Mais Colunas
Por meio do programa Minha Casa Minha Vida, a Prefeitura de Anápolis contemplou 658 famílias, na sexta-feira, 19, com o sorteio de moradias para os residenciais Colorado e Polocentro. A proposta é reduzir o déficit habitacional no município e promover qualidade de vida à população. As mais de cinco mil pessoas, que se inscreveram no programa, não precisaram comparecer ao sorteio. Representantes do programa em Anápolis e do Ministério Público acompanharam o processo para garantir transparência e legalidade. As moradias são destinadas às famílias com rendimento familiar de até R$ 1.600 e contam com toda a infraestrutura necessária, como ruas pavimentadas, meios-fios, calçadas, redes de energia, água tratada e esgoto. São 512 apartamentos com área construída de 48,56 m² no Residencial Colorado e 146 casas de 42,17 m² no Polocentro.

Valdirene Oliveira
Desde março de 2014 a luz do poste que fica em frente a minha casa, no Setor Gentil Meireles, está queimada. Solicitei a troca pelo 156 [telefone de atendimento da Prefeitura de Goiânia], tenho protocolo etc., mas nada de trocarem a lâmpada estragada. No início eu liguei, liguei, liguei. Mas acabei cansando de ligar e providenciamos solução por conta própria: um refletor com sensor em frente ao portão. Sei que não deveria ser assim, mas, se nem o lixo estava sendo recolhido, imaginem uma lâmpada ser trocada rapidamente.
Eis que na tarde desta quinta-feira, 11, chega um caminhão da Prefeitura para fazer a troca da lâmpada e lá fui eu falar com o moço que “fiscalizava” a troca. Queria apenas dizer se no papel que ele tinha em mãos constava a data da solicitação.
Conversa vai, conversa vem, e ele me disse que não sabia da data de solicitação e inclusive mostrou o papel para mim. Daí eu disse que a lâmpada do segundo poste havia queimado nessa semana e ele disse que aproveitariam que estavam ali e a consertariam também. Mas o inusitado da conversa foi quando ele me disse que eles não estavam trocando a lâmpada, mas sim fazendo uma “gambiarra” (sim, ele me disse isso!).
E eu, espantada, perguntei “como assim?”. E ele me falou: “Iríamos trocar se fosse lâmpada branca, por lâmpada branca. A Prefeitura não compra mais essa e só tem no estoque a lâmpada amarela, mas para usar a amarela teríamos que ter um reator. Só que não temos esse reator; então, nós estamos testando uma adaptação com o uso de uma garrafa PET e um reator já usado para ver se funciona".
E eu disse: “Mas, e se não funcionar?” E ele, sem jeito, falou: “Então...”. Daí eu disse: “Então eu fico mais um tempo sem luz no poste?”. E ele, todo sem jeito (claro, sem ter responsabilidade direta pela situação, mas ali na situação de dar uma resposta ao ser questionado), me disse: “A Prefeitura não tem comprado material para trabalharmos. E, quando compra, é de ‘terceira’, mal terminamos um conserto e já estragou novamente.” E eu disse: “Realmente a nossa cidade está ‘abandonada’, mas o IPTU vai subir.”
Não quis pressionar o moço, pois a situação já estava constrangedora. E ele disse para mim: “Mas nós vamos fazer tudo pra dar certo e a senhora ter luz no poste. Desde março, não é?" E eu disse: “É... então tá. Se não der certo o ‘plano A’, tem o B, C ou D?”. Ele respondeu: “Vamos tentar.” E daí, para finalizar, ele me perguntou: “A senhora tem um pedaço de arame para arrumar pra gente? Porque aí ajuda.” E eu: “Acho que tenho, vou ver com meu marido...”
Entrei para casa e passei a tarefa para o marido, que arrumou o arame e levou para o pessoal.
Fui dar banho no meu filho, para ele tirar o cochilo da tarde, e fiquei pensando: “Gambiarra não é coisa de quem faz ‘gato’? E eu arrumei o arame? Mas a proposta veio da Prefeitura... e ainda tem a garrafa PET, deve ser a tal política da ‘sustentabilidade’...” E confesso que fiquei imaginando: será que vai dar certo?
