Periscópio

"Imagine" foi gravado no estúdio particular de John Lennon, em sua mansão nos areedores de Londres

O músico e compositor contribuiu para a popularização da Bossa Nova nos Estados Unidos por meio de parcerias com outros artistas e se apresentando na televisão

Inventor dessa jogada foi Leônidas da Silva, craque do São Paulo e da seleção brasileira, que nasceu em 6 de setembro de 1913

TV Rádio Clube de Goiânia começou a transmitir ao vivo o futebol disputado na Paranaíba em meados dos anos 1960

Por conta da diferença do fuso horário do Vaticano com o nosso, muitas vezes essa celebração é transmitida para cá de madrugada ou no começo da manhã

Conflito foi uma tragédia para a humanidade cujos efeitos abalaram até países que estavam distantes

Primeiro governador do novo estado foi Carlos Lacerda, jornalista combativo, deputado federal oposicionista

Tancredo Neves morava no Edifício Golden Gate, em Copacabana, quando estava no Rio de Janeiro. Articulador ardiloso, Tancredo gostava de conversar com políticos para fazer alianças, preparar os próximos passos no Congresso. Há quem diga que foi em seu apartamento no Golden Gate que o ex-governador mineiro articulou o movimento das Diretas e sua eleição presidencial no Colégio Eleitoral em 1985. Hoje, o Golden Gate se chama Tancredo Neves, uma recordação do ilustre morador.
Quando políticos se reúnem para conversar, quer dizer que eles estão analisando a conjuntura do momento e pensando nas próximas eleições. Antigamente os jornalistas abordavam deputados e senadores no famoso “cafezinho”, na pausa entre uma sessão e outra. A foto deste texto, do arquivo do colunista social Lourival Batista Pereira, nós vemos Juscelino Kubitschek conversando com Segismundo de Araújo Melo e Alfredo Nasser. Os outros integrantes não foram identificados. Há quem diga que foi dessa conversa que nasceu a candidatura de Juscelino Kubitschek ao Senado por Goiás. Era o final do ano de 1960, o mandato presidencial de JK estava terminando. Ele precisava de um espaço para ser visto pelo público, articular sua volta ao poder dali cinco anos e responder as acusações de Jânio Quadros que acabara de se eleger Presidente da República.
O papo rendeu muito. Depois de umas semanas de descanso viajando pela Europa, no começo de 1961, Kubitschek mergulhou de cabeça em sua candidatura ao Senado. Sua vitória era certa, mas ele quis seguir o script de campanha. Em um comício pelo interior de Goiás, o ex-presidente conseguiu colocar no mesmo palanque Alfredo Nasser e Pedro Ludovico. Só mesmo Juscelino Kubitschek para unir duas lideranças tão antagônicas.
De um bate papo informal entre políticos, como quem não quer nada, são tomadas decisões que terão impactos significativos na política brasileira. Tancredo no antigo Golden Gate durante a redemocratização e Juscelino reunido com Nasser e Segismundo em sua campanha para o Senado por Goiás são provas de que um cafezinho pode fazer muita coisa pelo Brasil.
- Leia também: O encontro dos Beatlhes com Elvis Presley

