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Pós-impeachment, Fernando Collor teria ficado depressivo e Rosane temeu que pudesse se matar

[caption id="attachment_20757" align="alignright" width="300"]Fernando Collor e Rosane Malta viveram uma espécie de conto de fadas. Chegaram ao Palácio do Planalto, viajaram pelo mundo todo e depois moraram nos Estados Unidos. Mas um dia o “príncipe” encantado abandonou a princesa | Foto: Reprodução Fernando Collor e Rosane Malta viveram uma espécie de conto de fadas. Chegaram ao Palácio do Planalto, viajaram pelo mundo todo e depois moraram nos Estados Unidos. Mas um dia o “príncipe” encantado abandonou a princesa | Foto: Reprodução[/caption] O governo de Fernando Collor (1990-1992), a se aceitar o que diz Rosane Collor, no livro “Tudo o Que Vi e Vivi” (Leya, 222 páginas), tinha um presidente, o hoje senador por Alagoas, e um “primeiro-ministro dos negócios”, Paulo César Farias. Rosane Malta afirma que os tentáculos de PC Farias estavam espraiados em vários setores do governo, como a Petrobrás. Quando ele tentou envolver-se nas licitações da Legião Brasileira de Assistência (LBA), a então primeira-dama reagiu e o pôs para fora. “O presidente é Fernando e você é o homem de confiança dele, mas eu quero deixar uma coisa bem clara: na LBA eu não permito que haja irregularidades.” O jornal “Tribuna de Ala­goas” foi criado por PC Farias para defender Fernando Collor no Estado. “Fernando apoiava a iniciativa. Mas Fer­nando estava, sim, envolvido no negócio. Tanto é que discutiu com Pedro [Collor] diversas vezes por causa disso.” Rosane não fornece nenhuma informação sobre a história de que, assentados em Alagoas, PC Farias e Fernando Collor pretendiam estender sua influência no setor de comunicação do país, possivelmente com a aquisição de uma rede nacional de televisão — o que teria desagradado Roberto Marinho e seus filhos. Pedro Collor mostrou ao País que Fernando Collor tinha uma ligação umbilical com PC Farias. Rosane Malta corrobora: “Fer­nando e PC tinham, sim, uma relação muito próxima. Tanto é que ele tomava café da manhã toda semana na Casa da Dinda para tratar de negócios dos dois. (...) Fernando e PC se viam o tempo todo! O ex-tesoureiro tinha até uma casa perto da Dinda!”. Mas a ex-primeira-dama acredita que PC tinha voo solo e fazia negociatas nas costas do ex-presidente. Fernando Collor “é um homem muito inteligente” e, por isso, “não faria certas besteiras. Não deixaria tanto rastro”. Mesmo não tendo a experiência política de Fernando Collor, Rosane Malta detecta, com precisão, uma de suas falhas. “Um dos grandes erros de Fernando durante seu governo foi não construir uma base sólida que o apoiasse. Ele não fortaleceu o seu partido [o inexpressivo PRN], não firmou alianças com os outros e acabou sendo apunhalado pela oposição sem que houvesse um escudo para protegê-lo. (...) Ao mesmo em que ele ama estar entre o povo, odeia contato com político.” Quando começou a operação para o impeachment, Fernando Collor estava confiante e tentou aproximar-se da elite política nacional e simulou até ter se afastado de PC Farias. Aos poucos, “começou esmorecer. Ficou abatido e muito magro”. Na votação do impeachment, com o caso perdido, o ex-presidente chorou. Fernando Collor e Rosane saíram do Palácio do Planalto, de cabeça erguida e nariz empinado, pela porta da frente. Ele acatou orientação da mulher. Porém, na Casa da Dinda, Fernando Collor desmoronou e Rosane Malta acreditou que pudesse se matar. “Tínhamos algumas armas em casa e fiz que elas sumissem. Durante todo o tempo em que estivemos casados, ele me dizia que, se eu o largasse, ele se mataria. (...) Dormíamos à base de remédio. Emagrecemos muito. Ele perdeu aquele porte atlético e ficou miudinho. Estava claramente deprimido, muito mais do que em qualquer outro período de sua vida. Sim, porque as crises de depressão de Fernando eram frequentes. Assim como as de euforia.” Quando presidente e quando moravam em Miami, tomava antidepressivos, segundo a ex-mulher. Quando Rosane Malta estava depressiva, Fernando Collor saiu de casa e não mais voltou. Abandonou-a, sozinha, sem amparo. Pelo menos é o que se diz no livro. Logo depois apareceu com outra mulher, uma arquiteta, com quem se casou e tem duas filhas gêmeas. Rosane Malta engravidou-se de Fernando Collor, mas sofreu um aborto. Eles seriam pais de duas meninas. O médico que cuidou da gravidez da ex-primeira-dama é o hoje presidiário Roger Abdelmassih. Não deixa de ser curioso que o livro tenha sido lançado apenas depois das eleições, na qual Fernando Collor foi reeleito para o Senado. Fica-se com a impressão, terminada a leitura, de que, apesar de tudo — de não ter sido apoiada quando teve de­pressão e de que o ex-marido a deixou quase na miséria, ficando até com suas joias —, Rosane Malta ainda gosta dele, tanto que diz que nunca conseguiu substitui-lo e o trata, o tempo todo, de “meu marido” e de “Fernando”, para denotar intimidade, nunca usando “ex-marido” e “Fer­nando Collor”. Apesar de ressaltar algumas grosserias, afirma que ele era um marido gentil e, quando queria, agradável. Pre­senteava-a com frequência e viajavam e gastavam muito.