Então, ao anoitecer... Eis que chegou a luz amarela! Pensei até em tomar um vinho em homenagem à iluminação de Natal da porta da minha casa. Afinal, tem até garrafa PET (está lá, pena que minha câmera não consiga registrar bem para mostrar). Quem quiser visitar para conhecer como é, estudar o caso etc... Está lá uma linda PET. Acho que de uma Coca-Cola de 2 litros. A que ponto chegamos.
Valdirene Oliveira é professora universitária e doutoranda em Educação pela Universidade Federal de Goiás.
“Gomide foi o melhor prefeito de Anápolis”
José Justino [caption id="attachment_12670" align="alignright" width="150"]
“Precisamos lidar com a questão mal resolvida com os militares”
Epaminondas Silva | E-mail: [email protected] [caption id="attachment_23411" align="aligncenter" width="600"]
Os projetos de alteração da Planta de Valores do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e do Código Tributário foram alvo de discussão em reunião da Comissão Mista na terça-feira, 9. Os vereadores Jackson Charles (PSB) e Mirian Garcia (PSDB) pediram vista das matérias, que têm até o fim de dezembro para serem votadas e aprovadas. “Já trabalhei na prefeitura e sei que o Executivo necessita da arrecadação. Por outro lado, o valor que eles queriam não é justo com a população. Apresentei um projeto substitutivo porque o da prefeitura dava um aumento de até 900% em alguns casos”, disse o relator do IPTU, o vereador Jean Carlos (PTB), que estipulou um aumento de 20% para o imposto em 2015. Jackson Charles, no entanto, pediu vista para avaliar o relatório de Jean Carlos. Quanto ao Código Tributário, Mirian Garcia solicitou vista para acrescentar uma emenda a fim de assegurar que, nas próximas alterações na Planta de Valores, não considerem o aumento no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A matéria foi entregue pelo relator Pedro Mariano (PP).
O Instituto Mauro Borges de Estatística e Estudos Socioeconômicos da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan) divulgou na quinta-feira, 11, os dados referentes ao ano de 2012 do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios goianos. A estatística apresenta uma redução na participação dos dez maiores municípios na renda gerada em Goiás. O município anapolino foi o que mais apresentou queda, com -1,5%, em relação ao ano anterior, motivada pela indústria automobilística. A chefe do Gabinete de Gestão do IMB/Segplan, Lilian Prado, garantiu que a redução foi algo pontual e que não aconteceu apenas em Anápolis. Além disso, Lilian considera a queda positiva para o estado, pois mostra que a economia goiana está se espalhando para outras cidades. Dividido pela população residente em Goiás, o PIB per capita fechou 2012 com o valor de R$ 20.134,26 ante R$ 18.298,59 registrado em 2011. Anápolis é responsável por 9,4% do PIB total de 2012.

[caption id="attachment_23242" align="aligncenter" width="620"] Foto: Claudiomir Gonçalves[/caption]
Na última semana, tanto o governo estadual, quanto o municipal se reuniu com representantes do governo federal para discutir obras que preveem melhorias para a mobilidade urbana goiana, que beneficiam, diretamente, o acesso a Anápolis. O governador Marconi Perillo (PSDB) se reuniu na quarta-feira, 10, com o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Bastos. Ambos definiram o cronograma de realização dos estudos de viabilidade e do projeto executivo da obra que liga Brasília a Goiânia por meio de um trem de alta velocidade. A previsão é que o estudo de viabilidade seja entregue até maio de 2015. Em seguida, será iniciado o projeto executivo para que a obra seja colocada em licitação. Na reunião, técnicos da ANTT expuseram estudos para o desenvolvimento estratégico do transporte ferroviário de passageiros e carga no corredor Brasília-Anápolis-Goiânia.
Municipal
Um dia antes, na terça-feira, 9, o prefeito João Gomes (PT) se reuniu com representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) e da Concebra, empresa vencedora da concessão para realizar a manutenção de vários trechos das rodovias que cortam Goiás. Na reunião, o diretor-presidente da Concebra, Odemir Sanches, explicou que a empresa cuidará nos próximos 30 anos da manutenção da BR-153, que passa por Anápolis. O engenheiro Antônio Alberto Basílio, também presente na reunião, apresentou o projeto que prevê melhorias no acesso ao Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) e, também, no tráfego dos trevos garantindo fluidez ao trânsito. Além disso, o estudo contempla a preservação ambiental.
