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SIC tenta atrair negócios e olhares para a cidade e o Estado

SIC EM SÃO PAULO O Encontro de Negócios com Goiás, ocorrido na semana passada em São Paulo, debateu as potencialidades do agronegócio. Representantes da indústria automobilística, de logística e de alimentos com atuação no País e na América do Sul conheceram as principais informações socioeconômicas do Estado, além do funcionamento do Porto Seco do Centro-Oeste e cases de sucesso de empresas instaladas Anápolis, como a Hyundai. O secretário de Indústria e Comércio, William O’Dwyer, responsável pelo evento, disse que o objetivo principal foi atrair negócios que complementem a cadeia produtiva goiana. “Temos vários diferenciais de competitividade que podem fazer os investimentos das empresas dos senhores crescerem, como uma infraestrutura diferenciada, incentivos fiscais, matéria-prima e parcerias entre iniciativa privada e pública que podem transformar os negócios de vocês em cases de sucesso. Ir para Goiás pode ser sinônimo de redução de custos e incremento dos lucros”, afirmou aos presentes. Na ocasião, o vice-presidente da Hyundai, instalada no Distrito Agroindústria de Anápolis (Daia), Mauro Correa, afirmou que os incentivos fiscais oferecidos pelo Estado contribuíram para a empresa se tornar referência internacional. “Os incentivos fiscais de Goiás permitem ao empresário investir mais em seu negócio. Somos hoje uma das principais fábricas da marca no mundo porque tivemos este apoio do Estado de Goiás”, salientou. O encontro faz parte do Seminário Go to Goiás, que tem por objetivo divulgar e captar investimentos para o Estado junto a empresas nacionais e internacionais. Apenas no segundo semestre deste ano, a Secre­tária de Indústria e Comércio (SIC) promoveu as vantagens locais junto a 60 embaixadores, durante a edição do seminário em Brasília (DF), e a outros 50 representantes de empresas nacionais, na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (RJ).

Cidade é 2ª do Estado em empregos

Anápolis, no ranking das cidades goianas com mais de 30 mil habitantes, ocupou o segundo lugar na geração de empregos do mês passado. Segundo dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego do Ministério do Trabalho (Caged) a cidade teve um saldo positivo de 387 novos postos de trabalho. O município ficou atrás apenas de Luziânia que teve saldo positivo de 838 postos de trabalho. O resultado da cidade foi bem me­lhor que o do mesmo período de 2013, que foi de 114 postos de trabalho. O setor que mais contribuiu para o resultado foi a indústria com recuperação de 339 novos empregos; construção civil com 27, serviços com 14 e o comércio com 3. Ainda pelos dados do Caged, outubro teve eliminação de3.680 empregos em cargos públicos em Goiás, equivalente a retração de 0,29% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior.

Vários eventos movimentam município em dezembro

No final da semana passada, a Prefeitura Muncipal inaugurou, na Praça Bom Jesus, a iluminação do Natal de Luz 2014 e lançou a programação de fim de ano do município. A iluminação foi instalada nas principais ruas e avenidas da cidade como, por exemplo, avenidas São Francisco, Goiás, Presidente Ken­nedy, Tiradentes, Barão do Rio Branco, entre outras. Além da iluminação natalina, a prefeitura promove durante todo o mês atividades especiais alusivas ao Natal. Neste mês, a Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação promove a exposição ‘Aventura pelo corpo humano’, no Planetário Di­gital. Já a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer preparou uma série de atividades como, por exemplo, a 3ª Copinha de Futebol. Além disso, a Secretaria Mu­nicipal de Educação vai inaugurar Centros Municipais de Educação Infantil que passam a integrar a rede de ensino da cidade. A programação conta ainda com atividades culturais como as apresentações dos espetáculos ‘Cerrado Que Te Quero Vivo’, Concerto Natalino da Orquestra Jovem de Anápolis, e apresentações do Trio Elétrico Natalino.