A falta de sintonia entre William Bonner e Renata Vasconcelos sugere que há dois Jornal Nacional

[caption id="attachment_20873" align="alignright" width="620"]William Bonner e Renata Vasconcelos não se entendem: o primeiro parece em Marte e a segunda em Vênus. A jornalista estaria intimidada no Jornal Nacional | TV Globo/João Cotta William Bonner e Renata Vasconcelos não se entendem: o primeiro parece em Marte e a segunda em Vênus. A jornalista estaria intimidada no Jornal Nacional | TV Globo/João Cotta[/caption] William Bonner é, disparado, o mais qualificado apresentador do telejornalismo brasileiro. Fala bem, com a clareza necessária, com rapidez e tem noção precisa do tempo específico dedicado às notícias no “Jornal Nacional”. A parceria com Fátima Bernardes era quase perfeita, com raras falhas. Eles se entendiam por música, por assim dizer. Com Patrícia Poeta, não havia uma sintonia fina, faltava uma certa convergência, mas, com o tempo, foram se ajustando e cometiam poucas erros. A nova parceira de William Bonner, Renata Vasconcelos, é uma profissional competente. Ela sabe com precisão o que é jornalismo de televisão e já havia apresentado o “Jornal Nacional” algumas vezes, sem problemas. Porém, ao menos no momento, falta química entre os dois. Não conseguem nem rir ao mesmo tempo. Às vezes, ficam em dúvida sobre quem deve ler a notícia e aí um olha para o outro — desconsolados e apreensivos. Como William Bonner está em seu elemento — é a cara e o tom do “Jornal Nacional” —, o problema é mesmo com a “intimidada” Renata Vasconcelos. Aos poucos, por ser uma profissional experimentada, Renata Vasconcelos vai acostumar-se ao ritmo veloz do “Jornal Nacional”. Por enquanto, o telespectador parece que está assistindo dois “Jornal Nacional” — o de William Bonner, rápido como um míssil, e o de Renata Vasconcelos, cadenciado como o futebol de Ademir da Guia. Ela inclusive parece “assustada”.

Ex-mulher garante que Fernando Collor é aficionado por magia negra

O ex-presidente Fernando Collor não discute o assunto. Mas há muito comenta-se que a­precia, ou apreciava, magia negra. “Ao longo de todo o tempo em que estivemos casados, Fernando se dedicou a ri­tuais de magia negra”, garante Ro­sane Malta no livro “Tudo o Que Vi e Vivi” (Leya, 222 páginas). Certa vez, logo depois de casados, Fernando Collor teria levado Rosane Malta a um terreiro. “Fomos a um pai de santo que bebeu umas coisas esquisitas, disse algumas palavras e determinou um dia que não tivéssemos ‘contato’, ou seja, não poderíamos ter relações sexuais. Fomos proibidos, também, de comer carne por um dia. Eu segui as orientações”. Depois o casal descobriu Mãe Cecília, “a mãe de santo mais conhecida de Alagoas”. “Íamos ao terreiro mais ou menos uma vez por mês, mas, sempre que queria algo, Fernando ligava para a mãe de santo e ela dizia o que precisava ser feito para atingir seus objetivos. Dali [era governador de Alagoas] até a eleição para a Presidência, Fernando não vivia sem as orientações daquela mulher. Usava até as cores de roupa escolhidas por ela. No dia da posse, ele subiu a rampa do Palácio do Planalto vestindo branco por determinação dela. A Mãe Cecília também passou a frequentar o Palácio, aonde ia para receber entidades (os espíritos) que falavam com o presidente.” Na campanha presidencial de 1989, quando Silvio Santos apareceu bem nas pesquisas, Mãe Cecília foi convocada para “ajeitar” as coisas. “Meu marido pediu pra mãe de santo que empregasse todos os meios para barrar seu adversário. (...) Cecília fez um trabalho que consistia em colocar uma espécie de amuleto, que eles chamavam de azougue, dentro da boca de sete defuntos recém-enterrados no cemitério”, revela Rosane Malta. A Justiça impugnou a candidatura de Silvio Santos. “Cecília me contou que, certa vez, fez um trabalho para Fer­nando envolvendo fetos humanos. Ele pegou filhas de santo grávidas, fez com que abortassem e sacrificou os fetos para dar às entidades”, conta Rosane Malta. A mãe de santo matava búfalos, macacos, bodes e galinhas. “Quanto maior o animal, mais caro ficava. Muitas vezes, Fer­nando pagava os trabalhos em dólar. Ele gastava muito, muito mesmo com aquelas práticas.”

