Imprensa
[Vera Brant e Juscelino Kubitschek: eles eram amigos e confidentes]
Vera Brant, personalidade mítica de Brasília, morreu no domingo, 14, aos 78 anos (a família não informou à imprensa a causa da morte). Era amiga de Juscelino Kubitschek e de Darcy Ribeiro e uma geração de políticos e intelectuais.
Entre tantas coisas que Vera Brant fez, além de escrever memórias interessantíssimas, está seu apoio a Darcy Ribeiro na criação da Universidade Brasília. Ela deu aulas na UnB.
Vera Brant era uma mulher destemida. Quando Juscelino Kubitschek voltou do exílio, em 1973, ela o recebeu com festa, sem nenhum temor aos tentáculos poderosos da ditadura. Era confidente de JK e o ajudava frequentemente. Ela escreveu Ensolarando Sombras, Ciclotímica, A Solidão dos outros e Carlos, meu amigo querido (correspondência com o poeta Carlos Drummond de Andrade, seu velho amigo).
Ela ganhou dinheiro em Brasília atuando no ramo imobiliário.

[caption id="attachment_15005" align="alignleft" width="620"] Foto: Divulgação[/caption]
O Brasil está ficando mais tolo e passional. A Globo mal anunciou que iria exibir a minissérie “Sexo e as Negas”, de Miguel Falabella, e centenas de protestos apareceram nas redes sociais. E a Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial “autuou” a rede de televisão. De repente, a Globo e Falabella passaram a ser apontados como “racistas” — o que, evidentemente, não são. A rede de televisão, expondo negros bem-sucedidos em várias profissões nas novelas, mas sem simplificar e distorcer a realidade (tipo: “Os negros são bons e os brancos são maus”), contribui muito mais para reduzir ou combater o “racismo” e apresentar a sociedade brasileira como é — multifacetada, diversificada — do que dezenas de dissertações de mestrado e teses de doutorado “condenando” ou “provando” que o Brasil é racista.
No Facebook, Falabella ofereceu a explicação mais racional sobre a questiúncula: “Como é que se tem a pachorra de falar de preconceito, quando pré-julgam e formam imediatamente um conceito rancoroso sobre algo que sequer viram? ‘Sexo e as Negas’ não tem nada de preconceito. Fala da luta de quatro mulheres que sonham e buscam um amor ideal. Elas poderiam ser médicas e morar em Ipanema, mas não é esse meu universo na essência, como autor. Qual é o problema, afinal? É o sexo? São as ‘negas’? As negas é uma questão de prosódia. Os baianos arrastam a língua e dizem ‘meu nego’, os cariocas arrastam a língua e devoram o ‘s’. Se é o sexo, por que as americanas brancas têm direito ao sexo e as negras não? Que caretice é essa? O problema é que elas são de comunidade”.
Mark Twain, Bernard Shaw, Karl Kraus e H. L. Mencken, se fossem brasileiros e estivessem vivos, estariam presos ou proibidos de publicar suas sátiras. Nelson Rodrigues, se vivo, seria processado e suas obras certamente seriam proibidas. Se continuar assim, com uma parte da sociedade tentando proibir o que não lhe agrada, daqui a pouco toda obra, se mencionar sexo e a cor das pessoas, terá primeiro de passar pela vigilância de algum “gueto” e, depois, pela censura do Estado. O mundo, e não só o Brasil, mas às vezes entre nós é pior, está cada vez mais moralista e mal-humorado. O riso, melhor remédio contra o trágico, está quase proibido. Talvez seja necessário criar um catálogo-manual e aí, diante de uma piada, o indivíduo o abre e verifica se pode rir ou não.

[caption id="attachment_15174" align="alignleft" width="600"] Reprodução[/caption]
A cantora Preta Gil garante que está indignada com “Moda Moldes”, que, ao colocá-la na capa na edição de setembro, decidiu fazer uma alteração. A filha de Gilberto Gil é negra, mas, na capa da revista, aparece praticamente branca.