[caption id="attachment_23124" align="aligncenter" width="620"] Foto: Câmara Municipal de Anápolis / Fernando Leite[/caption]
Na quarta-feira, 10, os vereadores realizaram a última sessão ordinária de 2014 para elegerem a nova mesa diretora, que cuidará dos trabalhos da Casa no biênio 2015/2016. Apenas uma chapa foi colocada para apreciação. Foi composta por Lisieux Borges (PT), candidato à presidência; Amilton Filho (SD), à vice; e Fernando Cunha (PSDB), Jakson Charles (PSB), Wederson Lopes (PSC) e Gleimo Martins (PTN) nas primeira, segunda, terceira e quarta secretarias, respectivamente.
A eleição do petista significa, também, a primeira grande vitória política do prefeito João Gomes, no gabinete municipal. Pois, com suas habilidades de diálogo com vereadores, Gomes conseguiu ter uma mesa diretora no Legislativo com nomes que são simpáticos a sua gestão. Isso mostra que o titular, algo de muita especulação e disputa por espaço, não caiu de paraquedas.
Corre nos bastidores que até a Irmã Rita, diretora da Santa Casa e ligada ao PSDB, tentou realizar reuniões com os vereadores para emplacar um nome da sigla, o que seria uma significativa derrota para Gomes. O resultado, porém, mostra uma mesa não só favorável a João, como também reúne uma mesa plural, com seis tipos políticos.
Lisieux é um nome do PT, que já demonstra a existência de uma afinidade dentro do projeto iniciado por Antônio Gomide (PT) e tocado por Gomes. Em entrevista, o vereador afirma que a relação com o prefeito será a melhor possível. “Vamos seguir caminhando juntos, lado a lado”, declara. A simpatia à atual gestão revela uma perspectiva positiva quanto às matérias que passam pelo Legislativo para serem aprovadas.
Além disso, a vitória dá a tônica que a disputa municipal em Anápolis já começou. E começou bem para os petistas, uma vez que a força oposicionista teve tentativas falhas em colocar Gomes em situação de fraqueza.
Continuidade
Dos 23 votos possíveis, Lisieux obteve 17 indicações –– o que é natural no processo. Além dos eleitos Gleimo Martins, Jakson Charles e Wederson Lopes, Pedrinho Porto Rico (Pros), Sargento Pereira (PSL) e o vereador Vespa (SD) discordaram com o nome petista. Sem postulação alternativa, tiveram que abster do direito ao voto. Apenas o vereador Pedrinho Porto Rico se absteve de votar em tudo, em protesto ao combinado de alternância entre partidos, que não foi cumprido. O próprio Lisieux declarou que não há nenhum ressentimento e que trabalhará, inclusive, para convencer e justificar o voto até dos companheiros que não votaram nele.
A análise do petista é positiva. “Vou me esforçar para tomar conhecimento do funcionamento da administração. Posso não ser o melhor presidente que esta Casa já teve, mas darei o meu melhor”, declarou o novo presidente, que pretende dar continuidade as ações iniciadas na gestão de Luiz Lacerda e fortalecer a transparência dos trabalhos e gastos da Casa.
Lisieux pretende, também, dar prosseguimento às exigências da lei de responsabilidade fiscal quanto à aplicação do recurso financeiro gerido pelo Legislativo. O Ministério Público e o Tribunal de Contas, segundo ele, são os órgãos externos de fiscalização e controle que dará as diretrizes para sua gestão. “Sabemos que o Luiz deu início a essa exigência, mas também sabemos que a parte mais difícil de ser executada ficou para o segundo biênio, para o qual fui eleito. Apesar da dificuldade, nos comprometemos a fazer o que tem que ser feito”, afirmou.

[caption id="attachment_22718" align="alignleft" width="620"] Além de 7 mil casos notificados, 4,5 mil foram confirmados e 3 pessoas morreram. Como se não bastasse, outra doença bate à porta: a chikungunya /[/caption]
“Vivemos uma situação não diferente dos outros Estados e países”, diz o médico infectologista, Marcelo Cecílio Daher, que alerta para uma epidemia de dengue. Anápolis não tem um número de casos tão alto como de outros municípios, mas é uma situação que tem preocupado, afinal, o Estado possui as três cidades com os maiores números de incidências a nível nacional: Goiânia, Luziânia e Aparecida de Goiânia. E em Anápolis o índice preocupa: “Tivemos mais de sete mil casos notificados, mais de 4,5 mil casos confirmados e três óbitos”. E, como se não bastasse, outra doença bate à porta: a chikungunya.