Estudo mostra as tendências e as demandas de negócios em Goiás para até 2020

As oportunidades são baseadas nas necessidades e nos anseios dos consumidores goianos

Goiânia terá mais dois vereadores a partir de 2017

[caption id="attachment_20871" align="alignright" width="785"]Projeto de Lei que propõe a alteração no número de cadeiras do plenário será apreciado ainda neste ano | Foto: Câmara Municipal de Goiânia Projeto de Lei que propõe a alteração no número de cadeiras do plenário será apreciado ainda neste ano | Foto: Câmara Municipal de Goiânia[/caption] A Câmara de Municipal de Goiânia vai contar com mais dois vereadores a partir da próxima eleição, que ocorrerá em 2016. Atualmente, a Casa abriga 35 parlamentares, no entanto, um projeto de lei deve elevar o número para 37 na próxima legislatura – 2017/2020. A informação sobre os novos quadros foi repassada pelo presidente do Poder Legislativo do município, vereador Clécio Alves (PMDB), durante entrevista na quarta-feira, 12. “Essa já é uma certeza, em função do número de habitantes. A Câmara passará a contar com mais dois vereadores a partir da próxima legislatura.” Questionado se o aumento de cadeiras alteraria a concorrência entre os candidatos, o peemedebista avaliou que a alteração amplia a representatividade da população goianiense. A novidade é baseada em da­dos oficiais divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geo­gra­fia e Estatística (IBGE). Se­gundo levantamento de 2010, a capital tem 1.302.001 habitantes. Na ocasião, Clécio Alves destacou que não haverá elevação no repasse do duodécimo pa­ra os vereadores. “Não vai au­mentar a despesa, que será a mesma dos atuais mandatos”. Ele listou que os valores pagos atualmente beiram os R$ 7 milhões. Para que a proposta vigore, é preciso que um pro­jeto de lei seja apresentado na Câmara, que deve ser levado à apreciação ainda neste ano. Clécio Alves também falou sobre a reforma do plenário da Câ­mara de Vereadores e afirmou que estão sendo instalados novas divisórias de vidro, como existem em outros órgãos, como a Câmara dos Deputa­dos, em Brasília. unnamed (1)

PF prende ex-diretor da Petrobras e mais 17 envolvidos

A Polícia Federal em Curitiba confirmou na sexta-feira, 14, a prisão do ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque e de mais 17 pessoas, de forma temporária e preventiva. Todas estão envolvidas em crimes investigados na Operação Lava Jato. Também foram cumpridos seis mandados de condução coercitiva. Os investigados que não foram localizados até o momento tiveram os nomes inscritos no sistema de procurados e impedidos da PF e estão proibidos de deixar o país, entre eles, o lobista Fernando Baiano, citado nas investigações como agente do PMDB no esquema criminoso.

Goiás e DF discutem melhorias no transporte coletivo

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) e o governador eleito do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), anunciaram um conjunto de medidas emergenciais para solucionar em curto e médios prazos os problemas do transporte coletivo no Entorno de Brasília. Ao lado do diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Luiz Macedo Bastos, o goiano propôs a criação de duas comissões, com representantes de Goiás e do Distrito Federal, para avançar nas discussões sobre o assunto. No anúncio, Marconi afirmou que o governo de Goiás está disposto a aportar recursos, em forma de contrapartida com o governo federal, para resolver a demanda por transportes dos municípios do Entorno. Ele sugeriu que na modelagem de concessão pública das rodovias federais 020 e 070 esteja prevista a construção de BRTs, exclusivos para o transporte de passageiros no Entorno.

