Ponto de Partida

Encontramos 574 resultados
Análise
Quatro grupos políticos já começam a disputar as eleições de 2026 em Goiás

O UB e MDB da base governista, o PL bolsonarista, o PSDB de Marconi Perillo e o PT de Adriana Accorsi já jogam pensando em 2026

Análise
Centrão busca redenção após péssimos resultados eleitorais em Goiás

O PSD, partido que mais conquistou prefeituras no Brasil, fez só 3 prefeitos em Goiás; o Republicanos, partido que mais cresceu no país, diminuiu no estado

Economia
Entenda como as bets se tornaram âncora para o crescimento econômico

Para evitar o assunto espinhoso, governo dá sinais de que pode empurrar o mercado das apostas de volta para o descontrole, em vez de implementar a lei que ele mesmo aprovou

Política ambiental
Governo Lula fracassa em pauta ambiental e faz discurso de fachada para o exterior

Expectativa de se tornar protagonista do debate climático é frustrada por falta de liderança que coordene internamente as políticas acordadas no exterior

Análise
Oposição e situação invertem papéis em Aparecida de Goiânia

Faz sentido que o candidato com mais intenções de voto queira manter as coisas como estão. Mas “manter as coisas como estão” não é papel da oposição

Opinião
Com venda de áreas públicas, Prefeitura de Goiânia tenta ‘raspar fundo do tacho’ no fim do mandato 

Desde o fim de 2023, tramita na Câmara Municipal de Goiânia projeto com objetivo de “autorizar a desafetação” de 76 áreas públicas. Em bom português, o governo municipal deseja vender áreas dedicadas a serem asilo para idosos, praças, espaços comunitários, creches, terminais de ônibus, áreas esportivas. A intenção é “fazer o caixa” nesta reta final de mandato, enquanto ainda há a oportunidade. 

A ideia é tão grosseira que precisa ser escondida atrás de linguagem mistificadora: o objetivo do projeto passa a ser “autorizar a desafetação”, e não vender de fato a área. Isso porque a Lei nº 9.504 de 1997 veda a alienação de bens públicos durante o ano em que se realiza a eleição, mas não diz nada quanto autorizar a alienação para outros anos.

A expectativa da Prefeitura, autora da matéria, é conseguir R$ 131 milhões para os cofres públicos. Até a última semana, o procurador-geral do município, José Carlos Ribeiro Issy, admitia a intenção de levantar fundos para pagar precatórios (estimados em R$ 346,6 milhões para este ano). Nesta semana, após o susto de credores que compreenderam que o Paço pode não ter os recursos para lhes quitar a dívida, a Prefeitura passou a negar esse intuito. 

A justificativa apresentada pela Prefeitura em seu projeto enviado ao Legislativo é que as áreas “atualmente se encontram sem uso específico e desocupadas, o que implica em não estar cumprindo com as funções sociais de maneira apropriada”. Entretanto, reportagem do Jornal Opção revelou que quase todas as áreas públicas que a Prefeitura de Goiânia colocou à venda já possuem destinação e utilização. São áreas dedicadas a se tornarem parques esportivos, Casa de Idosos, playground, espaços comunitários, praças e parques infantis, centro comunitários, de emprego e renda, além de áreas institucionais. 

Mais escandaloso ainda: outra reportagem do Jornal Opção mostrou que todas as áreas se encontram em áreas periféricas de Goiânia, onde a estrutura pública é mais necessária, onde o município deveria ser mais sensível às carências da população. Desde 2020, esta gestão da Prefeitura de Goiânia já realizou a desafetação de 39 áreas públicas. 

Sem nome aos bois

Os vereadores de Goiânia aprovaram a proposta para desafetar as 76 áreas públicas da Capital no dia 11. Temendo desgastes por causa do projeto, a votação foi simbólica — ou seja, apenas quem votou contra teve o nome divulgado, enquanto os favoráveis se utilizaram de manobra regimental para não revelar o voto. 

Doze vereadores manifestaram voto contrário entre os 29 que assinaram a lista de presença. Votos contrários: Aava Santiago (PSDB), Bill Guerra (MDB), Denício Trindade (UB), Fabrício Rosa (PT), Igor Franco (MDB), Kátia Maria (PT), Lucas Kitão (UB), Paulo Magalhães (UB), Pedro Azulão Jr. (MDB), Raphael da Saúde (Solidariedade), Sargento Novandir (MDB) e Willian Veloso (PL).

