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Editora Três extingue a revista “IstoÉ Gente” e demite jornalistas

A Editora Três, que publica a “IstoÉ”, extinguiu a revista “IstoÉ Gente” — uma espécie de “Caras” 2. A empresa da família de Domingo Alzugaray demitiu sete jornalistas e designers. Estão de saída Andrea Debiagi (produção) e Daniela Mendes (edição), revela o Portal dos Jornalistas. O editor da revista “Planeta”, Ricardo Arnt, um dos mais experimentados jornalistas brasileiros, foi demitido. A Editora Três adotou um programa de demissão voluntária. “O objetivo” é “corta até 25%” da “folha de pagamento de celetistas”. Porém, afirma o Portal dos Jornalistas, “esses profissionais” representam “apenas 10% da redação. Por isso, além deles, já estariam sob risco funcionários com outras modalidades de contrato”. Pelo PDV, deixaram a Editora Três: Juca Rodrigues, editor de Fotografia, Mônica Tarantino, repórter de Saúde de “IstoÉ”, e Joca Alvarenga, diretor de Arte da “IstoÉ”. O repórter de “Negócios” Fabrício Bernardes, contratado pela “Exame PME”, deixou a empresa por conta própria.

Extinção da pena de José Genoino é uma das boas notícias da semana. É um homem decente

Podem até sugerir que sou petista, o que não sou. Mas a decisão do Supremo Tribunal Federal que extinguiu a pena de José Genoino foi uma das boas notícias da semana. José Genoino pode ter sido um político radical, na ditadura, mas, na democracia, se tornou uma das vozes moderadas do PT — dialogava com inteligência com as forças de centro (e até de direita) do Congresso Nacional, sem execrá-las. Não havia como a Justiça não condená-lo, porque estava mesmo envolvido no mensalão — muito mais por omissão, por ter deixado outros petistas decidirem por ele, que teoricamente mandava no PT (o rei sempre foi José Dirceu), do que devido a envolvimento direto. Mesmo parecendo um dom Quixote do Nordeste, José Genoino é um político, ex-político, tudo indica, decente. Fica-se com a impressão que, dos mensaleiros, é o único que realmente abateu-se.

Repórteres de O Popular reclamam dos salários baixos para o consultor Eduardo Tessler

Um dos objetivos de Eduardo Tessler é transformar o “Pop” numa espécie de Correio Braziliense de Goiás, com menos textos e mais fotos

Suspeito de mandar jornalista paraguaio é preso no Mato Grosso Sul

A Polícia Federal prendeu o ex-prefeito de Ipehú Vilmar “Neneco” Acosta (foto acima) no Mato Grosso do Sul, no Brasil, nesta semana. Ele é o principal acusado do assassinato do jornalista Pablo Medina e a estagiária Antonia. O repórter havia publicado várias reportagens conectando traficantes de drogas com políticos paraguaios. O paraguaio Vilmar Acosta foi denunciado pelo Ministério Público como autor intelectual do assassinato. Ele deverá responder judicialmente também por produção e tráfico de maconha. Seu irmão, Wilson Acosta, e um sobrinho, Flávio Acosta, foram denunciados como autores materiais do crime. Eles estão foragidos.

