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O novo presidente terá de administrar área militar durante o processo do Riocentro

Seja quem for, o próximo presidente terá de administrar os militares num caso que não criou ou estimulou, mas que um dia alguém teria mesmo de encarar: a administração na área militar do processo e julgamento de seis réus acusados do atentado no Riocentro há 33 anos, todos impunes até que a juíza criminal Ana Paula Vieira de Carvalho decidiu abrir ação penal contra o grupo. Embora o caso esteja em outro poder, o Judiciário, sobram inquietações militares a serem administradas pelo Executivo. Eles estão apreensivos desde os últimos anos com a investigação civil das vísceras ocultas da ditadura. O pessoal da ativa deve continuar disciplinadamente em silêncio. Mas isso não os impede de articulações discretas junto aos comandantes, que têm o ministro da Defesa como intermediário em relação ao Planalto e os outros poderes. Hoje, o ministro é Celso Amorim. Sempre na sombra, o pessoal da ativa pode estimular articulações dos colegas da reserva, que são mais livres para atuar politicamente. Entre eles, os aposentados, deve crescer o fluxo de troca de mensagens apreensivas pela internet. Sem se tocar com as reações, a decisão da juíza do Rio de Janeiro faz história como avanço significativo da responsabilização dos crimes da ditadura militar. Outros casos podem se instalar desde que a juíza Vieira de Carvalho resolveu que os seis réus, entre eles três generais reformados, não estão protegidos pela Lei da Anistia, de 1979, dois anos antes do atentado do Riocentro. Considerou a sentença que foram “crimes contra a humanidade”, “imprescritíveis”, prática frequente e sistemática durante a ditadura. Nessas condições, o processo não deverá ser julgado pela justiça militar, mas pela comum por envolver tentativa de homicídio, formação de associação criminosa, transporte de explosivo e fraude processual. A juíza se baseou em representação do Ministério Público Federal, onde os procuradores aproveitaram documentos militares que estavam com o coronel da reserva Miguel Molinas Dias, assassinado misteriosamente em 2012, em atentado de rua, em Porto Alegre.

Os réus e o ultimato dos dois irmãos generais a Figueiredo para não se meter no caso

[caption id="attachment_4370" align="alignleft" width="300"]Atentado em show no Riocentro: crime agora tem seis réus | Arquivo/O Globo Atentado em show no Riocentro: crime agora tem seis réus | Arquivo/O Globo[/caption] Desponta entre os seis réus o célebre general Newton Cruz, o Nini, na época chefe regional do Serviço Nacional de Informações em Brasília (SNI), que soube antes do atentado por uma fonte militar do Rio. Nini informou em seguida ao seu chefe no SNI, o falecido general Octavio Medeiros, que sonhou ser presidente na sucessão do general Figueiredo. Ele informou ao seu chefe, que nada fez. Popular com temperamento explosivo, o cavalariano Figueiredo acalentava a discreta ideia de ser reeleito presidente (seria o primeiro caso) e ficou quieto em seu canto. Nada fez para impedir o atentado contra a massa popular que foi ao espetáculo musical do Riocentro naquela véspera de Dia do Trabalho. Depois, nada fez para apurar o caso. Ignorou tudo. Figueiredo nada faria mesmo porque era visceralmente militar, mais para linha-dura do que para linha-mole, como se dizia na galhofa. Filho de general, tinha dois irmãos generais, Diogo e Euclydes Figueiredo Filho. Quando se ensaiava um impasse por causa da falta de apuração, Figueiredo recebeu um recado dos dois irmãos: entre o mano e o Exército, Euclydes e Diogo ficariam com o Exército. Isso bloqueou de vez João Baptista Figueiredo. Os réus. Abaixo do general Nini, o general Nilton Cerqueira, outra celebridade da ditadura. Na época, comandava a Polícia Militar do Rio. Colaborou com o atentado ao retirar o policiamento do Riocentro e das ruas vizinhas naquela noite. O terceiro general, Edson Sá Ro­­cha, denunciado por associação criminosa armada, ficou mais conhecido pelas suas peripécias criminais do que pela carreira militar. Como se­cretário de Defesa Civil de Alagoas nesta gestão tucana do go­vernador Teotonio Vilela Filho, foi acusado de desviar R$ 300 milhões. Antes, foi secretário de Segu­rança da Bahia, agraciado com uma denúncia de improbidade administrativa por obstrução na apuração pelo Ministério Público de 435 processos relacionados a 167 municípios do Estado. No banco dos réus, o coronel reformado Wilson Machado foi denunciado porque participou do atentado como capitão. Dirigia o carro Puma que levava a bomba ao Riocentro no colo do sargento Guilherme do Rosário. Ao estacionar o automóvel, a bomba explodiu antes da hora e matou o sargento. Machado se feriu e depois retomou a carreira militar. Major reformado, Divany Car­va­lho Barro, o “Doutor Áureo” do DOI-Codi, admitiu que escondeu provas que incriminavam militares no atentado. Responde por fraude processual. Enfim, o único civil, delegado Cláudio Guerra, é acusado de tentativa de homicídio, associação criminosa armada e transporte de explosivos.