[caption id="attachment_22719" align="alignleft" width="300"]
Infectologista Marcelo Daher: “População deve saber que é responsável por seus atos”[/caption]
Daher explica que o município tem feito um trabalho para reduzir a infestação do mosquito, o que diminui a transmissão da dengue e abaixa, também, o risco de chikungunya. Na dengue, a pessoa infectada tem febre, muita dor no corpo e manchas pela pele. Na chikungunya, os sintomas são febre e muitas dores articulares, que podem permanecer por meses. Ainda que a proporção seja pequena, ambas podem levar à morte. “A chikungunya tem mortalidade menor que a dengue, mas ela incapacita mais”, diz.
O infectologista explica que o município trabalha com duas frentes de trabalho. A primeira é a de prevenção, que conta com agentes que visitam as casas e analisam as regiões da cidade. Quando um lote ou área precisa de limpeza, os agentes notificam as secretarias de Meio Ambiente e Infraestrutura, que, em parceria com a Saúde, realizam o serviço. “Na visita, orientamos a não deixar água parada”, conta.
A segunda frente é a de tratamento. As pessoas doentes procuram as unidades de saúde para atendimento. O problema são os ambulatórios abarrotados de pessoas com os sintomas.
O modo de evitar a dengue já é tecla puída, mas a população, em geral, tem se excluído e delegado a responsabilidade aos outros: “A impressão que tenho é que a população acha que o poder público é responsável por tudo que acontece com ela”. Por isso, (re)aconselha que as pessoas não joguem lixo na rua e não deixem acumular água. “Nós precisamos que a população saiba que é responsável pelos atos e pela vida dela”, relata.
Além disso, outro aspecto relevado por Daher é que Anápolis, tem muitas áreas de terrenos baldios, assim como áreas de entulho e lixo em outros terrenos. “Desse modo, temos reservatórios espalhados pela cidade inteira”, conta. Por isso, conta que a secretária de Saúde tem trabalhado, também, em conjunto com a secretaria de Educação em campanhas de prevenção da dengue. “Envolvemos muitas escolas e as crianças nesses trabalhos para que elas tenham consciência”. Além disso, nesse mês, serão realizadas várias ações pelo Estado e pelo município. No dia 10, será realizada uma caminhada no centro da cidade para tratar do assunto.

[caption id="attachment_22716" align="alignleft" width="620"] Governador Marconi Perillo: “A ampliação é o resgate de uma demanda e de um direito de alunos que reivindicam este projeto há muitos anos" / Foto: Wagnas Cabral[/caption]
Com o mês de dezembro, vieram boas novas para Anápolis. Em comemoração pelo primeiro ano do programa goiano Passe Livre Estudantil (PLE), o governador Marconi Perillo (PSDB) anunciou a próxima meta do transporte coletivo: ampliar a isenção do pagamento de passagem a estudantes de todo o estado. Anápolis é prioridade. Já no início do ano que está batendo à porta, o benefício também valerá para os anapolinos. Cada estudante terá direito a uma quantia de 46 passes por mês. São 23 viagens, contando o trajeto de ida e volta. Quem faz pós-graduação também poderá usufruir do benefício. Marconi assinou a Ordem de Serviço que determina à Secretaria de Governo providências para que, em 90 dias, seja apresentado o estudo de ampliação. A extensão será gradual. Depois de Anápolis, o Entorno do Distrito Federal, Rio Verde, Catalão e outros municípios terão direito ao PLE. “Este não é apenas um gesto ousado desta administração, nem tampouco apenas o cumprimento de um compromisso eleitoral firmado em 2010. Muito mais do que isso, é o resgate de uma demanda e de um direito de alunos que reivindicam este projeto há muitos anos”, declarou. O prefeito João Gomes (PT) espera agilidade do Governo. “Nossos estudantes aguardam que as providências pela implementação sejam realizadas o quanto antes. O transporte público é o meio mais usado pelos estudantes anapolinos e, com certeza, este benefício é um dos mais esperados pelas famílias da nossa cidade”, afirmou. O estudo de implantação do programa deve ser concluído até abril de 2015.