A imprensa e a liberdade

Ruy Martins Altenfelder Silva “Entendo que a liberdade de imprensa é cláusula pétrea da Constituição Federal, por dizer respeito ao mais sagrado direito de uma sociedade de ser informada da verdade, não pelos detentores do poder, mas pela imprensa. Não podem, portanto, ser modificados os fundamentos do caput do artigo 220 da Lei Suprema.”  O parecer, de extrema clareza, encerra artigo em que o conceituado jurista Ives Gandra da Silva Martins analisa recentes manifestações de alguns  setores que, a pretexto da democratização da informação, voltam a insistir no controle da imprensa. E, mais uma vez, invocam o argumento da concentração de capital nos segmentos de jornais e emissoras de TV. Quando se discute a imposição de limites à liberdade de imprensa, é sempre bom ter na memória o risco embutido nessa questão essencial para o pleno exercício da democracia. A história recente do País mostra o que acontece quando detentores do poder de tendência autoritária e avessos ao contraditório assumem o controle da mídia. Sem imprensa livre, cortaram-se os canais para a circulação de informação e impediu-se que chegassem ao conhecimento da sociedade fatos de fundamental importância, entre os quais violações de direitos humanos, planos mirabolantes de desenvolvimento econômico e outros desmandos praticados nos porões do poder público. Aliás, esse cenário repete-se, sem exceção, na história de todas as ditaduras que, entre as primeiras medidas adotadas ao assumir o poder, inclui o cerceamento da liberdade de imprensa. Seria importante resfriar o clima que cerca essa discussão e levar o foco do debate para um ponto que poderia proteger a efetiva liberdade de imprensa, desestimulando novas tentativas de estabelecer controles danosos ao exercício da democracia e distantes dos desejos de largas parcelas da sociedade. A exemplo de todos os campos da vida nacional, a imprensa está submetida ao império da lei, pois conta, ao lado de dispositivos que asseguram seu livre exercício, com contrapesos que previnem – e punem, quando for o caso – abusos que eventualmente venham a ser cometidos. E, também a exemplo de tantos outros campos da vida nacional, a imprensa também está enredada no cipoal em que se transformou a legislação brasileira, composta por leis que não dialogam entre si, gerando insegurança, confusão e fragilidades que alimentam tentações de controle. Muitas datam de décadas, tendo sido promulgadas antes dos avanços tecnológicos que alteraram profundamente a comunicação social, que hoje corre instantaneamente pelo planeta, envolvendo os bilhões de pessoas que têm acesso a um computador, um tablet, um smartphone. Enquanto isso, o Código Brasileiro de Radiodifusão está em vigor desde os anos 60, normatizando o rádio e a televisão. É das mais delicadas e sensíveis a proposta de discussão sobre um marco regulatório ou uma revisão das leis para a imprensa. Mas esse debate tem indiscutível papel estratégico para a consolidação do estado democrático de direito e para a sustentabilidade do pleno exercício da democracia. Exemplos dos países desenvolvidos e de longa tradição democrática indicam que coibir tentativas de impor censura à imprensa (seja de que tipo for) é tratar o problema pela metade. Nos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Alemanha, leis específicas buscam generalizar o acesso à informação, assegurando a pluralidade de opiniões e a livre manifestação do pensamento, garantidos por princípios constitucionais. No Brasil, enquanto os dispositivos constitucionais sobre liberdade de expressão (artigos 220 a 223) aguardam regulamentação desde 1988, uma nova realidade enfatiza a urgência de se discutir com mais profundidade e serenidade o tema da liberdade de expressão e seus desdobramentos. Com o avanço do acesso à educação e à tecnologia da informação, a sociedade torna-se mais exigente e difícil de ser manipulada por grandes interesses, públicos ou privados. Passa a reivindicar transparência dos governos, das empresas e das organizações não governamentais – o que só será realidade com a imprensa livre. Não será empreitada fácil montar um código da comunicação social que compatibilize interesses e preserve direitos de todos. Tarefa que talvez se torne menos difícil se for transferida do sempre suspeito e polêmico discurso ideológico para o campo do direito, talvez mais árido, mas certamente mais eficaz para dar segurança ao setor e garantir o respeito aos direitos fundamentais da sociedade e do cidadão. Ruy Martins Altenfelder Silva é presidente da Academia Paulista de Letras Jurídicas (APLJ) e do Conselho Diretor do CIEE Nacional.

Estudo inglês diz que órgão reprodutor masculino normal tem 13,12 centímetros. 20 cm é visto como fora do padrão

Segundo um estudo sistematizado que colheu dados de 15.521 homens ao redor do mundo, as medidas para o comprimento, em média são: 9,16cm enquanto flácido; 13,24cm enquanto esticado e 13,12cm ereto; para o perímetro ou circunferência são: 9,31cm flácido e 11, 66cm ereto. Esse mensuração foi feita na face dorsal, desde o osso pubiano, até o orifício uretral externo (local onde sai a urina, na glande).

Existem diversos estudos no mundo inteiro sobre o tamanho e os resultados são muito variados, principalmente por causa do método empregado para mensurar.

Desde as décadas de 80 e 90 foram desenvolvidas técnicas com o intuito de tentar aumenta-lo em comprimento e espessura. Existem variadas formas de cirurgia, com resultados imprecisos ou discutíveis e muitos homens, que estão com o emocional enfraquecido, aceitam o procedimento.

