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Apesar dos mais de um milhão de votos, o palhaço não conseguiu repetir desempenho de 2010 e ficou atrás de Celso Russomano
Legenda do vice-presidente Michel Temer venceu em dez Estados, seguido pelo PT e PSDB que ganharam em cinco unidades federativas cada um
O partido elegeu apenas cinco deputados estaduais e até aquela que era apontada como maior candidata à Câmara Federal, Dona Íris, ficou de fora da lista dos vencedores
O peemedebista teve 28,40% da preferência do eleitorado, ficando atrás do governador e candidato à reeleição, Marconi Perillo (PSDB), que contou com 45,83%
Duas das principais apostas do PT de Goiás para deputado federal, o professor Edward Madureira, ex-reitor da Universidade Federal de Goiás, e o ex-subministro do governo federal Olavo Noleto não foram eleitos. O Professor Edward obteve 58.865 votos — um número expressivo — e Olavo Noleto recebeu 35.923 votos, um número pouco expressivo. O Professor Edward ficou como primeiro suplente do PT. Se Dilma Rousseff for reeleita, o petista goiano é cotado para assumir o Ministério da Educação.
Os eleitores do Tocantins são mesmo muito atentos e decididos. Durante algum tempo, assistiram, silentes, o deputado federal Júnior Coimbra (foto) tentando entregar o PMDB para o então governador José Wilson Siqueira Campos.
A vontade de jogar o PMDB nas mãos de Siqueira Campos e de Eduardo Siqueira Campos era tão forte que os tocantinenses passaram a chamar o parlamentar de Júnior Siqueira Campos Coimbra.
Durante algum tempo, Júnior Coimba conspirou para impedir a candidatura de Marcelo Miranda a governador do Tocantins. Este teve de recorrer ao vice-presidente da República, Michel Temer, para conseguir ser candidato.
Aos poucos, Júnior Coimbra caiu na real e deixou de atrapalhar o projeto de Marcelo Miranda — agora vitorioso.
Mas os eleitores não esqueceram o que Júnior Coimbra havia feito e deram o troco com a única arma que têm: o voto. O deputado não foi reeleito.
A eleição do Rio Grande do Sul assistiu a maior virada destas eleições. A senadora Ana Amélia, do PP, começou na campanha liderança. Depois, a 10 dias das eleições, deu-se a primeira virada, com o governador Tarso Genro, do PT, saltando para primeiro lugar. Mas com uma novidade: o candidato do PMDB, José Ivo Sartori, começou a crescer e foi se aproximando de Ana Júlia. Apuradas as urnas, a tendência de ascensão de José Sartori confirmou-se e ele se tornou o primeiro colocado, superando inclusive Tarso Genro. Ele vai para o segundo turno como favorito. José Ivo Sartori teve 40,40% dos votos válidos. Tarso Genro obteve 32,57%. Ana Amélia Lemos recebeu 21,79%.
A deputada federal Iris Araújo pretendia aposentar-se apenas em 2018 — ao completar 75 anos. Mas os eleitores se anteciparam e decidiram mandar a decana do PMDB mais cedo para casa, aos 71 anos. A peemedebista não conseguiu se eleger, recebendo uma votação pífia — menos de 70 mil votos. Pode ser que, além da renovação geral no PMDB, ocorra também uma renovação na família Rezende, com a possível aposentadoria tanto de Iris Rezende, de 81 anos (em dezembro) e Iris Araújo. É provável que a família banque a herdeira Ana Paula, casada com o empresário da construção civil Frederico Peixoto, sócio da FGR, para prefeita de Senador Canedo, ou até de Goiânia, em 2016. Se não for eleita, tende a ser candidata a deputada federal em 2018.
Um dos ícones do Senado, o já lendário gaúcho Pedro Simon, do PMDB, ficou em terceiro lugar nas eleições deste ano. Ele havia decidido abandonar a política, mas renunciou da renúncia e resolveu disputar a reeleição. Porém, praticamente não fez campanha. Lasier Martins, do PDT, foi eleito senador, com Olívio Dutra, do PT, ficando em segundo lugar. A derrota do petista é um mau sinal para o candidato a governador do partido, Tarso Genro. O PMDB tende a eleger o governador do Estado, no segundo turno.
