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Servidores da ABC se unem para vencer estigma e limitações de condições de trabalho

A estabilidade por meio de concurso público fez bem aos jornalistas da Agência Brasil Central (ABC), que sucede a extinta Agência Goiana de Comunicação (Agecom). Querem melhorar suas condições de trabalho — o que impactará depois em melhores condições de audiência para a emissora estatal. Ao mesmo tempo, ganharam a possibilidade de lutar por um jornalismo que fuja à pecha de “chapa branca” que o canal sempre teve. Pela mudança, organizam reuniões periódicas que estão se tornando praxe. O principal motivo das últimas, conta uma jornalista, é a falta de condições de trabalho. “Estamos trabalhando à beira do caos”, resume. Na semana passada, ela revelou, não havia rede para interligar os computadores na Rádio Brasil Central. “Isso significa que não compartilhamos ne­nhum conteúdo. Para fazer o jornal, por exemplo, temos de colocar as matérias num pen drive e carregar para o estúdio. Já houve dia em que todo o material produzido foi para o espaço.” Algo que, além de trabalhoso, nem sempre funciona — o pen drive pode, por exemplo, travar e causar pane ao vivo. “Even­tual­mente cai a internet e também ficamos sem impressora. O mesmo se repete na TV”. O saldo das reuniões, até o momento, é um documento que será encaminhado à presidência da ABC.

“Inovador”, O Popular põe artigo em Pernambuco

O futebol emociona as pessoas. Mas não deveria contagiar os profissionais da informação. Na segunda-feira, 20, a capa do “Pop” estampou a chamada, aqui reproduzida: “Com gol de falta no melhor estilo de Ronaldinho Gaúcho, Tigre venceu o Salgueiro e ocupa a vice-liderança do grupo.” A comparação a R10 — um talentoso ex-jogador, que agora aproveita o capital do passado para ganhar uma grana a mais, desta vez do perdulário Flu­minense — é o de menos. O título da chamada é que foi a verdadeira pisada na bola: “Vila Nova vence no Pernambuco”. Colocar o artigo para se referir ao Estado de origem de Gilberto Freyre e Nelson Rodrigues é algo possível somente na linguagem coloquial — e, mesmo assim, não é algo tão comum dizer “no Pernambuco” como se usa “nas Alagoas” ou “nas Minas Gerais”, ou mesmo “no Goiás”.

Cileide Alves perde poder na redação do Pop

A editora-chefe de “O Popular” está com férias esticadas e, segundo uma versão, também em missão para colher subsídios para o incremento do jornal. Algumas pessoas da redação apostam que a coisa é mais profunda: Cileide Alves estaria sendo fritada. “Isso aqui (a redação do Pop) está na mão do povo de São Paulo e do Rio Grande do Sul”, disse um jornalista. Questionado — para checar se era realmente isso que queria dizer — se a editora teria passado a ser como a “rainha da Inglaterra” (tem cargo, mas não tem poder), o repórter confirmou: “Fatíssimo.”

No pódio do Pan, medalha vira detalhe: a polêmica sobre a continência dos atletas

Discussão mostra que, 30 anos depois, parte do Brasil ainda não superou trauma da ditadura e faz ligação automática entre militarismo e repressão

O cãozinho magro do pet shop de Goiânia: como o “jornalismo de Facebook” pode destruir reputações

Mesmo com apuração posterior do quadro real de um boato, a velocidade de propagação da notícia falsa e prejudicial é muito maior do que a da publicação de qualquer correção

O dia em o que petista Otoni proclamou o fim do governo Dilma no “Pop”. Só que não

2089 - Imprensa (Otoni) A sexta-feira, 17, foi bem “animada” entre o deputado Rubens Otoni (PT) e o jornalismo online de “O Popular”. No início da tarde, o diário publicou em seu site: “Único petista da bancada goiana na Câmara, o deputado federal Rubens Otoni diz que, do ponto de vista político, o governo de Dilma Rousseff (PT) já acabou. ‘O caminho é sem volta. Ele [o governo] só subsiste institucionalmente’, afirma.” A reação foi imediata. O deputado negou até que tivesse sido contatado pela reportagem do jornal e usou o Twitter para rebater o texto, com muita veemência, em vários posts: “Reportagem publicada no site do jornal @jornal_opopular com declarações do deputado federal Rubens Otoni (PT) não condiz com a verdade”; “O parlamentar jamais, em nenhum momento, se manifestou contra o governo da presidente da República, Dilma Rousseff (PT)”; “Otoni acredita que Governo Federal (sic) já enfrentou as dificuldades e hoje vive a retomada do crescimento econômico em todos os níveis”; “O deputado tem hoje uma visão totalmente otimista do atual momento vivido no Brasil e entende que a pior fase já passou”; “Quem conhece o trabalho e a trajetória de Otoni sabe que o mesmo jamais diria algo como o relatado pelo O Popular (sic), mas sim o contrário”; “Jornalista de O Popular entrou em contato para admitir o erro, pediu desculpas pela matéria deturpada, confirmou que falou com outro deputado”. Duas horas depois, o “Pop” publicou o que seria a “versão” do parlamentar (“Deputado Rubens Otoni esclarece sua posição”) para depois, no começo da noite, fazer de fato o mea-culpa: “Erramos: Rompimento de Cunha não prejudica governo, diz Otoni — O Popular pede desculpas ao deputado e aos goianos pelo equívoco involuntário.” Ao que um internauta replicou: “Então o jornal publica ‘equívocos’ voluntários?”. Alguns sites locais que fazem sensacionalismo político se aproveitaram da “bomba” para capitalizar visualizações.

