogando com nossos aliados. O quadro político é amplamente favorável a Marconi. Se fizer um trabalho bem feito, pode ganhar no primeiro turno.” Por que o grupo de Friboi decidiu apoiar Marconi? “Porque é melhor para o desenvolvimento de Goiás. Marconi não tem um projeto baseado no ódio, no rancor [uma referência a Iris Rezende, que odeia o tucano].” Friboi, que está no Co­lorado, volta para Goiás a partir do dia 25 deste mês. “Ele vai permanecer quieto, acompanhando o desenrolar da campanha. Seu objetivo é disputar o governo em 2018. Portanto, depois das eleições deste ano, vai trabalhar para manter a união da base peemedebista. Nós queremos democratizar o partido, por isso não pedimos desfiliação. O PMDB não pode ter dono. Deve, isto sim, ter militantes e líderes. Júnior reorganizou o partido, oxigenou-o, mas foi atropelado por Iris. Mas, como este não emplacou, Júnior está cada vez mais forte. Os peemedebistas sentem a sua falta.” Um dos coordenadores da campanha de Marconi, Robledo diz que o ambiente da base governista é saudável. “Os tucanos têm projetos para desenvolver Goiás. E seu ambiente não é carregado como o ligado a Iris Rezende. É uma pena que o PMDB tenha de perder mais uma vez para poder renovar-se de verdade, abrindo espaço para políticos modernos e não ressentidos.”

Hamlet no Cerrado: apesar do eleitorado em comum, Caiado e Schreiner não falam a mesma língua

josemariofaeg Setores do agronegócio definiram seu apoio: Ronaldo Caiado (DEM) para senador e José Mário Schreiner (PSD) para deputado federal. Caiado e Schreiner eram aliados, seus eleitores são quase os mesmos, mas romperam quando o segundo decidiu apoiar Vilmar Rocha para o Senado. Caiado apoia candidatos do PMDB para deputado federal, como Daniel Vilela. Em algumas regiões, Caiado apoia Iris Araújo e Pedro Chaves para deputado federal. A intimidade do deputado federal com a turma do PMDB é tanta que, nos bastidores, Iris Rezende brinca que, se for eleito, vai retirá-lo do DEM. O que, com ou sem vitória, não acontecerá: Caiado vai permanecer no Democratas.  

Goiano que anda com Marina Silva diz que não é radical e, se eleita, não fará nenhuma pirotecnia