Material utilizado por falsa biomédica não era hidrogel

A falsa biomédica Raquel Po­licena Rosa, de 27 anos, apontada como responsável pela morte da au­xiliar de leilão Maria José Me­dra­do de Souza Brandão, de 39 anos, não utilizava hidrogel Aqualift nas aplicações para aumento de nádegas em pacientes, como fora divulgado. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Myriam Vidal, o produto usado pela mulher seria silicone industrial – que é ilegal e nocivo à saúde – ou metacril (substância sintética usada por cirurgiões plásticos). Na última sexta-feira, 14, a ti­tu­lar explicou que as características do produto utilizado não conferem com as do Aqualift: “Este material é vendido no Brasil em uma apresentação de 1 a 100 ml, e a Raquel usava um produto de um litro. Além disso, ela disse em depoimento que teria comprado o material nas ruas de São Paulo, e esse produto não é comercializado em ruas”.

Morre poeta Manoel de Barros, aos 97

Após quase três semanas de internação, o escritor Manoel de Barros morreu na última quinta-feira, 13, no Hospital Proncor, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. O poeta estava em uma Uni­dade de Terapia Intensiva (UTI) após cirurgia de desobstrução do intestino. O velório do escritor foi realizado no cemitério Parque das Primaveras, na capital do Estado. O cuiabano ficou com a saúde debilitada após a morte de seu segundo filho, o primogênito Pedro Wanceslau, em 2013. Nascido em 1916 em Cuiabá, Manoel de Barros escreveu 18 livros de poesia, além de obras in­fantins e relatos autobiográficos. Recebeu diversos prêmios literários, entre os quais dois Jabutis.

Prefeitura inicia iluminação de Natal

A Prefeitura de Goiânia iniciou nesta semana a montagem da decoração natalina na capital. As avenidas 24 de Outubro, 85, T-63 e os viadutos Latif Sebba e João Alves de Queiroz são alguns dos locais que contarão com iluminação natalina. Com a Comurg à frente dos trabalhos, a montagem começou pela Praça Tamandaré com a instalação do tradicional túnel de luzes. No local, serão montadas, ainda, a Aldeia do Papai Noel e uma árvore iluminada de 18 metros de altura, além de outros enfeites complementares. De acordo com o presidente da Comurg, Ormando Pires, grande parte da nova decoração é fruto de material reciclável. Os gastos previstos para este ano com a iluminação natalina devem ser de aproximadamente R$ 250 mil. Os trabalhos devem ser finalizados até o final de novembro.

Se a sociedade não reagir, o governo Dilma vai aderir totalmente à Federação das Repúblicas Bolivarianas

