A professora Julia Kubitschek foi a referência do presidente Juscelino

15 outubro 2024 às 10h13

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Juscelino Kubitschek, o melhor presidente que este país já teve, foi filho de professora. Julia Kubitscheck ensinava na escola primária em Diamantina (MG). Ela dizia “Vergonha não é ser pobre, vergonha é ser ignorante”. No primeiro volume de suas memórias, “A experiência da humildade”, Juscelino contou o tanto que sua mãe influenciou em sua formação, a sua rigidez nos compromissos firmados. Não é à toa que Brasília foi inaugurada no prazo estipulado.
“Minha mãe possuía métodos eficientes para educar e ensinar. Era-nos facultado brincar à vontade, mas só depois de aprendida a lição. Outra norma imperativa: tarefa iniciada devia ser tarefa feita. A nenhum aluno permitia suspender o dever para assistir a procissão na rua. A obrigação estava sempre em primeiro lugar, e esta advertência, à força da repetição, fixou-se-me no subconsciente e erigiu-se para mim, mais tarde, em base de Filosofia de vida ” (Juscelino Kubitschek, “A experiência da humildade”, p. 23)
A professora Júlia não poupava o filho Juscelino principalmente depois que entrou na política. Quando eleito deputado estadual, ela cobrou do filho melhorias para Diamantina, terra natal dos dois. Desde a reforma da escola da cidade até a reconstrução de uma ponte de madeira que já não aguentava os remendos. Mas ela também sabia reconhecer. No dia 21 de abril de 1960, lá estava a professora Júlia olhando aquela cidade, a nova capital federal que o filho acabara de inaugurar. Aos pés da rampa do Palácio do Planalto, ela disse: “Só mesmo o Nonô para fazer isso tudo”.