Nesta quinta-feira, 25, o Ministério Público de Goiás (MPGO) recomendou à Prefeitura de Goiânia a exclusão de imóveis originariamente destinados a equipamentos urbanísticos (escolas, hospitais, creches, etc) e áreas verdes do projeto de lei que permite a venda de áreas públicas. Embora não haja obrigação legal de seguir a recomendação, a recusa pode ocasionar ação do MPGO. O projeto volta a tramitar após o recesso legislativo.

Análise
Antipetismo une eleitores de Anápolis em ‘voto útil’ para Márcio Corrêa 

Estagnação de demais pré-candidatos indica que eleitorado anapolino está deixando de analisar alternativas para votar contra o PT

Política
Ronaldo Caiado está sozinho para ser o candidato da direita em 2026

Zema quer ser vice; Michelle, senadora; Tarcísio, governador; Ratinho Júnior precisa convencer o partido a desembarcar do governo

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad | Foto: Agência Brasil
Economia
Pecha de taxador pode prejudicar PT em eleições municipais

Tentativas de aumento de carga tributária se acumulam com arcabouço fiscal, ‘taxa das blusinhas’ e MP do PIS/COFINS

Ponto de Partida
A casa dos influencers que fazem leis

O Congresso Nacional votou pela manutenção do veto do ex-presidente Jair Bolsonaro, que retirou da Lei de Segurança Nacional o artigo que classificava a disseminação de notícias falsas como crime. O veto foi mantido com 317 votos, contra 139 deputados que votaram para derrubar. Eram necessários no mínimo 257 votos de deputados para a derrubada. Com o resultado dos deputados, o Senado não precisou votar a medida.

O Congresso Nacional votou a favor das fake news (vinculação de informações falsas) e manteve o veto do ex-presidente Jair Bolsonaro a um artigo da lei de Segurança Nacional que previa a criminalização de quem disseminasse fatos sabidamente mentirosos. A mentira foi liberada.

Entre os 17 deputados federais goianos, 13 votam pela manutenção do veto do ex-presidente, forma eles: Adriano do Baldy (PP), Daniel Agrobom (PL), Zacharias Calil (UB), Glaustin da Fokus (Podemos), Gustavo Gayer (PL), Ismael Alexandrino (PSD), Jeferson Rodrigues (Republicanos), José Nelto (PP), Lêda Borges (PSDB), Magda Mofato (PRD), Marussa Boldrin (MDB), Professor Alcides (PL) e Silvye Alves (UB). Célio Silveira (MDB) não votou ou não compareceu à sessão.

Três parlamentares votaram pela derrubada do veto, ou seja, a favor da criminalização de quem dissemina informações e notícias falsas, foram eles: Rubens Otoni e Delegada Adriana Accorsi, ambos do PT, e a líder da bancada goiana, Flávia Morais (PDT).

Dentre os 13 parlamentares que votaram pela manutenção do veto está Silvye Alves, que rotineiramente reclama de ser vítima de informações falsas divulgadas por colegas parlamentares, inclusive de deputados da bancada goiana.

No dia 15 de maio o Jornal Opção mostrou a última confusão entre a deputada e Gustavo Gayer, que se desentenderam várias vezes por causa de postagens do deputado citando votos de Alves. Os dois trocaram acusações no plenário após a votação de um pedido de urgência para análise de um projeto de lei, apelidado de PL da Globo, que regulamenta a oferta do serviço de conteúdo audiovisual por demanda, como Netflix, Hulu, Vimeo e Now.

Após a deputada tentar impedir a gravação de um vídeo de Gayer ela pediu a palavra e afirmou que o deputado adora "esparramar fake news. “Ao senhor que ama esparramar fake news, eu vou dizer uma coisa muito sincera: o senhor encontrou uma mulher à sua altura, meu filho. Esse cara acabou de mentir para o todo o estado de Goiás que eu votei a favor de aumentar a Netflix. Isso não aconteceu! Isso é uma fake news”, disse a deputada no Plenário. Em resposta, o deputado bolsonarista disse que Silvye “está reduzida a quase nada no estado de Goiás” e que sente pena dela. Gayer ainda chamou a parlamentar de surtada tanto no vídeo quanto em postagens nas redes sociais.

O texto acabou sendo retirado de pauta, porém, antes disso, a deputada e outros colegas de partido chegaram a gravar vídeo mostrando que votariam NÃO à taxação do streaming (veja abaixo). “Em agosto do ano passado era um projeto totalmente diferente. Aprenda a dizer a verdade e pare de gravar vídeos para a sua comunidade que acha que você está falando a verdade”, declarou Silvye.

Colocando esse caso em detrimento à votação da criminalização da disseminação de notícias falsas é incoerente, porque a deputada tem sido muito atingida pelo trabalho do gabinete do ódio de outros parlamentares. Além disso, Alves tem dito rotineiramente vítima de violência política. Ela teve seu escritório político em Goiânia invadido três vezes nos últimos dois anos.