A publicação usou o Photoshop para branquear a pele da artista. “Estou em estado de choque! Não tem como não me indignar, pois fiz essas fotos para a capa dessa revista e a mesma foi publicada sem minha aprovação e do fotógrafo. O Photoshop foi feito por conta própria. Aí está o resultado”, criticou. “A foto original está linda, nem precisava de grandes ajustes. Pra que isso? Que vergonha! O trabalho de todos os profissionais envolvidos foi comprometido. Infelizmente, essa que está na capa da revista não sou eu!”, criticou.
De fato, na foto original, Preta Gil está bonita, com um olhar naturalmente luminoso e aquele ar rebelde, e não precisava de retoques, por assim dizer, “racistas”. Não que tenha ficado mais feia como “branca”, mas, como ela disse, deixou de ser a Preta Gil que todos conhecem.
A rigor, pode-se dizer que o autor da distorção é racista? Talvez nem seja. É provável que tenha sido apenas um ato inconsciente de um jovem deliciado com as múltiplas possibilidades oferecidas pela tecnologia. Fica-se com a impressão, às vezes, de que determinados intelectuais e grupos políticos pretendem transformar o Brasil num País racista, alimentando discussões que produzem argumentos e resultados pífios.
Os dados do levantamento do Instituto Verificado de Circulação (IVC) são de janeiro a dezembro de 2013, revelando a circulação média diária. "O Popular", de Goiânia, aparece com menos de 32 mil exemplares/dia. É uma circulação baixa, considerando-se que o Estado de Goiás tem 6,4 milhões de eleitores. O "Daqui" aparece em sétimo lugar, com 160 mil exemplares/dia.
RANK | TÍTULO | UF | MÉDIA DA CIRCULAÇÃO | VARIAÇÃO 2012-2013 |
---|---|---|---|---|
01 |
SUPER NOTÍCIA |
MG |
302.472 |
1,91% |
02 |
FOLHA DE S.PAULO |
SP |
294.811 |
-0,95% |
03 |
O Globo |
RJ |
267.542 |
-3,72% |
04 |
O Estado de S. Paulo |
SP |
234.863 |
-0,15% |
05 |
Extra |
RJ |
225.622 |
7,67% |
06 |
Zero Hora |
RS |
183.839 |
-0,45% |
07 |
DAQUI |
GO |
162.013 |
1,88% |
08 |
DIÁRIO GAÚCHO |
RS |
159.485 |
-4,05% |
09 |
Correio do Povo |
RS |
140.189 |
-6,27% |
10 |
AQUI (CONSOLIDADO DAS EDIÇÕES DE MG, MA, DF E PE) |
MG |
129.455 |
10,91% |
11 |
MEIA HORA |
RJ |
125.225 |
5,89% |
12 |
Agora São Paulo |
SP |
95.913 |
4,2% |
13 |
Dez Minutos |
AM |
89.826 |
-1,83% |
14 |
LANCE! |
RJ |
77.658 |
-3,22% |
15 |
ESTADO DE MINAS |
MG |
74.453 |
-11,14% |
16 |
Expresso da Informação |
RJ |
70.529 |
4,98% |
17 |
O TEMPO |
MG |
63.083 |
12,55% |
18 |
Valor Econômico |
SP |
58.539 |
-5,37% |
19 |
CORREIO* |
BA |
56.318 |
-9,27% |
20 |
A TRIBUNA |
ES |
56.079 |
-7,55% |
21 |
Correio Braziliense |
DF |
55.138 |
0,06% |
22 |
FOLHA DE S.PAULO - EDIÇÃO DIGITAL |
SP |
54.931 |
40,34% |
23 |
DIÁRIO DE S.PAULO |
SP |
47.414 |
20,96% |
24 |
O DIA |
RJ |
47.380 |
5,82% |
25 |
O ESTADO DE S.PAULO - EDIÇÃO DIGITAL |
SP |
46.054 |
69,94% |
26 |
JORNAL NH |
RS |
42.778 |
-5,46% |
27 |
AQUI PE |
PE |
42.729 |
9,35% |
28 |
JORNAL DO COMMERCIO |
PE |
42.949 |
4,15% |
29 |
GAZETA DO POVO |
PR |
41.235 |
-3,63% |
30 |
AQUI DF |
DF |
40.013 |
21,89% |
31 |
O GLOBO - EDIÇÃO DIGITAL |
RJ |
39.375 |
21,02% |
32 |
DIÁRIO CATARINENSE |
SC |
38.741 |
-4,86% |
33 |
A TARDE |
BA |
36.822 |
-7,99% |
34 |
AQUI MG |
MG |
33.944 |
2,51% |
35 |
Diário do Nordeste |
CE |
32.052 |
1,5% |
36 |
Correio Popular |
