Imprensa
A polêmica apresentadora do “SBT Brasil” Rachel Sheherazade — que não alisa a esquerda em seus comentários por vezes mordazes — estaria a caminho da Band, informa o site Notícias da TV, editado pelo jornalista Daniel Castro.
O salário da jornalista saltaria de 250 mil para 350 mil reais. Rachel Sheherazade, na versão divulgada por Daniel Castro, passaria a trabalhar com Ricardo Boechat e Ticiana Villas Boas.
Rachel Sheherazade estaria insatisfeita porque, pressionada pela esquerda, o SBT proibiu suas opiniões enfáticas sobre determinados assuntos.
O contrato da apresentadora com o SBT expira apenas em março de 2015.
O Jornal Opção informa aos seus leitores que não enviou nenhum repórter para fazer qualquer trabalho de investigação jornalística na cidade de Cavalcante, no Nordeste goiano.
O professor Carlos Eduardo envia texto para a coluna Imprensa: “Numa nota sobre o prefeito de Goianésia [por sinal, o município não é mencionado], Jalles Fontoura, o repórter Jarbas Rodrigues Jr., da coluna ‘Giro’, de ‘O Popular’, transcreve a fala de seu entrevistado: ‘A eleição para governador neste ano será pebliscitária [sic]. O eleitor vai aprovar ou não o que seu governo tem realizado nos últimos três anos”. O mestre faz o reparo: “Como se sabe fora da redação do jornal goiano, a palavra correta é plebiscitária. O repórter pode ter confundido ‘plebi’ com ‘peba’? Se o fez, aí é demais. Mas Jalles também erra, pois, como a eleição será realizada em 5 de outubro deste ano, o eleitor não vai avaliar apenas dois anos e nove meses (2012, 2013 e nove meses e cinco dias de 2014), e sim, obviamente, três anos e nove meses do governo do tucano Marconi Perillo. É o conjunto, com seus resultados, que o eleitor avalia”.
Maior quantidade de notícias na página inicial também significa um espaço maior para matérias e até notas, o que aumenta o interesse, seguindo uma tendência mundial de "feira livre" de notícias
A professora e crítica literária Eneida Maria de Souza, da Universidade Federal de Minas Gerais, escreveu um livro de excelente qualidade, “Janelas Indiscretas — Ensaios de Crítica Biográfica” (UFMG, 261 páginas). Recomendo sobretudo o capítulo “O Avesso da escrita — Intelectuais a serviço de JK”, no qual estuda mais Autran Dourado e Murilo Rubião.
Trata-se de um ensaio crítico da participação do escritor-intelectual no governo de Juscelino Kubitschek, que foi prefeito de Belo Horizonte, governador de Minas Gerais e presidente da República — sempre cercado de intelectuais.

