Faltou Dizer

Muitos que perderam o sono na semana passada por incertezas de estruturas partidárias para as pré-candidaturas seguem com receios de “sobrevidas” até as convenções

O bilionário com 'banca de fanfarrão', Elon Musk fez declarações carregadas de hipocrisia contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e contra o ministro Alexandre de Moraes no último final de semana. As declarações ameaçando reativar perfis bloqueados pela Justiça da rede social X (antigo Twitter) resultaram na inclusão dele como investigado no inquérito das milícias digitais.
Musk ainda retrucou as reações incitando o parlamento brasileiro a combater o que chamou de "poder de um ditador brutal" de Moraes. O dono da rede social deve saber que o Brasil não é os Estados Unidos e fica claro que ele também não conhece o Brasil.
Ao criticar decisões da Justiça brasileira, o bilionário, que brinca de seu 'deus', sabe que não tem muito a perder no Brasil. Ele coloca o argumento da liberdade como primário, mas nunca se viu ele criticando o regime comunista chinês.
Por outro lado, não podemos esquecer que ele é o dono da Tesla que fabrica carros elétricos. A maior montadora da marca fora dos Estados Unidos fica na China e ele nunca abriu a boca para criticar o regime chinês, que proíbe o uso da rede social X no país. Ele não se atreveria.
Outro regime ditatorial que Elon Musk não se atreve a atacar é a Arábia Saudita. O bilionário recebe muitos investimentos do país no X. O país chega a condenar pessoas a mais de 10 anos por posts que criticam o governo de Mohammad bin Salman.
Apenas esses dois fatos mostram o quanto o bilionário é hipócrita, que critica por criticar e que desconhece profundamente o mundo que ele vive. O maior empreendedor do mundo também é o homem mais babaca do mundo.
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Autor: Dock Jr. (Editor do Jornal Opção Tocantins)
Qual "jovem" de sessenta, cinquenta ou quarenta anos tem não mantém vivo na saudosa memória, o personagem “Menino Maluquinho”? Um dos personagens mais emblemáticos criados pelo cartunista Ziraldo, ficou conhecido por suas características únicas e por representar a infância de uma maneira divertida e cativante. Inventor de jogos e aventuras, usando sua imaginação para transformar situações cotidianas em algo extraordinário, o personagem era icônico, solidário, travesso e desafiava as convenções e as regras pré-estabelecidas.
Mesmo diante de desafios e contratempos, o “Menino Maluquinho” sempre mantinha atitude otimista e disposição para enfrentar qualquer obstáculo que surgisse em seu caminho. Publicado pela primeira vez em 1980, foi considerado um dos maiores fenômenos do mercado editorial brasileiro de todos os tempos. A resiliência do personagem é inspiradora e reflete a mensagem positiva transmitida por Ziraldo Alves Pinto, através de suas histórias.
O festejado autor brasileiro faleceu, infelizmente, por causas naturais, aos 91 anos, no sábado, 07/04/2024, em sua residência localizada na cidade do Rio de Janeiro. O renomado cartunista, desenhista, escritor e jornalista, nasceu em 24/10/1932 em Caratinga (MG), e se destacou por suas contribuições significativas para a cultura brasileira. Leitor assíduo desde a infância, teve seu primeiro desenho publicado quando contava com apenas seis anos de idade, em 1939, no jornal “A Folha de Minas”. Destacou-se por trabalhar também no “Jornal do Brasil”, assim como periódico “O Cruzeiro”, publicando charges políticas e cartuns. São dessa época os personagens “Jeremias – o Bom”, “Supermãe” e “Mineirinho”, como também, a revista em quadrinhos a “Turma do Pererê”.
A carreira de Ziraldo entrou em outro estágio a partir de 1969, quando fundou –juntamente com outros humoristas – o jornal semanal “O Pasquim”. Demonstrando coragem e determinação, as edições continham textos ácidos, ilustrações debochadas e personagens inesquecíveis, como o “Graúna”, “os Fradins” ou “Ubaldo – o paranoico”, numa luta incansável pela democracia. Paralelamente, ele e seus parceiros, dentre outros colaboradores do jornal, como Millôr, Henfil, Jaguar, Tarso de Castro, Sérgio Cabral, Ivan Lessa, Sérgio Augusto e Paulo Francis, sofriam com a censura imposta pelo regime militar.
O fato concreto é que seus desenhos e histórias capturaram a imaginação de gerações de leitores, e sua influência se estendeu para além da literatura infantil, alcançando também o jornalismo e a crítica social. A confirmação da morte do cartunista, deixa uma lacuna e uma perda significativa para a história literária do Brasil. Ziraldo foi embora mas o legado vivo e duradouro – através de suas obras e contribuições ímpares – vão continuar por aqui para sempre.