SP |
31.928 |
1,41% |
37 |
NA HORA H |
DF |
31.849 |
-9,03% |
38 |
O POPULAR |
GO |
31.487 |
1,62% |
39 |
FOLHA DE LONDRINA |
PR |
30.817 |
-4,87% |
40 |
PIONEIRO |
RS |
27.828 |
1,93% |
41 |
DIÁRIO DO PARÁ |
PA |
26.795 |
4,99% |
42 |
HORA DE SANTA CATARINA |
SC |
25.633 |
-20,05% |
43 |
NOTÍCIA AGORA |
ES |
25.151 |
-0,69% |
44 |
Diário de Pernambuco |
PE |
24.976 |
3,02% |
45 |
EXTRA - EDIÇÃO DIGITAL |
RJ |
24.808 |
-0,08% |
46 |
GAZETA de Piracicaba |
SP |
24.593 |
0,14% |
47 |
Massa! |
BA |
24.528 |
11,71% |
48 |
A GAZETA |
ES |
24.283 |
-9,29% |
49 |
CRUZEIRO DO SUL |
SP |
24.067 |
-2,85% |
50 |
JORNAL DE PIRACICABA |
SP |
22.977 |
3,5% |
Para evitar o fracasso do real, o líder tucano procurou o petista, abriu as portas para sua equipe, o que possibilitou uma transição produtiva, e pôs seus principais auxiliares para aproximar Lula do presidente americano. FHC agiu como estadista, admite guru petista

Lula disse: “Presidente, eu tive de superar muitos preconceitos”. Bush, sorrindo, interrompeu-o: “Eu sou campeão dos preconceitos!”

“Muita gente estranha quando eu digo isso, mas eu tive uma relação muito boa com Bush. Nós estivemos perto de construir uma parceria estratégica”, admite Lula
O livro de Matias Spektor “18 Dias — Quando Lula e FHC se Uniram Para Conquistar o Apoio de Bush” é cheio de revelações. Hugo Chávez chamava o presidente Fernando Henrique Cardoso de “mi maestro” e o considerava um grande aliado. O governo americano desconfiava desta relação. FHC também não apoiou, com o devido empenho, o combate americano ao narcotráfico colombiano. FHC foi o primeiro a sugerir Celso Amorim para chanceler numa conversa com Lula. O petista não conhecia o diplomata. Spektor mostra um Celso Lafer, o discípulo de Hannah Arendt, trabalhando para controlar a opinião dos diplomatas do Itamaraty. De maneira intransigente, apesar das críticas dos, entre outros, embaixadores Rubens Barbosa e Sebastião do Rego Barros. Na página 96 há um erro: “Sarney e Renan Calheiros eram ícones civis do regime militar”. O primeiro sim, o segundo não. Há mais alguns erros mas nada que empane o brilho deste excelente livro. A pesquisa é de primeira e Spektor escreve muito bem. Nuança e contrasta os fatos, contextualizando-os, extraindo mais deles do que meras declarações. Spektor consegue mostrar uma elite política e diplomática com mais espírito de estadista do que se costuma verificar nas reportagens publicadas em jornais e revistas. *Leia Mais Lula da Silva diz que relação com George W. Bush era “muito boa” George W. Bush gostava mais de Lula da Silva de que de Fernando Henrique Cardoso Livro revela que Fernando Henrique ajudou Lula a se aproximar do presidente George Bush
Roberto Campos, estrela de vários governos — da gestão democrática de Getúlio Vargas aos governos de Juscelino Kubitschek e João Goulart, até se tornar a peça-chave da equipe do general Castello Branco —, era um economista erudito. Na época da ditadura, apelidaram-no de Bob Fields. Ele não deu a mínima, mas, quando o socialismo ruiu, entre as décadas de 1980 e 1990, apelidou-se de Robarchev. Porque quase tudo que dizia sobre o socialismo, sobre sua incompatibilidade com o sucesso econômico, comprovou-se quando a União Soviética e os países satélites desmoronaram.
