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Um vídeo gravado por testemunhas mostra o momento do acidente

Durante a pesquisa, Shaheen descobriu um exercício que, segundo ela, leva o leitor a uma jornada de autoconhecimento, permitindo um mergulho em seus medos, inseguranças e padrões de comportamento negativos

O Serviço Secreto Americano desempenha um papel crucial na segurança dos presidentes e ex-presidentes dos Estados Unidos, operando de maneira discreta e eficiente em qualquer lugar do mundo

Serpente sul-americana chegava a ter 13 vezes o tamanho de uma cobra comum

Diogo Alves
A história do cinema é um eterno gênese que se confunde com sua própria busca por aceitação. Entendendo-se como arte qualquer expressão que, acima de tudo e essencialmente, possua existência e experiência estética, uma pintura, uma escultura, um poema e uma peça teatral não possuem qualquer obrigação social, moral ou intelectual a não ser meramente a de exercer uma jornada estética. Portanto, qual é a existência artística de uma inovação tecnológica fruto da revolução industrial cujo objeto final, o retrato fidedigno de um acontecimento, em nada se diferencia daquilo que enxergamos de olhos abertos?
Qual o valor estético de um trem, totalmente em foco, chegando a uma estação no final do século XIX, retratado como mera realidade? Curioso pensar, todavia, que atualmente, alguns dos maiores estetas cinematográficos se baseiam na mera representação do real como ele de fato é. O quão insignificantes são pequenas ficções científicas que em pouco se diferenciam dos teatros de marionetes, vaudevilles e bordeis destinados às classes baixas francesas no início dos anos 1900? Interessante pensar como, em contrapartida, o maior diretor estadunidense das últimas quatro décadas se apropria justamente da dimensão mais circense e primitiva da Sétima Arte. Qual a legitimidade de uma arte que, ao aprofundar-se minimamente além daquilo que nossos olhos testemunham ao encontrarem-se abertos, foi responsável pelo ressurgimento de inúmeras manifestações opressivas em celuloide, louvando valores abjetos como o racismo e o colonialismo?
Para além somente do valor de utilidade, incabível ao pensar-se em arte, algo que o cinema demorou a provar-se como, destaca-se também como a repetição levou à falta de atratividade de algo que capta, para além dos rostos e corpos tão distantes daqueles que observamos em nosso dia a dia, lugares que nunca veremos ou presenciamos em demasia. Jean-Claude Carrière, na introdução ao fantástico “A linguagem secreta do cinema”, nos conta sobre como os colonizadores franceses, no pós-Primeira Guerra Mundial, levavam o cinema à porção norte da África como uma forma de mostrar a mais nova invenção industrial europeia e como uma forma de ressaltar os valores coloniais e raciais desse povo cujo toque é tão destrutivo como o de Midas é reluzente.
Ressalta-se, entretanto, que devido aos valores islâmicos de boa parte dos habitantes do norte africano e, consequentemente, o fato de não poderem representar a face e a forma humana, criações divinas, os levavam a fechar os olhos por completo assim que a luz do projetor tocava a superfície branca da tela. Ainda que tardiamente, o cinema desenvolveu uma base linguística muito sólida, eternamente em movimento e que ajudou a consolidá-lo como expressão artística. Conceitualmente, uma das primeiras funções da linguagem que se aprende é que se não há receptor, todo o resto é em vão. Entretanto, cinema é mais do que mera linguagem. É arte.
E como arte, não há necessidade alguma além da existência estética. O quão bonita é uma paisagem vista através das pálpebras fechadas, com a pele atravessada pelos raios solares, composta pela luz invasora e pela imaginação fruto dos sons arredores? Em nossos sonhos, quantas vezes nos enxergamos presenciando as mais maravilhosas ou sombrias realidades somente para acordarmos e ou nos decepcionarmos ou nos vermos vivos novamente, por mais um longo dia? Não estariam aqueles povos que, ao recusarem-se a ir contra os mandamentos de Deus, mostrando-nos o verdadeiro caminho e a melhor forma para experienciarmos o cinema e a arte?
Escrevo essas palavras pois creio que a Sétima Arte se encontra em uma de suas piores crises estéticas e de linguagem do século XXI. Um filme perde toda a sua magia se, em um universo ficcional, a mais banal das leis da física é desrespeitada. Um personagem perde todo seu carisma se toma uma decisão que fuja um milímetro da longa e retilínea calçada da lógica. Um diretor torna-se um canalha quando um de seus filmes possui uma mensagem (ou não possui mensagem alguma) que desafie minimamente o mais comum dos sensos e o melhor dos costumes.
A profusão e a perpetuação de imagens ao nosso redor não só substituiu o mundo em que vivemos, mas tornou-nos insensíveis e, acima de tudo, insuportáveis. Muito porque nossos olhos estão tão abertos que não possuímos mais pálpebras, mas somente uma membrana tão cristalina como as imagens digitais geradas pelas câmeras cinematográficas que possuímos hoje em dia, e que lentamente estão esvaziando a estética cinematográfica e a maravilha da surpresa. Pedaços de pele esses que, assim como os personagens dos filmes moralistas e demasiadamente bonzinhos que assistimos, recusam a tocarem-se. Luís Buñuel, parceiro recorrente de Carrière, era um grande visionário, mas não creio que em seu “Cão Andaluz” ele imaginava que uma navalha poderia abrir um olho de uma forma tão irrecuperável como a que nos encontramos hoje.
Não creio que se trata de um mal maniqueísta, e muito menos de um problema que requer solução. Defendo somente que a falta de sensibilidade deva ser tratada com uma busca diferente. Com um fechar de olhos. Com um cinema cujas imagens sejam tão cristalinas como os raios de sol que invadem nossas pálpebras cerradas. Com um cinema cujos cenários sejam tão nítidos como as silhuetas sombrias e noturnas de magníficas montanhas recortadas por um céu nublado. Por um cinema com histórias e mensagens tão louváveis como um casal de bandidos juvenis que aprendem a se amar em uma rodovia em meio a assaltos. Por um cinema, como teorizado por Andrei Tarkovski, que se rememore da ausência de regras em sua própria lógica de funcionamento existencial. Por um cinema, como disse Stan Brakhage, um dos maiores cineastas experimentais de todos os tempos, onde pode-se “imaginar um mundo vivo, com objetos incompreensíveis e reluzente com uma infinita variedade de movimento e inumeráveis gradações de cor. Imagine um mundo antes do princípio ser verbo”.[1]
Mais do que somente antes do princípio ser verbo, por um cinema onde tudo é inconsequente e inesperado. Onde histórias e verossimilhanças são irrelevantes, pois o que valem são as emoções que escutamos e sentimos com nossos cristalinos olhos fechados e nossas almas abertas. Abel Gance já dizia que “o cinema é a música da luz”, então que não tenhamos medo de dançar diante da luz e bailar para a sombra. Arte não é vida real, e o cinema é arte. As vinte quatro fotogramas por segundo são alquimia, e acima de tudo, experiência. Irreal, real ou surreal, o que vale a pena, caro leitor, é estar aberto a experienciar as imagens em movimento e deixar-nos guiar por sua magia.
[1] Stan Brakhage, “Metáforas da Visão”. Traduzido pelo autor do original em inglês