Em nota ao Jornal Opção a deputada informou que é contra fake news, mas que o projeto citado acima não era transparente quanto a quem vai dizer o que ou não um notícia ou informação falsa e que esse é um ponto em aberto no projeto de lei. “Temos que focar em uma projeto que seja transparente, não somente no âmbito político, mas em todas as áreas. Hoje a rede social é incentivadora de muitos suicídios e acomete pessoas de depressão, por exemplo”, diz a nota que ainda completa, que as fake news que tem sido vítima, é um assunto que será resolvido na Justiça.

A deputada ainda afirmou que é preciso pensar em uma rede segura, porém com um projeto que vá além da discussão sobre eleições. A reportagem também perguntou se existe algum movimento de parlamentares no Congresso, ou dela próprios, para apresentação de um texto que tenha mais segurança jurídica, mas até o fechamento desta edição não tivemos retorno, o espaço continua aberto. 

Quando se diz que notícias falsas podem matar é literalmente o que aconteceu e o que vem acontecendo. A Polícia Civil de Minas Gerais investigou a morte da jovem Jéssica Canedo, em 22 de dezembro do ano passado, após a ingestão de uma alta dosagem de medicamentos. O caso foi tratado como suicídio desde o começo.

A jovem morreu depois que perfis de fofoca noticiaram, erroneamente, a informação de que ela teria tido um relacionamento com o humorista Whindersson Nunes – o que o próprio artista negou. A Choquei, que na ocasião contava com cerca de 21 milhões de seguidores no Instagram e quase 7 milhões de seguidores no X, repostou a notícia sobre o falso relacionamento.

Após a apuração do caso, o delegado responsável pelo caso, Felipe Oliveira, disse que Jéssica criou três perfis falsos na internet. Em um primeiro momento, a investigação identificou que os perfis originaram a notícia e, após a quebra de sigilo descobriu-se que a jovem era autora das mensagens. 

Quando o suposto relacionamento foi divulgado, a jovem passou a receber ameaças nas redes sociais. Segundo a Polícia mineira, Jéssica sofria de depressão e passava por tratamento quando o caso veio à tona. Os investigadores chegaram a identificar uma das mensagens enviadas à jovem por uma mulher, moradora do Rio de Janeiro, em que sugeria que ela tirasse a própria vida. 

De acordo com o professor e cientista político, Guilherme Carvalho, o Congresso Nacional virou uma “casa de influencers”. Segundo ele, o centro dessa discussão nasceu do clima de confronto entre a classe política e o judiciário. “A comunicação que políticos estão desenvolvendo é baseada em informações de último momento, boatos e coisas não verificadas que são utilizadas para ganhar engajamento. A gente pode dar uma olhada para os perfis da bancada goiana, que salvo alguns casos, a maioria tem uma presença digital que cada vez se intensifica mais com modelos alternativos ao uso de redes sociais”, afirma.

Para Carvalho, existe a necessidade dos parlamentares utilizarem de informações duvidosas e não verificadas para construir uma narrativa e diante da estruturação de um controle desses instrumentos o parlamento vê a necessidade de criar uma barreira contra isso. “Isso faz com que eles (parlamentares) se sintam que estão criando uma barreira ao controle, o que para a ação política é vantajoso, porque você tira o poder de quem exerce o controle e um filtro e podendo se comunicar aos seus moldes e dizer absolutamente o que você quiser para o eleitor”, disse. 

Cidade Inteligente
O que o programa Cidade Inteligente significa para Goiânia e para Rogério Cruz

Projeto consiste em modelo de PPP para implementação de iluminação, videomonitoramento, geração de energia e conectividade em espaços públicos

Ponto de Partida
O Centraliza de fato vai resolver os problemas do bairro?

Mais novo projeto de requalificação do Centro ataca problemas históricos e centrais da região, mas ignora uma questão importante

Governador Ronaldo Caiado | Fotos: Fernando Leite / Jornal Opção
Política
Pesquisa indica o ‘caminho das pedras’ para eleição presidencial de Caiado

Governador é bem avaliado dentro do Estado, agora seus bons resultados precisam ser apresentados ao país em veículos tradicionais

Política
Mais impressionante do que um político eleito é um político relevante sem cargo 

Sem cargo desde 2022, Gustavo Mendanha ajudou a articular as pré-candidaturas da base governista nas duas maiores cidades de Goiás

Ponto de Partida
Entenda por que a Polícia Federal é eficiente

A elucidação da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes só foi possível pela federalização do caso, seis anos após as mortes