Concedidos pela quinta vez consecutiva pelo Instituto Chico Mendes, Anápolis recebeu o prêmio Chico Mendes e o Selo Verde 2014. As condecorações ressaltam o resultado de ações realizadas no município como a reestruturação da coleta seletiva, inclusão dos catadores em cooperativas, aumento de área verde por habitante, licenciamento do Aterro Sanitário e a construção do Parque da Cidade. “Em 2014, o foco foi a sustentabilidade aliada ao desenvolvimento econômico e social. Sem contar que a promoção da qualidade de vida, de forma conjunta com a consciência ambiental, é a nossa prioridade”, sublinha o secretário municipal de Meio Ambiente, Francisco Costa, que esteve na premiação em São Paulo na quarta-feira, 3, representando o município. Anápolis ganhou na categoria Ação Socioambiental Responsável.
Como parte da programação Natal de Luz, a rede de ensino anapolina inaugurou três Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs). A unidade Maria Zenita de Jesus, no Bairro de Lourdes, foi inaugurada na quinta-feira, 4. No início da semana, os CMEIs Anita Malfatti, no Adriana Parque, e Clarice Lispector, no Bairro Calixtolândia, foram entregues. “Inauguramos três CMEIs que aumentaram mais de 400 vagas na nossa rede e queremos continuar com essa ampliação, pois é uma demonstração de que seguimos um planejamento para atender a demanda e levar o benefício para todos os setores da cidade”, destacou a secretária municipal de Educação, Virgínia Pereira. O prefeito João Gomes (PT) pontuou, também, a preocupação com os professores: “Nós valorizamos os professores por meio do Plano de Cargos e Salários, promovemos a capacitação de cada um para que, em sala de aula, as crianças tenham um atendimento de excelência”.

Foram muitos os estragos provocados pela coalizão de extrema-direita liderada por Benyamin Netanyahu
[caption id="attachment_22564" align="alignright" width="300"] Repórter da TV Globo, Caco Barcelos: programa denegriu a imagem e o trabalho que escolas militares realizam / Soldado Ludimila Luíza[/caption]
Eliane Gomes
Meu filho estava com depressão, pois estudava em uma escola particular onde esperava um atendimento de qualidade, mas desde o início do ano sofria com professores e métodos de ensino que só visavam o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] e desprezavam suas dificuldades de aprendizagem, embora tenha levado diagnóstico do distúrbio de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Meu filho queria desistir de estudar, chegava em casa com notas muito inferiores ao que ele poderia alcançar se tivesse oportunidade de aprender com respeito a suas limitações.
Eu sofri muito e, em um ato desesperado, fui a uma escola militar da região noroeste de Goiânia em busca de uma vaga, pois soube que lá havia atendimento psicológico e apoio social para as famílias — estou muito emocionada e digito com todo o meu coração cada palavra desse meu relato. Fui recebida com toda a humanidade. Um anjo vestido de farda me ouviu. Eu disse: “Por favor, meu filho precisa de uma chance. Ele faz tratamento para depressão, é apenas um jovem de 16 anos que queria estar na escola e agora não tem esperança de conseguir seguir em frente... pelo menos uma chance antes de realmente desistir, ele precisa disso.”
Ela me pediu dois dias, e depois disso, enfim, me disse: “Seu filho agora estará na escola certa, tudo vai ser diferente, você vai ver”. E desde o primeiro dia foi incrível! Estávamos com dificuldade para comprar o uniforme, naqueles dias: final de mês, cartão com limite estourado. Perguntei se tinha algum uniforme para doação. Eles nos doaram uma farda e foram além disso: fizeram uma vaquinha, nos deram 78 reais e me disseram para ir logo bordar a camiseta dele, comprar o bibi etc. Fiquei sem palavras, não queria aceitar, pois eu precisava só de um tempo. Iria receber e disse que devolveria, mas eles não aceitaram, dizendo que fariam de tudo para meu filho não perder nem um dia de aula, que ele poderia começar logo. Desabei, chorei de emoção.