Tem certas coisas na história que a gente fica pensando: “Por que ninguém registrou isso?” Tudo bem que tem eventos históricos que, por motivos óbvios, não se pode registrar com som e imagem. Mas no século passado, a era da tecnologia, não tem como não questionar o motivo de não se gravar um encontro, uma apresentação artística. Na década de 1980, os poetas Carlos Drummond de Andrade e Cora Coralina se tornaram amigos, trocaram cartas. Como é que ninguém pensou em fazer um encontro entre os dois? Sei lá, não custava nada propor aos poetas. Vai ver a justificativa para não terem se encontrado seja a idade avançada para os dois. Mas será que ninguém pensou nisso? Ninguém da Globo? O encontro de Drummond e Cora daria um excelente e histórico “Globo Repórter”. Ainda bem que Jackson Abrão fez a reportagem com Pedro Ludovico e Venerando de Freitas Borges andando pelas ruas de Goiânia em 1978. É um registro para a posteridade.
Eu sempre penso nisso quando me lembro que os Beatles e Elvis Presley se encontraram durante a segunda turnê da banda pelos Estados Unidos. Como é que Brian Epstein, empresário dos Beatles, e Tom Parker, empresário de Elvis, não pensaram nisso? Por não ter sido registrado, tem gente que acha que esse encontro não aconteceu. Mas aconteceu sim! Foi no dia 27 de agosto de 1965, na casa que Elvis tinha em Los Angeles. Eu imagino a empolgação de John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Star ao se encontrar com o ídolo. Eu imagino Elvis curioso ao receber aqueles quatro garotos que conquistaram a América. Imagino também os cinco cantando seus sucessos, contando causos, tomando uma cerveja. Ah, se esse encontro tivesse sido registrado! Elvis cantando “I want to hold your hand”. Os Beatles cantando “Heartbreak Hotel”.
Na noite daquele dia tão histórico, o portão da casa do Elvis se abriu para que a limusine que trazia os Beatles pudesse entrar. Eles se cumprimentaram e entraram na casa. Quem testemunhou esse encontro diz que os cinco conversaram sobre música e até tocaram umas músicas. Tudo durou três horas. Tem uma foto que mostra os Beatles saindo da casa e Elvis do lado de fora. A foto é tão imprevisível que foi preciso colocar umas setas para mostrar quem era quem. No dia seguinte ao encontro, John Lennon disse para um assessor enviar uma mensagem a Elvis: ““Não tive coragem de falar a ele, mas você vê essas costeletas? Eu quase fui expulso da escola por tentar parecer com ele. Diga a Elvis que se não fosse por ele, eu não estaria aqui.”
Digamos que o encontro não foi registrado porque se queria algo intimista, só entre Elvis Presley e Beatles. Pode-se dizer também que um encontro público poderia ser um caos para a polícia por causa da segurança. É compreensível, mas não responde a pergunta: Por que raios ninguém filmou ou gravou o encontro entre Beatles e Elvis Presley. Tem certos encontros que a tecnologia não consegue alcançar e esse encontro de agosto de 1965 é um deles. Benditos os olhos que viram e benditos os ouvidos que ouviram.