2016 está logo ali

No calendário “civil”, novas eleições somente dentro de longos dois anos. No calendário “político”, as articulações começam já

MPF solicita regularização de endereços

O Ministério Público Federal em Goiás enviou ofício para o prefeito João Gomes (PT) solicitando que recursos financeiros necessários às atividades de correção do problema de endereçamento sejam incluídos na Lei Orçamentária Anual de 2015, ainda para ser votada pelo legislativo. Além de Anápolis, outros vinte e seis prefeitos de cidades com mais de 30 mil habitantes receberam o ofício. Segundo o MPF, mais da metade dos endereços em Goiás não possui identificação de número. Portanto, a medida faz parte de um conjunto de ações a fim de sensibilizar os chefes municipais quanto à questão e indicar possíveis linhas de atuação. Na busca pela solução do problema, a procuradora da República Mariane Guimarães de Mello conta com a parceria de outros órgãos e entidades, como a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios), a Saneago e a Celg Distribuição S/A. (

Prefeitura de Rio Verde dá resposta a nota

Prefeitura de Rio Verde dá resposta a nota

Secretaria de Comunicação Em resposta à nota “Juraci Martins é o prefeito das obras que nunca terminam” (Jornal Opção 2055), temos a dizer que a oposição bem que tenta difamar o prefeito Juraci Martins (PSD) com suas falácias, mas, enquanto a turma da “rádio peão” fica no falatório, o prefeito trabalha e as obras estão a todo vapor por toda a cidade. Juraci assumiu a Prefeitura com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos moradores de Rio Verde e, desde o início de sua administração, as obras são realizadas pensando na diferença que irão fazer na vida de todos. Somente em 2014 obras importantes foram concluídas e entregues a quem realmente interessa, a população rio-verdense. Entre elas, a Biblioteca Municipal, o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), o Centro Poliesportivo do Canaã, o Parque Ecológico. Problemas antigos foram solucionados, como a construção das pontes do Parque Betel e da Vila Menezes. A obra da Rodoviária foi concluída e entregue e a Avenida 1 — situada entre a Avenida 25 e a Avenida Presidente Vargas, que liga a região sudoeste e oeste — irá melhorar em muito o trânsito na região. Dia 15 de dezembro serão entregues as 220 casas do Residencial Nilson Veloso II, concluindo 2 mil unidades habitacionais entregues pelo prefeito. No dia 16 será entregue o Centro de Artes e Esportes Unificados (CEUs) no bairro Céu Azul. Em seis anos foram investidos mais de R$ 70 milhões em asfalto e recapeamento, sendo mais de R$ 12 milhões apenas este ano, em que a malha asfáltica da cidade e dos distritos de Lagoa do Bauzinho, Ouroana e Riverlândia foram recuperadas. Em 2014 também foi investido mais de R$ 5 milhões em redes pluviais. A zona rural teve mais de 2,5 mil quilômetros de estradas vicinais reformadas e três novas pontes de concreto foram construídas. E a administração não está focada apenas nas obras. Dez novos caminhões estão realizando a coleta de lixo, houve a aquisição de nove ambulâncias para a Secretaria de Saúde, a revitalização de canteiros centrais de avenidas e praças e a doação de mudas de árvores, totalizando 11 mil mudas que irão contribuir para a melhoria da arborização na cidade, trazendo impacto real ao meio ambiente. Também houve a implantação de 30 câmeras de videomonitoramento, um investimento importante para a melhora na segurança, com elas já a redução no número de assaltos e um aumento nas prisões de todas as espécies estão sendo percebidos por todos. A obra mais importante da administração é o investimento no ser humano e a qualificação de mão de obra. A média das escolas municipais no Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] é de 6,8, maior que a média do Estado e do País. Os investimentos na área social são uma preocupação diária. Jovens são atendidos com os programas Curso Pré-vestibular, Telecentro, Bolsa Futuro, Pró-Jovem Urbano, Internet para To­dos e Contra Turno, além de atividades como hip hop, malabarismo, circo, capoeira e demais artes marciais; a Secretaria de Assistência Social beneficia 20 mil famílias por ano; mais de R$ 5 milhões são investidos em Bolsa Universitária e R$ 6 milhões em convênios com instituições filantrópicas do município. Rio Verde se tornou referência em assistência social e tivemos três programas premiados em eventos nacionais. As obras das creches estão em andamento. Todas já foram licitadas e estão seguindo o cronograma estipulado. A Secretaria de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano está fiscalizando e duas estão em fase adiantadas com conclusão prevista para o próximo ano. Também em fase adiantada, com entrega até o final do mandato, estão a construção da canalização do Córrego do Sapo, da nova sede do Centro de Referência Especializado em As­sistência Social (Creas), do Centro Esportivo do Bairro Gameleira, e do mini anel viário, a entrega de mais cinco pontes de concreto na zona rural. Em fase de finalização, a recuperação do Córrego Barrinha, a ampliação e reforma do Albergue Municipal, a reforma do Centro de Convivência ao Idoso (Conviver), da Praça da Morada do Sol e a revitalização da orla do Residencial Dona Gercina. Com início para o próximo ano, a Prefeitura terá a reforma do aeroporto, obra que já está licitada. Será um investimento de R$ 20 milhões. Outras obras: a ampliação e reforma do Hospital Municipal, que deverá ser licitada nos próximos dias; a instalação de mais 30 câmeras de videomonitoramento; e a complementação do recapeamento da malha asfáltica dos bairros da cidade que ainda não receberam o benefício, um investimento de mais de R$ 12 milhões. A obra de construção da creche em parceria com a BRF está em fase adiantada e Rio Verde sediará a Unidade Regional da Polícia Florestal, localizada na Vila Mariana. As obras do Hospital Materno Infantil já foram iniciadas, mas, por causa do período eleitoral, o recurso repassado foi apenas para a terraplanagem do terreno. Agora, com o fim do período eleitoral, os recursos serão novamente enviados e a obra seguirá o planejamento com término previsto para 2016. Pensando ainda no crescimento da cidade, é necessário pensar em melhorias no sistema de captação de água que ainda é antigo, a Prefeitura está trabalhando para uma nova central de abastecimento, com a canalização do Rio Verdinho. A oposição usa os meios que encontra para tentar desmoralizar a administração; afinal é o papel dela. Mas é preciso reconhecer que os munícipes não tem ido ao encontro desse pensamento: hoje cerca de 70% da população está satisfeita com a administração, que trabalha arduamente para a melhora da qualidade de vida de todos. Rio Verde tem uma localização privilegiada, terras férteis e um clima propício para a agricultura. Com isso a cidade se tornou referência no agronegócio, destacando-se entre os maiores produtores de grãos e tendo o terceiro maior rebanho do Estado. A economia cresce 14% ao ano, o dobro da economia chinesa, o que tem atraído grandes empresas para a cidade. A administração tem investido muito em infraestrutura para dar suporte a todo esse crescimento, mas essa não é a única preocupação: os investimentos em ações sociais e na qualificação profissional também são uma realidade, e o resultado disso é que a cidade ser referência nacional no agronegócio, na educação e assistência social. Com isso investimentos estão chegando e a administração trabalha para construir uma sociedade mais justa, com geração de empregos e oportunidades a quem aqui nasceu e a quem escolheu Rio Verde para viver. E-mail: [email protected]