Roberto Campos tinha um humor ferino, tão cortante quanto o de Bernard Shaw, H. L. Mencken e Karl Kraus. “Lanterna na Popa” talvez seja o melhor livro de memórias da história brasileira. Só não é apresentado assim porque o autor permanece visto como o “economista que serviu à ditadura”. É mais honesto dizer que serviu ao País e que, na ditadura, chegou a defender civis importantes, como o presidente Juscelino Kubitschek.
No site do Comunique-se, o jornalista Moacir Japiassu — ótimo escritor, por final — listou dez frases menckenianas ou, aqui e ali, nelsonrodriguianas de Roberto Campos:
— A burrice no Brasil tem um passado glorioso e um futuro promissor.
— A diplomacia é como filme pornográfico: é melhor participar do que assistir.
— A inveja é o mau hálito da alma.
— Em nossa religião camarada, Deus é quase um membro da família. Um pai tolerante, muito ocupado com outras coisas, mas a quem se recorre num aperto.
— Sou chamado a responder rotineiramente à pergunta: haverá saída para o Brasil? Respondo dizendo que há três: o aeroporto do Galeão, o de Cumbica e o liberalismo.
— Estatização no Brasil é como mamilo de homem: não é útil nem ornamental.
— Apesar de intransigentemente privatista, advogaria a estatização da pena de morte, que é hoje indústria rentável em Alagoas e na Baixada Fluminense.
— A burrice é o único símile do infinito.
— Os índios brasileiros são os maiores latifundiários pobres do planeta.
— Os artistas brasileiros são socialistas nos dedos ou na voz, mas invariavelmente capitalistas nos bolsos.
Alex Silveira é repórter fotográfico e, como tal, tem a obrigação de levar as melhores fotografias para a publicação na qual trabalha. Em 2000, quando fazia uma cobertura de uma manifestação dos professores da rede pública de ensino para o jornal “Agora”, foi atingido no olho esquerdo por uma bala de borracha disparada pela Tropa de Choque da Polícia Militar de São Paulo. Ao recorrer à Justiça com um pedido de indenização, Alex Silveira descobriu que, no Brasil, a vítima às vezes é a culpada. O Estado de São Paulo não precisa indenizá-lo. O desembargador Vicente de Abreu Amadei culpou Alex Silveira por ter ficado cego. Trecho da sentença do magistrado: “Permanecendo no local do tumulto, dele não se retirando ao tempo em que o conflito tomou proporções agressivas e de risco à integridade física, mantendo-se, então, no meio dele, nada obstante seu único escopo de reportagem fotográfica, o autor colocou-se em quadro no qual se pode afirmar ser dele a culpa exclusiva do lamentável episódio do qual foi vítima”. Além de não receber a indenização e de ter ficado cego, o repórter-fotográfico terá de pagar as custas processuais e honorários do advogado do Estado. Kafka vive.
O “Pop” publicou na sexta-feira, 12, a capa de mais impacto da semana. Na parte de cima, o jornal informa: “Bruno chega ao Cais com a perna quebrada”. E exibe uma fotografia com a foto do jovem, com a perna direita enfaixada, e com aparência saudável. Ele estava no Cais de Campinas na segunda-feira, 8. Em seguida, o jornal apresenta o desfecho da história: “Depois de peregrinação, Bruno está morto” (na quinta-feira, 11). “Jovem morreu de embolia pulmonar, no Hugo. Para a família, morte de Bruno Henrique não foi fatalidade, mas o resultado de uma sequência de omissão e desrespeito”. Há, claro, a tendência de responsabilizar o Estado, porque o motoqueiro de 17 anos, que trabalhava como entregador, morreu numa dependência do Hospital de Urgências de Goiânia. Mas o primeiro atendimento, possivelmente malfeito, ocorreu num cais da Prefeitura de Goiânia. Com a desculpa de que têm de atender todo o Estado e até pessoas de outros Estados, o que é um fato, os responsáveis pela saúde pública em Goiânia têm negligenciado o atendimento aos pacientes.
