Segundo as investigações, Bruno Mota ameaçava alguns de seus alunos – a maioria do sexo masculino e menor de idade – com notas baixas e reprovações caso não aceitassem se submeter às suas vontades sexuais em troca de dinheiro

prof piracanjuba pc

O professor da rede estadual de Goiás, Bruno Rafael dos Santos Mota, foi preso temporariamente nesta sexta-feira (25/4) por suposto envolvimento em aliciamento de menores, estupro de vulnerável e tráfico de entorpecente. O professor era alvo, há cerca de oito meses, de uma investigação da Polícia Civil de Piracanjuba, coordenda pelo Delegado Titular Vicente de Paulo Silva e Oliveira.

Segundo as investigações, Bruno ameaçava alguns de seus alunos, a maioria do sexo masculino e menor de idade, com notas baixas e reprovações caso não aceitassem se submeter às suas vontades sexuais em troca de dinheiro. As relações seriam cometidas na residência do próprio suspeito e também na casa de uma tia sua, ambas localizadas em Piracanjuba.

Na residência da parente, o professor forneceria bebidas alcoólicas e drogas durante festas na piscina. A atitude tinha como finalidade reduzir a capacidade de resistência das vítimas para que fossem mantidos os atos carnais.

Um mandado de busca domiciliar foi emitido contra o suspeito e em sua casa foram apreendidos um computador, um smartphone, cerca de 20 DVDs com material erótico, câmera fotográfica e filmadora digital, sistema de iluminação para pequenas festas, cinco diários com anotações do recluso e um equipamento do tipo narguille (utlizado para o consumo de tabaco e outras drogas). De acordo com a polícia, no celular de Bruno foram encontradas fotos do suspeito com pessoas que aparentam ser menores de idade, além de um vídeo de sexo com uma garota que também aparenta ter menos de 18 anos.

Na casa da tia do professor foram apreendidos dois computadores, duas cartelas de estimulante sexual, um tubo de lubrificante íntimo, além de cerca de DVDs cujo conteúdo ainda está sendo apurado. Todos os objetos estavam no quarto que seria utilizado por Bruno para a realização dos atos libidinosos.

Caso condenado pelos crimes de tráfico de entorpecente (fornecimento gratuito a terceiros), aliciamento de menores, estupro de vulnerável, corrupção de menores e ameaça, Bruno pode ser sentenciado a mais de 40 anos de prisão. O professor ainda é investigado por supostamente ter transmitido doença venérea a um dos menores vitimados por ele.
Segundo ofício oriundo da secretaria estadual de ensino, já havia também processo administrativo correicional no âmbito da Secretaria de Educação do Estado de Goiás para apurar as condutas do professor.