Leitores reagem à reportagem polêmica da Rede Globo sobre os colégios militares de Goiás 

[caption id="attachment_21982" align="alignleft" width="620"]Foto: divulgação Foto: divulgação[/caption]

“O ‘Profissão Repórter’ produziu uma reportagem mentirosa e difamatória”

Sandra Silva Xavier Rosa Sobre a matéria “Profissão Repórter sobre colégios militares de Goiás é criticado nas redes sociais” (Jornal Opção Online), no dia em que foi filmada esta reportagem eu estava no CPMG [Colégio da Polícia Militar de Goiás] Hugo de Carvalho Ramos, onde minha filha Larissa Silva Xavier Rosa é aluna do 8º ano e estava sendo homenageada com a estatueta que é entregue aos alunos nota 10, medalhas de ouro e alamar. Quero ressaltar aqui o meu desagrado com a referida reportagem, pois não reflete de forma alguma o que acontece no CPMG, pois minha filha entrou nessa escola no ano de 2012 e nesse primeiro ano eu estive nesta instituição de ensino todos os dias letivos tendo contato com o diretor, professores, outros alunos, pais de outros alunos e demais funcionários. Pude ver a forma com que são tratados os alunos — com disciplina e rigor, sim, mas também com muito respeito e dignidade — e com o devido conhecimento de causa venho expressar meus sentimentos de desagrado e de­ce­pção para com o veículo de informação — a Rede Globo — que permitiu ir ao ar uma reportagem mentirosa e difamatória que não mostra a realidade e muito menos a opinião dos pais, alunos, ex-alunos, professores e funcionários. E-mail: [email protected]

“O Colégio Militar foi a melhor época da minha vida”