Um livro interessantíssimo saiu no Brasil recentemente — “Batalha de Amor em Sonho de Polifilo”, de Francesco Colonna (Editora Paulo Masuti Levy, 120 reais), com tradução de Claudio Giordano —, mas não mereceu a devida acolhida crítica. A autoria do livro, de 1499, é atribuída a Collona (1433/1434-1527), mas não se tem certeza. O “Hypnerotomachia” é apontado como um dos incunábulos mais encantadores e importantes. O design gráfico, visto como revolucionário, foi feito por Aldus Manutius (tido como o “primeiro impressor profissional” da Itália). O autor das xilogravuras é desconhecido. Retirei do Google: “Existem algumas pistas sobre a identidade do autor. Por exemplo: alinhadas, as letras iniciais de cada capítulo formam a frase ‘Poliam frater Franciscvs Colomno peramavit’ que, traduzido do latim, significa ‘o irmão Francisco Colono amava Polia intensamente’. Acredita-se que se trata do monge dominicano Francesco Colonna que, segundo os anais dominicanos, solicitou um empréstimo para ajudar na publicação de um livro por volta do ano 1500”.
“O livro conta a história do jovem Polipilo que, dentro de um sonho, procura por sua amada, a ninfa Polia. Para alcançar seu destino, ele precisa passar por misteriosas florestas, cidades e labirintos, presenciando todo tipo de cena bizarra e deparando com deuses, ninfas e outros seres mitológicos e árcades. Além da sua qualidade gráfica, o que torna o livro tão célebre é o fato de ser um dos mais incompreensíveis de todos os tempos. Escrito em várias línguas (latim, grego, hebraico, árabe e hieróglifos egípcios) ao mesmo tempo, a narrativa mistura pesadelos, aventuras, passagens eróticas, tudo em meio a comentários sobre literatura, arquitetura, música”, anota a Wikipédia.
A tradução (feita a partir do castelhano) de Claudio Giordano — também tradutor de “Tirant lo Blanc” (Prêmio Jabuti de Tradução), de Joanot Martorell — é apontada pelo tradutor Bruno Costa como de uma perícia ímpar. “A empreitada foi colossal, dificílima, mas muito bem-sucedida”, afirma o editor da Ex Machina. “Trata-se de uma obra-prima, de um livro, por assim dizer, ‘inaugural’ e que merece ser lido, resenhado e comentado”, afirma Bruno.
A jornalista Cristina Grillo deixou a “Folha de S. Paulo” e é a nova diretora da sucursal da revista “Época” no Rio de Janeiro. Seu antecessor, Leonardo de Souza, voltou para a “Folha” como repórter especial. No jornal paulista, Cristina foi substituída por Fernanda Godoy na secretaria de redação.
A revista “Piauí” traz um dos mais equilibrados perfis de Delfim Netto. Ministro da ditadura, mas sobretudo um liberal, depois deputado federal por São Paulo, na democracia, poucas vezes o cultíssimo economista foi perfilado com tanta independência e distanciamento. O autor da façanha é o repórter Rafael Cariello. O repórter não tem nenhuma intenção de diminuir ou engrandecer seu personagem. Na verdade, apresenta-o na sua dimensão exata. As qualidades de Delfim Netto, sua capacidade de entender a economia nacional e internacional, levaram-no a sobreviver à ditadura.
O jornalista Lauro Jardim, editor da coluna “Radar”, da revista “Veja”, afirma que o doleiro Alberto Youssef (foto acima) — mais conhecido como Homem Bomba — está disposto a abrir o jogo sobre o jogo sobre os bastidores dos governos do PT e a Petrobrás.
Com a delação premiada, ele falaria tudo — ou quase —, dando as informações elementares sobre como fazia para lavar os milhões de reais extraídos de negócios com a Petrobrás e para quem repassava reais “limpinhos”.