Na tentativa de minimizar problemas associados ao resultado ou às expectativas pessoais, o paciente deve passar por uma avaliação e orientação de um psicólogo.

Dora Kramer anuncia que não vai mais escrever coluna no Estadão

A jornalista Dora Kramer anunciou, no Facebook, que não vai mais assinar sua coluna política no jornal “O Estado de S. Paulo”. A íntegra de seu post: “Aos leitores, amigos e afins: não há razão para maiores preocupações, inquietações e muito menos especulações a respeito de minha licença temporária. Não vou discutir o assunto, apenas dar uma satisfação a título de retribuição à atenção que sempre recebi. Depois de 41 anos de carreira e 20 de coluna (a serem completados em agosto próximo) a vida avisou que era hora de suspender os trabalhos a fim de que o prosseguir seja mais produtivo que a permanência. Com a confiança de que o capital acumulado faz com que o melhor esteja por vir. Abraço a todos e até a volta. Dora”. Dora Kramer não deu informações detalhadas sobre o motivo da saída. (Foto do site Comunique-se)

Lista dos brasileiros que têm conta na Suíça e são investigados pela Receita Federal

[Lírio Albino Parisotto: sem irregularidade] Uma lista com o nome de 106 mil pessoas que têm contas no banco HSBC na Suíça vazou recentemente. Segundo reportagem da revista “Época” — “A lista dos milhões” —, “os 8.667 brasileiros” citados “na lista tinham depósitos de cerca de 7 bilhões de dólares em 2006 e 2007”. A revista conseguiu o nome de 342 correntistas brasileiras que têm contas na unidade suíça do HSBC. A Receita Federal está investigando 15 deles. São os citados no caso SwissLeaks. Detalhe: a maioria dos mencionados nega que tenha contas na Suíça. A fonte das informações da Receita Federal, no Brasil, é o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O texto de “Época” é assinado por Thiago Bronzatto, com reportagem de Filipe Coutinho e Flávia Tavares. A lista dos 15 investigados 1 — Arnaldo José Cavalcanti Marques — Pecuarista. O Coaf frisa que teria enviado “recursos a um suspeito com o tráfico de drogas”. Sua versão: admite ter conta no HSBC do Uruguai, mas não na Suíça. Garante que não fez transação com pessoas envolvidas com drogas. 2 — Conceição Aparecida Paciulli Abrahão — Dona de casa. Polícia Federal sugere envolvimento em crimes contra a Lei de Licitações. Sua versão: O marido não quis responder à indagações da “Época”. 3 — Dario Messer — Doleiro. A Polícia Federal o investigou por meio da Operação Sexta-Feira 13. Denunciado por formação de quadrilha, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. A CPI dos Bingos o apontou como “operador do PT”. Sua versão: o advogado Moacyr Dutra frisa que seu cliente não tem conta na Suíça e que o dinheiro movimentado por ele é de origem legal. 