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Descontentamento com Eduardo?

Nenhum deputado confirma, mas cresce os comentários de insatisfação de parlamentares da base com o governo. Os adesistas são os mais arrependidos. Segu­ra­mente não estão recebendo o que foi prometido pelo governo. Há comentários também de atritos entre o governador internino Sandoval Cardoso e o seu mentor Eduardo Siqueira. Especulação à parte, próximo de uma eleição como esta em que os deputados passam a ser tratados como donos do poder, não é difícil imaginar o que se passa nos bastidores.

Uma tomografia da Amazônia humana

Com sua natureza fascinante e temível, e seus habitantes inconclusos, os contos de Ray Cunha têm entre si uma espécie de amarração oculta, um cipoal encoberto pela floresta de palavras

Marcelo Lelis interrompe agenda política

O deputado Marcelo Lelis (PV) interrompeu temporariamente a agenda de encontros políticos que vinha mantendo pelo interior como pré-candidato ao governo. O deputado deixou as ruas para cuidar de outra eleição, a indireta, que será comandada pelo Parlamento na qual também é pré-candidato. Ele acredita que é possível costurar acordo para levar um nome da oposição a disputar em pé de igualdade com o candidato governista.

Cresce lista de candidatos à indireta

A eleição é indireta, o mandato de apenas oito meses e o governo um presente de grego. E mesmo assim não para surgir candidatos à eleição indireta que vai escolher o próximo governador do Tocantins para um mandato de oito meses. Já são 11 os candidatos, conforme elaborada pelos deputados. Constam da lista os deputados José Augusto Pugliesi (PMDB), Marcelo Lelis (PV) e Irajá Abreu (PSD); Sargento Aragão (Pros); os servidores públicos Nuir Júnior (PMN) e Luciano Coelho (PMDB), o ex-prefeito de Porto Nacional Paulo Mourão (PT); o senador Ataídes Oliveira (Pros), o empresário Benedito de Faria, Dito do Posto (PMDB), o governador interino Sandoval Cardoso (SDD) e o ex-secretário de Relações Institucionais Eduardo Siqueira Campos (PTB).