Eliane Cantanhêde na torcida contra Dilma?

Nesses tempos de crise política e acirramento dos movimentos da oposição é verdade que alguns governistas exageram quando falam em golpismo. Mas a coluna política de Eliane Cantanhêde tem sido praticamente monotemática no que diz respeito a questionamentos em relação ao futuro da presidente Dilma Rousseff. Pode não ser uma atitude deliberadamente “golpista”, mas a jornalista não esconde a torcida para que algo aconteça. Seu comportamento se assemelha ao de alguns comentaristas esportivos analisando partidas em que seu clube do coração esteja envolvido. Eliane é colunista do “Estadão” e tem seu comentário replicado em Goiás no “Pop”. Também é comentarista política no canal Globonews.

A “erva” da discórdia na capa de “O Hoje”

Vacilo grave na capa da edição da quarta-feira, 15, de “O Hoje”: na chamada para a matéria sobre o desaparecimento da auxiliar de enfermagem Deise Faria (chamada no título de “enfermeira”) depois de uma atividade religiosa, o texto diz que “ela sumiu após participar de um ritual do composto de hervas (sic) conhecido como santo daime”. Talvez o editor, de dieta, estivesse pensando em tomar um shake da Herbalife e tenha acrescentado o “h” à palavra por essa distração.

Menos um jornal de economia em circulação

O segundo maior jornal especializado em economia deixou de existir na forma impressa. Fundado em 2009, o “Brasil Econômico” só perdia em influência para o “Valor Econômico”. A alegação é a mesma que vem afetando meios de comunicação de todo o País: dificuldades financeiras. A publicação é do conglomerado português Ongoing, que também é responsável pelo diário carioca “O Dia”, o tabloide “Meia Hora” e o portal iG. O grupo garante que esses veículos seguirão ritmo normal. A última edição do “Brasil Econômico” circulou na sexta-feira, 18. Com seu fim, 30 profissionais perdem vagas de trabalho.

60% ou 70%

A capa do Pop da quarta-feira, 15, estampou que “Seis entre dez taxistas já aderiram aos aplicados de celular”. Na matéria, entretanto, o olho falava em “70% da frota”. Tudo leva a crer que o editor da página interna se equivocou.

Reação à capa chocante do “Extra” alarma

2088 - Imprensa (capa Extra)Nem sempre precisa ser “Correio Braziliense” para fazer uma capa marcante. A edição da quarta-feira, 8, do jornal “Extra” prova isso. O diário se caracteriza por ter muitas chamadas de capa, sempre com temas populares e popularescos. É o “Daqui” carioca — na verdade, é o contrário. Mas a priorização de um tema (o linchamento de Clei­denilson da Silva, de 29 anos, espancado até a morte amarrado a poste em um bairro de São Luís, no Maranhã) e sua alusão a outra imagem histórica (a de um escravo negro torturado em praça pública preso a um tronco) mostraram uma ponte ímpar e uma denúncia da estrutura do próprio País. Lamentáveis foram os comentários de ódio na página do jornal na internet. “Muito bem, justiça feita com as próprias mãos”; “Imagem forte? Onde? Não vi nada demais”; “Estamos precisando muito aprender com os moradores de São Luís. O Rio de Janeiro precisa de vocês!”; “Parabéns, população de São Luís”; “Leve um desses pra sua casa, então!”. A proporção de acenos favoráveis à execução coletiva do bandido foi muitas vezes superior à da condenação do ato. O Brasil precisa se repensar como sociedade. Não só com relação à violência de fato, mas também a violência no discurso, que ocorre predominantemente nas redes sociais. E os meios de comunicação precisam se reprogramar, literalmente, para não exacerbar, em nome de uma audiência suja de sangue, os ânimos já naturalmente exaltados de uma população acuada que clama por mais segurança.

Biografia de Sebastião Salgado é também uma declaração de amor à vida, ao planeta – e à própria mulher

Não se sabe até onde iria a fantástica trajetória do maior fotojornalista do mundo sem Lélia, com quem ele está há mais de 50 anos. A certeza é de que não teria sido tão longe

O Popular pode pagar caro por buscar o “jornalismo de resultados”