Brian Epstein trabalhava na loja de discos e instrumentos musicais da família. Em 1961, um rapaz apareceu na loja perguntando se ali vendia o compacto "My Bonnie" de uma banda chamada Beatles. Brian não conhecia a banda e ficou curioso para saber quem era. O Cavern Club, pub onde os Beatles tocavam, ficava perto da loja e Brian foi lá ver quem eram esses meninos. Ao ve-los tocar, ele ficou impressionado e pediu para ser apresentado a banda. Brian se propôs a ser o empresário daquela que, em pouco tempo, seria a melhor banda do planeta.
A parceria com Brian Epstein foi fundamental para os Beatles criarem uma identidade. Ele deu um trato na aparêcia dos seus meninos e no seu comportamento no palco. As jaquetas de couro do tempo do Cavern daria lugar aos ternos e gravatas. Os cabelos cheios sim, mas no formato de cuia. Nada de beber, fumar e falar palavrões durante os shows. Ah, e nada de falar sobre política! Podemos dizer que Brian profissionalizou os Beatles.
Em 1962, ele agendou um teste na gravadora Decca. Os diretores ouviram as músicas, elogiaram a performance, mas não deu certo. Um dos diretores bateu nos ombros de Brian Epstein e disse que aquele negócio de rock'n roll estava com os dias contados. Ainda bem que Brian não ouviu isso e logo conseguiu uma audiência com a EMI. O produtor George Martin ouviu, gostou e aprovou a banda. Pronto! Martin cuidaria dos Beatles nos estúdios enquanto Brian lotava a agenda da banda com shows e turnês.
Os Beatles já eram sucesso na Europa, mas o objetivo de Brian era os Estados Unidos. Com uma campanha publicitária bem feita, os americanos ficaram curiosos para ouvir de perto aquele tal de "yeah-yeah-yeah". Em 1964, os Beatles desembarcaram na terra do Tio Sam. Foi um estrondo. Até Ed Sullivan teve que se render aos garotos de Liverpool. A rotina dos Beatles era puxada. Nos próximos dois anos foi assim. Até que, em 1966, os Beatles já não aguentavam mais. O que faltava? Brian os levou até o Japão! A questão é que eles não se ouviam no palco por causa da gritaria. E o LSD já tinha aberto a mente para novas experiências.
Ainda em 1966 os Beatles pararam com os shows e as turnês. O que seria feito do Brian Epstein sem agendar shows, organizar turnês e preparar a divulgação da banda? A Beatlemania começava a ser coisa do passado. Durante as gravações do Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band, Brian apareceu no estúdio para vê-los, mas aquele ambiente não era o seu. Cada vez mais depressivo e cada dia mais usando drogas, Brian Epstein estava isolado. Enquanto os Beatles viajaram para a Índia conhecer mais sobre a música transcendental, ele foi encontrado morto em sua casa no dia 27 de agosto de 1967. Brian sofreu uma overdose.
Os Beatles voltaram imediatamente para a Inglaterra participar dos funerais. Era o fim do primeiro capítulo da história da banda. Sem Brian Epstein, os Beatles perderam aquele laço que os unia como banda. Com Brian Epstein, os Beatles se profissionalizaram, ganharam o topo do mundo e se tornaram conhecidos em todas as lojas de disco e instrumentos musicais.