Os mortais

cul5Delermando Vieira Chega um tempo em que as ervas medram, crescem como praga invadindo o quintal, o pátio, trepando, com fôlego, nos muros, nos vãos e caibros da casa; e é nesse tempo que as flores, e suas pétalas, murcham e mais parecem faces chupadas, secas em covos de melão, exalando, no pó do ar ferroso, seu aroma de pudim retraído, regado a louros de um sopro que, pastoso e ferido, aderna à lágrima dos arvoredos em chumaços de chapéus sombrios; chega um tempo em que o existir é o inexistir, em que o real, de tão real, real não nos parece, em que, em suma, em nossa porta ouve-se o soar do bater do punho de um espectro visível, cruel e insensível em seu modo, em sua troupe de arcanjos agônicos; e é nesse tempo, justamente nesse tempo, que a angústia nos toca, nos sangra, inaugurando em nós, a farsa do abandono, dos dias sem sol, sem chuva; e é por isso mesmo, nesse tempo, que a dor de estar ausente, embora apensa aos “slides” das horas, à vida em libélulas de som, nos visita, com sua legião grega e seus soldados precisos em suas lanças, em seus elmos, em suas cnêmides; e não nos é concebível a lâmpada de elidir o que de ruim nos é imposto, ainda mais e quando elas, as urtigas, povoam nosso corpo e em nós fazem vibrar a nênia de uma raça primitiva, oriunda, é certo, dos confins da Mongólia; e é aí, meu Deus, que o ser não sabe ser e, por ser o que já não sabe, passa ser a força e os elos da serpente do Nilo, a naja, talvez, ou a víbora que, por Marco Antônio, um dia mordeu Cleópatra. Chega um tempo em que a nossa casa é pura teia e nossos móveis, abandonados, frouxos no escuro de suas formas, encostam-se pelos cantos, e não há vivalma que ali não pressinta o defluir da vida, do que pensa ou pensou; chega um tempo em que tudo é vácuo, e nada é explicado a nada; e fora, ou é, nesse tempo que se encontrava eu, Pedro, Ana , minha irmã, e Thiago, meu pai; e fora muito antes desse tempo que Maria, minha mãe, deixou de existir, se é que existir era estar ali, era estar aqui, era “nascer” para além do sol, do abstrato em que nossos olhos cabem; e fora, ainda, por esse tempo afora que meu pai, juntamente comigo e Ana, pôs-se a ruir na faúlha do que naqueles dias se alongava; e vendo ele que as teias, as traças, os escorpiões, a tudo cobriam, e sentido, no peito, o vazio se erguendo, se construindo, à sonata empírica dos bruxos, das sombras em estado grávido, entendeu que a nós fora dado o direito livre de escolha, entre existir e inexistir. Crente, então, nessa fé, e diante de tamanho desespero, desceu conosco àquelas terras vermelhas, por dentro da mata vermelha, à espera de ali encontrar a grande fonte, ou seja, o verdadeiro sentido de existir; e ficamos, assim, vagando em círculo; e, quanto mais andávamos, mais a mente se nos apagava, se nos diluía. Vagamos durante vários dias até que, de repente, nos vimos debaixo da porta, da gigantesca porta que dava entrada para o vale, o fantástico vale de luz e ilusões, que mais parecia um pulmão se inflando, se aquecendo, num processo de inspiração e expiração. À medida que avançávamos, à medida que o tempo chegado ficava para trás, em nós o coração se encantava, enraizava-se com sopro de flautins dourados. Com muito susto, assombro que aos deuses desperta, flagramo-nos no colo daquele reino, daquele vale enunciado em framboesas e alfazemas, onde, carregadas, as jabuticabeiras pendiam-se frouxas, sedosas, e as parreiras, enquanto verdes e molhadas, exsudavam em seu suor, em seus pelos de cachos copuliformes, sensíveis, enfim, ao vento amaciando as têmporas, os figos, num estremecer de espumas oleosas; a luz, naquelas bandas, era dócil, tênue como a face de um deus; e era dela, de sua aura esmagada em ponches de maçã, do ventre de seus fios em marfim, que a Grande Mão se edificava e em salmos de sangue proclamava a aurora com sabor de pêssegos carnudos; e fora lá nesse tempo, muito longe do tempo chegado, que encontramos a fonte da magia ocidental, dos pífaros aguados em percucientes de brisa, a jorrar a água que deifica e fortalece a herança da alma na Terra; e fora dela, do esguicho de suas águas em arco-íris e, terminantemente, à poeira luminosa vazando as asas das crisálidas em festim, que bebemos, saciamos nossa sede; mas, como no espaço se concebia, se determinava, não nos era permissível assentar morada por lá, uma vez que, depois de estarmos alimentados, aquele vale se inchava, se inflava, feito balão, pressionando-nos, fazendo com que nos evadíssemos, fugíssemos de seu interior; então, depois de havermos matado nossa sede, reativado nossa força, a este tempo chegado voltamos; e, passado algum tempo, tudo dentro deste plano se nos voltava a violar, e nos fazia arder em lenhos de resinas incendiadas. Dia-após-dia, retornávamos à fonte, logo que nos víamos