[caption id="attachment_13555" align="alignleft" width="620"]Marina Silva e Eduardo Machado: o líder do PHS acredita que a líder do PSB vai para o segundo turno já na frente de Dilma Rousseff | Foto: Arquivo pessoal Marina Silva e Eduardo Machado: o líder do PHS acredita que a líder do PSB vai para o segundo turno já na frente de Dilma Rousseff | Foto: Arquivo pessoal[/caption] O goiano Eduardo Machado, presidente nacional do PHS, vive um momento ímpar: é um dos conselheiros políticos da campanha da candidata do PSB a presidente da República, Marina Silva. Seis partidos — PSB, PHS, PSL, PRP, PPS e PPL — estão na campanha da líder da Rede Sus­tentabilidade, espécie de partido dentro do Partido Socialista Brasileiro. Para se consolidar como candidata, a ambientalista precisava do apoio de pelo menos quatro partidos. Havia resistência. Depois, houve certa resistência à indicação de Beto Albuquerque para vice, mas a união acabou acontecendo. Eduardo foi uma das chaves mestras da aliança. Como era muito próximo de Eduardo Campos, político moderado, o político goiano assustou-se, num primeiro momento, com Marina. “Aproximei-me com os dois pés atrás. Ao conhecê-la, percebi que, embora seja uma política que defende seus princípios, não é intransigente. Tanto que, quando me dizem que é ‘radical’, sugiro que seja vista a partir do que realmente diz e não das qualificações impostas por adversários. Sem dúvida que se trata de uma mulher austera e espartana, até elegante na sua simplicidade, mas sobretudo é calma, tranquila e pouco adepta de pirotecnias político-administrativas.” Marina, se eleita, planeja governar com os “melhores” quadros políticos e técnicos de vários partidos. “Mas tem suas restrições. O governador do Paraná, Beto Richa, candidato à reeleição, pediu para o pessoal de Marina moderar o tom de suas críticas. Porém, mostrando que a circunstância eleitoral não sacrifica seus princípios, Marina disse que não contemporiza com Richa, Ge­raldo Alckmin ou pessoas da indústria do tabaco e do ramo de bebida alcoólica. Não quer, por exemplo, dinheiro da Ambev e garante que não aceita financiamento do agronegócio.” Afinal, Marina é contra o agronegócio? “Marina é vítima de mal-entendidos. É contra o agronegócio nocivo ao meio ambiente e, portanto, ao indivíduo. É contra desmatar por desmatar. Avalia que o futuro dos brasileiros em geral não pode ser sacrificado para atender exclusivamente à necessidade de lucro imediato do mercado.” Na semana passada, ao conversar com o Jornal Opção, a partir de São Paulo, Eduardo comemorava trackings articulados pelo PHS e pela estrutura da aliança de Marina. “Em todas as simulações de segundo turno, Marina derrota a presidente Dilma Rousseff.” Ao conversar com Maria Alice Setubal, Neca, sócia do Banco Itaú, Eduardo perguntou-lhe por que apoia Marina. Neca, coordenadora do plano de governo da socialista, ao lado de Maurício Rands, foi sucinta: “Eu queria um farol, alguém em quem acreditar”. Walter Feldman disse a Eduardo: “Com a morte de Mário Covas, fique sem inspiração política. Apoio Marina porque ela é inspiradora”. Se eleita, acredita Eduardo, Marina será capaz de ir além das mudanças cosméticas promovidas pelo PT. “Marina acredita que é possível melhorar a educação e a saúde públicas e aposta numa inclusão social que seja mais ampla do que a Bolsa Família. Ela deve ampliar e modernizar o investimento no social.” Por que as pessoas estão acompanhando Marina, num movimento quase religioso? Eduardo contrapõe: “Embora Marina seja religiosa [é evangélica], as pessoas a acompanham muito mais pelo caráter cívico de sua pregação, pela crença de que é possível construir um país ambientalmente mais rico. Os eleitores percebem que Marina é contra a política tradicional e que planeja mudar o modelo político do país, aperfeiçoando o Estado para servir ao cidadão, e não apenas a grupos econômicos e políticos”. Num primeiro momento, Marina atraiu votos de indecisos e daqueles que votam nulo. “Mas pode anotar que, a partir de agora, sua campanha, posta nas ruas e na televisão, vai ‘sangrar’ as campanhas de Dilma Rousseff e Aécio Neves”, aposta Eduardo. “Acredito que Marina vai para o segundo turno já na frente de Dilma.” A equipe de Marina tem ecochatos e malucos-beleza? “O que mais impressiona é que Marina tem informação de qualidade e assessoria técnica do mais alto nível. Neca Setubal, que conhece bem o setor financeiro, é um exemplo. Maurício Rands é extremamente competente e não é à toa que era um dos mais próximos assessores de Eduardo Campos. Eduardo Giannetti, doutor por Cambridge, está colado na nossa candidata. São pessoas racionais e muito bem preparadas. Neca, por exemplo, já disse que Marina, se eleita, deve promover a autonomia do Banco Central e tem metas rigorosas para combater a inflação. A meta inicial é mantê-la em 4,5% e, a partir de 2019, 3%. Isto prova que Marina não quer inventar a roda. Agora, quem espera fisiologismo, concessões não-éticas, vai cair do cavalo.” Recentemente, com a crise que provocou a saída de Carlos Siqueira da coordenação da campanha do PSB e com a resistência ao nome de Beto Albuquerque (o deputado, por ser do Rio Grande do Sul, mantém ligação com o agronegócio) — havia quem apostasse que o melhor nome, do ponto de vista eleitoral, seria o de Renata Campos, mulher do falecido Eduardo Campos —, adversários apostaram na desestabilização da campanha da socialista. “Qual nada! Marina comportou-se da maneira mais tranquila possível. Ela disse: ‘Não podemos perder o momento histórico de eleger o presidente da República’. Sua frase, sucinta e verdadeira, aglutinou todo mundo.” Admirador incondicional de Eduardo Campos, o Eduardo goiano diz que, “com perdão da referência indireta ao acidente, ele era um ‘avião’. Articulava como o melhor dos articuladores mineiros, talvez mais do que Aécio Neves, outro bom articulador. Mas, do ponto de vista estritamente eleitoral e de assimilação nacional, Marina supera o político pernambucano”. Aécio e Dilma passam, na opinião de Eduardo, por uma fase de “desespero”. “Aécio, político habilidoso, sabe que, se cair muito — a 43 dias das eleições —, não se recupera mais. Por isso, a partir de agora, terá de atacar tanto Marina quanto Dilma, o que pode levar sua campanha a deixar de ser propositiva, que era sua intenção inicial. Já começam a dizer que Marina é uma espécie de ‘petista mascarada’. Ela foi petista, mas deixou o partido por discordar dos conchavos do partido para permanecer no poder e de sua falta de coragem para enfrentar questões sérias, como a defesa do meio ambiente. Dilma está mostrando o que fez e o que está fazendo, mas, a partir de certo momento, vai partir para o ataque. Marina vai colar em Dilma e, insisto, deve passá-la já no primeiro turno.”  

