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POLÍTICA
No fim do prazo para registrar candidatura, Goiânia tem quase 500 candidatos a vereador a menos que em 2020

Para este pleito, a queda no número de candidatos à prefeito da capital também é notável

inquérito
Ministério Público de Goiás investiga possível irregularidade no uso de diárias por vereadores de Ipameri

O inquérito civil, motivado por uma denúncia, foi instaurado em 2023 e, segundo o MP, encontra-se sob sigilo de Justiça, o que impede a divulgação de detalhes sobre o caso

nova unidade
Prefeita Vanuza Valadares entrega escritura de doação de terreno para construção do Instituto Federal Goiano, em Porangatu

Ex-Prefeito de Porangatu, Eronildo Valadares, e sua esposa, a atual prefeita Vanuza Valadares, doaram o terreno de parte de sua propriedade para construção de unidade do instituto

Opção Pesquisas
Em pesquisa espontânea, Antônio Gomide e Márcio Corrêa se isolam na disputa por Anápolis

Os pré-candidatos do PL e PT foram lembrados por 23% e 19,7% dos eleitores de Anápolis — empatados na margem de erro de 4 pontos percentuais

Educação
Goiás é primeiro lugar do Ensino Médio no País, revela Ideb

As escolas de Goiás atingiram a maior média já registrada para o ensino médio público no País, com um Ideb de 4,8

Anápolis
Opção Pesquisas: Antônio Gomide tem 38,4% das intenções de voto, Márcio Corrêa tem 33,7%

Em Anápolis, a diferença entre os candidatos do PT e PL está caindo, mostra instituto do Jornal Opção

Violência
Equipe da TV Serra Dourada é agredida durante reportagem, em Goiânia; vídeo

Repórter Esthéfany Araújo, que está grávida, relatou que a agressora tentou atropelar a equipe

PERISCÓPIO
A praça do bandeirante já foi palanque para Jucelino Kubitschek e palco para Carlos Galhardo

Estátua do Bandeirante é espremida pelas duas pistas do Eixo Anhanguera

Sonoplasta da Rádio Tupi passa mal no trabalho e morre no hospital

Jorginho Uepa tinha 51 anos e teve, possivelmente, uma parada cardíaca. Colegas dizem que era atento e proativo

Luto
Morre Ronaldo Ferreira da Silva Filho, embaixador dos carreiros da Romaria de Trindade, aos 45 anos

Ronaldinho, como era conhecido, era casado e pai de dois filhos

cultural
Programação da 2ª Semana Cultural Italiana de Nova Veneza é divulgada; confira

O evento é realizado pela Associação Cultural Italiana de Nova Veneza

tragédia
Mortos na queda de avião da VoePass não sentiram dor, diz legista

Segundo o especialista, não é possível determinar se as pessoas estavam conscientes

POLÍTICA
Centraliza deve ser votado após as eleições, segundo presidente da Câmara

Policarpo explica que questões envolvendo isenções fiscais geram recomendações para segurar a votação do projeto

CRÔNICA
Certamente a rolinha diria que foi Deus que a salvou

O caburé, menor corujinha do mundo, é uma ave de rapina em cujo cardápio entram pequenas aves, roedores, lagartos, pequenas cobras. Dias atrás, apareceu um na minha sacada e levou uma rolinha-roxa para sua ceia. Saí na sacada e o vi com a rolinha presa em suas garras na ponta de um poste. Eu tinha acabado de colocar comida para ela e outras iguais e também para outras de espécies diferentes: avoantes e periquitos-de-encontro-amarelo. Agora também está vindo chupins, que é uma ave malandra, que bota seus ovos em ninhos de outras espécies e cai no mundo.

Acredito que essa corujinha deve morar perto da minha casa, pois a ouço cantando frequentemente à noite. Seu canto é uma sequência de assobios. Já fotografei uma após capturar um calango, que comia mosquitos que se alimentavam das frutas de calabura caídas no chão. Os pássaros frugívoros fazem a festa na época de frutificação, já na floração, a festança é dos insetos, principalmente das abelhas. Em alguns parques de Goiânia, há calabura. Eu também faço a minha festinha com as frutas num pé que existe no Bosque dos Buritis.

Entre as rolinhas que escaparam da investida do caburé, uma acabou entrando na minha sala e pôs-se a voar desesperada batendo na parede sem encontrar a porta pela qual entrou. Inclusive derrubou o poeta e filósofo Thoreau da parede, ou melhor, uma foto do bardo americano. Ainda bem que a moldura não quebrou. Para evitar que ela se machucasse a ponto de não conseguir mais voar, entrei em ação: consegui pegá-la jogando sobre ela uma toalha de banho quando estava no chão. Senti, em minha mão, seu coraçãozinho batendo acelerado. Recomendei-lhe calma enquanto a segurava, dizendo que tudo estava bem. Levei-a até a sacada, depois de alguns instantes, recobrou as forças, bateu asas e foi embora.

Estou contando esse episódio da rolinha para relacioná-lo ao trágico acidente aéreo no qual morreram 62 pessoas, ocorrido recentemente em Vinhedo, cidade paulista. Um homem que não conseguiu embarcar, por ter chegado atrasado, disse, numa matéria televisiva, que foi Deus que o salvou da morte. Será mesmo? Tenho dúvida. Conversei com uma amiga de trabalho, que me disse ser espírita, sobre esse entendimento do homem quanto ao milagre que recebera. Perguntei-lhe onde estava a racionalidade de Deus em salvar um e deixar que 62 morressem. Me respondeu que os 62 fazem parte de um carma coletivo: que é quando, ao mesmo tempo, um grupo de pessoas morrem num evento ou tragédia, isso pelo destino delas de virem ao mundo e se defuntarem para marcar um fato ou acidente.

O fato de poder nos moldarmos por nossas escolhas, pela construção dos nossos pensamentos, isso me deixa incrédulo em relação ao destino, atrás do qual está o fato de que a morte tem a finalidade de expiar erros de nossas vidas anteriores. Se o conjunto da nossa vida é decorrente de forças exteriores e não vindas de nossas escolhas, para que então fomos dotados de faculdade mentais? Há um bom tempo, coisa de muitos anos, um jornalista goiano, que era espírita, falou num artigo que alguém certa vez o perguntou por que uma determinada criança nasceu com anomalia física, e ele respondeu que foi em virtude de erros de outras vidas daquela criança. Não consegui digerir a resposta dele. A subjetividade religiosa constrói verdades que até Deus duvida e a razão desconhece totalmente.

Sobre a rolinha que escapou da fome do caburé, penso que, se ela pensasse (numa capenguice subjetiva), certamente diria que foi Deus que a salvou e assim deixou a outra para encher o bucho do caburé. Não passo por tal questionamento metafísico, minha toada de vida é singela. O que sei mesmo (parafraseando Fernando Pessoa), é que quero uma casa no cimo de um outeiro, haja vista que meus olhos foram empurrados para longe de todo o céu; o horizonte me foi escondido, e isso pelo fato de as casas da cidade terem fechado minha vista à chave.

Rolinha-roxa, que, na fuga da coruja-caburé, entrou no apartamento | Foto : Sinésio Dioliveira

Sinésio Dioliveira é jornalista, poeta e fotógrafo da natureza

Saúde
Aumento de casos de pneumonia silenciosa em Goiás coloca Estado em atenção; especialista alerta para os perigos

Com sintomas pouco comuns, essa doença geralmente tem diagnóstico tardio o que dificulta o tratamento