Bastidores

[caption id="attachment_36942" align="aligncenter" width="620"] Filiação do ex-secretário foi prestigiada pelo presidente do partido, Vilmar Rocha, e do deputado estadual Virmondes Cruvinel | Foto: reprodução / Facebook[/caption]
Na semana passada, na filiação do historiador e gestor Gilvane Felipe ao PSD, com a presença do secretário das Cidades e Meio Ambiente, Vilmar Rocha, chegou-se a comentar: “Qual é o deputado que está se filiando?”
É que o evento, na sede do partido, foi bem prestigiado. Gilvane Felipe vai coordenar a Fundação Espaço Democrático em Goiás.
A ala mais jovem do PSD ficou entusiasmada com a filiação de Gilvane Felipe, que, embora tenha passado dos 50 anos, mantém interlocução positiva com a garotada, talvez porque tenha sido secretário da Cultura do governo Marconi.

[caption id="attachment_23125" align="aligncenter" width="620"] Prefeito João Gomes e o governador Marconi Perillo: relação que vai além da cordialidade | Foto: Henrique Luiz / Goiás Agora[/caption]
O governador de Goiás, Marconi Perillo, e o prefeito de Anápolis, João Gomes, estão cada vez mais próximos.
Recentemente, o tucano-chefe compareceu ao casamento de uma filha de João Gomes. Durante a cerimônia, os dois conversaram longamente.
Detalhe: Marconi Perillo e João Gomes são amigos há vários anos. Do ponto de vista administrativo, o bom relacionamento de João Gomes — e, antes dele, Antônio Gomide — com o tucano-chefe tem sido positivo para o município.

O alto tucanato tem dito que, na disputa para o governo em 2018, teme mais o deputado Daniel Vilela — que é apresentado como simpático e agregador, além do que pode simbolizar o novo — do que o senador Ronaldo Caiado. Caiado é apontado como tendo teto e, com 69 anos em 2018, dificilmente poderá ser apontado como elemento de renovação.
O partido pode lançar candidato a prefeito, mas a cúpula planeja bancar nome consistente, não para competir, e sim para ganhar
O historiador e gestor, ex-superintendente do Sebrae e ex-secretário da Cultura, vai coordenar a Fundação Espaço Democrático

Duas unidades da JBS-Friboi e uma unidade da BRF em Goiás não poderão exportar carne para o país dirigido por Vladimir Putin
O senador do DEM deve levar, por meio de emendas,10 milhões de reais para Anápolis
O deputado federal Roberto Balestra aposta em Abelardo Vaz para prefeito e não em Lucas Calil
O quadro político-eleitoral do município de Nova Aurora está indefinido. O prefeito Vilmarzinho Dias Carneiro (foto), do PT, não definiu se vai disputar a reeleição, em 2006. Motivo: eleitores desaprovam sua gestão, que seria pouco criativa. José Urias Carneiro, primo de Vilmarzinho, trocou o PT pelo PSB e pode disputar a reeleição. Se a legislação eleitoral não proibir sua candidatura, dado o parentesco com o prefeito, tende a ser candidato.
O DEM pode lançar Divininho da Delma. Mas ele é mais cotado para vice de José Urias Carneiro.
Prefeita por dois mandatos, Neusa Maria Alcino é o provável nome do PSDB. Deve ser a principal rival de Vilmarzinho.
O vereador Jerry dos Santos também é mencionado para disputar mandato majoritário. Ele gostaria de compor uma chapa com Neusa Alcino. Mas a tendência é que vá à reeleição.
Jerry dos Santos se apresenta como aliado de Neusa Alcino, mas, ao mesmo tempo, é aliado de Bruno Peixoto, do PMDB.
Gilvane Felipe vai assumir a coordenação da Fundação Espaço Democrático do PSD em Goiás.
Formado em História pela Universidade Federal de Goiás e mestre em História pela Sorbonne, Gilvane Felipe aceitou o convite do presidente do PSD, Vilmar Rocha, para contribuir para formular o pensamento do partido no Estado.
Gilvane Felipe é um dos principais auxiliares de Vilmar Rocha na Secretaria de Cidades e Meio Ambiente do governo de Goiás.
Hoje, o valor da Celg tende a ser de 6,5 bilhões — o que seria 10% do ajuste fiscal. Será menor, claro, se for 3 bilhões, como indicam as projeções para 2016. O valor que pode ser apurado no momento é considerável para ajudar no equilíbrio das contas do governo.