“Palmas terá o melhor sistema de transporte coletivo do mundo”

Prefeito anuncia a aplicação de R$ 1,5 bilhão em investimento e afirma que BRT será um sistema que vai funcionar como indutor de desenvolvimento, ajudando a transformar Palmas numa cidade mais justa

As grandes pequenas grandes histórias do repórter Montezuma Cruz

Layout 1Leio com prazer o livro “Do Jeito Que Vi” (144 páginas), do repórter Montezuma Cruz. Trata-se de uma obra notável, muito bem escrita. Seu forte? O autor é acima de tudo um repórter brilhante, atento aos fatos e às filigranas que muitos, no afã de explicitar o “principal”, não percebem. Suas histórias ficam maiores porque são contadas com razão e sensibilidade.

A bravura do filósofo Unamuno na Guerra Civil Espanhola

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Um dos episódios mais impressionantes da Guerra Civil Espanhola (1936-1939) aconteceu na Universidade de Salamanca, em 12 de outubro de 1936, durante o Festival da Raça Espanhola, com a presença de nacionalistas, da mulher do general Francisco Franco e do general Millán Astray, fundador da Legião Estrangeira.

O professor Francisco Maldonado atacou o nacionalismo basco, “que descreveu como ‘câncer da nação’, que precisava ser curado com o bisturi do fascismo”, conta o historiador Antony Beevor, em A Batalha pela Espanha (Editora Record, 711 páginas). Alguém soltou o grito de guerra da Legião Estrangeira: “!Viva la muerte!” Millan Astray deu o mesmo grito.

O filósofo basco Miguel de Unamuno, reitor da Universidade de Salamanca, levantou-se e, com sua voz baixa, rebateu: “Todos vocês esperam as minhas palavras. Vocês me conhecem e sabem que sou incapaz de ficar em silêncio. Às vezes o silêncio é mentir. Pois o silêncio pode ser interpretado como concordância. Quero comentar o discurso, se é que se pode chamá-lo assim, do professor Maldonado. Vamos deixar de lado a afronta pessoal implícita na explosão súbita de vitupérios contra os bascos e catalães. Eu mesmo, claro, nasci em Bilbao. O bispo, quer queira ou não, é catalão, de Barcelona. Bem agora ouvi um grito necrófilo e sem sentido: ‘Viva a morte!’ E eu, que passei a vida criando paradoxos, devo dizer-lhes, com autoridade de especialista, que este paradoxo estranhíssimo me é repulsivo. O general Millán Astray é um aleijado [havia perdido um braço e era cego de um olho]. Vamos dizê-lo sem rodeios. É um aleijado de guerra. Cervantes também era.