Se Aécio Neves não for para o 2º turno, Marconi pode apoiar tanto Marina Silva quanto Dilma Rousseff

O governador de Goiás, Marconi Perillo, é tucano e apoia Aécio Neves, do PSDB, para presidente da Re­pública. Porém, na hipótese de o senador mineiro ficar fora do segundo turno, o tucano-chefe goiano fica à cavalheiro para se reposicionar politicamente. Há três cenários. Primeiro, a neutralidade, ou seja, não apoiar nem a petista Dilma Rousseff nem a socialista Marina Silva. Ressalve-se que Marconi é um político que assume posições. Segundo, uma possível aliança com Marina Silva, se, no caso de segundo turno em Goiás, o socialista Vanderlan Cardoso decidir apoiá-lo de modo convicto, subindo no seu palanque. Terceiro, apoio à presidente Dilma Rousseff. Como o tucano não tem compromisso com Marina Silva, uma aliança com a petista não é impossível. Marconi tem dito que a presidente não boicotou seu governo, comportando-se de modo efetivamente republicano. Qual é o melhor cenário para Marconi? Vai depender da eleição em Goiás. Se for eleito no primeiro turno, a decisão fica ainda mais fácil.

A bela modelo e ex-pastinha Luciane Hoppers circula em Brasília com político de Goiás

795 Uma jornalista diz que ficou surpresa ao avistar, numa loja de joias do shopping Iguatemi de Brasília, um político goiano de mãos dadas com a modelo e ex-pastinha Luciane Hoppers. O relato da repórter: “O garotão parecia apaixonado, sugerindo não se importar com os olhares dos curiosos”. Detalhe: o político-lobista é casado. A jornalista perguntou para um repórter do Jornal Opção: “Mas o político e a ex-pastinha não haviam terminado o namoro?” Resta à redação responder citando Shakespeare, autor inglês muito bem examinado pelo genial Samuel Johnson: “Há mais entre o Céu e a Terra do que imagina nossa vã filosofia”.