Sandro Mabel subiu ao palanque pela primeira vez, nesta quinta-feira, 4, desde que se afastou do comando da Federação da Indústria e Comércio (Fieg). Ainda enferrujado, mas sem esquecer dos tempos de tribuna. Do fazer política ele já se mostrou aquecido, articulando nacionalmente com seus contatos do tempo de Congresso Nacional, ao passo que entrou em campo a estratégia de aglutinar forças locais já em pré-campanha.
A articulação do joelho de Sandro foi costurada por Ronaldo Caiado e o governador tá em forma depois de duas vitórias na casa do Palácio das Esmeraldas. Emedebistas respeitaram a força política dele na Capital e cedeu espaço.
Goiânia é hoje uma cidade moderna, com atrações políticas renovadas com o meio virtual. Mas os eventos corpo a corpo nunca foram problemas de Mabel, e fazer festas políticas também não serão obstáculos depois que Caiado tocar a bola pra o empresário.
Vi um Sandro mais animado, que sentiu o calor da gente do grupo que tem conquistado as vitórias na Capital, mas sabe que não terá vida fácil. Tem sim ao seu lado o governador que ganhou em Goiânia no segundo turno com uma avaliação positiva e um partido com estrutura de gente e recurso para campanha.
No discurso firme de Caiado, a máxima foi: "intrigas superadas", abraçando ideias plurais e ouvindo vozes divergentes. Foi paparicado na entrada e na saída, outro sinal da pacificação do grupo dos deputados.
O povo de Aparecida fez barulho em pleno setor Bueno. Ficaram animados com apoio do governador e a garantia de disputa pela base. Vilmar sabe que vai precisar agitar a bandeira de Mabel que sempre teve voto na cidade.
Foi montado um cinturão de campanha nas principais cidades da Região Metropolitana. Um mesmo adesivo, para facilitar. Com um segundo turno, citado por Caiado, para alcançar. Fernando Pellozo em Senador Canedo, Sandro Mabel, Vilmar Mariano e Carlão da Fox, de Goianira, que filiou-se também na noite desta quinta-feira, 4.
Senti falta do prefeito de Trindade, que não deu as caras em provável respeito ao preterido Jânio Darrot que não deu tração em Goiânia.

Apesar de múltiplas denúncias, o pastor ainda não teve uma condenação. Robinho demorou quatro anos para ser condenado e ainda saiu da Itália, onde tramitava o processo. E Daniel Alves foi solto após pagar fiança. Onde está a justiça para as vítimas?

Chefe do Executivo estadual tem conseguido aglutinar nomes para seu partido nas principais cidades