Débora de Castro Confesso que tentei ficar acordada até mais tarde para assistir o “Profissão Repórter” quando foi ao ar, mas não consegui porque acordo cedo para trabalhar todos os dias. Sou formada e pós-graduada e trabalho na profissão que eu escolhi, porque tive uma base excelente para estudar o suficiente e fazer minhas próprias escolhas, porque tive educação, ensino, regimento interno e toda a estrutura que o Colégio da Polícia Militar de Goiás me proporcionou. Isso não me impediu de assistir o programa online, depois de ver tanta gente indignada na minha rede social. Apesar de nunca ter sido uma aluna exemplar, com nota de comportamento 10 ou com distintivos, tive minha conduta formada, meus princípios construídos, minha moral estabelecida dentro dessa instituição. Sabemos que a educação co­me­ça em casa, mas também sabemos que a criança e o adolescente ficam a maior parte do seu tempo na escola e é lá que ela vai aprender a respeitar os mais velhos, a entender hierarquias, cidadania, conviver de forma igual com pessoas de níveis e rendas diferentes. É muitas vezes na escola que ele vai aprender o que é certo, o que é errado e que existem consequências para toda escolha mal pensada. É lá que ele entende que na vida existem regras a serem cumpridas, mas que também tem seus reconhecimentos, caso ele faça algo certo. Passaram-se seis anos depois da minha conclusão do ensino médio e a minha opinião não se desfaz: o Colégio Militar foi, de longe, a melhor época da minha vida. Tive um ensino de colégio particular pagando preço de colégio público. Tenho muitas saudades e, se eu pudesse escolher passar por tudo de novo, certamente minha escolha não seria diferente. Com certeza se tiver oportunidade, meus filhos também estudarão lá. Ao contrário do que a reportagem mostrou, tenho muitas saudades das festas, das músicas no recreio, das mostras culturais, dos jogos internos, das bandas da escola, das aulas de teatro e dança. Sou muito grata a cada professor, a cada colega (todos viraram verdadeiros amigos) e a cada militar que fez diferença na minha vida dentro e fora do colégio, nos arredores, na diretoria, nas continências dos corredores, nos hasteamentos das bandeiras, nos cantos do Hino Nacional, nas sete formações que tínhamos por dia. Em cada “sentido” e “descansar”. E a cada desfile de 24 de Outubro e 7 de Setembro, para recuperar a nota de comportamento. Em cada “Cadê o bibico, aluno?”. Por todas as tentativas de me tornar uma aluna “caxias”. Agradeço por todas as punições sobre meias brancas, brincos do segundo furo, unhas pintadas, atrasos, cabelos soltos, uniformes incompletos. Pode parecer motivos pequenos para se punir um aluno, mas graças a esses pequenos motivos não existiram motivos maiores. Obrigada por terem feito parte da minha história. E-mail: [email protected]‬‬

“Matéria foi manipulada pela Rede Globo”

Brunno Gonçalves Sou aluno do CPMG-HCR [Colégio da Polícia Militar de Goiás Hugo de Carvalho Ramos] e realmente a matéria exibida pela Rede Globo foi manipulada. Houve sensacionalismo barato e eu duvido que algum professor, de fato, tenha dito o que mostraram. O pior é que quem não está dentro do colégio ou não tem conhecimento sobre ele acredita na matéria e começa a criar um preconceito sobre o CPMG, só pelo que foi apresentado. Isso é manipulação. Tenho muito orgulho de estudar em uma unidade militar e posso garantir: está sendo uma escolha minha permanecer lá. Realmente, a presença militar faz a diferença. Brunno Gonçalves é estudante do Colégio Militar Hugo de Carvalho Ramos. E-mail: [email protected]

“Sem comparação às outras escolas públicas”

Ana Paula Rosa Matéria tendenciosa e manipuladora no “Profissão Repór­ter”. Se fosse como nela disseram, não teria tanta concorrência para entrar. Aqui no Paraná, quase 3 mil disputam as vagas, pelo ensino de qualidade, civismo, porque os colégios militares, além de serem os melhores, ensinam a ser cidadãos, sem comparação às outras escolas públicas, onde tem de tudo — violência, tráfico, agressões e estudo falho. E-mail: [email protected]

“Governo é contra tudo que é organizado”

Fernando Sousa Matéria encomendada. Todos sabemos que o governo federal é contra tudo que é organizado, é só ver a PEC 51 [proposta de emenda constitucional que quer desmilitarizar a PM]. Não podemos intitular como “ditadura militar”; o correto é “regime militar”. Os anarquistas da década de 60 não aceitavam correções e logo faziam bagunça para estragar o governo militar. A ditadura foi imposta pelos guerrilheiros comunas. E-mail: [email protected]