Ano de 1978 foi atípico para a Igreja Católica

Na noite do dia 23 de agosto de 1954, Getúlio Vargas se reuniu com seus ministros no Palácio do Catete e anunciou que, no dia seguinte, pediria licença da Presidência da República. A situação estava incontrolável. A oposição falando a todo momento que o governo virou um "mar de lama". O vice presidente Café Filho propondo que ele e Getúlio renunciassem aos cargos para pacificar o país. Os quartéis a postos esperando as ordens para agir.
Benjamin Vargas informou ao seu irmão Getúlio que fora convocado para prestar depoimento no inquérito da Aeronautica sobre o atentado na rua Tonelero. Inquérito este tão poderoso que foi chamado de "República do Galeão". Já era madrugada do dia 24 quando Vargas entrou em seu quarto, vestiu o pijama e deitou em sua cama. Por volta das 8:30 escutou-se um tiro. Getúlio Dorneles Vargas atirou contra o próprio peito. Era o fim de uma era no Brasil.
A oposição comemorava o afastamento de Vargas. Não por muito tempo. Carlos Lacerda conta em seu "Depoimento", que lideranças da oposição estavam na casa de José Nabuco tomando champanhe quando o suicídio foi noticiado. Ninguém esperava aquele gesto extremo. Lacerda recordou 23 anos depois o sentimento de pena da tragédia humana, da agonia de chegar a tal situação.
Quando sua carta testamento foi lida no rádio, o povo foi às ruas e depredou o "Tribuna da Imprensa" de Lacerda, quebrou carros do jornal "O Globo", ou seja, tudo que estava na trincheira contra o governo. Mais uma vez Samuel Wainer fez valer o apelido de "Profeta". O "Última Hora" trouxe na capa: "Ele cumpriu a palavra", recordando a edição anterior quando Vargas disse que só sairia do Catete morto. Vargas virava o jogo. O tiro no Palácio do Catete abafou os tiros da Rua Tonelero.
Getúlio Vargas colocou o Brasil no século XX. Deixamos de ser um país rural para se tornar urbano. A indústria cresceu. O operário tem carteira de trabalho, férias, descanso remunerado. Apesar do seu lado autoritário, a Era Vargas mudou o Brasil. De fato, ele saiu da vida e entrou para a História.
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O movimento republicano foi vitorioso no dia 15 de novembro de 1889, quando os militares do Exército se reuniram no Campo de Santana, no Rio de Janeiro, para depor Dom Pedro II do seu trono e dar início à República no Brasil. A Monarquia se foi dando início a um novo tempo em nosso país, mas não demorou para que a esperança republicana se transformasse em uma saudade monárquica. O Marechal Deodoro do Fonseca retratado todo formoso nos quadros e painéis pós 1889 teve sua imagem borrada quando assumiu a Presidência da República. Ele foi o primeiro a assumir o poder, o primeiro a renunciar ao cargo. A República, que chegou luminosa enquanto o Império dava seu último baile na Ilha Fiscal, foi apagando sua luz a cada medida do Marechal. Tinha gente que o chamava de ditador, ou "dictador", como se escrevia na época.
Deodoro separou estado e religião, implantou os símbolos republicanos, chamou Rui Barbosa para dar um jeito na economia, convocou uma Constituinte para fazer a primeira Constituição republicana da História brasileira. Porém, ele queria mais poderes para consolidar a República. Dom Pedro II já estava em Paris e mesmo assim havia temor dos monarquistas brigarem com os republicanos e voltarem ao poder. Até a Armada resolveu entrar na briga quando viu que tinha muito Exército no governo.
O Executivo em atrito com o Legislativo. Deodoro mandou fechar o Congresso, prendeu opositores, censurou a imprensa. Não é atoa que os primeiros anos do novo regime é chamado de República da Espada. O corte feriu apoiadores do 15 de novembro e saudosos dos tempos imperiais. Quando a Armada se rebelou em 1891, Deodoro optou pela renúncia. Percebe-se que as forças terríveis já rondavam a República brasileira.
O marechal morreu em 23 de agosto de 1892. Ele pediu para ser enterrado com trajes civis, mas recebeu honras militares. Estava aberta a República brasileira com suas brigas, desilusões, arrependimentos. De 1889 até hoje, passamos por grandes transformações, mas mantemos os barracos entre os poderes vizinhos, as tentativas de golpe.