Homem atestou que paradeiro da mãe é desconhecido, e que cuida da criança desde que ela tinha sete meses de vida

Legenda tem grandes chances de migrar o apoio para o pré-candidato da base governista, Sandro Mabel (UB)

A convenção municipal do pré-candidato de Aparecida de Goiânia, Leandro Vilela (MDB), ocorre no próximo sábado, 3, às 9h, na Ágora Casa de Eventos. O evento contará com a presença do governador Ronaldo Caiado (UB) e do vice Daniel Vilela (MDB). Além de ser realizada em conjunto com outros seis partidos aliados dos emedebistas.
Além do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), o União Brasil do governador também estará na convenção. Junto aos dois partidos estão o Podemos, o Solidariedade, o Progressistas, o Partido Social Democrático (PSD) e o Democracia Cristã (DC).
Outro que estará presente é o ex-prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha (MDB). Anteriormente, o antigo gestor do município apoiava a reeleição, mas agora segue com Vilela em Aparecida.
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O Arcebispo emérito de Goiânia, Dom Washington Cruz, foi submetido a uma cirurgia de hérnia inguinal na última semana. Durante o período de recuperação, ele apresentou alterações no quadro clínico e precisou ser internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Anis Rassi, em Goiânia. Segundo boletim médico divulgado na manhã desta segunda-feira, 29 (veja completo ao final). Dom Washington Cruz permanece na UTI, mas em estado estável.
A informação foi confirmada pela Arquidiocese de Goiânia. No último domingo, 28, o arcebispo Dom João Justino visitou Dom Washington. "O quadro dele se agravou e no início da tarde os médicos optaram por entubá-lo. Espera-se que a respiração mecânica facilite a sua recuperação. Peço de todos a comunhão na oração. Especialmente nas intenções da Santa Missa diária. Na fé e na esperança", declarou João Justino.
Boletim Médico
A Assessoria de Comunicação informa que o arcebispo emérito da Arquidiocese de Goiânia, Dom Washington Cruz, foi submetido no dia 23 de julho, a uma cirurgia de hérnia inguinal, realizada com sucesso no Hospital do Coração Anis Rassi, em Goiânia. Durante o período de recuperação, porém, o paciente apresentou alterações no quadro e, para melhor monitoramento e cuidados, foi levado para a UTI.
O quadro do arcebispo emérito nesta segunda-feira, 29 de julho, segundo boletim médico, está estável.
Pedimos as orações de todos e ressaltamos que a Arquidiocese, por meio da Assessoria de Comunicação, manterá a todos informados sobre a evolução do quadro de saúde de Dom Washington Cruz.
Atenciosamente,
Secretaria para Comunicação da Arquidiocese de Goiânia.