Influência do dinheiro na eleição enfraquece a nossa democracia

É o que afirma o deputado petista Rubens Otoni, avaliando ainda que o sistema político-eleitoral brasileiro está ultrapassado e precisa ser refeito

A presidente ensina comportamento ao novo comando da economia como se fosse tutora

Ela se trai e revela a intenção de intervir no plano de ajuste de Levy, Barbosa e Tombini como se continuasse a determinar a linha econômica

O constrangimento na vida paralela entre os que chegam e os que vão sair do governo

[caption id="attachment_21973" align="alignright" width="620"]Joaquim Levy e Nelson Barbosa, respectivamente, nos ministérios da Fazenda e do Planejamento: missão de consertar os estragos cometidos em 4 anos l Wilson Dias/Agência Brasil Joaquim Levy e Nelson Barbosa, respectivamente, nos ministérios da Fazenda e do Planejamento: missão de consertar os estragos cometidos em 4 anos l Wilson Dias/Agência Brasil[/caption] No momento em que a presidente Dilma recebia Joaquim Levy, Nelson Barbosa e Alexandre Tom­bini em almoço no Alvorada, o ainda ministro da Fazenda, Guido Mante­ga, levava para São Paulo a pasta com os despachos do dia. Constrangido pelo poder paralelo de seu virtual sucessor, Levy, o líder do novo trio. O que Mantega gostaria mesmo era de ir mais cedo para a sua casa paulistana. Chegou a anunciar entre amigos que o caminhão de mudança não tardaria. Não é nada, não é nada, ministro há mais de oito anos, desde a reeleição de Lula, Mantega foi demitido há três meses, quando Dilma prometeu a repórteres que “governo novo, equipe nova” se fosse reeleita. Mas Mantega não está só. No Ministério do Planejamento, a companheira Miriam Belchior também é constrangida a continuar no trabalho em função paralela à de seu sucessor virtual, Nelson Barbosa. Nem Levy, nem Barbosa ainda foram nomeados. Porém, todos sabem que os dois companheiros estão em situação inferior aos sucessores. Para começar, os dois ministros de papel passado continuam a dar expediente na Esplanada dos Ministérios. Quanto ao futuro, é improvável que Mantega continue em Brasília no segundo mandato de Dilma, a partir de janeiro. Belchior, deve permanecer na cidade, mas se falam em tantos ministérios que qualquer um parece servir a ela. Ou ela a qualquer um. Enquanto isso, os sucessores se preparam na Praça dos Três Poderes para assumir as cadeiras dos petistas, instalados os novatos no Palácio do Planalto, no terceiro andar, a metros da sala de Dilma. Levy, porém, disse algo depois daquele almoço que sugere distanciamento da chefe no trabalho do comando econômico: — A autonomia, eu acho, está dada. O objetivo é claro. Os meios a gente conhece. Quis dizer que o grupo deve ser livre para cortar gastos, como os de programas sociais, e fazer ajustes em despesas como as de benefícios sociais. “Quando uma equipe é escolhida, é porque há uma confiança nessa equipe”, observou e arrematou que não tem porque esperar outra coisa da presidente: — Eu não tenho indicação nenhuma em sentido contrário. O grupo pode propor o reequilíbrio das contas com aumento de impostos? Conhecido pela maneira implacável com que corta alguns gastos e cobra outros por onde passa, Levy respondeu não esperar turbulência: — Essa questão vai se responder de maneira muito tranquila. A gente vai ver dia a dia como é que ela (autonomia) ocorre.

Enquanto o Congresso não aprova a LDO, Levy e Barbosa se aquecem para a Esplanada