“Iris Rezende pode ser o Marconi Perillo de 2014”, afirma Agenor Mariano

[caption id="attachment_13550" align="alignleft" width="300"]Iris Rezende e Agenor Mariano: “Nenhum político ganha eleição por antecipação” | Foto: Fotos: Fernando Leite/Jornal Opção Iris Rezende e Agenor Mariano: “Nenhum político ganha eleição por antecipação” | Foto: Fotos: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption] O vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano (PMDB), se considera, acima de tudo, um político que une realismo e otimismo. “Sem ser realista, não se percebe a realidade. Sem ser otimista, não se constrói uma vida melhor para os indivíduos”, afirma. Envolvido “até o pescoço” na campanha de Iris Rezende para governador de Goiás, Agenor especula: “98 está aí para assombrar o assombrador. Noutras palavras, Iris pode ser o Marconi Perillo de 2014”. Agenor diz que é jovem, mas que acompanha o processo político de Goiás e do Brasil há vários anos. “O que posso dizer, dada a minha experiência, é que não se ganha uma eleição por antecipação. Eleição é definida na marca do pênalti. As pesquisas de intenção de voto traduzem um mo­mento, com campanha eleitoral incipiente. Com os candidatos com os blocos nas ruas e suas imagens e histórias na televisão e no rádio, o quadro tende a ficar mais complexo. Para usar uma expressão popular, quem apostar em quadro definido pode dar com os burros n’água.”

“Caiado empolga a militância do PMDB”, afirma Agenor Mariano

O vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano, afirma que a militância do PMDB abraçou a candidatura de Ronaldo Caiado a senador.

“Caiado se deu bem com nosso pessoal, que aprecia suas posições firmes e éticas. Caiado não tem medo ou receito de dizer a verdade. A militância peemedebista gosta disso”, afirma Agenor.

Prefeito de Goiatuba contesta Caiado e diz a tucanos que não foi pressionado para apoiar Marconi

O deputado federal Ronaldo Caiado disse ao Jornal Opção que o prefeito de Goiatuba, Fernando Vasconcelos (PMDB), estaria sendo pressionado a apoiar à reeleição do governador Marconi Perillo. Ele teria sido cooptado à força. Ouvido por dois tucanos, o prefeito não confirmou as pressões. Pelo contrário, demonstrou entusiasmo com as candidaturas de Marconi a governador e de Giuseppe Vecci a deputado federal e nenhum ânimo com o candidato do PMDB, Iris Rezende. Não é a primeira vez que Fernando Vasconcelos contesta as opiniões de Caiado. Ele tem sugerido que o deputado democrata pare de falar em seu nome, porque não é seu porta-voz. Como não pertence ao PMDB, Caiado não é capaz de perceber uma espécie de fadiga de material que há em relação a Iris. Os peemedebistas se dizem cansados de trabalhar para Iris e, quando são candidatos a prefeito e vereador, não são apoiados por ele.

Vereadores aliados de Maguito Vilela migram para o palanque de Marconi Perillo

b mv d O governador Marconi Perillo está crescendo politicamente em Aparecida de Goiânia. Dos 25 vereadores, dezesseis já estão trabalhando na campanha do tucano-chefe. Alguns vereadores são aliados do prefeito Maguito Vilela (PMDB), mas foram liberados para apoiá-lo. Até o presidente da Câmara Municipal, Gustavo Mendanha (PMDB), filho de um líder histórico do partido, já está apoiando Marconi. Ele também está na campanha de Daniel Vilela (PMDB), para deputado federal, e na de Marlúcio Pereira (PTB), para deputado estadual. Maguito não veta a aliança de peemedebistas com Marconi e apresenta dois argumentos. Primeiro, o governador tem apoiado sua gestão, atuando de modo republicano. Segundo, não se comporta como ditador e, por isso, não obriga ninguém a apoiar e votar em Iris Rezende. Não se pense, porém, que Maguito está traindo Iris. Não está. Dos políticos ligados a Júnior Friboi, o prefeito é um dos poucos que permanecem leais a Iris e trabalhando com afinco na sua campanha. Não trabalha mais, porque precisa administrar Aparecida, uma cidade com muitos problemas e poucos recursos. O núcleo duro do irismo, que não parava de falar mal de Maguito, diminuiu a carga. O fato é que os iristas não apreciam o prefeito.