Stanley Kubrick ousou dizer que Kazan era “o melhor diretor que temos na América, capaz de fazer milagres com os atores que utiliza”
Ao ler na edição online que o Jornal Opção lançaria um moderno e avançado portal, um jornalista, pesquisador na área de história e publicitário escreveu no Facebook: “O que já era bom vai ficar melhor”. O profissional tem razão: trata-se de uma, apesar do desgaste da palavra, revolução. Como diz a publicidade do automóvel Sentra, trata-se de outro portal — inteiramente novo. Não se fez uma plástica, uma mera mudança de design. O Jornal Opção está mais ágil, interativo e acessível. O analista de T. I. Hugo Wantuil, diretor da empresa Renovatio, o jornalista Carlos Willian, que atuou como consultor, e Patrícia Moraes Machado, diretora-editora do Jornal Opção — defensora da filosofia de que a informação deve ser livre e crítica —, são os principais responsáveis pelo projeto. O objetivo é ampliar aquilo que o Jornal Opção sempre faz bem: apurar e analisar os fatos com o máximo de rigor. Mas não basta isto — é preciso comunicar de maneira mais adequada e rápida com os leitores. O novo projeto facilita a vida dos jornalistas e, sobretudo, dos leitores. Pode-se dizer que o novo projeto é um presente para os leitores. Os que usam tablets e smartphones ficarão surpresos com as novas facilidades. “É um mundo novo, tão novo quanto as tecnologias da Apple e, entre outras, da Samsung”, compara Carlos Willian. Carlos Willian diz que o acesso ao jornal já era fácil — há jornais que nem os assinantes conseguem acessar sem certo esforço —, mas agora ficou muito mais fácil e intuitivo. Os leitores, ao assinarem o jornal — gratuitamente —, terão acesso integral a todas as suas páginas. Eles poderão receber as informações no seu e-mail. Quaisquer novas reportagens — ressalte-se que o Jornal Opção tem uma versão impressa, que é semanal, e uma versão online, que é diária, sempre atualizada e “furando” os jornais diários — serão comunicadas imediatamente, em questão de segundos, aos leitores cadastrados. E, com um click, os leitores poderão encaminhar os textos para as redes sociais. O novo layout do jornal aumenta a visibilidade de todas as reportagens e artigos — o que facilita o acesso, a navegabilidade. Mais do que um site comum, trata-se, de fato, de um portal — similar, guardadas as proporções, a outros grandes portais do País. “Nós usamos a plataforma WordPress, sistema de gerenciamento de conteúdo que também é utilizado pelo maior jornal dos Estados Unidos, o ‘New York Times’, pela CNN e pela revista “Forbes’”, afirma Carlos Willian. “É o que há de mais moderno, interativo e intuitivo.” O Jornal Opção está cada vez mais “cosmopolita e universal”, anota Carlos Willian. “O portal do Jornal Opção é um dos mais modernos do País e, seguramente, é o mais moderno de Goiás, e possivelmente do Centro-Oeste.”
[caption id="attachment_2584" align="alignleft" width="300"] Jorge Curi e Waldir Amaral: os dois principais narradores esportivos da era de ouro da Rádio Globo. Fotos: Agência O Globo[/caption]
Entre as décadas de 1960 e 1970, embora o País já estivesse mesmerizado pela televisão, a audiência do rádio esportivo era certamente alta. Nas cidades do interior de Goiás, ao menos até 1970, o rádio, sobretudo a Rádio Globo, era dominante. As pessoas ficavam em volta do rádio, quase sempre um gigante, ouvindo tanto notícias quanto jogos de futebol. Jorge Curi, Waldir Amaral, Antônio Porto e José Carlos Araújo eram os craques da narração esportiva. Mario Vianna —“com dois ‘enes’”, frisava — era o comentarista de arbitragem. Sem papas na língua, dizia, se necessário: “Ladrão!” Era empolgante.
Jorge Curi, Valdir Amaral, Antônio Porto e José Carlos Araújo (o único vivo) tinham a capacidade de tornar o jogo mais emocionante e, ao mesmo tempo, crível. Eles eram dotados de grande imaginação esportiva e comunicacional. Sabiam pôr o jogo na cabeça do ouvinte. Escutando-os, com suas vozes perfeitas — como se fossem cantores líricos —, ficava-se com a impressão de que se estava vendo o jogo e, até, participando dele. O quarteto não gritava — está na moda gritar e ser grosseiro — e falava de maneira cadenciada, com vozes e linguagem precisas.
Lembro-me que eu e meus amigos, crianças apaixonadas por futebol — cheguei a ser um atacante de relativa qualidade —, discutíamos com frequência sobre quem era melhor: Jorge Curi ou Waldir Amaral (confira a narração). Quase sempre dava empate. Porque os dois eram mesmo muito bons. Tinham domínio preciso da palavra e entendiam de futebol. Eram apaixonados e racionais. Pode-se dizer que, paralelo ao clássico disputado no campo, havia um clássico disputado no rádio.
