Bastidores

Um deputado diz que o PMDB de Goiânia é a Joelma da política.
“Brigado com Chimbinha, quer dizer, com o PT, o PMDB decidiu lavar a roupa suja do casal em público, o que não é bom para os dois litigiosos.”
Há conserto para a relação? Parece que não.
Joelma-PMDB e Chimbinha-PT terão de procurar novos parceiros. O PMDB quer encontrar uma amante no DEM. Já o PT ainda não sabe onde procurar uma nova amante. Talvez esteja no PC do B. Até no PSDB?

[caption id="attachment_48403" align="alignleft" width="620"] Paulo Garcia: começa a se firmar a imagem de um gestor que interfere na cidade de Goiânia | Foto: Divulgação[/caption]
Os indivíduos demoram a mudar de posição depois que uma ideia é cristalizada, por isso as pesquisas não capturam de imediato a recuperação de um político e de um gestor. No início de 2014, as pessoas comentavam nas ruas que o governador Marconi Perillo havia melhorado sua gestão, que estava mais preocupado em trabalhar do que em fazer política, mas as pesquisas demoraram a captar a sutileza das ruas. Porque são falhas? Não. Porque as pessoas, mesmo quando mudam de ideia a respeito de um gestor público, não o dizem de imediato. Deixam a ideia maturar, começam a observá-lo com atenção e, em seguida, vão apresentando outra opinião. Vão nuançando-a. É o que está acontecendo com o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT. Nas rodas de indivíduos independentes, que não acompanham política de maneira profissional, começa a se dizer que o petista melhorou sua administração, que é possível notar suas “mãos” na cidade, com obras de porte. As pesquisas começam a captar isto, mas lentamente.

[caption id="attachment_32412" align="alignleft" width="620"] Foto: Facebook/Jovair Arantes[/caption]
O deputado federal Jovair Arantes (PTB) é um dos principais articuladores do Congresso e praticamente não tem arestas (aparou as mais graves com Cristiane Brasil, presidente de seu partido). Assim, com a possível queda do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que os colegas chamam de o Suíço, o parlamentar goiano está cotadíssimo para assumir o mandato-tampão de presidente. Ele tem o apoio de políticos de vários partidos (do PT e até do PMDB).

[caption id="attachment_43313" align="alignleft" width="620"] Deputado estadual Santana Gomes | Foto: Y. Maeda[/caption]
O governador de Goiás, Marconi Perillo, está cada vez mais tolerante com seus críticos, mas cobra ao menos respeito. Oposicionistas moderados sublinham que pelo menos um deputado está exagerando nas críticas ao tucano-chefe. Porém, o que mais incomoda o chefe do Executivo é a omissão da maioria dos deputados ditos “aliados” na Assembleia Legislativa. Eles ouvem os ataques — o termo apropriado — e nada fazem. Há uma exceção, Santana Gomes, que não teme ninguém e faz a defesa de Marconi.
Santana Gomes comporta-se de maneira inteiramente leal ao tucano. Não teme populismos e ameaças. Faz uma defesa eventualmente técnica, mas, se o nível do adversário abaixa, reage na mesma moeda.