Aliado de Iris Araújo sugere que Sandro Mabel faz jogo duplo ao apoiar o tucano Alexandre Baldy

Um aliado da deputada federal Iris Araújo, o lado hard-tuiteiro de Iris Rezende, criticou o deputado Sandro Mabel com acidez. Na conversa com um deputado, ele disse: “Mabel diz que apoia Iris para governador, garante que está articulando no interior, mas só recebemos notícias de que está articulando a candidatura do empresário Alexandre Baldy, do PSDB, a deputado federal. No pleito eleitoral, não dá para servir a dois senhores ao mesmo tempo”.

Se eleito, Alexandre Baldy deve ancorar grupo que aposta na renovação política

[caption id="attachment_13541" align="alignleft" width="620"]Baldy visita feira em Anápolis: interlocução com a sociedade Baldy visita feira em Anápolis: interlocução com a sociedade[/caption]

Operadores políticos e o meio empresarial já quebram a cabeça para traçar como será o cenário em Goiás após as eleições. Com as pesquisas eleitorais embaixo do braço, a maioria já faz análises tendo como certa a vitória de Marconi Perillo. O próximo passo na leitura do cenário é descobrir que tipo de liderança política sairá fortalecida do processo eleitoral.

Nessas projeções, um nome é citado frequentemente como uma das referências: Alexandre Baldy, o ex-titular da Secretaria de Indústria e Comércio que, neste ano, estreia em eleições como candidato a deputado federal pelo PSDB. Tanto marconistas quanto adversários do governador observam que o jovem empresário é favorito para vencer e também para se firmar como figura preponderante no novo cenário.

 Essa leitura se baseia na equipe profissional que Baldy escolheu para estruturar seu trabalho político e também no seu perfil pessoal, que começa a se tornar mais conhecido pela sociedade. Ninguém pode contestar, por exemplo, que o trabalho da SIC, nos anos em que ele a comandou, foi uma das experiências mais bem-sucedidas no governo Marconi.

 O governador e o próprio Baldy não se cansam de repetir seus resultados na campanha: atração de R$ 31 bilhões em investimentos privados, geração de 215 mil empregos e 7 bilhões de dólares em exportações. Um dado mais recente, publicado na sexta-feira, 22, comprova ainda mais esse sucesso: no último trimestre, a economia brasileira encolheu 0,4%, mas Goiás manteve crescimento de 2,5%.

 É certo que governo, sozinho, não produz crescimento econômico, mas é decisivo: incentivos fiscais, desburocratização, capacitação de empreendedores, organização de cadeias produtivas, interlocução com os diversos segmentos e também com investidores externos. Bingo para quem disser que essas foram tarefas que estavam nas mãos de Baldy e sua equipe.

 Se sair vitorioso das eleições, o ex-secretário reunirá todas as condições para ancorar um dos mais fortes projetos de renovação dentro do grupo marconista. Jovem, bem-sucedido na vida empresarial e na gestão pública e com capital eleitoral, Baldy certamente será um polo de atração de forças que já enxergam a política com um outro olhar.

“A economia vai derrotar Dilma Rousseff para presidente”, diz o economista Valdivino Oliveira

