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Com exibições de filmes e debates, a 4° edição da Mostra tem como objetivo ampliar a participação social no espaço acadêmico
A experiente bancada de opositores na Assembleia Legislativa prometia balançar o coreto governista, mas não foi além da banda de música

Nega Lilu, R&F Editora dão lições de “como fazer livro” e os escritores Edival Lourenço e Kaio Bruno Dias acrescentam: “Não é nada fácil”
Não vamos falar das manifestações do dia 15 de março. Elas falam por si mesmas. Só não ouve quem não quer, como o governo federal e o PT. O pior surdo é o que não quer ouvir.
O humorista José Simão criou a expressão “revoltados a favor”, para carimbar aqueles que hoje criticam a situação, mas que foram no passado exemplares colaboradores da chegada do PT “et caterva” ao governo. Mais três “revoltados a favor” em evidência: Marta Suplicy, uma das mais fiéis petistas ao longo das décadas, colaboradora de Lula e Dilma em todas as horas, sempre calada quanto às roubalheiras dos “companheiros”, como se elas não existissem. Até ontem, foi ocupante de um ministério petista. Agora critica duramente os “erros do partido”, erros que ajudou a cometer. Nunca criticou a presidente, enquanto esteve pendurada em um ministério. Por que resolveu agora fazê-lo? Por um interesse pessoal não contemplado pela outra senhora, a presidente.

Secretário de Gestão e Planejamento admite tempos difíceis, mas diz que o governo está se preparando da maneira adequada para atravessar a crise
Celso Amorim faz críticas ao Itamaraty, que ele tanto ajudou a desmoralizar por omissão, covardia ou mesmo ação. Deixava-se ultrapassar pelo tosco Marco Aurélio Garcia. Coincidentemente ou não, está sem cargo no mandato atual da governanta.
Gilberto Carvalho é o terceiro “revoltado a favor”. Está criticando a presidente, que ele acha estar dialogando pouco com os “movimentos sociais”. Gilbertinho, dizem, fala só o que Lula pensa, e não iria criticar a presidente se o chefão não gostasse. Mas há algo mais. Gilberto tem hoje um bom salário no Conselho do Sesi, que preside. Mas a presidente tirou seu status — logo, tirou sua pose — de ministro.
O ministro da Justiça, o acaciano José Eduardo Cardozo, é um persistente adepto do desarmamento do cidadão comum, trabalhador e cumpridor das leis. Diz que é ação para reduzir a criminalidade. Ele, que entende as quatro operações, sabe que não é verdade, ou não teríamos chegado, nos dez anos de vigência do famigerado Estatuto do Desarmamento aos absurdos 56.000 assassinatos anuais. O que se quer mesmo é “desarmar a burguesia”. A menos que ele pense que quem trabalha duro dez horas por dia, enfrenta um trânsito caótico na ida para o trabalho e na sua vinda para casa, ainda consegue sair de madrugada, às escondidas, matar alguém que deve a um traficante, só por diversão, e voltar para casa. Uma sugestão para o ministro Cardozo: uma busca nos acampamentos do MST e na casa de João Pedro Stédile. Fala-se muito em armamentos escondidos por ali ou adjacências. E, afinal, são bandidos que invadem, destroem, incendeiam, e às vezes até matam. Impunemente.
No Iraque, radicais islâmicos, destroem tesouros históricos. Apenas supostamente em nome da religião, pois nenhum credo religioso prega a destruição pura e simples, que não beneficia ninguém. No Brasil, a parte feminina do “Exército de Stédile”, uma espécie de Exército Islâmico nacional, um bando de desordeiras mascaradas, só que sem religião, invade um centro de pesquisas agronômicas em São Paulo, no dia 8 deste mês, e destrói mudas de plantas, resultado de anos de pesquisa na busca de produtividade. Apenas por diversão. Ninguém foi responsabilizado. João Pedro Stédile, nosso Boko Haram, sequer foi chamado para depor.
[caption id="attachment_31213" align="alignnone" width="620"] Foto: Juan Barreto/AFP[/caption]
O governo venezuelano, aquele competente das prateleiras desertas, nos brindou com duas notícias horríveis na semana passada: o opositor de Maduro e ativista de Direitos Humanos Rodolfo González morreu na prisão à moda de Vladimir Herzog. Prisão, aliás, onde já se encontram muitos opositores do governo.
E Maduro agora independe do Legislativo, que aliás vinha sendo apenas um apêndice supurado do Executivo. O “companheiro bolivariano” vai governar por decreto. Com o apoio dos vizinhos, Brasil inclusive.
Maduro vai invadir os EUA?
Nicolas Maduro promoveu um exercício de “manobras militares” na Venezuela com 80.000 militares e 20.000 “milicianos bolivarianos”. Obama que se cuide: Maduro pode estar pensando em invadir os EUA. Se Hugo Chávez, transformado em passarinho piar em seu ouvido, então...O Ministério Público do Trabalho é um acabado exemplo de um rebanho acovardado — com raríssimas exceções — perante governo federal e PT. Descobre trabalho escravo até na Companhia Vale do Rio Doce, mas é incapaz de adotar uma providência sequer para proteger os médicos cubanos da expropriação de seu salário por Havana e da truculência da polícia cubana que age livremente — pasmemo-nos todos — aqui dentro do país. Reportagem da “Folha de S. Paulo” do dia 17 deste mês, das jornalistas Cláudia Collucci e Camila Turtelli, feita em Agudos (SP), mostra a ação da vice-ministra da Saúde de Cuba, Estela Cristina Morales, usando a polícia política da ditadura cubana para obrigar aqueles profissionais a enviar de volta a Cuba os filhos menores que trouxeram para o Brasil. Por quê? Porque é preciso que eles fiquem lá em Cuba, como reféns da ditadura dos irmãos Castro, como garantia para que os médicos se comportem: não comentem as misérias do regime cubano, não falem mal dos ditadores, não reclamem dos salários que lhes estão sendo roubados, não tentem se asilar por aqui ou algures.
No dia seguinte às passeatas, ministros falaram sandices. No dia subsequente foi a vez da presidente. Falou em humildade, quando sua linguagem corporal só dizia da prepotência. Falou em reforma política, que os manifestantes não pediram. Falou em medidas contra a corrupção, mas deu a entender que seriam medidas legislativas. Não precisamos de mais leis, precisamos apenas que não nos roubem metodicamente, como se faz agora. Precisamos que não aparelhem os tribunais superiores, porque enquanto o fizerem, petistas ficarão soltos, mesmo quando outros companheiros ocasionais forem presos, como no mensalão. A presidente falou das manifestações de sexta feira, 13 (CUT, UNE, MST), montadas com dinheiro público para respaldá-la e das de domingo, 15, para pedir sua saída e o fim da corrupção, como se fossem a mesma coisa. Não são. Falou de seu passado, afirmando que lutou contra a ditadura, em benefício da democracia. Não é verdade. Sabemos que o fez na tentativa de trazer para cá o regime cubano. E falou no direito de expressão, como se para ela fosse um valor a ser preservado. Não é. Sabemos do esforço que fazem seu governo e seu partido para arrolhar a imprensa e apoiar ditaduras, como a de Cuba e agora, da Venezuela, onde ninguém pode questionar o governo, sob pena de cadeia ou coisa pior.

Nunca antes na história deste país um presidente foi tão rapidamente da vitória nas urnas para o buraco da impopularidade