A Rádio Globo era tão excepcional, com uma cobertura de tão alta qualidade do futebol carioca, que, às vezes, ficava-se com a impressão de que nos outros Estados não havia futebol — exceto em São Paulo, com a Rádio Bandeirantes, onde brilhava Fiori Gigliotti (“Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo”), espécie de Graciliano Ramos da narração esportiva. Em Goiás, é claro, havia torcedores de clubes de São Paulo e Minas Gerais, para ficar em dois exemplos, mas não eram muitos. Eu era torcedor do Pelé Futebol Clube, opa, eu quis dizer Santos. Mas a maioria de meus colegas, dada a intensa cobertura da Rádio Globo, torcia, nesta ordem, para Flamengo — alguns diziam “Framengo” e os maliciosos riam —, Fluminense, Botafogo e Vasco. Aqui e ali, encontravam-se até torcedores do América. Embora o Santos fosse o time de minha devoção, eu torcia também para Fluminense, Atlético Mineiro e Grêmio — e nem sabia da existência do Goiás, hoje, ao lado do Santos, o time de minha devoção.
Vi a Copa de 70, aquela do “Pra Frente, Brasil. Salve a Seleção”, numa televisão preto e branco, na casa de João Borges e Iodete, amigos dos meus pais, na cidade de Porangatu, no Norte de Goiás. A residência foi transformada em cinema, com gente em todos os lugares, até nas janelas. A imagem não era perfeita — os “chuviscos” misturavam-se aos jogadores e à bola. Mesmo assim, era um avanço e todos nós, adultos e crianças, estavámos muito interessados, embora, às vezes, eu me lembrasse do “radião” da nossa casa e, sobretudo, das vozes encantadoras de Jorge Curi e Waldir Amaral — cada um narrava um tempo do jogo.
Li, na revista “Exame”, que Walterci de Melo, o sócio do Laboratório Teuto, começou a vida vendendo telas de vidro para colocar na frente das televisões. As telas retiravam o brilho excessivo e reduziam os “chuviscos”, deixando a imagem eventualmente mais nítida. Mas, em 1970, Melo ainda era um jovem e não mascateava pelas cidades do interior. Contentávamo-nos, então, com as tevês brilhantes. Mais tarde, com a televisão em cores, a imagem melhorou e o rádio, com seus fantásticos narradores esportivos, foi sendo esquecido ou pelo menos perdeu prestígio.
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Luciano do Valle e Galvão Bueno: na televisão, os dois substituíram as estrelas do rádio esportivo, com certa competência mas sem muito brilho. Fotos: Divulgação/ESPN e ESPORTV[/caption]
Os narradores do rádio permanecem, alguns são muito bons, como Edson Rodrigues e Oscar Ulisses Santos, mas perderam a hegemonia para os narradores de televisão, como Luciano do Valle, Silvio Luiz, Galvão Bueno, Osmar Santos (criativo, mas, por problemas de saúde, fora do mercado), Cleber Machado e Milton Leite. Durante anos, na Globo e. depois, na Bandeirantes, Luciano do Valle foi a estrela. Luciano do Valle, que morreu na semana passada aos 66 anos, era articulado, bem informado e narrava tão bem quanto comentava. Nos últimos anos, havia perdido um pouco o vigor. Tanto que “perdeu” o posto de principal narrador para Galvão Bueno. Este não é superior. Mas, como a Globo transmite os principais jogos do país, deixando as quirelas para as outras emissoras, como a Band, Galvão Bueno firmou-se como “o” narrador.