[caption id="attachment_36479" align="aligncenter" width="620"] Alexandre Baldy sugere que, se não assumir a presidência do PSDB de Goiás, pode migrar para partido da filha de Roberto Jefferson | Foto: reprodução / Facebook[/caption]
Insatisfeito com o suposto veto do governador Marconi Perillo à sua candidatura a presidente do PSDB de Goiás, o deputado federal Alexandre Baldy disse a vários políticos, na semana passada, que está de malas prontas para deixar o partido.
Baldy conversou com a deputada federal Cristiane Brasil — filha do ex-deputado Roberto Jefferson, do Rio de Janeiro — e, se confirmada a saída do deputado federal Jovair Arantes, que estaria prestes a assumir o comando do PHS em Goiás, o jovem parlamentar e empresário assumiria o controle do partido no Estado.
Nenhum partido quer perder um deputado federal, ainda mais um jovem promissor como Baldy, mas um marconista fez um comentário ácido ao saber que ele estava tricotando com Cristiane Brasil: “O governador Marconi suporta Jovair Arantes, com suas pressões frequentes, há vários anos e não tem o mínimo interesse em suportar outro político com as mesmas ‘virtudes’ [o tucano cobrou aspas]. Não quer a saída de Baldy, mas, se ele estiver mesmo decidido, nada se pode fazer”.
Na verdade, a turma do deixa-disso já está em campo, para apaziguar os ânimos. Mas Baldy estaria extremamente “irritado” e disposto a romper com a cúpula tucana. Ao se aproximar de Cristiane Brasil, estaria dando um recado, quer dizer, tem alternativa e não depende do marconismo.
A um tucano, Baldy confidenciou que ainda não definiu se vai disputar a Prefeitura de Anápolis e que pode se resguardar para a disputa de 2018. O jovem empresário tem muito mais interesse em disputar o governo do que a prefeitura anapolina. “Ele teme perder em 2016 e ficar com a imagem fragilizada tanto para a disputa de 2018 quanto para a de 2022”, frisa o tucano.
Afinal, Baldy sai mesmo do PSDB? Na verdade, não quer abandoná-lo. Pelo contrário, quer ficar, dada a estrutura do partido, mas desde que seja eleito seu presidente regional. O problema é que a base marconista prefere Afrêni Gonçalves — que não tem mandato — na presidência.

[caption id="attachment_34925" align="aligncenter" width="620"] Marconi Perillo: o governador quer apresentar uma gestão motivada, em ação, e sugere que vai conseguir novos recursos financeiros | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Nos mais recentes encontros, o governador Marconi Perillo tem puxado as orelhas de alguns de seus principais auxiliares. O tucano-chefe tem sugerido, com sua perspicácia habitual, que é preciso reorientar o discurso do governo, que deve ser mais proativo e falar menos de crise e cortes. No momento, a imagem cristalizada é de que o governo não tem dinheiro para nada, por isso as secretarias estariam paralisadas e os secretários teriam se tornado figuras meramente decorativas.
O que o governador está sugerindo é que os secretários saiam da inércia — até confortável àqueles que não querem mesmo produzir —, usem mais criatividade e mostrem à sociedade que o governo está trabalhando. Sua gestão, mesmo com os parcos recursos contingenciados, estaria inaugurando obras no interior e concluindo obras em alguns municípios, como o credeq de Aparecida de Goiânia, o centro de excelência e o Hospital de Urgências 2 de Goiânia, e o centro de convenções de Anápolis. Em suma, os passos do governos são mais lentos, por falta de recursos financeiros, mas são passos — não se está “parado”.
Aos mais descrentes, Marconi Perillo tem dito, de maneira enfática, que o governo está enxugando suas estruturas estatais com o objetivo de se recuperar a capacidade de investimento do setor público. Ressalta que, em 2016, as contas ajustadas levarão a que o Estado possa obter novos financiamentos.
Embora não esteja fazendo proselitismo a respeito de três questões, exceto com os mais íntimos, Marconi Perillo persiste otimista sobre a possibilidade de recursos, por assim dizer, extras. O governo de Goiás tem cerca de 2 bilhões a 3 bilhões para “receber” da Codemin. O dinheiro não entraria no caixa, pois seria utilizado para abater a dívida do Estado. Feito isto, o governo poderia deixar de pagar cerca de 80 milhões por mês — o equivalente, num ano, a quase 1 bilhão de reais.
A privatização da Celg, que pode sair em 2015 — o realismo sugere 2016 —, colocará ao menos 3 bilhões no caixa do Estado. O que reorganizaria as contas do governo em curtíssimo prazo. Há também a possibilidade de o governo utilizar pelo menos 70% de depósitos judiciais que estão em bancos. De imediato, o governo poderia pôr a mão em 500 milhões ou 700 milhões de reais.
Marconi Perillo é contra a tese do “otimismo em gotas”, mas também abomina o “pessimismo em ondas”. Aliados dizem que tem “sorte”. De fato, tem. Porém, se não trabalhasse, se não buscasse novos recursos e parcerias, a sorte não bastaria. O tucano é atento e perceptivo. Do ponto de vista estritamente político, quando as oposições começam a desvendá-lo, cristalizando uma crítica, o político-gestor apresenta um viés diferente, acrescendo uma novidade, mostrando-se mutante, e a crítica cai por terra.