“Infelizmente há aleijados demais na Espanha hoje em dia. E logo haverá mais ainda se Deus não vier em nosso auxílio. Dói-me pensar que o general Millán Astray deva ditar o padrão da psicologia de massas. Um aleijado sem a grandeza de Cervantes tende a buscar consolo calamitoso provocando mutilação à sua volta. O general Millán Astray gostaria de recriar a Espanha, uma criação negativa à sua própria imagem e semelhança; por essa razão, deseja ver a Espanha aleijada, como sem querer deixou claro”.

Irritado, o general gritou: “Muera la inteligência! Viva la muerte!” Falangistas sacaram pistolas e o guarda-costas de Millán Astray apontou sua submetralhadora para a cabeça de Unamuno. Mesmo assim, o filósofo reagiu: “Este é o templo do intelecto e sou eu o sumo sacerdote. É o senhor que profana este recinto sagrado. O senhor vencerá, porque tem força bruta mais que suficiente. Mas não convencerá. Pois para convencer precisará do que lhe falta: a razão e o direito em sua luta. Considero inútil exortar o senhor a pensar na Espanha”.

Ao término de sua réplica, Unamuno disse: “Consegui”. Os falanquistas queriam linchá-lo, mas a presença da mulher de Franco conteve os agressores. Franco disse que o filósofo deveria ter sido fuzilado. “Isso não foi feito por causa da fama internacional do filósofo e da reação causada no exterior pelo assassinato de Lorca. Mas Unamuno morreu seis semanas depois, deprimido e amaldiçoado como ‘vermelho’ e traidor por aqueles que pensou eram seus amigos”, relata Antony Beevor.

“Vou cumprir a missão de vender Goiás lá fora”

Novo titular da Secretaria da Indústria e Comércio diz estar pronto para usar o poder como forma de construir coisa importantes para o Estado

“A seleção brasileira tem defesa melhor que ataque”

Em visita ao Estado, a convite da presidente da CNA e senadora Kátia Abreu, Pelé faz um apelo ao povo brasileiro para que deixe a Copa do Mundo acontecer e afirma que o futebol sempre ajudou o Brasil

Pesquisa da Johns Hopkins sugere que não há prova de que vinho faz bem para a saúde

Jornais e revistas contribuem para divulgar, fortalecer e cristalizar dogmas criados pela ciência. Quantas reportagens as pessoas leram, nos últimos anos, garantindo que vinho é “bom” para o coração, para uma vida mais longa e saudável? Dezenas, centenas. Pois agora uma pesquisa da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, divulgada pela revista “Visão”, de Portugal, sugere que o vinho não é o elixir da saúde e, portanto, da juventude. “O resveratrol dietético de dietas ocidentais não tem influência substancial sobre as doenças cardiovasculares, o câncer ou a longevidade em idosos residentes na comunidade”, revela o estudo do cientista Richard Semba. “Este estudo vem contrariar as pesquisas com animais, que sugeriam que o resveratrol, um polifenol também encontrado em algumas raízes de plantas asiáticas assim como em amendoins e frutas, pode ter efeitos benéficos na saúde”, assinala a “Visão”. Os resultados não foram comprovados em humanos, mas, como registra a revista, “o mercado de suplementos de resveratrol” fatura “30 milhões de dólares por ano”. Já “o estudo mais recente foi baseado nos níveis de resveratrol da urina de cerca de 800 pessoas em duas pequenas aldeias em Toscana, Itália. Os pesquisadores mediram a urina das pessoas para detectarem sinais de resveratrol, verificando se os níveis estavam ou não a contribuir para a melhoria da saúde da população. 34% das pessoas que fizeram parte da pesquisa morreram e os pesquisadores não encontraram uma correlação entre os níveis inicias de mortalidade e de resveratrol nem ligações entre os níveis de resveratrol e o desenvolvimento de câncer ou doenças cardíacas”. Não se trata de transformar a imprensa no mordomo da hora. Mas jornalistas ficam iguais baratas tontas, registrando pesquisas que são modificadas por pesquisas. A solução? Sempre deixar um pouco de dúvida e ser menos afirmativo quando o assunto for saúde.