Além de ser eleito no primeiro turno, sua esposa, Dulce Miranda, foi a mais bem votada para a Câmara Federal
A gestão de quatro anos do governador Agnelo Queiroz praticamente liquidou o PT do Distrito Federal. Na eleição deste ano, o PT não elegeu o governador e o senador. Agnelo, candidato à reeleição, ficou em terceiro lugar — bisonhamente. Geraldo Magela, candidato a senador, também ficou em terceiro lugar. Não era um nome ruim, mas Agnelo, que o brasiliense chama nas ruas de Agnulo — tornou-o muito pesado.
Para deputado federal, o PT elegeu apenas a médica Érika Kokay.
Eleita deputada federal, Dulce Miranda recebeu, proporcionalmente, uma das maiores votações do país
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Esperava-se que o pessedista tivesse entre 110 e 120 mil votos | Foto: Jornal Opção[/caption]
Esperava-se que a base do governador Marconi Perillo (PSDB) fizesse 11 ou 12 deputados federais. Na análise dos governistas, apenas alguma surpresa poderia levar à eleição de 13. E ela aconteceu com a votação inesperada de 274.493 votos de Waldir Soares (PSDB).
A votação do delegado da Polícia Civil passou tanto do número necessário para se eleger, que acabou elegendo mais um: Thiago Peixoto (PSD). O ex-secretário de Educação obteve 79.666 votos, que não é baixa, mas não o elegeria. Tanto que ele foi o 15º por ordem de votação, ficando à frente de Lucas Vergílio (SD) e Pedro Chaves (PMDB), que também foram eleitos graças à votação de Daniel Vilela (PMDB) – 179.214.
A título de comparação, Jorge Kajuru (PRP) teve 106.291 votos e não foi eleito devido ao coeficiente eleitoral. Isso porque ele foi o único de sua coligação a ter uma votação expressiva. Se Kajuru estivesse nas coligações de Iris Rezende (PMDB) ou de Antônio Gomide (PT), ele seria eleito.
É preciso dizer ainda que Waldir, de quebra, atrapalhou Dona Iris, visto que, mais da metade de sua votação veio de Goiânia (178.708), principal base eleitoral da peemedebista.
O marqueteiro goiano Marcus Vinicius Queiroz (foto) — o Midas que deu certo — está se especializando numa grande arte: derrotar o marqueteiro baiano Duda Mendonça. Não, os dois não disputaram eleições. Porém, na Colômbia, Duda articulou a campanha de Óscar Zuluaga, o mais votado no primeiro turno, e Marcus Vinicius assumiu a campanha do presidente Juan Manuel Santos no segundo turno. Parecia tudo perdido e Zuluaga já estava se preparando para encomendar o terno da posse.
Marcus Vinicius, misturando otimismo e realismo, disse a Juan Manuel que era possível “virar” o jogo. Em poucos dias, com algumas mudanças no marketing, o presidente colombiano saltou para primeiro e ganhou as eleições. Duda saiu da Colômbia com mais uma derrota nas costas. Ele teria dito: “Esse Marcus Vinicius ainda vai me pagar!”
Em seguida, Duda passou a atuar na campanha de Sandoval Cardoso (Solidariedade), na disputa pelo governo do Tocantins. Ele teve uma atuação pública mais ou menos discreta; entretanto, como eminência parda, orientou com firmeza o governador. O publicitário, que é apresentado como uma espécie de “mago”, teria dito que seria mamão com açúcar “virar” e ganhar a eleição do peemedebista-chefe. Marcus Vinicius, dirigindo a campanha de Marcelo Miranda — com sua calma habitual, meio zen —, articulou um marketing simples, mas criativo e perceptivo. Com grande habilidade, desarmou as “bombas” da equipe de Duda, transformando-as em traque, e devolveu mísseis de longo alcance. Consta que “Sandomal” está irritadíssimo com Duda.
Resultado: Marcelo Miranda foi eleito governador e Marcus Vinicius derrotou, no mesmo ano, Duda Mendonça pela segunda vez. O que será que o mago baiano vai dizer desta vez? Uma dica: “Esse Marcus Vinicius precisa me ensinar o pulo do gato!”
Futuro governador será definido em 2º turno. Marconi começa com vantagem