No Brasil tudo tem preço. O noticiário e o cotidiano provam que a cidadania não foge a essa regra. O caso do playboy Fernando Sastre Filho (não vou citá-lo como empresário, porque herança não é atividade laboral, tampouco empreendedora), que atropelou e matou o motorista de aplicativo Ornaldo Viana no domingo de Páscoa, em São Paulo, é o exemplo mais recente do abismo civilizatório que o Brasil não consegue se desvencilhar.
Era para ser mais um caso comum: um veículo, em alta velocidade, atinge outro veículo, ou atropela pedestres, ou “voa” sobre o canteiro central, etc. Vimos isso no caso do Thor Batista, filho do Eike, vimos também no caso em motorista do carro blindado que atropelou um policial, em janeiro deste ano, se recusou a sair do veículo e alegou que estava sendo seguido. Em todos os casos, esses cidadãos de bem foram cordialmente tratados, como se fossem vítimas, e não algozes. Para não ficar tão distante, há também o caso daquele que motorista que matou duas pessoas na T-63 e o MPGO só mudou o entendimento sobre punição (queriam que fosse mais branda) após repercussão negativa da sociedade.
O caso citado aqui, do Fernando Sastre Filho, inaugura um novo protocolo policial: a licença para fugir do flagrante. Afinal, um suposto ferimento leve na boca é mais que suficiente para tanto. Depois passa lá na delegacia para tomar um café e tudo está resolvido. A Justiça de São Paulo alegou que não há indícios que justifiquem a decretação de prisão preventiva do jovem de 24 anos.
Lembro-me de uma aula em que discutíamos a cidadania como um bem de consumo. Quem pode adquirir, que faça bom proveito. Quem não pode, que aguente a mão pesada do Estado, que suporte, sozinho, as injustiças que hão de recair sobre sua vida. O caso de Fernando Sastre e sua porsche milionária nos faz lembrar de uma categoria que vai além: a que define e aplica seu próprio conceito de justiça e cidadania, o que quase sempre dá certo.
As imagens e a pressão popular podem fazer frente ao poder econômico e trazer um pouco de justiça para a família de Ornaldo Viana. Mas isso será apenas um caso isolado em mais um dos problemas estruturais da nossa sociedade. A impunidade também tem preço e seu benefício é privado, mas o custo é coletivo.

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A última semana foi marcada por uma intensa agenda do presidente francês Emmanuel Macron no Brasil. Em três dias em terras tropicais, Macron esteve em Belém, no Pará; Rio de Janeiro; São Paulo e, por fim, em Brasília, no Palácio do Planalto, onde participou de uma reunião bilateral com o presidente Lula da Silva para a assinatura de diversos acordos.
Aliás, acordos firmados não faltaram nessa visita: 21 no total, incluindo uma declaração de Intenções Relativa ao Reforço da Cooperação na Luta contra o Garimpo Ilegal, uma carta de Intenções sobre a Cooperação em Saúde e um memorando de Entendimento sobre Modernização da Gestão Pública.
O clima amistoso entre Macron e Lula foi tão visível que rendeu até memes, comparando-os a um casal de cinema. O francês chegou a compartilhar um deles: um pôster do filme La La Land que mostra os dois líderes de mãos dadas. Na legenda do post, Macron escreveu: "Algumas pessoas compararam as imagens da minha visita ao Brasil com as de um casamento, e eu digo a elas: foi um casamento! A França ama o Brasil e o Brasil ama a França!".
A agenda de Macron no Brasil e as dezenas de acordos firmados não poderiam oferecer melhor debate para a imprensa. Aliás, há inúmeros pontos a serem esmiuçados: como ficou nossa relação com o país europeu após essa visita? Qual será o efeito prático em curto, médio e longo prazo dos acordos fechados? Quais serão as contrapartidas? Enfim, os questionamentos os quais cabem à imprensa levantar são vários, mas foi outra questão que ganhou destaque em alguns sites.
Na última sexta-feira, 29, em matéria não assinada, o site Poder360, por exemplo, publicou o seguinte: "#LulaCorno: hashtag viraliza após fotos de Janja e Macron". Nela, o veículo jornalístico diz que a hashtag em questão ficou entre os assuntos mais comentados do X (antigo Twitter) em decorrência de uma imagem em que o presidente francês, durante a entrega de uma condecoração à primeira-dama Janja, a cumprimenta com dois beijos no rosto, um em cada lado da face.
Veja bem: o destaque não foi pela condecoração - a Ordem Nacional da Legião de Honra no grau de oficial, a mais alta honraria francesa -, mas sim o cumprimento. Os beijos na face são diplomáticos e tradicionais de Macron para todas as primeiras-damas as quais encontra (vide foto abaixo), mas parece ter ofuscado, para o site mencionado e para opositores do atual governo brasileiro, os lugares visitados e as alianças feitas.