de novo enfraquecidos. Como sempre, ela nos dava de beber, expelia do espírito de suas entranhas; e, assim, meu pai, naquele vale, erguia, primeiramente, suas mãos em forma de cuia e dela recebia o alento, enquanto eu também o seguia, acompanhado de perto por Ana; e vários dias ficamos voltando àquele reino de magia ocidental. Um dia, não me lembro quando, sei que corria no céu uma fumaça escrita em cuneiforme, retornamos à fonte; mas ela, em sua sabedoria transcendental, não mais verteu de sua água a meu pai. Depois de levantar as mãos em cuia, muitas e muitas vezes, ele, enfraquecido e estonteado, recuou comigo e minha irmã àquele tempo chegado. Noutro dia, pela mesma hora, volvemo-nos a essa fonte; no entanto, nada de água, alento, para meu pai; jorrou ela apenas para mim e Ana; mais enfraquecido, meu pai retrocedeu a este tempo chegado; e, ocorridos os dias, mirou-se ele no espelho empoeirado da sala sufocada de ervas; porém, sua imagem não se refletiu; abatido, destituído de energia alguma que pudesse faze-lo resistente, olhou para nós com olhos de sabão em pó, empacotados e brancos, indo, em seguida, em direção à porta, ao tampo-de-abertura deste tempo chegado; como quem é apagado pela borracha da mão se achando no erro, desapareceu, esquivou-se entre as sebes do lugar, e nunca mais o vimos! Uma semana depois, quando Ana e eu (ao voltarmos daquela fonte ocidental) estávamos sentados à porta da casa tomada por ervas, uma pomba luminosa veio e pousou no parapeito da janela ardida em feixes, em aros de estanho vil, e, ali, como se nos conhecesse há muitos anos (e seus olhos muito se assemelhavam aos de meu pai), ficou a nos observar, vigiando, atenta, nossos gestos, nossos movimentos; era bastante suave seu ruflar, bater de asas e, no seu voo de luzes, preocupou em estar sempre perto de nós; mas os fluídos emitidos de sua aura, do eixo de seu ser, não lhe premeditavam que em si Sat era sadia, que em si Ananda ainda era leve, frágil como casca de ovo. Chega um tempo em que a desolação é total, em que nunca sabemos se já estamos, ou estamos, em que nos vem o pensar de onde viemos e até quando iremos; e fora por este tempo, e devido a ele somente, que íamos todos os dias àquela fonte ocidental, numa eternidade que só o Céu e a Terra hão de provar; e, por não compreendermos este fato, ansiávamos o ápice da existência, mesmo que fosse por um segundo, mesmo que nos fosse árduo o instante de admitirmos que não estarmos vivendo e, por imaginarmos assim, dessa maneira tal, é que fomos à fonte, naquele meio-dia de setembro, com o intento de lá sorvemos o alento; para nossa tristeza, nossa desilusão, ela não mais jorrou para Ana e, como espectadores do Infinito, postamo-nos ante ela estáticos, e mudos, na persistência, ou espera, do ato de Ana, de sua mão pênsil em forma de cuia; a fonte naquele dia jorrou apenas para mim; desencantados, retornamos à tarde a este tempo chegado. Voltamos, noutro dia, à fonte, àquele mundo de fascínio e encanto, mal o sol surgira; no entanto, ela, a fonte, jamais jorrou para Ana; e não me era possível ceder de meu alento, ou seja, do que ela me ofertava, à minha irmã, pois o que me era dado era dado rapidamente, e, rapidamente, eu deveria bebê-lo; não havia tempo para ceder a ela; e Ana, então, uma semana após, quando esgotada na sala da casa em ervas, mirou-se no espelho em que meu pai antes se mirara, e sua imagem também sequer se refletiu; sentindo-se abatida, feito um elefante que, pressentindo a morte, a vida, chegando, caminha no rumo de seu cemitério, ela desapareceu, sumiu na névoa, no calor das tabocas ardendo. Vencidos os dias, outra pomba, voando em tênues raios de luz, pousou no parapeito das janelas em ervas, e ali permaneceu, o coração pulsando na pele iluminada do peito; eram, agora, duas pombas em luz sutil; e uma delas, se estou certo, tinha o perfil igual ao de Ana; aquilo me fez pensar no que era existir. Chega um tempo em que tempo é de repensar, e é deste tempo que ora falo; a quem interessar, deixo escrito no pano de algodão branco da mesa: há dias vou àquela fonte ocidental, e ela até hoje nunca me negou seu alento e em mim, por mais que eu não queira, Ananda é forte, vibra como lírios no campo, enquanto Sat se me soa ininterruptamente; por mais que eu procure, não compreendo ainda o que é existir, sobretudo porque Thia­go e Ana já não se fazem mais presentes, e a solidão, por cá, é abismo, ferrete imóvel no ar, entre os vãos dos caibros; e nada é mais triste do que não ter alguém pra conversar, dizer alguma coisa, a não ser aquelas duas pombas, sobre o parapeito da janela, que não sei se são ou se realmente são; e o pior de tudo é ter, ainda, a amarga certeza de que aquela fonte ocidental jamais me negará seu alento! Derlermando Vieira é escritor. via Revista Bula