[caption id="attachment_21975" align="alignright" width="620"]Peemedebistas Renan Calheiros e Eduardo Cunha: eles ajudam o governo se forem eleitos para comandar o Legislativo l Ivaldo Cavalcante/Agência Câmara Peemedebistas Renan Calheiros e Eduardo Cunha: eles ajudam o governo se forem eleitos para comandar o Legislativo l Ivaldo Cavalcante/Agência Câmara[/caption] A presidente Dilma não tem data para desfazer os poderes paralelos na economia com as nomeações de Joaquim Levy na Fazenda e de Nelson Barbosa no Planejamento, nas vagas de Guido Mantega e Miriam Belchior. Mas gostaria de assinar os papéis depois que o Congresso aprovar a emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que anula a exigência de superávit primário nas contas deste ano. Ao trazer Levy e Barbosa, na quinta-feira, para o poder paralelo e temporário, ao lado de Mantega e Belchior, e instalar os novatos no Planalto a presidente preenche parcialmente a ansiedade em trocar os ministros e reiniciar a política econômica. Enquanto espera o momento há semanas, Dilma faz o aquecimento dos dois virtuais ministros. Quando pensa que chegou a hora de nomear, não dá certo. Há dez dias, autorizou a equipe do palácio a vazar os nomes de alguns favoritos ao ministério, entre eles Levy e Barbosa, aos quais esperava empossar no meio da semana passada. Não funcionou, a emenda não foi aprovada. Então, Dilma mandou a equipe vazar que estava indignada com aquele outro vazamento de nomes. Queria livrar a cara na frustração. Mas não foi bem assim. A posse dos dois não gorou por causa de vazamento. Gorou porque o Congresso não aprovou antes a emenda da LDO que adultera Lei de Reponsabilidade Fiscal (LRF) para permitir ao governo gastar mais do que arrecada. Sendo assim, o novo aquecimento da dupla ficou para a última quinta-feira, quando Barbosa e Levy deram entrevista a respeito da volta de ambos ao trabalho na Esplanada, por onde já passaram como assessores. A posse deles, agora, ficaria para esta semana. Porém, mais uma vez o plano de Dilma pode gorar. O Congresso pode não aprovar nesta semana o novo superávit. Há três semanas que a presidente tenta aprovar a LDO de forma a despachar o superávit ao beleléu. O panorama político de hoje tende ao novo adiamento no Congresso. Nem a bancada do PT está firme com o Planalto. Os aliados, menos ainda. Antes, os partidos amigos querem negociar cargos e verbas das emendas parlamentares. Se Dilma não entregar os anéis, a ideia de atropelar o superávit original poderá, agora, malograr pela quarta semana seguida, o que seria um risco para o Planalto. O calendário não ajuda. A próxima sexta-feira cairá no dia 5 e, mais um pouco, deputados e senadores saem em férias em 22 de dezembro, que cai numa segunda. Eles gostariam de largar o serviço na quinta, dia 18. Se o Congresso entrar em recesso sem aprovar a LDO deste ano com a mudança no superávit estará legalmente consumada a violação da LRF por Dilma. As diretrizes orçamentárias de 2014 não podem ser aprovadas no ano seguinte, em outro exercício fiscal. Sem a alteração na LDO, a presidente pode ser processada. Seria a abertura da via para o impeachment. Mas a LDO será aprovada com a emenda, mais dia, menos dias. Basta a presidente se render. No caso do PT, a dificuldade está mais na ideologia: a resistência contra a expansão do capital na Esplanada. Há um racha a ser explorado entre os deputados e senadores. Na última votação, entre os 87 deputados do PT, 30 se ausentaram. Entre os 13 senadores, apenas um se e ausentou. No PMDB, principal aliado, ausentaram-se 43 dos 71 deputados. Não votaram 11 dos 19 senadores. Resolve-se o caso com favores, mais a eleição de peemedebistas às presidências. No Senado, o presidente Renan Calheiros não faz questão de ajudar a emenda do superávit, mas tudo muda se for reeleito. Na Câmara, o líder Eduardo Cunha, ajuda se for presidente.

As razões do Planalto para condicionar os novos ministros ao desprezo pelo superávit

Por que a presidente se antecipa à decisão do parlamentar sobre a LDO ao aquecer Joa­quim Levy e Nelson Barbosa para a Fazenda e o Planeja­mento? Seria uma forma de acalmar o mercado com a perspectiva de mudança na economia. Também exibe ao Con­gresso o potencial de poder de dois virtuais ministros importantes cuja ascensão depende de políticos. Há uma fila de outros ministros a serem nomeados e que atendem a interesses de partidos, inclusive ao PT. A fila não anda por duas razões. A primeira, a falta de anistia à presidente por ser a primeira a não cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal desde a sua criação por FHC no século passado como garantia à estabilidade fiscal. A segunda, a obstrução pelo Congresso. No conjunto, o afastamento da hipótese de processo contra Dilma retiraria do armário o esqueleto do fracasso na conquista do superávit primário. Ao exigir a parceria do Congresso no golpe, Dilma procura se legitimar, sem o esqueleto. Ao mesmo tempo, cria a ilusão de um saneamento fiscal que seria bom ao novo pacote econômico. Ou não será pacote, como afirma Levy? E por falar em Levy, ao propor com Barbosa, mais o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, as linhas do novo pacote, o grupo encara o desafio de elevar o Produto Interno Bruto a um patamar que permita retirar dele, no próximo ano, o superávit primário de 1,2%. Nos dois anos seguintes, o superávit de pelo menos 2% em cada ano. Compare-se com a situação deste momento, a um mês do fechamento de 2014. A Lei de Diretrizes Orçamentárias original marca a conquista, em 2014, da meta de superávit igual a 1,9% do PIB. Dilma não conseguirá chegar lá, a conquista de uma economia de R$ 99 bilhões entre a arrecadação fiscal e os gastos do governo. As contas públicas apresentaram em outubro o maior déficit mensal da história, R$ 21 bilhões.