[caption id="attachment_13539" align="alignleft" width="300"]Valdivino Oliveira: “Expansão da desindustrialização vai gerar mais desemprego e Dilma pode perder” | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção Valdivino Oliveira: “Expansão da desindustrialização vai gerar mais desemprego e Dilma pode perder” | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption] O tucano Valdivino Oliveira, candidato a deputado federal, afirma que a economia tende a derrotar a presidente Dilma Rousseff. “O país não cresce, não há consumo suficiente para alavancar a expansão econômica e os empresários não se sentem motivados a investir. A China e a Rússia investem 26% do PIB. O Brasil investe menos de 18%.” Quando diz que a crise deriva de problemas externos, Dilma, embora seja economista, “demonstra desconhecer como funciona efetivamente a economia. A presidente tem de resolver os gargalos internos, como investir com mais qualidade e velocidade na recuperação e expansão da infraestrutura do país. Os portos terão sua capacidade esgotada até 2015, segundo um levantamento. Se é assim, como o empresário brasileiro vai exportar?” A retomada da inflação, afirma Valdivino, é um problema interno. “O Brasil passou o teto da meta de 4 a 6,5%. A inflação está superando 6,5% e está ficando inadministrável. Eu dizia que o país não iria crescer mais de 1,5% em 2014. Agora, os especialistas falam em menos de 1%. Endividado, o brasileiro está consumindo menos. A política cambial e fiscal facilita as importações. E aí se tem a desindustrialização e, consequentemente, desemprego”. Valdivino frisa que a tendência, cada vez maior, é o Brasil exportar menos bens manufaturados. “Para piorar a situação, o governo petista gasta muito e mal.” Por que, apesar da crise nacional, Goiás cresce mais do que a média nacional. “Porque o Estado tem incentivos fiscais. Portanto, atrai empresas e gera empregos. A guerra fiscal, ao contrário do que costumam dizer políticos de São Paulo, gera competitividade, crescimento e desenvolvimento.”

Incentivado a atacar para crescer, Vilmar Rocha prefere fazer uma campanha propositiva

O deputado federal Vilmar Rocha (PSD) é mesmo um político diferenciado. Recomendam, todos os dias, que faça críticas cerradas ao deputado federal Ronaldo Caiado (DEM), seu principal adversário para o Senado. Mas ele se recusa, insistindo que vai fazer, do começo ao fim, uma campanha propositiva. Depois, foram informá-lo que a suplente de deputada federal Marina Sant’Anna iria usar uma gravação na qual ele a elogia e que, como estão em campanha, deveria processá-la. Vilmar recomendou ao seu advo­gado para não processar a petista, candidata ao Senado, e acrescentou que não retirava as palavras. “Eu falo bem mesmo das pessoas”, sintetizou.

Candidatos da base governista acusam aliados de fazerem campanha milionária para deputado federal

Há uma guerra declarada na base governista, especialmente na disputa para deputado federal. Um candidato grita: “Você está gastando demais. É absurdo!” O outro retruca: “E você pertence ao quinteto dos mais gastadores”. Sete candidatos a deputado federal, dois da base peemedebista e cinco da base governista, são apontados como autores de campanhas milionárias. Alguns deles admitem que, nesta eleição, quem não gastar muito e bem não será eleito.

Redes sociais ampliam campanha de Marconi Perillo, que cresce em Goiânia

marconi perillo pesquisa agosto 2

Sem campanha de rua e propaganda eleitoral na TV e rádio, o governador Marconi Perillo usou outro artifício para ganhar espaço em Goiânia e reduzir a diferença para o rival Iris Rezende: as redes sociais. O trabalho nas redes de Marconi e a força da militância digital propagam as obras e benefícios realizados pelo governo estadual na Capital, como a reforma do Autódromo, a duplicação da GO-120, os viadutos, a conclusão do estádio Olímpico e Centro de Excelência, entre outros.

Por tabela, as redes sociais ainda atraem para o lado marconista o eleitor jovem, que domina o ambiente da internet. Marconi está presente e dialoga com facilidade em todas as plataformas (Facebook, Twitter e Instagram). Além disso, conseguiu entrar na mais nova moda dos smart phones; o WhatsApp. O comitê virtual criado pela estudante Larissa Paiva repercutiu, ganhou corpo e hoje está consolidado entre os jovens.

As estratégias deram certo e a prova está na pesquisa Serpes. O último levantamento mostrou que Marconi reduziu pela metade a diferença para Iris em Goiânia. O governador também lidera na faixa etária entre 16 e 24 anos: 35,8% contra 22,6% de Iris Rezende. Não se pode esquecer que o peemedebista tem outro entrave: a gestão conturbada de Paulo Garcia na Prefeitura de Goiânia.

Iris foi quem fez Paulo prefeito e as graves crises na gestão petista respingam no candidato do PMDB. Tanto que Iris nem fala em Paulo Garcia, assim como Antônio Gomide, que é do mesmo partido do prefeito da Capital.