Opção cultural

[caption id="attachment_62835" align="alignleft" width="300"] Divulgação[/caption]
Carlos Alberto Dória vai tratar das tendências na gastronomia e as perspectivas de negócio no pós-crise
O principal pensador da culinária brasileira, o sociólogo e escritor Carlos Alberto Dória, vem a Goiânia na segunda-feira, 4 de abril, para ministrar o workshop “A Cozinha Brasileira no Encontro entre a Modernidade e a Tradição: Oportunidades de Negócio”. A oficina será realizada às 19h, no Metropolitan Mall, no Jardim Goiás.
Formado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP) e doutor em sociologia pela Universidade de Campinas (Unicamp), Dória é um dos raros profissionais da área com experiência prática e formação teórica em alimentação, culinária e gastronomia.
O pensador é famoso por derrubar mitos da gastronomia brasileira e por propor um novo mapeamento da culinária tupiniquim, diferente da divisão por região, sociopolítica, que, segundo ele, só serve para a indústria do turismo.
Dória vem a Goiânia a convite de sua ex-aluna, a nutricionista goiana Carol Morais, em parceria com a EBM Desenvolvimento Imobiliário. Grande admiradora do trabalho do sociólogo, Carol Morais explica que o pesquisador vai propor uma reflexão sobre o momento do setor e as perspectivas de negócio pós-crise, apresentando um panorama do momento atual e discutindo projetos apresentados pelo público.
“Ele vem falar sobre tendências na gastronomia, como aproveitar esse momento para dar uma tacada certeira no ramo de alimentação. Goiânia ganha muito com essa visita porque ele é referência no Brasil e tem reconhecimento internacional”, afirma.
Serviço
A Cozinha Brasileira no Encontro entre a Modernidade e a Tradição: Oportunidades de Negócio
Data: 4 de abril
Horário: 19h
Local: Metropolitan Mall

[caption id="attachment_62827" align="alignnone" width="620"] Divulgação[/caption]
A seccional goiana da União Brasileira de Escritores (UBE-GO) lança o curta-metragem “Nódoas”, de Ângelo Lima. O filme é baseado no conto “O torturador ele só em sua noite, sem sua turma e longe da putíssima senhora sua mãe”, do escritor Valdivino Braz, membro da diretoria da seccional. A sessão é às 20h, no Cine Cultura.
Serviço
Filme Nódoas
Data: 04 de abril
Horário: 20 horas
Local: Cine Cultura (Centro Cultural Marietta Telles Machado, Praça Cívica)

[caption id="attachment_62825" align="alignleft" width="300"] Divulgação[/caption]
Em cartaz até a sexta-feira, 8 de abril, a mostra visa aproximar acadêmicos de história, antropologia, sociologia, biologia e demais ciências afins à arqueologia
A Biblioteca Central da Universidade Federal de Goiás recebe a mostra “Arqueologia Brasileira”. Em exposição de 4 a 8 de abril, com monitoria das 8h às 12h e 13h às 17h, o projeto apresenta réplicas confeccionadas a partir de moldes dos originais do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Elas foram trazidas do Museu de Arqueologia Ciro Flamarion Cardoso, de Ponta Grossa (PR), por meio do Centro de Estudos Arqueológicos no Cerrado (CEAC).
Os artefatos foram confeccionados pelo PhD em arqueologia, professor e doutor Moacir Elias Santos, que é egiptólogo e especialista em técnicas de restauração e réplicas. O objetivo é aproximar acadêmicos de história, antropologia, sociologia, biologia e demais ciências afins à arqueologia ao contato direto com parte da história e pré-história brasileira.
Serviço
Arqueologia Brasileira
Local: Biblioteca Central/UFG, Campus Samambaia
Exposição: 4 a 8 de abril, monitoria das 8h às 12h e 13h às 17h
Site: http://www.centrodearqueologia.com.br/

[caption id="attachment_62814" align="alignnone" width="620"] Foto: Divulgação[/caption]
Na quinta e sexta-feira, 7 e 8 de abril, a Vila Cultural Cora Coralina vira palco do Festival Experimental de Arte Refluxo. Proposto por estudantes e professores da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás (FAV/UFG), o projeto celebra os 100 anos do Cabaré Voltaire, um lendário reduto da anti-arte dadaísta. Com apresentações diversas, o festival aglutina propostas de intervenção urbana, videoart e performances, selecionadas por meio de um processo aberto ao público. O festival será realizado no turno noturno. A Vila Cultural fica na Rua 3 com a Avenida Tocantins.