[caption id="attachment_20858" align="alignright" width="620"]Rafael Correa, Evo Moraes, Nicolás Maduro e Dilma Rousseff: os presidentes do Equador, da Bolívia, da Venezuela e do Brasil querem implantar uma Federação das Repúblicas Bolivarianas | Fotos: Juan Madromata/AFP, Javier Soriano/AFP, Agência EFE e Roosewelt Pinheiro/ABR Rafael Correa, Evo Moraes, Nicolás Maduro e Dilma Rousseff: os presidentes do Equador, da Bolívia, da Venezuela e do Brasil querem implantar uma Federação das Repúblicas Bolivarianas | Fotos: Juan Madromata/AFP, Javier Soriano/AFP, Agência EFE e Roosewelt Pinheiro/ABR[/caption] O progresso do homem sobre a Terra começa pelo aprendizado da natureza, registrando fenômenos naturais úteis para o alimento e a proteção. No campo físico, aprendeu a dominar o fogo e a pedra lascada, 2 milhões de anos atrás; há 10 mil anos a pedra polida e há 3 mil os metais. Hoje, envia uma sonda a Marte, uma ação muito mais complexa, mas que apenas agrega um número incomensurável de experiências, que ele acumulou na evolução humana. No campo social, as coisas correm muito mais lentamente, para nossa infelicidade. O homem não acumulou, no mesmo grau, o que experimentou. O filósofo alemão Hegel dizia mesmo que povos e governos nada aprendiam com a história ou com a experiência. Há algum exagero. Foi também com a experiência que se conseguiram as melhores condições de governo, de convivência, de educação, de saúde, que hoje ostentam os países mais adiantados. O Brasil não está entre eles, e precisa de um modelo de sociedade, para escapar dos graves problemas que enfrenta nos campos social, político e econômico. Estudar as experiências alheias pode poupar o tempo que às vezes se perde com experiências próprias malsucedidas. Uma definição elementar em economia diz que os fatores de produção são terra, capital e trabalho. Não há teoria marxista que mostre algo diferente: é a lei da natureza. Populismo nunca enriqueceu nação nenhuma; o que enriquece é a produção. É saber juntar recursos naturais, capital e trabalho com eficiência e correção. O Brasil tem recursos naturais e força de trabalho. Capital sobra hoje no mundo, buscando segurança e rentabilidade. Se propiciarmos isso, vão sobrar aqui recursos para investir. O que falta para progredirmos, como tanto queremos? Antes de tudo, definir um modelo de organização pública e social, e não vou sugerir o dos EUA. Não quero deixar mais irritados do que já estão os esquerdistas fiéis que me leem. Nem mesmo vou sugerir o Canadá. Afinal, os canadenses têm muita parecença com os odiados americanos. Mas que tal a Alemanha? Ou a Suécia? Ainda não. A formação social destes países difere muito da nossa. Afinal, somos latinos. Fiquemos então com Itália ou França. Por que não debruçarmos sobre a estrutura de governo, o planejamento, a educação, a saúde, as leis, o judiciário, o funcionamento do legislativo, o sistema penal destes países? Por que não decifrar suas regras econômicas? Por que não estudá-los e saber o que podemos aproveitar? Mas tudo isso é para formular a pergunta de outra forma: o que pode nos ensinar o atual modelo político e econômico da Venezuela? Ou da Argentina? Ou ainda da Bolívia, da Guatemala, do Equador ou da Nicarágua, para não dizer de Cuba? Pois ao que parece esses são e serão, ao menos pelos próximos quatro anos, o nosso paradigma, em vez de França e Itália. Governo e PT marcham nesse rumo. Veem a Venezuela à frente da Itália, e a Bolívia, melhor que a França. Formou-se, na Amé­rica Latina, como que uma Fede­ra­ção das Repúblicas Bolivarianas, e o Brasil caminha para dela fazer parte. São duas as afirmações comprováveis: que se formou, ainda que informalmente, a FRB; e que o Brasil, por seu governo, quer entrar em sua composição, só não fazendo porque nossas instituições ainda reagem. Que esses países “bolivarianos” agem em uníssono, e obedecem à pauta do Foro de São Paulo, é desnecessário demonstrar. Basta ver a solidariedade entre eles e a unidade dos modelos: estatização da economia, domínio do Legislativo, submissão do Judiciário, reeleição indefinida de presidentes (para isso torcendo as constituições), censura econômica e institucional da imprensa, prisão de oposicionistas, ataque permanente aos EUA, solidariedade a ditaduras (principalmente Cuba). O Paraguai escapou quando apeou do poder o célebre bispo Fernando Lugo, e o Uruguai, seguindo a personalidade de seu presidente, não sabe se está ou não na FRB. Uma louvável exceção a esse estado de loucura institucional coletiva reside no Chile. Apesar da sucessão de governos de esquerda, os chilenos mantiveram as reformas na economia e na previdência que herdaram da ditadura. Conservam essas conquistas, endossam apenas na retórica o bolivarianismo, não embarcaram no furado Mercosul, preferindo a inteligência da Aliança do Pacífico. Não admira