A prepotência da presidente Dilma Rousseff

21 março 2015 às 09h03
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No dia seguinte às passeatas, ministros falaram sandices. No dia subsequente foi a vez da presidente. Falou em humildade, quando sua linguagem corporal só dizia da prepotência. Falou em reforma política, que os manifestantes não pediram. Falou em medidas contra a corrupção, mas deu a entender que seriam medidas legislativas. Não precisamos de mais leis, precisamos apenas que não nos roubem metodicamente, como se faz agora. Precisamos que não aparelhem os tribunais superiores, porque enquanto o fizerem, petistas ficarão soltos, mesmo quando outros companheiros ocasionais forem presos, como no mensalão.
A presidente falou das manifestações de sexta feira, 13 (CUT, UNE, MST), montadas com dinheiro público para respaldá-la e das de domingo, 15, para pedir sua saída e o fim da corrupção, como se fossem a mesma coisa. Não são. Falou de seu passado, afirmando que lutou contra a ditadura, em benefício da democracia. Não é verdade. Sabemos que o fez na tentativa de trazer para cá o regime cubano. E falou no direito de expressão, como se para ela fosse um valor a ser preservado. Não é. Sabemos do esforço que fazem seu governo e seu partido para arrolhar a imprensa e apoiar ditaduras, como a de Cuba e agora, da Venezuela, onde ninguém pode questionar o governo, sob pena de cadeia ou coisa pior.