O Solidariedade realizará no próximo sábado, 3, a convenção partidária para oficializar a candidatura à reeleição do prefeito Rogério Cruz. Ao mesmo tempo, a sigla confirmará os nomes da chapa de vereador. O evento será no Tattersal de Elite, dentro do Parque de Exposições Agropecuárias de Goiânia, a partir das 15h.
Com presença de lideranças locais e apoiadores, o atual prefeito de Goiânia deve realizar um levantamento da sua gestão e apresentar novas propostas, caso seja reeleito. Ao mesmo tempo, Cruz apresentará as principais diretrizes para a sua campanha.
Antes da confirmação oficial, a convenção do Solidariedade poderia ter sido marcada para sexta-feira, 2, a partir das 18h30. O local seria no auditório Jaime Câmara da Câmara Municipal de Goiânia, conforme um documento de ofício solicitando a reserva.
Aliados
Na medida em que os partidos políticos deixam a chapa para se aliar outros pré-candidatos, atualmente o prefeito conta com mais trÊs partidos. Além do próprio Solidariedade, o PRTB, o Mobiliza e o Partido Democrático Trabalhista (PDT) seguem apoiando a sua candidatura.
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No domingo, 21, Sônia Cleide, pré-candidata a vereadora por Goiânia (PT) foi mais uma vez vítima de violência. Segundo informações, dois homens tentaram arrombar o portão da casa de Sônia com chutes e murros. Ao acender a luz e gritar, a vítima não conseguiu afastar os criminosos. O padrão de luz da casa de Sônia foi desligado. A polícia foi acionada e os homens, que não foram identificados, fugiram.
Um dia depois, a segunda suplente de vereadora recebeu uma carta anônima com declarações racistas e ameaças de morte direcionadas a ela, ao seu filho Daniel Andalakituche e à sua companheira Valdicelia Pedreira. Os escritos a chamaram de “macaca”, exige que ela se mude do local onde mora e desista da pré-campanha política para vereadora.

Sônia também faz parte da promoção de um terreiro de Umbanda — religião afro-brasileira que junta elementos de dogmas africanos e cristãos — o qual já sofreu tentativa de invasão policial. Foram seis viaturas policiais motivadas por uma denúncia de que estaria sendo feito um sacrifício de uma criança no local. Segundo apuração da reportagem, a autora da denúncia é uma vizinha pastora evangélica, moradora de uma prédio ao lado do terreiro.
Em entrevista ao Jornal Opção, Sonia Cleide diz não se demonstrar desanimada em relação à pré-campanha por conta do racismo.
Quero que todos saibam o que eu to passando para que tenhamos políticas públicas que garanta nossa luta em prol das mulheres, homens e juventude negra. Não estou desanimada, ver o apoio que estou recebendo me faz mais forte para continuar. Independe da campanha eu sempre me envolvi com militância e não vou parar por aqui
- Sônia Cleide
Sônia Cleide é ativista pelos Direitos Humanos, desenvolveu sua trajetória em atividades que atuam no movimento de mulheres negras, na saúde da população negra, nos territórios quilombolas, além de ser uma das fundadoras do Grupo de Mulheres Negras Malunga e da Articulação de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB). Ela também já foi Superintendente de Igualdade Racial de Goiás de 2009 a 2011.
"Enquanto superintendente eu tive dificuldades no começo. Integrar um escalão de importância no governo te deixa um pouco protegida, porém fui discriminada diversas vezes, mas não como está acontecendo agora", afirma Sônia Cleide.
Foram registrados dois boletins de ocorrência junto à Delegacia Estadual de Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e de Intolerância (DEACRI) da Polícia Civil de Goiás (PCGO). Em entrevista ao Jornal Opção, a delegada que está à frente do caso, Carolina Neves, considerou que os crimes cometidos se enquadram nos crimes de injúria racial e racismo pela Lei nº 7.716, violência política de gênero, previsto no código eleitoral e ameaça a pessoa de Sônia e sua família.
“Os inquéritos policiais foram instaurados e os procedimentos iniciais foram iniciados envolvendo perícias. O objetivo das investigações é descobrir os autores dos crimes envolvendo a carta de ameaça e a tentativa de invasão domiciliar. Ainda não temos conclusões sobre os casos. As diligências de investigações estão em processo.”
Crimes como esses são fundamentados pelo racismo estrutural — herança da escravidão — que se manifesta na naturalização de ações, hábitos, falas e comportamentos que promovem diretamente e indiretamente a violência, segregação e preconceito racial contra pessoas negras. Esses comportamentos criminosos devem ser combatidos a todo instante, visto que o racismo é mata.
Segundo dados do Atlas da Violência publicados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), uma pessoa negra foi vítima de homicídio a cada 12 minutos no Brasil entre janeiro de 2012 até o fim de 2022. Além disse, entre 2021 e 2022 os casos de violência contra pessoas da comunidade LGBTQIA+ aumentaram 39,4%.
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Sete pessoas participaram da invasão armada, sendo um policial militar da reserva, um GCM e um instrutor de tiro da GCM

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Vitor Garcia da Silva, de 76 anos, foi visto pela última vez no dia 13 após sair para caminhar em uma fazenda

Presidente do Brasil, Lula (PT), ainda não se pronunciou sobre os resultados anunciados