[caption id="attachment_36477" align="aligncenter" width="620"] Promissores: deputado federal Daniel Vilela (PMDB), vice-governador José Eliton (PP), deputada estadual Adriana Accorsi (PT) e o secretário Thiago Peixoto (PSD) | Fotos: Jornal Opção / Governo de Goiás[/caption]
Oito políticos e marqueteiros elaboraram, a pedido do Jornal Opção, a lista dos 10 políticos que avaliam com os mais promissores de Goiás:
1 - Adriana Accorsi
2 - Daniel Vilela
3 - Fábio Sousa
4 - Giuseppe Vecci
5 - Jayme Rincón
6 - José Eliton
7 - Marcos Abrão
8 - Thiago Peixoto
9 - Vanderlan Cardoso
10 - Virmondes Cruvinel
Os “eleitores” sugeriram que, da lista, devem sair ao menos um governador e um prefeito de Goiânia nos próximos anos. Francisco Júnior quase figurou na lista.
Sobre o tucano Fábio Sousa, que vai bem como deputado, disseram: “Precisa ser mais ecumênico do que evangélico, seguindo o modelo de Iris Rezende”.
À petista Adriana Accorsi sugeriram a formatação de um discurso mais sólido e posições políticas mais explícitas.
Quanto a Daniel Vilela (PMDB), sublinharam que precisa se livrar, ao menos em parte, da sombra do pai, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela.
A Giuseppe Vecci (PSDB) recomendam mais paciência e diplomacia. Sustentam que tem conteúdo e sabe se impor em termos pessoais e políticos.
Quanto a Jayme Rincón (PSDB) formulam a tese de que precisa, se quiser ser candidato a prefeito de Goiânia, formular projetos de interesse da classe média.
Virmondes Cruvinel (PSD) deveria, sublinham, ser mais incisivo e menos cauteloso.
Sugerem que Thiago Peixoto (PSD) se exponha mais e não pense tanto que há “fila” em política. Na política, asseguram, “filas” existem para serem “furadas”, como ocorreu com Marconi Perillo em 1998.
Afirmam que Marcos Abrão (PPS) precisa diversificar mais seus temas, não se concentrando apenas em habitação, e, mesmo não se distanciando da senadora Lúcia Vânia, demarcar seu próprio território.
Sobre Vanderlan Cardoso (PSB) as opiniões se dividem. A maioria disse que precisa “refinar” seu discurso e torná-lo menos insosso e mais palatável. Mas um marqueteiro frisa que sua imagem de político sério, que tem capacidade de gestão, interessa ao eleitorado. “Ele tem feições ‘aborrecidas’. Precisa mudar isto”, afirma um marqueteiro. “Passa a impressão de que nunca está feliz.”

[caption id="attachment_33070" align="aligncenter" width="620"] Raquel Teixeira: a secretária não teria muito entusiasmo com as OSs na Educação | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção[/caption]
Depois de sondar os bastidores, em busca de informações precisas, o Palácio das Esmeraldas teria descoberto que, apesar do discurso aparentemente proativo, a secretária da Educação, Raquel Teixeira, não estaria muito entusiasmada com a implantação de organizações sociais nas escolas públicas estaduais. A ex-deputada federal estaria “retardando” e “segurando” o processo.
O governador Marconi Perillo não quer e não vai afastá-la, mas certamente vai pressionar para que intensifique a implantação das OSs na educação. O que se comenta é que Raquel estaria com receio de se tornar uma espécie de rainha da Inglaterra na pasta da Educação — como Leonardo Vilela teria se tornado na Saúde (o homem das OSs seria Halim “Poder” Girade).
A implantação do projeto das OSs na educação não é mesmo fácil, e há a resistência corporativa — a greve, em parte, tem a ver com isso —, por isso o governador criou uma força-tarefa para cuidar do assunto.