Ao contrário do que sugerem alguns críticos, Galvão Bueno é um narrador competente, entende de futebol e tem noção exata do que é o meio televisão. O que lhe falta às vezes é capacidade analítica, discernimento crítico. Quanto à passionalidade, não há o que criticar, pois futebol é como o amor: exige paixão — ainda que, diferentemente do amor, exija, mais do narrador e do comentarista do que do torcedor, certo distanciamento para comparar e julgar as ações de jogadores, técnicos e árbitros com mais equilíbrio. Galvão Bueno quer ser um narrador-comentarista, o que não é. Sobretudo, é narrador, e dos bons. Foi um dos primeiros a entender que a narração da televisão não pode ser idêntica à do rádio e, portanto, precisa ser mais cadenciada e menos emocional — sem deixar de ser vibrante. Ele é mais detestado, especialmente por intelectuais, menos por si e mais por simbolizar a TV Globo.
Com a morte de Luciano do Valle, e com Galvão Bueno, o último dos moicanos, prestes a se aposentar, a narração esportiva começa a ficar cada vez mais técnica e didática. Está mais próxima de Parreira e Felipão do que de Telê Santana e Muricy Ramalho. Não há mais narradores-criadores, como Osmar Santos. Galvão Bueno talvez seja o último da estirpe. Os narradores jovens são mais “assépticos” e menos assertivos — o que, a rigor, não é defeito, e sim sinal de que entenderam os novos tempos. Eles se firmam como filhos da era da técnica, com a emoção mais controlada pela razão. Sempre vai aparecer um Neto e um Milton Neves, no campo do comentário esportivo, mas o estilo deles, passional e agressivo, está em decadência e sem nenhuma elegância.
[caption id="attachment_2582" align="alignleft" width="300"] Emily Dickinson: a Walt Whitman de saia dos Estados Unidos. Foto: Wikipedia[/caption]
A “Cult” criou uma seção, “Torre de Babel”, para publicar traduções de poesias inéditas. Augusto de Campos inaugura a página com tradução de uma poesia de Emily Dickinson. O poeta pós-concretista captura bem o trabalho da poeta americana. Apesar de se apresentar como tradutor transcriativo, é bastante fiel ao conteúdo e à forma do poema da Walt Whitman de saia da América — inclusive no uso de sua pontuação estranha, com travessões que, digamos, “falam”, “cortam” e “acrescentam”. Mais: o travessão, se pontua, se cria uma pausa, não fecha necessariamente a questão, sugerindo mais continuidade, aberturas. Augusto de Campos, excelente no campo da tradução, é fiel também ao uso às vezes idiossincrático de maiúsculas, típico de la Dickinson, poeta do século 19 que parece ter escrito ontem, de tão vivaz e atual. As maiúsculas sugerem palavras que se tornam “sujeitos”? Talvez. A iniciativa da revista é excelente e espera-se que faça como a “Folha de S. Paulo”, que, depois de publicar poesias de vários autores no extinto suplemento “Folhetim”, reuniu-as e publicou um livro.
A minha Vida era uma — Arma —
À Espreita — até que um Dia
Passou o Dono — e Me levou
Em sua companhia —
E agora em Selvas Soberanas —
Caçamos em Terras estranhas —
E sempre que por Ele eu falo
Ressoam as Montanhas —
Sorrio, e a luz cordial que mana
Todo o Vale irradia —
Tal uma face Vesuviana
Fluindo de alegria
E quando à Noite — Ido o Dia —
Eu velo o Sono do meu Mestre —
É mais suave do que Pluma
A Cama que nos resta
Seu inimigo — é o meu —
Não ousa uma outra vez —
Quem meu Olho-luz viu
Ou meu Dedo desfez —
Embora eu possa — viver mais
Maior ainda é o Seu poder —
Pois tenho só o de matar,
Sem ter o de — morrer —