Meu filho não sofreu nenhum preconceito e está até hoje nessa escola, fazendo as provas com outros alunos e alunas que têm dificuldades intelectuais. São respeitados e amparados em suas mais íntimas necessidades, tudo de forma tão normal, tão natural. Ele está com notas melhores, está sempre sorrindo, confiante. Um dia ele chegou e me abraçou, me rodou nos braços e me agradeceu por ter ido até o Colégio Militar, por não ter deixado que ele desistisse, por ter lutado por ele.
Essa foi a maior alegria que eu tive na minha vida de lutas e dificuldades de mãe de estudante. Porém, fiquei triste por ver uma matéria jornalística como essa do “Profissão Repórter”, expressando uma visão no mínimo deturpada de uma organização tão comprometida com a educação e com o ser humano. Para mim, são anjos vestidos de farda, pois quem quer que se proponha a educar, ensinar, promover a educação, o fará primeiramente por amor, pois sabemos que mais fácil é serem desvalorizados como foram pela mídia da Globo do que exaltados por sua abnegação. Melhor seria se todos os militares educassem nossos jovens do que punirem nossos adultos. Alguém discorda?
Eliane Gomes é professora.
E-mail: [email protected]
“Estamos vendo o País seguir a mesma trilha dos anos 60”
Alberto Nery Lendo o Editorial da edição 2055 do Jornal Opção, o qual cita o populista e velho caudilho Getúlio Vargas – a quem só conheço por meio da história e de minha falecida mãe, que sempre o referia como um grande presidente. Meu pai por ser militar, o considerava um ditador que chegou ao poder porque tinha o poder de iludir a massa. Eu, em meu humildade pensamento, acho que o suicídio de Vargas foi um momento de fraqueza, ou seja, se sentiu só no poder e, como um escorpião, preferiu se matar a sair do poder à força. Como disse ele mesmo, saiu “da vida para entrar na história”. E com seu suicídio foi abortado o golpe militar que estava às portas. Em 1964, os militares, vendo que o país caminhava rumo a uma aproximação com a ex-União Soviética resolveu, com o apoio dos Estados Unidos, derrubar o governo e instalar uma ditadura militar que seria de pouca duração. Ocorre que os militares gostaram do poder e ficaram por mais de 20 anos. Hoje estamos vendo o país seguindo a mesma trilha dos anos 60. No governo Vargas, o crítico cruel chama-se Carlos Lacerda. Ficou célebre quando dizia que no Palácio do Catete havia um mar de lama. Agora, voltando para os dias atuais e tratando do governo Dilma, este não poderá mais dizer que recebeu uma herança maldita de seu antecessor. O PT está no poder há quase 12 anos e não dá mais para ficar falando do fantasma FHC que persegue o lulismo e o petismo. Sobre a honestidade de Dilma, ninguém pode questionar quando o mesmo está no governo. Todos os políticos só ficam ricos no segundo mandato. Mas que a mesma e o ex-presidente sabiam de tudo, isso sabiam, porque o PT jamais faria algo sem comunicar aos seus superiores. Não podemos dizer que exista um mar de lama no Palácio do Planalto. Mas podemos dizer que pelo menos um Lago Paranoá lá existe. E-mail: [email protected]“A esquerda tolera apenas quem dela participa”
Danilo Jandaia Concordo com o jornalista Euler de França Belém em seu texto “Escolas militares de Goiás são vítimas de jornalismo do segundo time da TV Globo” na coluna “Imprensa” (Jornal Opção 2056). Vi a matéria no dia em que o programa da TV foi ao ar. Deu a entender que o objetivo era criticar, de forma pejorativa, as escolas militares de Goiás. Ora, os últimos estabelecimentos de ensino que foram transferidos para a direção da Polícia Militar apresentaram melhoras em todos os quesitos. Creio que mais de 90% dos pais aprovam o sistema. Os resultados estão aí pra quem quiser ver. Infelizmente, mais uma vez, nota-se que tendências esquerdistas insistem em impor uma “ditatura” que, aos poucos, por meio da alienação, vai destruindo os princípios judaico-cristãos da nossa sociedade em prol de uma suposta democracia, aberta ao “diálogo”, como disse o jornalista Caco Barcellos. A esquerda tolera apenas quem dela participa. Se você é contra, é um intolerante. E-mail: [email protected]“Aumento de vagas para advogados é ilusão”