Paulo Carneiro confiante na eleição

[caption id="attachment_4337" align="alignleft" width="258"]Vice-presidente da Faet, Paulo Carneiro: força no meio rural | Foto: Lourenço Bonifácio Vice-presidente da Faet, Paulo Carneiro: força no meio rural | Foto: Lourenço Bonifácio[/caption] O produtor rural e vice-presidente da Federação da A­gri­cultura e Pecuária do To­cantins (Faet), Paulo Car­neiro (PSD), está confiante que o segmento do agronegócio vai conquistar uma cadeira na Assembleia Legislativa. Ele é um dos principais nomes da área e garante que está trabalhando para merecer o apoio dos ruralistas, que representam uma força econômica e política considerada no Estado.

Kátia Abreu marca gol de placa

A senadora e presidente da Confederação da A­gricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu (PMDB), demonstrou que tem prestígio não apenas no meio político, mas também no show business. A senadora desfilou na Feira de Tecnologica Agro­pecuária do Tocantins (Agrotins) ao lado de Pelé. O rei do futebol veio ao Tocantins a convite da senadora para participar da feira representando o Time Agro Brasil, campanha de divulgação do agronegócio brasileiro, do qual Pelé é garoto-propaganda. Simpático e sempre falante, Pelé foi aplaudidíssimo durante passagem pelo Tocantins.

Cinema 3D e biblioteca do Centro Cultural Oscar Niemeyer devem ser inaugurados em outubro

Direção do CCON recebeu na última semana projeto finalizado das salas e o espaço para leitura aguarda apenas retoques finais. Restaurante e salas culturais devem ser licitados nos próximos dois meses

“Atleta do Século” reúne siglas variadas

Em sua visita ao Tocantins, o considerado Atleta do Século, Edson Arantes do Nascimento, o rei Pelé, fez milagres. Conseguiu unir, pelo menos por alguns instantes, o governador Sandoval Cardoso (SD), o prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP), e o ex-governador Marcelo Miranda (PMDB), além da senadora Kátia Abreu (PMDB), responsável pela vinda do atleta ao Tocantins.

Governador novo, governo velho

O deputado Marcelo Lelis (PV) diz que o governo Sandoval Cardoso (SD) pode até tentar parecer ser algo novo, mas não vai conseguir. O deputado avalia que Sandoval faz um governo de continuísmo com interferência direta do ex-governador Siqueira Campos (PSDB) e do seu filho Eduardo Siqueira Campos (PTB) nas decisões de governo. “Pode até ser um novo governador, mas não será um novo governo”, declara o parlamentar descrente com os rumos da nova administração.

Pelé recomenda alimentos brasileiros

Ao responder questionamentos sobre sua expectativa com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo, Pelé mostrou que é um bom garoto-propaganda do agronegócio brasileiro. “Espero que todos comam muito feijão, arroz, carne, pois a Copa do Mundo é um torneio que exige muito preparo”, disse arrancando aplausos e gargalhadas de jornalistas e produtores rurais presentes ao evento.

Gerente da fazenda do Rei

A campanha da CNA do qual é garoto propaganda levou Pelé mudar os seus conceitos sobre o agronegócio. Dono de uma fazenda no interior de São Paulo, Pelé conta que sua atuação no meio rural era completamente amadora até a visita da senadora Kátia Abreu ao seu sítio. Conta que a senadora o convenceu a mudar a gestão do negócio e garante que está satisfeito com os resultados. Ao ouvir o depoimento do rei, Kátia comentou: “Virei gerente da fazenda do Pelé, que responsabilidade!”