A não ser que queira mesmo uma nova cara — que até o momento não apareceu —, o Grupo Jaime Câmara faz gol contra e compromete o futuro de seu veículo mais emblemático [caption id="attachment_40196" align="alignright" width="620"]Karla Jaime, Robson Macedo, Leandro Resende e Rosângela Chaves: capital profissional de alta qualidade do qual o Pop abre mão. Substituirá à altura? | Fotos: Divulgação Karla Jaime, Robson Macedo, Leandro Resende e Rosângela Chaves: capital profissional de alta qualidade do qual o Pop abre mão. Substituirá à altura? | Fotos: Divulgação[/caption] Os tempos de crise assolam todos os setores da economia. Alguns mais, outros menos, mas todos são afetados. As redações dos jornais não escapam. Mas é preciso ter temperança para superar os momentos difíceis. Não é o que se vê na redação de “O Popular”. Não passa um mês sem que haja importantes defecções no quadro de jornalistas. A demissão de repórteres e editores, bem como a entrada de outros, obviamente é algo da rotina de qualquer trabalho da área. Mas assusta como tem sido intensificada a saída — às vezes sem troca — de profissionais de grande experiência em um período curto. Entre outras baixas (de profissionais da área de suporte, como Manoel de Sousa, da fotografia, e Antônio Baiano, da digitação), contabilizam-se desde o ano passado a saída de jornalistas do nível de Carla Borges, Cristina Cabral, Polly Duarte, Valéria Monteiro, Lídia Borges, Kríscia Fernandes, Patrícia Drum­mond, Thiago Rabelo, Karla Jaime, João Carlos de Faria, Rosângela Magalhães, Rogério Borges, Wan­derley de Faria, Leandro Resende, Robson Macedo, Maurílio Faleiro e Mariosan. É mais do que um time inteiro. E, a não ser que o Pop queira mesmo ter uma nova cara — o que até o momento não apareceu —, o Grupo Jaime Câmara está fazendo gol contra e comprometendo o futuro de seu veículo mais emblemático. Não é nada tão difícil de explicar, e dá para continuar a analogia com o futebol. Imagine um time bem montado, já entrosado há algum tempo. Se a escalação continua basicamente a mesma, é bem provável que haja um padrão de jogo consolidado na equipe. O que gera, de igual modo, uma estabilidade, inclusive no rendimento. De repente, há um desmonte no elenco: saem os principais jogadores, o “onze” titular se decompõe. Como dar sequência ao padrão de jogo? Como remontar um elenco e fazê-lo engrenar em pouco tempo? É o mal que sofrem vários clubes Brasil afora, campeões em um ano, rebaixados no seguinte. A redação do Pop passa por esse momento. É claro que renovar é preciso, mas o fato é que a equipe do jornal já não se reconhece mais — e nem estamos aqui falando do aspecto motivacional. Ainda há quem produza artigos de nível de excelência, como Silvana Bittencourt e Gilberto G. Pereira, e gente veterana de casa capacitada em todas editorias — Sérgio Lessa, Jânio José da Silva, Malu Longo, Rosana Melo, Rute Guedes, Fabiana Pulcineli, Paula Parreira e tantos outros. Mas a renovação intensa e a reposição insuficiente — isso em termos de quantidade, mas também de experiência — precarizam o trabalho e fazem com que o time não saiba “jogar”. Naturalmente, a responsabilidade não recai sobre a editora Cileide Alves. O “enxugamento” é política da empresa, que sempre alega contenção de despesas. Para o jornalismo goiano é uma pena. “O Popular” pode ser contestado em sua linha editorial, às vezes formal e carente de mais análise, mas é o jornal diário de referência do Estado. Precisa ser olhado, sim, por um viés mais institucional, por assim dizer.

Mônica Iozzi puxa a orelha dos fãs “novinhos” do sertanejo

[caption id="attachment_40185" align="alignright" width="620"]Mônica Iozzi: usando MPB  para “educar” fãs do sertanejo Mônica Iozzi: usando MPB para “educar” fãs do sertanejo[/caption] Ex-repórter do CQC e hoje fazendo dupla entrosada com Otaviano Costa no “Vídeo Show”, Mônica Iozzi deu durante a semana duas alfinetadas na juventude que curte o estilo sertanejo universitário. E usando duas datas emblemáticas: os 25 anos da morte de Cazuza (terça-feira, 7) e os 35 anos da morte de Vinicius de Moraes (quinta-feira, 9). Em ambas, aconselhou o “pessoal mais novinho” a trocar seu estilo para ouvir “um pouquinho mais” dos grandes nomes da MPB. Não custa tentar. Mas, se quisesse não passar qualquer suspeita de preconceito nem mexer com a ira — absurda, é verdade — de fãs do estilo, claramente condoídos com a morte do goiano Cristiano Araújo, poderia ela ter citado Almir Sater, Renato Teixeira, Tião Carreiro & Pardinho ou qualquer outro ícone da música sertaneja clássica. Como falou, soou como se colocasse a MPB em um nível acima. Há gente boa em ambos os estilos — embora a sigla MPB (de “música popular brasileira”) devesse representar muito mais do que um gueto do Eixo Rio–São Paulo que canta bossa nova, samba e pop-rock.

Trocando PMDB por PT

Na edição 2087 do Jornal Opção, na matéria “PMDB: o pior aliado político”, de Frederico Vitor, o presidente da Comurg, Ormando Pires, apareceu como um dos nomes peemedebistas no primeiro escalão da Prefeitura de Goiânia. Na verdade, Ormando é ligado ao PT.