Banda paulista de heavy metal se apresenta neste sábado (2/4) no Martim Cererê ao lado do Ressonância Mórfica, Armun, Noise Triad, Acéfalos, Ineffable Act e Bloodskin

Apesar de a escritora americana ter vivido no País por quase duas décadas, sua literatura praticamente não foi traduzida para o português. Elisabeth é tida como uma das mais importantes poetas americanas

Dona de volumosa fortuna crítica, a literatura da escritora paulistana é explorada por seus variados aspectos marcantes, como o feminino, o amor e o sobrenatural

[caption id="attachment_62595" align="alignright" width="620"] Marcos hermes/Divulgação[/caption]
Para celebração de seus 50 anos de estrada, o músico paulistano Toquinho tem, ao lado de Ivan Lins e do grupo MPB4, caminhado por diversas cidades do Brasil com a turnê “50 anos de música”, que ganha agora o palco goiano do Teatro Rio Vermelho. Seu violão se junta à harmonia do pianista e compositor carioca e ao instrumental do quarteto de música popular e faz, assim, de “50 anos” um show inesquecível, embalado por diversos clássicos da nossa música. A apresentação começa às 21h do sábado, 9 de abril. Os ingressos, já no segundo lote, têm valores diversos, que vão de R$ 100 a R$ 400. O Teatro Rio Vermelho fica na Rua 4, no Setor Central.

[caption id="attachment_62817" align="alignnone" width="620"] Divulgação[/caption]
No sábado, 9 de abril, o Núcleo de Apoio a Comunidade (NAC) sede espaço ao Grupo de Capoeira Angola Barravento, que realiza mais um Batucagê na Serrinha. Desta vez, o Treinel Chico ministra vivência e oficina de capoeira angolana. A vivência será às 10h na Associação de Moradores do Parque das Nações; já a oficina será às 16h, no NAC. Às 18h, o grupo realiza uma Roda Viva de capoeira; às 21h, tem o já tradicional Afoxé Omo Odé com Mestre Luizinho e Muzenza Beat. O Samba de Roda continua às 23h. A contribuição é de R$ 5.

[caption id="attachment_62813" align="alignnone" width="620"] Divulgação[/caption]
- O selo Vacas Magras, junto ao Evoé Café com Livros, realiza no sábado, 9 de abril, a Festa Fantasia especial Carreta da Alegria.
- Para você não ficar parado, os DJs Clara Jardim, Thaynara Mesquita, Kaio Bruno Dias e Heitor Vilela descolam as discotecagens mais dançantes.
- Vá de sereia, Fofão, Batman ou mesmo com uma fantasia caseira e inusitada, pois o que importa é se divertir.
- Os ingressos custam R$ 15; e casais fantasiados pagam R$ 20.

Livro

Música

Filme


Que tal conhecer as músicas que mais embalaram os redatores, designers e fotógrafo da equipe Opção? É só dar play, está uma delícia! Alceu Valença – Como Dois Animais Carne Doce – Clichê Deprê Céu – Streets Bloom Justin Bieber - Love Yourself Justin Bieber – Sorry The Saints – This perfect day Twenty One Pilots – Ride Ventre – Pernas

[caption id="attachment_62521" align="alignnone" width="620"] Foto: Reprodução/Tumblr[/caption]
Jéssica Alencar
Hoje eu acordei com preguiça de não ser eu. Não, você não pode contar suas vitórias, tem muita inveja por aí. Quem dirá seus planos; é “batata”, eles não dão certo se você espalhar aos quatro ventos.
Olha, não saia sorrindo pela rua afora é até perigoso. Seja um cliente impaciente para ser bem atendido. Coloque seus fones de ouvido e não converse com estranhos. Não aceite desaforos e jamais se meta em problemas alheios.
Não, você não pode ligar, dizer que gosta, muito menos dar um “sim” logo de cara. Querida, tem que fazer joguinhos e, como uma boa mulher, esperar ser escolhida. Meu Deus, tudo menos dizer que ama. Afinal, as pessoas são mesmo malucas e gostam de quem não gostam delas e vice-versa. Se você trata bem demais, não espere ser bem tratado.
Para viver neste mundo é simples, é só seguir esta ordem invertida de ser feliz. Esta lei de pensar só em si, viver desconfiado, metendo o riso pra dentro da alma pra não dar bandeira, levando a sério estas tantas coisas que esperam de você. Ora, é bem mais simples viver sem viver, não é? Difícil mesmo é assumir os riscos, sentir afeto. Difícil mesmo é sair pela rua vestido só de você, amar sem ser correspondido e deixar também que te amem. Difícil é reconhecer seus erros e se fazer forte em cada fraqueza. Difícil é fazer dos seus medos, pontes. Do seu “achismo”, humildade. Das suas derrotas, perseverança. Mas, veja bem, de todas as dificuldades a maior é não ser você.
Jéssica Alencar é jornalista, social media e metida à escritora. Quer viajar o mundo todo e não vive sem chocolate.