A revista “Cult” publica um perfil de Alberto Dines. “Todos os donos de jornais eram a favor do golpe” (de 1964), garante. O jornalista e biógrafo diz que foi demitido da “Folha de S. Paulo” porque escrevia textos críticos sobre Paulo Maluf. Sobre leituras: “Tenho uma curiosidade enorme. A toda hora, encomendo mais livros. Não cabe mais nada aqui” (na sua biblioteca). Depois de pesquisas rigorosas — e com a vantagem de que escreve muito bem —, Dines publicou duas biografias excelentes: “Morte no Paraíso — A Tragédia de Stefan Zweig” e “Vínculos do Fogo”, a respeito do escritor e dramaturgo judeu António José da Silva, que, nascido no Brasil, foi “morto em Portugal pela Inquisição”. Dines conta que foi crítico de cinema, aos 19 anos, na revista “Cena Muda”. Escreveu roteiros de cinema para Mário Tivelli. “Dois chegaram a ser rodados, um deles o primeiro filme brasileiro sobre futebol: ‘O Craque’”, relata a repórter Patrícia Homsi, da “Cult”. Salvador Allende foi o responsável indireto pela demissão de Dines do “Jornal do Brasil”, onde fez história. “A ordem da censura era para não dar manchete sobre [a morte de] Allende, ‘para que não houvesse uma comoção no Brasil’. Dines, então, fez um jornal sem manchete. ‘Eu contrariei e ridicularizei uma ordem da censura e fui demitido por isso’, relata.” Roberto Civita, possivelmente, conseguiu um convite para Dines ir para a Universidade Columbia, nos Estados Unidos.
A TV Globo está pressionando a cúpula da TV Anhanguera, sua cara em Goiás, para que aumente a audiência no Estado. Mas a Anhanguera não dá mesmo sorte. No momento em que tenta buscar ou reforçar sua identidade com Goiás, tentando refundar a tese da goianidade, uma novela da Globo avacalha com os goianos, apontando-os como caipiras inescapáveis.
No sábado, 19, estive na 2ª Bienal do Livro de Brasília. Palestras de Ariano Suassuna (que se repete cada vez mais), Leonardo Padura, Frei Betto, Mia Couto foram aplaudidos. Mas o que interessa mesmo numa bienal são livros de qualidade, sobretudo quando baratos. Encontrei bons livros por preços que variavam de 3 a 10 reais. Mas os livros universitários estavam com preços altos. Ressalte-se que, apesar dos preços altos, editoras universitárias, como Unicamp, Unesp e UFMG, levaram excelentes livros tanto de autores nacionais quanto de estrangeiros. Dois livros interessantes: “O Amor às Bibliotecas” (Unesp), de Jean-Marie Goulemot, e “Machado de Assis Leitor — Uma Viagem à Roda de Livros”, organizado por Ruth Silviano e José Marcos. Uma editora espanhola vendia uma biografia de Miguel de Unamuno. O stand da Companhia das Letras — muito pequeno e com escassos lançamentos — deixou a desejar. Havia, é claro, o lixão-encalhe de sempre. Mas o que importa mesmo é que vi dezenas de pessoas comprando livros e sempre falando que, com preços mais acessíveis, seria possível ler mais. Adultos, adolescentes e crianças pareciam gostar do clima meio de festa da bienal.
[caption id="attachment_2551" align="alignleft" width="175"] Karyn Bravo e Carlos Nascimento[/caption]
Um dos melhores apresentadores de telejornal do Brasil, porque não é um autômato ledor de teleprompter, Carlos Nascimento, tratando-se de um câncer, está afastado do SBT desde setembro de 2013. Na quarta-feira, 23, aparecendo ao lado de Karyn Bravo, ele recebeu o Troféu Imprensa de Melhor Telejornal pelo “Jornal do SBT”.
Aplaudido pelo público, Carlos Nascimento está mais magro, mas com boa aparência. Silvio Santos renovou o contrato do jornalista e está pagando seus salários em dia.