que vivam uma tranquila situação socioeconômica. Negar a existência, pois, ainda que não formal da Federação das Repúblicas Bolivarianas (FRB) não é só ignorância: é cinismo. Vamos à segunda afirmação: o Brasil, pela vontade da presidente Dilma Rousseff, do PT e principalmente do exército de “esquerdistas revolucionários” muito presentes no partido e no governo, está com um pé na FRB. É claro que boa parcela da imprensa, parte honesta e otimista, parte alinhada com o petismo por convicção ou ligada ao governo pelo dinheiro, procura negar essa verdade. Mas a estatização da economia sempre esteve na pauta petista. Foi preciso que se anunciasse um grande vexame na Copa, para que alguns aeroportos fossem privatizados, ainda que envergonhadamente. Tarso Genro, governando os gaúchos, reverteu a privatização das estradas estaduais, fazendo despencar sua qualidade e segurança. O Legislativo submeteu-se pelo dinheiro do Mensalão e agora do Petrolão. Tem sido muito obediente ao governo, nestes 12 anos. Aprovou quase tudo o que Lula e Dilma pretendiam e esvaziou as CPI mais incômodas. Rebelou-se (e aqui falo de nossas instituições mais fortes que as dos vizinhos) apenas em dois grandes temas, nos quais, se o governo e o PT tivessem logrado êxito, já faríamos parte da FRB: na censura à imprensa, tentada desde 2004, com a criação do Conselho Federal de Jornalismo, e na criação dos “conselhos populares”, versão verde e amarela dos sovietes que deram musculatura a Lênin. Mas não foi só a fortaleza das instituições que serviu de freio. O Congresso tem horror a duas coisas: perder poder (e teria que o cedê-lo aos “conselhos populares”, obviamente dirigidos por governo e PT) e desagradar a imprensa. O domínio do Judiciário é uma das metas evidentes do governo e do petismo. A preocupação cresceu após Joaquim Barbosa e o Mensa­lão. Um ministro do Supremo (Gil­mar Mendes) chegou a dar o alerta, com todas as letras: “Corremos o risco de uma corte bolivariana”. Não fala sem base. O nome mais falado para a vaga de Barbosa é o do ministro da Justiça, cuja credencial maior para o cargo reside no “companheirismo”. Não se pode esperar que o Senado venha a frear a indicação de “companheiros” para as próximas vagas, como esperam alguns, honestos e otimistas. O Senado nunca faz isso. Faria agora, dominado pelo governo? A reeleição indefinida ainda não se tentou por aqui. Nem mesmo o terceiro mandato, embora de certa forma Dilma tenha representado uma prorrogação dos mandatos lulistas. O PT não precisou do terceiro (e outros) mandatos ou ainda não se achou forte para esse teste em nossas instituições. Uma das facetas mais preocupantes do “bolivarianismo” está na censura à imprensa. Desde aquele longínquo 2004 em que se tentou criar o CFJ (Conselho Federal de Jornalismo) até na semana passada, quando o PT emitiu uma nota que não esconde sua tendência totalitária, e a presidente reeleita manifestou seu apoio. Nessa nota o partido investe contra monopólios e oligopólios da imprensa, deixando claríssimo que pretende fazer aqui o que já se fez ou ainda se faz na Argentina, na Bolívia no Equador, na Venezuela. A nota só falta dizer com todas as letras que o PT vai fulminar a Rede Globo. Está claro nas legíveis entrelinhas. Tal nota muito se parece com aquelas saídas do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), e publicadas aqui no clandestino jornal “Voz Operária”, financiado por Moscou na Guerra Fria. Ainda não se prendem opositores no Brasil, mas são sempre sujeitos ao linchamento moral, com auxílio da imprensa alinhada. Os deputados Marcos Feliciano e Jair Bolsonaro são exemplos, ainda que maciçamente vitoriosos nas urnas. Como eles, sofrem esse linchamento alguns jornalistas, por mais sérios e competentes que sejam como a apresentadora Rachel Sheherazade e os colunistas Demétrio Magnoli e Reinaldo Azevedo. Se o governo não prende (ainda) opositores, nem por isso deixa de se acumpliciar com os bolivarianos nesse crime. O senador boliviano Roger Pinto Molina que o diga. A solidariedade a ditaduras fica para outro dia. É assunto enorme, até porque se liga à solidariedade com os próprios “bolivarianos”, para quem o governo petista tem entregado boa parte dos recursos pagos em impostos pelo povo brasileiro. Não podemos nos descuidar. Totalitaristas sempre se valeram de confiantes e otimistas. E os “bolivarianos” já nos veem como sócios do clube. Encorajado pela simpatia brasileira, um ministro venezuelano aqui esteve dias atrás estabelecendo parceria com os marginais do MST, para “ações revolucionárias”, sem sequer contato com o Itamaraty. Naturalmente, já se julga em casa. Afastemo-nos enquanto é tempo do” bolivarianismo”. Como diz o jornalista Ruy Fabiano, “nada temos com Simón Bolivar, que é herói de outro mundo, forjado numa mitologia política que não nos diz respeito”.