4 — Elie Hamoui — Empresário do ramo alimentício. Mandou 11 mil reais para a conta bancária de uma pessoa investigada pela Polícia Federal sob suspeita de lavagem de dinheiro. Sua versão: garante que não tem contas na Suíça e sublinha que não se pessoas que fizeram alguma transação com ele é investigada pela PF. 5 — Generoso Martins das Neves — Empresário. Administrador da empresa de ônibus Braso Lisboa. Numa conjunta com parentes, tinha 3,3 milhões de dólares na Suíça, entre 2006 e 2007. Sua versão: não tem conta no HSBC. 6 — Jacks Rabinovich — Empresário. Tem participações nos grupos Vicunha e Fibra. O Coaf aponta que fez “uma operação de seguros atípica”. Não apresentou sua versão À “Época”. 7 — Jacob Barata — Empresário. Dirigente do grupo Guanabara. Rei do Transporte do Rio de Janeiro. O Coaf aponta que é citado em relatórios da Polícia Federal e na Justiça do Rio de Janeiro por suposta lavagem de dinheiro. Sua versão: alega que não tem conta na Suíça e que não foi notificado nem pela PF nem pela Justiça. Garante que não tem pendência junto à Receita Federal e tampouco teria sido investigado pelo Coaf. 8 — Jean Marc Schwartzenberg Consultor de mídia e responsável por venda de vídeos da agências de notícias France Press. Seu nome aparece no Coaf e teria conta na Suíça. Sua versão: Ele sustenta que não remeteu dinheiro ao HSBC da Suíça. 9 — José Roberto Cury — Engenheiro, fundador da Tricury Construções e Participações. O Coaf enviou informações sobre movimentação bancária que tem a ver com conta no exterior. Sua versão: diz que nada sabe sobre as investigações SwissLeaks.   10 — Lirio Albino Parisotto — Empresário, diretor-presidente da Videolar, investidor da Eternit e da Usiminas. A área de Inteligência da Receita Federal o mencionou como tendo contas na Suíça. Sua versão: admite ter conta na Suíça, mas que o saldo “é declarado e compatível com sua receita”. Constavam 45,8 milhões na sua conta suíça. 11 — Luiz Carlos Nalin Reis — Arquiteto, ex-secretário de Planejamento do Acre O Coaf garante que fez “uma operação de seguros atípica”.  Sua versão: não atendeu a revista “Época”. 12 — Mário Manela — Empresário. Investigado pela Polícia Federal por evasão de divisas, com apoio de doleiros. Estaria envolvido em “irregularidades praticadas pelas empresas Barenboim e MBrasil Empreendimentos”. Sua versão: sustenta que não teve nem tem conta na Suíça. 13 — Renato Plass — Administrador. O Coaf diz que seu nome é mencionado como tendo relações com uma empresa que cometeu crimes fiscais e teria usado “laranjas”. Suas movimentações financeiras são investigadas. Sua versão: não atendeu aos repórteres da revista “Época”. 14 — Ricardo Steinbruch — Diretor-presidente da CSN e do Grupo Vicunha. O Coaf sugere que “fez operações de grande valor, mas ‘em tese’, compatíveis com sua situação financeira”. Sua versão: “A família Steinbruch declara que todos os ativos no exterior pertencentes a essa família têm finalidade lícitas e estão de acordo com a lei. Quanto às menções a pessoas de sobrenome Steinbruch constantes de dados que foram roubados do banco HSBC e manipulados, reiteramos que não correspondem à verdade e, por sua origem criminosa, não merecem comentários”. 15 — Samuel Chadrycki — Empresário e advogado. O Coaf informou que “as comunicações sobre ele são relacionadas a seguros, e os valores movimentados são, ‘em tese’, compatíveis com sua capacidade financeira”. Sua versão: a “Época” não conseguiu contato com o empresário.