Fred Filho Sobre a nota “Redução de impostos pode ajudar no aumento do número de empregos para advogados” (Jornal Opção Online), isso certamente beneficiará sociedades de advogados. Porém, imaginar que isso vai aumentar a oferta de empregos para advogados é ilusão. Afinal, coisa mais rara é escritório de advocacia respeitar a CLT e contratar advogado com registro em carteira. Quem é da área sabe que os advogados contratados passam a trabalhar sob a bizarra figura do “advogado associado”, que não tem previsão legal e nada mais é que a violação dos direitos trabalhistas do profissional. E o pior é que a OAB, em todos os níveis (federal e nos Estados) não se preocupa em combater essa precariedade de contratação e esse desrespeito e violação dos direitos do advogado. E por quê? Simples, porque os altos cargos da Ordem são — como sempre foram — ocupados pelos donos dos grandes escritórios de advocacia, que são justamente os que mais exploram a mão de obra de seus “colegas”. E-mail: [email protected]“Falta estudar mais sobre recursos e consumismo”
Everaldo Leite Faltam aos estudos de Economia as disciplinas sobre uso de recursos naturais e sobre consumismo. Tenho discutido isto com alguns colegas economistas e vejo que a maioria não sabe nem por onde começar a tratar o tema. Sou um economista liberal, penso que o mercado se resolve em milhares de assuntos, mas quanto a esses temas acho que a visão capitalista nada ajuda, acredito que precisa haver uma inovação nos debates. [“Você já pensou que pode morrer em uma guerra por água?”, Jornal Opção 2054] Everaldo Leite é economista, professor e colaborador do Jornal Opção. E-mail: [email protected]“Só mudamos com a corda no pescoço”
Pablo Faria Bela reflexão de Elder. E, de fato, é um fato triste de se constatar: só mudamos quando a corda está no pescoço, infelizmente. E-mail: [email protected]“O Brasil tem sede de respeito pelo meio ambiente”
Ober Caldas Traga-me um copo d’água, tenho sede! O Brasil tem sede e fome de educação, pesquisa e respeito pelo meio ambiente. Parabéns, professor Altair Sales, por sua entrevista ao Jornal Opção (edição 2048)! E-mail: [email protected]“Ingleses provocaram os argentinos primeiro”
Weber Marques Lima Em relação à nota “Jornalista inglês garante: governo argentino prepara uma nova Guerra das Malvinas” (Jornal Opção Online), apenas um fato histórico deve ser ressaltado: quem tudo iniciou a disputa foram os ingleses, que, em 1845, tentaram dominar o Rio da Prata sob o falso pretexto de garantir-lhe a navegabilidade durante problemas internos da Argentina. Essa indevida ingerência britânica provocou a batalha de Vuelta de Obligado, quando as tropas argentinas fizeram bater em retirada uma força tarefa franco-britânica. Ah esses europeus, quando desejam, sabem ser hipócritas... E-mail: [email protected]“Anselmo Pereira presidir a Câmara é questão de Justiça”
Celia Gillet A indicação do vereador Anselmo Pereira para a presidência da Câmara de Goiânia é uma questão de justiça. Não querendo desmerecer nenhum outro parlamentar, Anselmo é o mais preparado, conhece a Câmara como ninguém, com vários mandatos, tem caráter e, principalmente, é honesto. Não sou de seu partido — sou PMDB —, mas sei reconhecer as qualidades e está na hora do gestor escolher pessoas capacitadas e não por barganhas. O Brasil precisa mudar e vamos começar por Goiânia. E-mail: [email protected]“Os sete pecados capitais de um governante”
Jeferson de Castro Veira O Editorial da edição 2054 do Jornal Opção — em que vejo, particularmente, sombras de Keynes, Marx e Schumpeter — : descreve os sete pecados capitais de um governante. 1) achar que o Estado não pode ser inovador — leio a economista Mariana Mazzucato há muito tempo e ela prova que pode; 2) achar que não deva fazer reforma tributária; 3) achar que subsídios devem ser para todos; 4) não se inserir na cadeia global de produção — virar as costas para EUA, União Europeia e Japão; 5) achar que produtividade no setor público é bobagem; 6) achar que governo não mexe com ambiente de negócio; 7) tentar agradar a todos — consenso com 51% já está de bom tamanho. Jeferson de Castro Vieira é economista.
