O governador de Goiás, Marconi Perillo, é tucano e apoia Aécio Neves, do PSDB, para presidente da Re­pública. Porém, na hipótese de o senador mineiro ficar fora do segundo turno, o tucano-chefe goiano fica à cavalheiro para se reposicionar politicamente. Há três cenários.

Primeiro, a neutralidade, ou seja, não apoiar nem a petista Dilma Rousseff nem a socialista Marina Silva. Ressalve-se que Marconi é um político que assume posições.

Segundo, uma possível aliança com Marina Silva, se, no caso de segundo turno em Goiás, o socialista Vanderlan Cardoso decidir apoiá-lo de modo convicto, subindo no seu palanque.

Terceiro, apoio à presidente Dilma Rousseff. Como o tucano não tem compromisso com Marina Silva, uma aliança com a petista não é impossível. Marconi tem dito que a presidente não boicotou seu governo, comportando-se de modo efetivamente republicano.

Qual é o melhor cenário para Marconi? Vai depender da eleição em Goiás. Se for eleito no primeiro turno, a decisão fica ainda mais fácil.