Prêmio Nobel da Paz é denunciado por assédio sexual e renuncia a cargo na ONU

E há a suspeita-se que Rajendra Pachauri tenha inflado dados sobre o aquecimento global

Jornalista Malu Gaspar escreve O Capital no Século 21 no Brasil segundo São Eike Batista

Livro prova, com riqueza de detalhes, que, mesmo antes de produzir já vendia ações no mercado financeiro, Eike Batista, criador do Grupo X, havia se tornado o sétimo maior bilionário do mundo

Philip Roth foi namorado da mulher do presidente John Kennedy, a elegante Jackie Kennedy

Jackie Kennedy: a ex-primeira-dama conquistou Philip Roth e o deixou atrapalhad

Philip Roth está escrevendo (ensaios) e diz que “Enquanto Agonizo” é o grande romance de Faulkner

O autor de “O Complexo de Portnoy” elogia Hemingway, frisa que “Absalão, Absalão!” é um romance poderoso e fala das grandes frases de Dostoiévski e Joyce

Doutor pela Sorbonne mostra como a imprensa apoiou a ditadura e criou imagem positiva para militares

9093662Doutor em sociologia pela Sorbonne, o gaúcho Juremir Machado da Silva é um intelectual que escreve muito e bem. Já publicou livros sobre Getúlio Vargas e João Goulart, sempre polêmico e acrescentando ideias que vale a pena serem examinadas, para além da bibliografia. Seu livro “1964 — Golpe Midiático-Civil-Militar” (Sulina, 159 páginas), apesar da discurseira típica de acadêmicos, é muito bom. O autor mostra, de maneira documentada, como a imprensa contribuiu para o golpe de 1964. Não só isso. Ajudou a formular a tese, que contribuiu para convencer as classes médias e as massas a aceitarem a queda do presidente João “Jango” Goulart, de que o perigo comunista era evidente. Não era. Não havia perigo comunista. De fato, parte da esquerda não tinha um projeto democrático — e também planejava implantar uma ditadura —, mas não tinha força política para se tornar hegemônica. Jango não era comunista, no máximo era nacionalista. A imprensa patropi, quando a ditadura estava em seus estertores, começou a reconstruir sua história. O “Estadão”, por exemplo, passou a lembrar que havia sido censurado e que colocava receitas de bolo nos espaços censurados. Mas não menciona que apoiou a ditadura com entusiasmo. Octávio Frias Oliveira e seus jornais apoiaram os governos militares, notadamente os mais duros, mas depois a “Folha de S. Paulo” passou a recordar, de maneira mais acentuada, que havia apoiado a campanha das Diretas Já. Apoiou mesmo — assim como deu sua contribuição para fortalecer a ditadura. O jornal dirigido por Otavio Frias Filho precisa “aceitar” as duas partes de sua história. Juremir Machado aponta, de maneira sólida e enfática, como a imprensa ajudou a bancar a ditadura e a construir uma imagem modernizadora para os governos militares. Depois, quando caiu, a ditadura passou a ser só “dos” militares — daí o uso de “ditadura militar”, quando é mais apropriado, com sugere o historiador Daniel Aarão Reis Filho, escrever ditadura civil-militar. Os militares não deram à luz sozinhos à ditadura que perdurou de 1964 a 1985. Civis, como donos de jornais, políticos e empresários, também devem ser considerados pais da Geni que, além de fardas, usava ternos bem cortados.

Silvia Pilz é vítima do politicamente correto, que bane a crítica, não necessariamente o preconceito

Preconceito não acabará por ser banido das páginas dos jornais. No Brasil, a burrice merece estátua e a inteligência, o cemitério

Não dá para esconder imagens de jornalistas sendo decapitados pelo terrorismo do Estado Islâmico

[caption id="attachment_29591" align="alignleft" width="620"]Piloto jordaniano queimado por terroristas do Estado Islâmico Piloto jordaniano queimado por terroristas do Estado Islâmico[/caption] A jornalista Dorrit Harazim, secundando outros autores, escreveu, em “O Globo”, artigo no qual condena a divulgação das imagens de jornalistas (e quaisquer outras pessoas) sendo decapitados (ou, no caso piloto jordaniano, queimado) pelos terroristas do Estado Islâmico. Seu argumento: a divulgação é tudo aquilo que os líderes do Estado Islâmico querem. Ao assustar indivíduos de todo o mundo, sugerindo que é incontrolável e que os estadistas das grandes potências devem subordinar-se às suas propostas, o Estado Islâmico planeja provar que tem poder e não hesita. Para expor o que quer, conta com a anuência da mídia internacional, que exibe as imagens das mortes parcial ou integralmente. Se o Estado Islâmico quer isto mesmo, que as cenas sejam exibidas em todos os países, então é mais inteligente não divulgá-las? Não divulgá-las muda o quê mesmo? Não muda nada. Se os grandes jornais e redes de televisão deixarem de mostrá-las — com o objetivo de não chocar e de não contribuir para fortalecer os terroristas —, o Estado Islâmico não deixará de cometer os crimes. Porque conta com um fenômeno que mesmo jornalistas ainda não conseguem dimensionar de maneira precisa — a internet. “Retirar” as imagens das grandes redes e publicações não significa que não serão mostradas, vistas e comentadas, por milhões de pessoas, inclusive jornalistas. Cabe a cada publicação e rede de televisão mostrar as cenas ou não. Eu, por exemplo, não aprecio vê-las. Mas defendo a divulgação integral e quem não quiser ver, por um motivo ou não, que não veja. As cenas brutais, uma volta à barbárie, colocam o mundo, cada vez mais, contra os terroristas e, erradamente, contra os árabes em geral. Exibi-las, por sinal, reforça a ideia de que uma intervenção transnacional — e não apenas norte-americana — é vital no Iraque e outros países.