Uma página intitulada "BolsonaristasPresente", no X, por exemplo, compartilhou a imagem com a seguinte legenda: "Após fotos da Lua-de-mel na venda da Amazônia, a canja [sic] botou na bandeja e esfregou na cara". Já outro, com o nome de Mr. Silva, disse: "Lá vai ele, com a cabeça infeitada, sem saber que sua amada, lhe traiu com o macron kkkk", sic, sic e mais sic.
Sim, eu sei. É de estarrecer. Mas o show de misoginia não é novidade. Em 2019, durante uma crise diplomática com Macron, o ex-presidente Jair Bolsonaro reagiu a uma foto compartilhada por um internauta na qual a primeira-dama francesa era alvo de zombaria. A imagem mostrava uma montagem com Brigitte Macron e Michelle Bolsonaro, ex-primeira brasileira, com a legenda: "Entende agora por que Macron persegue Bolsonaro?". Bolsonaro respondeu na publicação "Não humilha, cara kkkk". O comentário foi apagado logo depois, mas como sabemos, o print é eterno.
Pelo exposto, conseguimos concluir que atacar primeiras-damas é uma saída fácil em situações nas quais não existe argumento ou capacidade cognitiva para tecer uma crítica válida. A lógica do raciocínio é mais ou menos semelhante à do estudante do 5º ano que escreve um palavrão na lousa e morre de rir disso: tem origem na vontade de ofender, de chocar, mas sendo limitado intelectualmente, o máximo que sai é isso. Um palavrão. Uma ofensa infantil.
Tomo a liberdade de encerrar este artigo com a lista de acordos firmados entre Brasil e França cuja abordagem e debate poderiam ter ocupado as linhas usadas por que aqueles que se empenharam a destacar a hashtag "#LulaCorno" por causa do cumprimento de Macron a Janja.
1) Novo Plano de Ação da Parceria Estratégica Brasil-França
2) Termo Aditivo ao Acordo de Cooperação Jurídica Internacional em Matéria Penal
3) Declaração de Intenções sobre a Retomada do Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade Amazônica
4) Carta de Intenções sobre a Cooperação entre o Parque Amazônico da Guiana e o Parque das Montanhas do Tumucumaque
5) Declaração de Intenções Relativa ao Reforço da Cooperação na Luta contra o Garimpo Ilegal
6) Declaração de Intenções sobre Diálogo para Transição e Segurança Energética e Minerais Estratégicos (DTSEM)
7) Declaração de Intenções sobre Matérias Primas Críticas
8) Memorando de Entendimento sobre Modernização da Gestão Pública
9) Declaração de Intenções em Matéria de Proteção e Defesa Civil
10) Memorando de Entendimento para a Cooperação em Projetos de Desenvolvimento Sustentável Regional
11) Memorando de Entendimento com o Ministério das Cidades
12) Carta de Intenções sobre a Cooperação em Saúde
13) Declaração de Intenção Destinada a Reforçar a Cooperação Franco-Brasileira a Fim de Garantir a Integridade do Espaço Informativo
14) Declaração de Intenções no Domínio da Formação de Profissionais de Educação Básica e da Promoção do Plurilinguismo
15) Carta de Intenções sobre a Cooperação Esportiva
16) Acordo de Segurança Relativo à Troca de Informações Classificadas e Protegidas
17) Memorando de Entendimento sobre Financiamento ao Desenvolvimento, Clima e Gênero
18) Protocolo de Intenções entre o BNDES e a AFD
19) Memorando de Entendimento para Cooperação Técnica EMBRAPA-CIRAD
20) Memorando de Entendimento para Cooperação Técnica EMBRAPA-IRD
21) Protocolo de de Intenções entre o Banco da Amazônia (BASA) e a AFD.

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