O longa divide opiniões, mas algo é certo: DC/Warner mostram que não vão seguir os passos da Marvel nos cinemas e apostam em um filme feito para fãs que têm mais experiência em HQs
[caption id="attachment_62504" align="aligncenter" width="620"] "Batman vs. Superman" marca a reentrada da DC Comics nos cinemas. Agora vai?[/caption]
ANA AMÉLIA RIBEIRO
Especial para o Jornal Opção
O ano de 2016 é o ano das HQs mais aguardadas no cinema. Teremos: “Capitão América: Guerra Civil” (28/04), “X-Men: Apocalipse” (18/05), “Esquadrão Suicida” (04/08) e “Doutor Estranho” (03/11). O pontapé inicial foi com “Deadpool”, no dia 11 de fevereiro, logo seguido pelo recentemente lançado “Batman vs. Superman: A Origem da Justiça” (24/03). E o que falar desse filme que “mal” chegou aos cinemas e já é considerado um sucesso de bilheteria, e de críticas? Muitas coisas! Veja:
O universo das HQs no cinema
Desde os anos 2000, com o primeiro filme dos X-Men (Bryan Singer), os filmes de quadrinhos foram se “moldando” aos cinemas. Tivemos grandes blockbusters desde então, e alguns fracassos pelo caminho. Porém, em parceria com a Warner, a DC está desde o final dos anos 1980 caminhando na corda bamba, que é a linha tênue entre um bom filme de herói e catástrofes de bilheteria. Oito anos depois do fracassado “Batman & Robin” (Joel Schumacher), em 2005 o diretor Christopher Nolan ficou com a responsabilidade de recriar o Homem Morcego nos cinemas, trazendo para a telona uma trilogia de um Batman mais sombrio, com uma pegada realista e mais humana. Com o sucesso de “Batman Begins”, DC/Warner, que estavam há 19 anos sem lançar filmes sobre o filho de Krypton, lançam em 2006 “Superman: O retorno” (Bryan Singer) — até então as produções “mais recentes” sobre o filho de Krypton eram os seriados “Lois e Clark – As Novas Aventuras do Superman” (1993-1997) e “Smallville” (2001-2011). Apesar das boas críticas, e da boa bilheteria na época, a Warner decidiu não dar sequência ao filme do Superman, e deixou uma promessa de reboot para o futuro, focando, apenas, no encerramento da trilogia do Cavaleiro das Trevas de Nolan. A Marvel, no entanto, foi pioneira na arte de construir personagens. Em 2008, com “Homem de Ferro” (Jon Favreau), ela deu início ao Universo Marvel dos cinemas, e a partir daí todos os filmes lançados por ela foram para construir a narrativa de “Os Vingadores – The Avengers” (Joss Whedon), lançado em 2012. Nesse momento, com o final da trilogia dirigida por Christopher Nolan, DC/Warner “perceberam” que estavam “atrasadas” em relação a construções de universo de filmes de heróis. Então, com a consultoria de Nolan, DC/Warner contratam Zack Snyder (“300” e “Watchmen”) para dirigir e criar o Universo DC nos cinemas, começando em 2013 com o polêmico “Man of Steel – O Homem de Aço”.O Filho de Krypton vs. O Morcego de Gotham
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“Ding, ding, ding, ding, ding”
O que esperar dos próximos filmes da DC/Warner no cinema? Acredito que muita coisa boa está por vir, começando com “Esquadrão Suicida”. Ano que vem tem o filme contando sobre as origens da Mulher Maravilha, no dia 22 de junho, e a “hora da verdade” com a “Liga da Justiça - Parte 1” chegando aos cinemas no dia 16 de novembro — e até lá muitas teorias serão criadas graças aos easter eggs de “BvsS”. E muita coisa pode mudar no arco, dependendo do sucesso dos próximos lançamentos e da repercussão de “A Origem da Justiça”. Um adendo: Falando um pouco das atuações, o filme traz novamente Henry Cavill como Superman, só que agora interpretando o filho de Krypton bastante confuso com suas ações, desde sua batalha contra Zod. Amy Adams, de Lois Lane, mostra o