[caption id="attachment_37450" align="alignleft" width="620"] Foto: Fernando Leite / Jornal Opção[/caption]
Aos que estão rifando antes da hora o pré-candidato do PSDB a prefeito de Goiânia, Jayme Rincón, um alerta: na semana passada, todos que conversaram com ele sobre política, sobretudo sobre a sucessão na capital, contam que o encontraram animadíssimo.
Jayme Rincón é o tipo de político tão incansável quanto o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB. Os que o avaliam apenas como técnico não têm a mínima ideia de como entende de política e é um articulador de rara habilidade. Na campanha do tucano-chefe, em 2014, atuou também como operador político, sempre apontado como dos melhores.
O PSD deve bancar a candidatura do médico Luiz Alberto para prefeito de Nerópolis. Trata-se de um médico respeitado no município. Resta saber se vai conseguir costurar uma aliança ampla e transformar prestígio em voto.
Há quem avalie que a chapa ideal em Nerópolis terá o médico Luiz Alberto para prefeito e o jovem Rodrigo Zani, líder do PSDB, na vice. Seria a experiência somada à renovação. Luiz Alberto e Rodrigo Zani — curiosamente, o nome deles têm 11 letras; Luiz e Zani têm quatro letras e Alberto e Rodrigo têm sete letras — são políticos decentes e, se eleitos, podem contribuir para que Nerópolis volte a ser uma cidade bem administrada. Hoje, segundo a população, o município está abandonado e pede socorro. É provável que nunca mais, nem a título de experiência, o eleitor vote em quem, como Fabiano Saneago, tenha “currículo zero”.
Há quem avalie que a chapa ideal em Nerópolis terá o médico Luiz Alberto para prefeito e o jovem Rodrigo Zani, líder do PSDB, na vice. Seria a experiência somada à renovação. Luiz Alberto e Rodrigo Zani — curiosamente, o nome deles têm 11 letras; Luiz e Zani têm quatro letras e Alberto e Rodrigo têm sete letras — são políticos decentes e, se eleitos, podem contribuir para que Nerópolis volte a ser uma cidade bem administrada. Hoje, segundo a população, o município está abandonado e pede socorro. É provável que nunca mais, nem a título de experiência, o eleitor vote em quem, como Fabiano Saneago, tenha “currículo zero”.
Pesquisas mostram que, mesmo correndo por fora, devido a problemas judiciais gerados por sua administração — antes de Fabiano da Saneago —, Gil Tavares é, no momento, o favorito para prefeito de Nerópolis.
Em conversas com aliados, Iris Rezende mostra-se preocupado com a ascensão do deputado Waldir Soares na escalada para a disputa da Prefeitura de Goiânia. O peemedebista-chefe está percebendo que sua estagnação nas pesquisas de intenção de voto tem nome. Trata-se do delegado Waldir, que, em algumas regiões de Goiânia, está disputando, pau a pau, os votos dos eleitores mais pobres com o ex-prefeito.
Luas azuis que circulam com o governador Marconi Perillo estão organizando o mapa político-eleitoral de Goiás. No Entorno de Brasília, apostam que o governismo vai retomar a Prefeitura de Valparaíso e vai manter a Prefeitura de Luziânia. Em Valparaíso, os luas azuis sugerem que, para destronar a prefeita Lucimar Nascimento, do PT, a deputada-secretária Lêda Borges terá de ir para o sacrifício e disputar mandato em 2016. Em Luziânia, as chances do governismo são totais: os candidatos mais fortes são Marcelo Melo, do PSDB, e Cristóvão Tormin, do PSD. Todos apoiam o governador tucano Marconi Perillo. O favoritismo do tucano é tão grande que os luas azuis dizem, em tom de brincadeira mas falando sério (dadas as pesquisas) que, se ficar, o Marcelo leva, e, se correr, o Melo come. A gestão de Cristóvão Tormin, um político até bem intencionado, é apontada como uma das mais sonolentas e modorrentas de Goiás. Comenta-se que Marcelo Melo só teme uma coisa: que Cristóvão Tormin desista da reeleição e passe a apoiá-lo.
Consta que, em Luziânia, o prefeito Cristóvão Tormin (PSD) encomenda várias pesquisas — de institutos diferentes — e, quando examina os números, explode: “Estão todos trabalhando para Marcelo Melo”. É que, segundo as pesquisas, Marcelo Melo lidera com folga, com o triplo (e até mais) das intenções de voto de Cristóvão Tormin. O prefeito não percebe que são os leitores que estão “trabalhando” para o tucano Marcelo Melo. Pelo menos é o que diz o “Instituto Datapovo”.

[caption id="attachment_51599" align="alignleft" width="620"] Marconi Perillo, Aécio Neves, Wilder Morais e Lúcia Vânia| Fotos: Wagnas Cabral/ George Gianni/ Fernando Leite/ Fernando Leite[/caption]
Políticos que planejam disputar mandato de senador em 2018 sugerem que o governador Marconi Perillo, do PSDB, dará um salto nacional já em 2018.
Marconi Perillo, na visão destes políticos, será candidato a presidente da República ou, no mínimo, vice-presidente na chapa do senador mineiro Aécio Neves.
Se isto acontecer, muda a configuração da chapa majoritária em Goiás. Há quem aposte que será a seguinte: José Eliton para governador, Thiago Peixoto na vice, e Lúcia Vânia e Wilder Morais para senador. É um chapão consistente embora Wilder Morais não seja popular, tampouco é conhecido do eleitorado (o que, às vezes, é mais virtude do que defeito).
O PSDB fica com uma vaga (José Eliton), o PSD leva a vice (Thiago Peixoto), o PSB (Lúcia Vânia) e o PP (Wilder Morais) ficam com as vagas para o Senado.
Noutra configuração, Thiago Peixoto sai do páreo e Vilmar Rocha, do PSD, seria candidato a senador.

Nilson Gomes, jornalista brilhante e dono de um dos melhores textos da imprensa patropi, aceitou integrar a equipe do senador Wilder Morais, presidente do PP em Goiás. A missão de Nilson Gomes é contribuir para qualificar o mandato do senador e, ao mesmo tempo, pensar táticas que levem Wilder Morais a uma estratégia vencedora: a reeleição para o Senado. Wilder Morais começou bem ao contratar um jornalista competente e decente como Nilson Gomes.

[caption id="attachment_14602" align="alignnone" width="620"] Aguimar Jesuíno | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O procurador Aguimar Jesuíno, político qualificado e boas ideias para reorganizar o meio urbano, admite que deve ser candidato a prefeito de Goiânia pela Rede.
Suas chances eleitorais são pequenas, mas será útil para qualificar o debate.