Novo Plano de Cargos e Remuneração dos servidores de Trindade começa a ser debatido por vereadores

Iniciativa do prefeito Jânio Darrot atualiza legislação vigente há 23 anos; presidente do Legislativo destaca arrojo da mudança

Procura-se um ministro da Fazenda disposto a enfrentar o mau humor diário de Dilma

Seja quem for o escolhido, deverá ter paciência suficiente para suportar e, se possível, levar para casa os desaforos da presidente em momentos de tensão

O redescobrimento da Rota da Seda

Linha férrea entra China e Alemanha transporta material por 10.200 quilômetros, numa viagem que dura 17 dias e diminui o valor do frete à metade em relação ao transporte aéreo

OAB-GO promete entrar na Justiça caso reajuste de quase 60% seja aprovado

Para o presidente da CDTrib, Thiago Miranda, majoração tem efeito confiscatório

Embaixador alemão se impressiona e diz que vai divulgar potencial do Estado

32 e 33 - coluna anapolis_toques.qxd Na semana passada, o embaixador da Alemanha no Brasil, Dirk Brengelman, visitou Anápolis e afirmou que Goiás e o munícipio podem se tornar uma das opções mais viáveis de investimento para as empresas de seu país e que vai se empenhar na divulgação da “história de sucesso do Estado”. A avaliação foi feita durante reunião no Porto Seco de Anápolis. “Vamos mostrar que existe uma região do Brasil com uma lo­gística de ponta. Fiquei impressionado, principalmente, com a posição logística estratégica de Goiás, que será muito beneficiada com o pleno funcionamento dos diferentes modais projetados para atender a região”, declarou o em­baixador, em referência à Plata­forma Logística Multimodal de Anápolis. Segundo o embaixador, atualmente 1,5 mil firmas alemãs atuam no Brasil e o seu desempenho representa 10% do PIB industrial brasileiro. O embaixador comentou que se surpreendeu com a presença maciça de duas grandes empresas alemãs de logística em Anápolis, a Hamburg Sud e a DHL, que é uma subsidiária do serviço postal alemão. O governador Marconi Perillo (PSDB) garantiu ao embaixador que o Estado pretende organizar um seminário entre empresários alemães e goianos já no primeiro semestre do ano que vem e sinalizou com a possibilidade de uma comitiva goiana visitar empresas alemãs em 2015. “Queremos realizar uma ampla rodada de negócios com a Alemanha. Estamos dispostos a realizar esta aproximação”, confirmou Marconi. Ao elogiar os investimentos atuais na logística do Estado, Dirk mencionou os projetos em curso no município, como a construção do aeroporto de cargas, como fundamental para o fomento econômico da região. Na ocasião, ele foi recebido pe­lo secretário de Indústria e Co­mér­cio, William O’Dwyer, pelo superintendente da unidade, Edson Tavares, e por lideranças locais.

Programa de mudas irá revitalizar a cidade

Na semana passada, a Pre­feitura de Anápolis lançou o Programa Plantar, uma ferramenta que irá revitalizar toda a cidade com o plantio de 50 mil mudas de árvores nos próximos meses. De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Francisco Costa, além dos plantios serem realizados nas áreas comuns do município, as mudas de árvores também serão disponibilizadas para que a população possa plantar dentro de suas propriedades. “Levando o plantio das árvores para a porta das casas das pessoas, certamente estaremos contribuindo para a melhoria do oxigênio da nossa cidade”, pontuou o secretário. O prefeito João Gomes (PT) afirmou que toda a cidade será atendida: “Para isso, temos a quantidade de mudas previstas”.

A reforma veio e o empresariado espera continuar tendo espaço

anapolis1 No final da semana passada, o governador reeleito Marconi Perillo (PSDB) anunciou um projeto que pretende realizar a fusão de secretarias do Estado, que passarão de 16 para 10. Por exemplo, agora as Se­cretarias de Indústria e Comércio; Ciência, Tecnologia e Inovação; A­gri­cultura, Pecuária e Irrigação; e a A­gência Goiana de Desenvol­vi­mento Regional vão se unir e formar a Secretaria de Desenvol­vimento Econômico, Científico e Tecnológico. Historicamente, o tucano sempre assegurou a Anápolis o cargo principal da Secretaria de Indústria e Comércio (SIC), visto que a cidade ocupa o segundo lugar no ranking das maiores economias de Goiás e abriga o Distrito Agroin­dus­trial (Daia) – o maior polo empresarial do Estado. Mesmo com a fusão, o presidente da Federação das Indústrias de Goiás regional Anápolis, e empresário que atua no ramo de grãos, Wilson de Oliveira, acredita que o governador deverá contemplar o município de alguma forma. “A reforma administrativa proposta por Marconi pegou todos nós de surpresa. Mas as lideranças classistas e empresarias da cidade tentarão manter os espaços que a cidade sempre mereceu”, disse. Ainda segundo Wilson, um dos possíveis nomes para assumir a nova pasta é o do deputado federal eleito Alexandre Baldy: “Ele é da nossa região e neste pleito obteve mais de 100 mil votos, o que o deixou forte e capaz de assumir qualquer cargo”. No entanto, Wilson salientou que os anapolinos não irão “pressionar o governador” e apenas desejam que as demandas da cidade sejam atendidas pela nova secretaria. “Não vamos nos posicionar. Agora devemos esperar os anúncios dos novos secretários e os próximos capítulos dessa reforma”, afirmou. Por sua vez, a presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços (Acieg), Helenir Queiroz, disse ao Jornal Opção que aplaudiu de pé o anúncio da redução do número de secretarias e a exoneração de mais de 5 mil comissionados: “Essa é a expectativa do eleitor e do cidadão brasileiro. Os recursos retirados do Produto Interno Bruto (PIB) nacional são consumidos pela própria máquina da gestão pública. Espero que o Estado fique mais leve”. Ainda para Helenir Queiroz, o que o governador está fazendo acontece diariamente nas empresas privadas. “Reformas e diminuição de cargos são comuns no mundo cooperativo. Isso serve para gerar produtividade e expandir os recursos”, defende. A presidente da Acieg reconhece a importância da SIC e espera que o governador indique um “supernome”, talvez de Anápolis, para a nova pasta.