Interino se sai ainda pior do que Siqueira

O governador interino Sandoval Cardoso (SDD) ainda nem completou 30 dias no cargo e já está se saindo pior que o ex-governador Siqueira Campos. O governador revogou por decreto a transparência das diárias, o que se supõe atende a interesses eleitoreiros já que se trata de período eleitoral. A denúncia é do jornalista Luiz Armando Costa em seu blog. Armando diz que a oposição envolvida com a eleição indireta não tem cumprido a função de fiscalizar o governo em medidas que representam retrocesso administrativo.

Eleição de Sandoval pode encorajar revanche

A eleição de Sandoval Cardoso na eleição indireta pode encorajar o ex-governador Siqueira Campos a voltar aos palanques. Agora talvez como candidato ao Senado ao lado do filho, candidato ao governo. Será a revanche de 2006 contra Marcelo Miranda e Kátia Abreu. Naquela eleição Kátia e Marcelo venceram os Siqueiras, derrubando o mito da invencibilidade do velho líder.

Amastha siqueirou de vez e confirma tese do Opção

[caption id="attachment_2470" align="alignleft" width="300"]Prefeito Carlos  Amastha bandeou  para o siqueirismo / Antônio Gonçalves/Ascom Prefeito Carlos
Amastha bandeou
para o siqueirismo / Antônio Gonçalves/Ascom[/caption] Não tem outra palavra para definir o anúncio de apoio do prefeito de Palmas, Carlos A­mastha (PP), ao governador interino Sandoval Cardoso (SDD) à eleição indireta. O prefeito não tem nenhum voto no plenário da Assembleia Legislativa e pouca chance de influenciar algum voto para o deputado governador, já que tem declarado que é oposição ao governo, e como se sabe Sandoval é mais do que governo, é siqueirista. Amastha siqueirou de vez e apenas confirma a tese antecipada pelo Jornal Opção, que ele prefere Eduardo Siqueira Campos no Palácio Araguaia a Marcelo Miranda, por imaginar que a continuidade do siqueirismo o beneficia em 2018, quando pretende disputar o Palácio Araguaia. Nem Eduardo nem Sandoval, se eleitos, não podem ser candidatos à reeleição em 2018. Já Marcelo Mi­randa, se eleito, dificilmente deixará de disputar a reeleição, até mesmo por uma convocação da sociedade, pois seguramente fará um governo bem melhor do que o que os tocantinenses têm visto nos últimos anos.

Lançamentos

De 27 de abril a 3 de maio

Siqueirismo na sombra do interino

Eleição do novo governador, que poderia ser o momento adequado para debater os desafios do Estado, que não vai bem, pode terminar como uma manobra eleitoreira sem força para provocar mudanças no rumo da gestão

“PMDB não deveria participar desse jogo de cartas marcadas”

Deputada de oposição diz que renúncia do governador e do vice foi um plano arquitetado para tentar manter a família Siqueira Campos no poder e que passa pela eleição de Sandoval Cardoso pela via indireta

Eduardo busca em Gaguim a estratégia para eleger Sandoval

Deputado e governador interino pode ser eleito governador-tampão com larga vantagem. Tem mais a oferecer aos eleitores que os concorrentes e aprendeu que estando no poder tudo se torna mais fácil

Deputado André Vargas se desliga do PT

Vargas encaminhou ofício ao presidente do Diretório Municipal do partido em Londrina, Gerson da Silva, para comunicar a decisão

Professor da rede estadual é preso em Piracanjuba por ameaçar e abusar sexualmente de alunos

Segundo as investigações, Bruno Mota ameaçava alguns de seus alunos, a maioria do sexo masculino e menor de idade, com notas baixas e reprovações caso não aceitassem se submeter às suas vontades sexuais em troca de dinheir

Sargento consegue na Justiça que Exército reconheça união homossexual

A medida inédita garante, por meio da carteira de identidade militar, direitos como dependente [caption id="attachment_2443" align="alignleft" width="618"]carteiura Foto: Reprodução/ G1 Pernambuco[/caption] Após mais de dois anos de batalha judicial, o Exército finalmente reconheceu na Justiça a primeira união homossexual da Força Armada Brasileira. A medida inédita garante, por meio da carteira de identidade militar, direitos como dependente. A decisão da Justiça Federal de Pernambuco, divulgada pelo site G1, suscitou à retirada do documento que prova que o estudante A.E.V.S., de 21 anos, é dependente do sargento J.E.S., de 40 anos. A informação foi confirmada pelo Comando Militar do Nordeste. Entre outros benefícios, a medida assegura ao dependente o direito de moradia à família e cadastramento previdenciário. De acordo com informações do Exército, há outro pedido de cadastro homoafetivo em análise envolvendo um militar de outro estado. Em junho do ano passado, a Força Aérea Brasileira reconheceu o casamento homossexual de um sargento de 29 anos que trabalha como controlador de voo em Recife.