O Portal dos Jornalistas relata que 195 mil pessoas votaram pela internet “e escolheram os melhores de cada categoria. Os três mais votados pelo público foram apresentados em ordem alfabética ao corpo de jurados, formado por Keila Jimenez (Folha de S. Paulo), Leão Lobo (CNT e Rádio Iguatemi), José Armando Vannucci (Jovem Pan e TV Gazeta), Valença Sotero (Caras), Décio Piccinini (Rede Brasil de Televisão e Rádio Iguatemi), Paulo Cabral (Contigo), Cristina Padiglione (Estadão), Flávio Ricco (Diário de S.Paulo e UOL), Paulo Barboza (Rádio Capital) e Ricardo Feltrin (Folha.com e UOL)”.
O programa do SBT, mostrando a premiação, irá ao ar no domingo, 27, a partir das 21 horas.

[caption id="attachment_2303" align="alignleft" width="400"] Luiz Augusto Pampinha e Iúri Rincon Godinho: o primeiro está licenciado; o segundo vai editar a coluna Geleia Geral[/caption]
A estrela do jornalismo do “Diário da Manhã” é um jovem de 80 anos — Luiz Augusto, ou, como é conhecido por todos, apenas Pampinha. Ele escreve a coluna “Geleia Geral”, há vários anos, e sempre com graça e inteligência. Suas notas são divertidas e picantes. E há, claro, as fotografias das mulheres nuas e seminuas, que todos aprovam, mesmo quando fingem desaprovar. Há pouco tempo, fez uma cirurgia de coluna no Hospital de Acidentados, feita pela equipe do notável ortopedista Sérgio Daher, o craque que criou e dinamiza o Crer. Agora, vai passar por uma nova cirurgia. Por isso vai ser substituído, a partir de quinta-feira, 24, e por algum tempo, pelo jornalista Iúri Rincon Godinho, que é dono de um texto tão ferino e perspicaz quanto o de Pampinha.
Proprietário da agência Contato, o workaholic Iúri Rincon torce para que Pampinha se recupere rapidamente. “Gênio da nota curta e bem-humorada, ele é insubstituível”, diz.

O cantor Roberto Carlos não come carne — nem mesmo se for Friboi. Mas, por 25 milhões de reais, até o Soldado Invernal, do filme “Capitão América”, começa a falar e recupera a memória em cinco minutos. A JBS, dona da marca Friboi, sabendo que Roberto Carlos, talvez o cantor mais amado do país — Chico Buarque e Caetano Veloso são mais admirados e respeitados do que amados —, é vegetariano (se é que isto existe mesmo), deu a tacada de mestre: contratou-o para dizer que, sendo Friboi, até o rei da música romântica abriria uma exceção e provaria a carne, que, como se sabe no Céu e no Inferno, é fraca. A publicidade não é de primeira, mas alcançou uma repercussão extraordinária — não se sabe se inteiramente negativa ou positiva. Provocou debates, sobretudo porque o Rei olhou a carne, franziu a testa, com a cara meio azeda que é sua marca quase registrada, mas não ousou prová-la. O telespectador deve ter ficado com a seguinte impressão: a carne do Friboi é bonita de se ver, como se fosse um quadro, mas não é adequada para se comer. Sabe aquela velha televisão de cachorro? A mensagem da publicidade é parecida.
O Portal Imprensa diz que o Friboi decidiu substituir a publicidade, possivelmente porque “não pegou bem”. O “comercial com o cantor ficou no ar por apenas dois meses”, diz o portal. Baseado em reportagem da “Folha de S. Paulo”, o portal informa que “o anúncio foi substituído por três novas peças protagonizadas pelo ator Tony Ramos”, old-propaganda “da marca, na qual permanece apenas música de Roberto Carlos com o som de fundo. A assessoria de imprensa da Friboi informou que o comercial saiu do ar no tempo previsto e que é normal que a campanha tenha sido atualizada”.
Como a publicidade falhou — ao não convencer o Rei a tocar na carne, quanto mais prová-la —, era mesmo preciso recorrer a um ator, à representação. Tony Ramos, o Capitão América patropi, aparentemente aprecia carne – Friboi ou qualquer outra.