Sai o ódio, entra a esperança

Após anos pregando campanhas eleitorais cada vez mais virulentas, PMDB goiano pode estar prestes a mudar a estratégia

A insatisfação entre petistas no Congresso inibe a retaliação do governo à ex-ministra

[caption id="attachment_20826" align="alignright" width="620"]Ex-ministra Marta Suplicy: carta de demissão em que critica asperamente a política econômica de Dilma Rousseff | Antonio Cruz/ Agência Brasil Ex-ministra Marta Suplicy: carta de demissão em que critica asperamente a política econômica de Dilma Rousseff | Antonio Cruz/ Agência Brasil[/caption] Sempre na ausência da presidente Dilma, as manifestações críticas do secretário Gilberto Carvalho e da ex-ministra Marta Suplicy ganharam sequência na quinta-feira numa reunião de deputados do PT. O encontro a portas fechadas era para discutir uma candidatura à presidência da Câmara alternativa ao nome do desafeto e líder do PMDB, Eduardo Cunha, do Rio. Mas a pauta mudou. O que aconteceu foi a manifestação em série de descontentamentos petistas em relação ao governo. O impulso de oposição dos deputados aproveitou a presença de três enviados do primeiro escalão do Planalto: Aloizio Mercadante (Casa Civil), Gilberto Carvalho (Secre­taria Geral) e Ricardo Berzoini (Relações Institucionais). Na volta a Brasília, Dilma terá um quadro convincente de insatisfações no Congresso, agora reforçada pela volta de Marta Suplicy à sua cadeira no Senado por São Paulo, com mandato por mais quatro anos. A rebeldia da senadora como ministra e autonomia com que opera Gilberto Carvalho estimulam os parlamentares. A presidente não terá como retaliar Suplicy. Não há dúvida que o impulso de revolta no partido de Lula e Dilma tem a ver com o momento político de negociação da presidente para alinhar seus novos quatro anos de mandato com a redistribuição de posições em troca de compromissos. O problema petista é que o movimento visível nessa ação é de negócios com partidos aliados, como o PMDB. O PT que espere. Longe do Planalto, a percorrer a Ásia e Oceania, Dilma viveu uma semana atribulada em Brasília, onde até o PT teve surtos de oposição. Agora, de volta ao batente no palácio depois de participar do grupo G-20 na Austrália, a presidente poderá encarar mais de perto os impasses políticos que brotaram em sua ausência. O que se ouviu na reunião foram pedidos por um ministério “mais qualificado” em representatividade. Entre os 39 chamados ministérios de Dilma, o PT detém 17 posições, mas quer mais. Pediram mais diálogo, ou seja, acesso a Dilma para as reivindicações de cada um. A plateia vibrou com um discurso em que o deputado gaúcho Paulo Pimenta denuncia a decadência do PT e a atribui à falta de apoio do governo federal. “Como um partido que está há 12 anos no governo perde 19 deputados federais e só elege dois senadores?”, referiu-se às últimas eleições quando o país elegeu 27 senadores, mas o partido não concorreu a todas as vagas. “Tínhamos 149 deputados estaduais no Brasil e elegemos 109”, continuou Pimenta. Houve perda de protagonismo do PT na formatação e execução de políticas públicas. No PT estamos muito mais expostos para defender o governo nas questões mais difíceis”, queixou-se Pimenta e reclamou de atenção maior a partidos aliados. Alegou o deputado que “en­quan­to isso, representantes de partidos aliados que fizeram campanha para Aécio (Neves) e Marina (Silva) estão na ponta da execução de políticas do governo”. Mas Paulo Pimen­ta não mencionou nomes de aliados. “Somos governo, mas precisamos ter mais protagonismo”, concordou o deputado Jorge Bittar, do Rio.