que é ser uma donzela em perigo. Diane Lane, a Martha Kent, é a ponta do iceberg da cena mais clichê (e a mais funcional) do filme. O filme também conta com a atuação de Ben Affleck como Batman. O ator trouxe para as telonas um Homem Morcego mais obcecado, e visivelmente perturbado após 20 anos “trabalhando” como o Cavaleiro das Trevas de Gotham. O experiente Jeremy Irons vive o “mordomo-mecânico-voz da consciência” Alfred Pennyworth; a lindíssima Gal Gadot, de Mulher Maravilha, surpreendeu bastante interpretando a Princesa das Amazonas. Por último, mas não menos importante e um pouco decepcionante, Jesse Eisenberg como Lex Luthor. Ele recriou o dono da LexCorp mais psicótico e exagerado, com uma pitada de Coringa, deixando muito claro durante o filme que seu relacionamento conturbado com o pai deixou ele mais agressivo com figuras de autoridade, vamos por assim dizer. Ana Amélia Ribeiro é jornalista e fã incondicional de quadrinhos. DCnauta, Marvete e muito apaixonada pela Turma da Mônica.
Segundo livro do maranhense radicado em Goiânia, Kaio Bruno Dias, o intitulado “Respeite a Solidão Alheia” é um retrato da vida cotidiana
[caption id="attachment_62467" align="alignnone" width="620"] Por meio da literatura, Kaio nos transporta e nos sensibiliza pela busca do nosso próprio Eu | Foto: Reprodução[/caption]
Marielle Sant’Ana
Sabe aquele trecho da música “Quase sem querer” do Legião Urbana, “às vezes o que eu vejo quase ninguém vê”? Bom, é bem isso que a gente enxerga ao se deparar com a poesia do mais goiano que muito goiano, o maranhense Kaio Bruno Dias, no seu mais recente livro lançado “Respeite a solidão alheia”. Ele tem a capacidade de nos fazer perceber coisas que a gente, insensivelmente, não nota em nossas vidas cotidianas.
Com simplicidade e uma linguagem contemporânea despretensiosa, que representa o nosso jeito coloquial de expressar ideias, a obra nos diz a partir de uma perspectiva intimista, introspectiva e também extrospectiva sobre temas que estão divididos em nove partes relacionadas à solidão, amor, frustrações, perda de ônibus e tantos outros. Coisas que uma maioria já deve ter passado, passa ou passará algum dia.
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A obra, a partir de uma perspectiva intimista, diz sobre temas variados, que vão desde a solidão à perda de ônibus | Foto: Divulgação[/caption]
Quem nunca deixou a tevê ligada para abafar o som da própria solidão? Ou ficou no Facebook, Whatsapp e tantos outros aplicativos que visam a interligação entre pessoas, mas se sentia desconectado de si mesmo, solitário em meio a multidão? Um dos poemas que se pode destacar, duramente, esta nossa realidade é esse:
“sempre que ficava só
deixava uma música tocando
para não ter a sensação
de estar sozinho.”
O livro “Respeite a solidão alheia” nos diz algo que vai além da própria solidão tão característica dos escritores ao elaborarem expressivamente seus textos. O poeta, fazendo-nos perceber nossa própria solidão enquanto leitores e nossas identificações com os escritos de algo alheio a nós, transforma sua visão literária singular em algo coletivo, compartilhado a todos os que o lerem.
Assim, por meio da literatura, Kaio nos transporta e nos sensibiliza pela busca do nosso próprio Eu. Uma busca feita por lobos e lobas solitários em que só quem passa sabe e só quem vive sente. Neste mundo contemporâneo enlouquecido, onde “nada é feito para durar” como já anunciou o sociólogo Bauman, essa tal busca por quem somos é uma atitude que pode ser encarada como “corajosa” diante do espelho feito pela nossa consciência. Uma procura, portanto, que deve ser respeitada por configurar-se na mais bela e pura solitude.