"O acidente em que morreu o presidente Juscelino repõe a verdade perante a nação. Pois recorda, brutalmente, que no Brasil, Juscelino foi a prova de que a democracia, tanto quanto necessária, é possível. Seus erros não foram maiores do que os praticados pelos que renegaram seus compromissos com a democracia. Seus acertos, sim, foram muito maiores. Na desgraça, ele cresceu. E na própria morte, deixou uma lição, a de que é impossível isso sim, substituir líderes autênticos por praticantes da arte de adular e das astúcias banais de que qualquer intrigante é capaz. (…) Combatê-lo foi difícil, precisamente porque ele em vez de se vingar, procurava compreender."
Carlos Lacerda escreveu este texto para a Folha de São Paulo um dia depois da morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek em um acidente automobilístico na Via Dutra. Naquela época, os dois eram políticos cassados. A ditadura de 1964 cassou seus direitos políticos. Anos antes, Kubitschek e Lacerda se aproximaram para formar a Frente Ampla, uma aliança entre políticos que foram marginalizados pelos militares. Quem diria que, um dia, Carlos Lacerda, o “demolidor de presidentes”, seria aliado de Juscelino Kubitschek, que tanto fora alvo de suas críticas. São coisas da política.
Ao escrever o texto, Lacerda reconhecia a importância do governo Juscelino para a democracia. De 1956 a 1960, o nosso país viveu uma fase eufórica, desenvolvendo sua indústria, abrindo estradas, conquistando o primeiro título em Copa do Mundo, exportando Bossa Nova para os Estados Unidos e construindo uma nova capital no Planalto Central. Lacerda teve a liberdade de atacar o governo tanto na Câmara dos Deputados quanto no jornal Tribuna da Imprensa. Como ele mesmo disse: “Combatê-lo foi difícil, precisamente porque ele em vez de se vingar, procurava compreender”.
Quando aconteceu o trágico acidente na Via Dutra, em 22 de agosto de 1976, Juscelino Kubitschek não estava mais na política. Ele teve seus direitos políticos cassados em junho de 1964. Presidente da República de 1956 a 1960, Kubitschek governou o país prometendo “Cinquenta anos em cinco”. Seu Plano de Metas impulsionou a economia, integrou o país de ponta a ponta e a meta-síntese desse plano fazia de Brasília a nova capital federal. O mineiro de Diamantina, filho da Professora Júlia e do caixeiro viajante João, foi Prefeito de Belo Horizonte, deputado constituinte em 1946, Governador de Minas Gerais até que, em 1955, foi eleito para o cargo mais importante do país. Seu último cargo público foi Senador por Goiás.
Juscelino governo o Brasil com sorriso no rosto. Mas esse seu sorriso incomodava os donos do poder que tomaram conta do país em 1964. Sua cassação colocou um amargo ponto final em sua trajetória política, pois ele esperava voltar à Presidência em 1966. Nos anos 1970, Juscelino se tornou fazendeiro e comprou umas terras próximo a Luziânia, em Goiás. De lá, ele poderia ver os aviões chegando à capital que ele construiu. Em 1974, o ex-presidente deu uma entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, e mostrava as colheitas de sua fazenda. Apesar de se dizer feliz, os olhos não escondiam a tristeza de estar longe da política, longe das intensas atividades que ele tanto cumpriu enquanto foi prefeito, governador e presidente.
A morte de Juscelino Kubitschek inseriu mais um capítulo na história de que agosto é o mês do desgosto. O seu velório começou no Rio de Janeiro, na sede da Editora Bloch, do seu grande amigo Adolpho Bloch, e terminou na Catedral de Brasília. O povo chorava e aplaudia o Presidente que governou o Brasil com alegria e desenvolvimento. Pela primeira vez os militares reconheceram o seu legado, pois o Presidente Ernesto Geisel decretou luto oficial. No dia seguinte, o texto de Carlos Lacerda era publicado na Folha de São Paulo. Não se podia substituir líderes autênticos por aduladores de plantão.

Marcelo Nova bem que tentou trazer Raul Seixas de volta. Os últimos shows que os dois fizeram mostraram que Raulzito não estava bem. Ele já tinha passado por várias clínicas de reabilitação para tratar do seu problema com o álcool. Apesar de um Raul estático e com a voz arrastada, o público reverenciava o legado do Maluco Beleza. Marcelo Nova trouxe Raul Seixas de volta para o estúdio pela última vez para gravar "Panela do Diabo", último disco gravado por Raulzito. Nem deu tempo de usufruir do seu último trabalho. Raul Seixas morreu em 21 de agosto de 1989, dois dias depois do lançamento.
No Netflix tem o documentário "O início, o fim e o meio", que conta a trajetória de Raul desde a Bahia, quando ficou maravilhado ao ouvir Elvis Presley cantar e tocar rock and roll, até o Rio de Janeiro, quando chegou ao estrelato cantando "Gita", "Metamorfose Ambulante", "Sociedade Alternativa". Vez ou outra surge uma voz do além berrando em nossos ouvidos: "Toca Raul!"
Raulzito participou várias vezes do "Fantástico", da Rede Globo. Ele gravou alguns clipes para o programa e participou do especial infantil "Plunct Plact Zoom". Hoje em dia, para ver estes vídeos, é só procurar no YouTube, mas antigamente tinha que esperar a boa vontade da Globo ou da MTV para passá-los no ar. E como era bom ver Raul Seixas em forma, cantando bem e compondo com Paulo Coelho. Foi assim que Marcelo Nova ficou fã dele e aquelas últimas apresentações, apesar da péssima forma física de Raul, foram o reconhecimento do legado para a nossa música.