Com ironia, o arrocho chega como cria do arrocho que Dilma garantiu que não haveria

[caption id="attachment_21970" align="alignright" width="620"]Ex-ministro Delfim Netto: redução do superávit primário precisa ser aprovada  l Foto: Roosewelt-Pinheiro-ABr Ex-ministro Delfim Netto: redução do superávit primário precisa ser aprovada l Foto: Roosewelt-Pinheiro-ABr[/caption] Com força para se projetar pelos próximos anos, o arrocho que a presidente Dilma oferece ao país às vésperas do novo mandato se desenha como produto de algo que ela atribuiu, ao longo da campanha eleitoral, a uma ideia fixa do candidato rival, Aécio Neves. Se eleito, o tucano faria aquilo que Dilma se propõe a fazer agora, um mês depois da reeleição. Trata-se de um processo destinado a ser histórico como os desvios que agitam e marcam os governos do PT como o fato político deste, ainda, início de século. Ao descartar a índole de arrocho no primeiro mandato, a presidente afrouxou os gastos públicos na esperança de que levassem o país para frente movido a impulsos da presidente. O desenvolvimento não veio porque Dilma, com o PT, assumiu o bonde da história, mas saiu do tri­lho: a despesa se tornou superior à receita. Gastou mais do que re­cebia. Na contramão, atropelou a oposição com mais gastos em bus­ca da reeleição e atribuiu ao PSDB a vocação para arrocho. Com ironia, o arrocho de Dilma surge como negação do arrocho de Aécio. Na sinuca, a presidente tenta apagar da história a falta de superávit primário nas contas do balanço do governo em 2014. “Legítima defesa”, definiu a ironia do ex-ministro Delfim Netto o empenho da presidente em obter do Congresso a aprovação da redução da meta fiscal para este ano, o que salvaria Dilma de processo por transgressão à Lei de Responsabilidade Fiscal. Acredita Delfim, conselheiro econômico informal do governo Lula até ser ignorado, que a redução do superávit primário “precisa ser aprovada” pelo Congresso, mas isso teria um custo ao Pla­nalto que se estenderia até a próxima eleição presidencial: — Criará mais um problema de credibilidade a ser enfrentado pelo governo no período 2015-2018. Credibilidade que Dilma pretende assegurar, junto ao mercado com os novos ministros da Fa­zenda e do Planejamento, Joa­quim Levy e Nelson Barbosa. A expectativa é que ambos mudem o rosto técnico do governo, mais o manjado presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Será preciso conter o ímpeto da presidente em determinar como será a economia.

Em Caldas Novas, empreendedores discutem o desenvolvimento do turismo regional

Empório das Águas Quentes atrai público interessado em turismo, gastronomia e artesanato. Ator Marcos Palmeira conta os benefícios de produzir alimentos orgânicos

A obra-prima de Richard Linklater

Com o nome já gravado na história do cinema por uma das trilogias mais tocantes já feitas (“Antes do Amanhecer”, “Antes do Pôr-do-Sol”, “Antes da Meia-Noite”), Richard Linklater vai além em “Boyhood” e filma a vida (dos 7 aos 18 anos) num dos melhores momentos do cinema neste século

Tratamento de dependentes químicos é uma discussão que precisa ir além das páginas policiais

A cultura brasileira condena grande parte daqueles que acabam se envolvendo com drogas. Mas a questão é mais profunda e passa, sobretudo, pelos aspectos sociofamiliares do indivíduo, que precisa ser praticamente “recriado” durante o tratamento