Envolvido em casos de corrupção, presidente está colocando a discriminação contra as mulheres praticamente como uma política de Estado
[caption id="attachment_21997" align="aligncenter" width="620"] Foto: reprodução[/caption]
Projetado para colocar fim em um dos maiores pontos de estrangulamento no trânsito de Anápolis, o viaduto no trevo de acesso ao Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) significou um grande benefício para quem transita pela BR-060 e, principalmente, para os moradores do munícipio. Entretanto, segundo o vereador Jakson Charles (PSB), na última semana, o viaduto, inaugurado no mês passado, teve que ser interditado por alguns dias para “reparos”.
De acordo com pessebista, o asfalto da obra, que levou 18 meses para ser construída e custou cerca de R$ 28 milhões aos cofres públicos, sofreu com o calor e com a carga pesada dos veículos de grande porte. “Por isso, corre o risco de provocar algum acidente.” Ele informa ainda que foi percebido também uma ondulação no asfalto. “Vejo que a culpa desses problemas é da empreiteira e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Denit) que não fiscalizou. Agora, os reparos estão sendo feito sem custo nenhum, pois está garantido no seguro da obra”, afirmou Jakson Charles.
Na sexta-feira, 28, depois de entrevista concedida ao Jornal Opção, o vereador voltou ao local e percebeu que o trânsito estava fluindo normalmente. “Nesta semana, o viaduto ficou fechado e a previsão era de que voltaria somente no final da primeira semana de dezembro. Certamente, os reparos foram feitos. É que eu acredito e espero”, disse à reportagem.
Histórico
O viaduto foi entregue aos anapolinos depois de mais de quatro anos do lançamento do primeiro processo licitatório. Em 2010, o Ministério Público Federal (MPF) apontou um superfaturamento de R$ 10 milhões. Em 2012, outra licitação foi lançada e os serviços só se iniciaram em abril do ano passado. Em maio deste ano, com os infortúnios causados pelo longo período de duração da obra, como congestionamentos frequentes, desvios e acidentes com morte, Jakson Charles resolveu ir a Brasília para conversar diretamente com o então diretor-geral do Dnit, Jorge Ernesto Fraxe, para pedir celeridade na construção. Cinco meses depois a obra foi entregue. Atualmente, cerca de 25 mil veículos trafegam diariamente no local, e a movimentação de caminhões é intensa. Com 460 metros de comprimento e 20,6 metros de largura, o viaduto conta com duas faixas de rolamento em cada sentido. A estrutura separou o tráfego de longa distância do local, permitindo, assim, mais agilidade e (segurança?) nos deslocamentos.
O Encontro de Negócios com Goiás, ocorrido na semana passada em São Paulo, debateu as potencialidades do agronegócio. Representantes da indústria automobilística, de logística e de alimentos com atuação no País e na América do Sul conheceram as principais informações socioeconômicas do Estado, além do funcionamento do Porto Seco do Centro-Oeste e cases de sucesso de empresas instaladas Anápolis, como a Hyundai.
O secretário de Indústria e Comércio, William O’Dwyer, responsável pelo evento, disse que o objetivo principal foi atrair negócios que complementem a cadeia produtiva goiana. “Temos vários diferenciais de competitividade que podem fazer os investimentos das empresas dos senhores crescerem, como uma infraestrutura diferenciada, incentivos fiscais, matéria-prima e parcerias entre iniciativa privada e pública que podem transformar os negócios de vocês em cases de sucesso. Ir para Goiás pode ser sinônimo de redução de custos e incremento dos lucros”, afirmou aos presentes.
Na ocasião, o vice-presidente da Hyundai, instalada no Distrito Agroindústria de Anápolis (Daia), Mauro Correa, afirmou que os incentivos fiscais oferecidos pelo Estado contribuíram para a empresa se tornar referência internacional. “Os incentivos fiscais de Goiás permitem ao empresário investir mais em seu negócio. Somos hoje uma das principais fábricas da marca no mundo porque tivemos este apoio do Estado de Goiás”, salientou.
O encontro faz parte do Seminário Go to Goiás, que tem por objetivo divulgar e captar investimentos para o Estado junto a empresas nacionais e internacionais. Apenas no segundo semestre deste ano, a Secretária de Indústria e Comércio (SIC) promoveu as vantagens locais junto a 60 embaixadores, durante a edição do seminário em Brasília (DF), e a outros 50 representantes de empresas nacionais, na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (RJ).