Bastidores
O ex-prefeito de Nova Iguaçu Adelino Alves mudou seu domicílio eleitoral, filiou-se ao PSD e vai disputar a Prefeitura de Campinorte, no Norte de Goiás. O PP vai bancar Vander Borges, do PP, em Campinorte. Ele e Adelino Alves vão enfrentar o prefeito Francisco Corrêa Sobrinho, do PSB. A gestão de Chicão é apontada, pelos adversários, como desgastada.

Ao menos nos bastidores, o deputado federal Heuler Cruvinel (PSD) tem confidenciado a alguns de seus aliados que, ao romper com o prefeito de Rio Verde, Juraci Martins (PP), pode ter cometido o maior erro político de sua vida — talvez um suicídio político. Publicamente, diz outras coisas, sugerindo, até, certa arrogância de políticos pouco amadurecidos. Heuler Cruvinel parece que acreditou que é possível sobreviver em política sem um grupo consistente. O fato é que não se forma um novo grupo político de uma hora para hora. Assim, embora tenha força política — tanto que foi eleito deputado federal duas vezes —, está percebendo que, se não lhe falta dinheiro, está faltando estrutura política, quer dizer, apoio de políticos cristalizados no município. Aduladores e força de trabalho paga não são difíceis de “contratar”, mas políticos profissionais, que saibam trabalhar e conquistar eleitores, não são fáceis de encontrar. As pessoas, sobretudo os eleitores, não apreciam políticos que sugerem que não precisam de ninguém. É esta a imagem que Heuler Cruvinel exibe nos contatos pessoais.

O peemedebista Paulo Vale reza de manhã, à tarde e à noite — sempre agradecendo ao deputado federal Heuler Cruvinel (PSD) por ter rompido com o prefeito de Rio Verde, Juraci Martins. O rompimento da união que garantiu a eleição e a reeleição de Juraci Martins para prefeito e de Heuler Cruvinel para deputado federal e a eleição de Lissauer Vieira para deputado estadual contribuiu para o fortalecimento de Paulo do Vale, pré-candidato do PMDB a prefeito do município. Se o grupo tivesse permanecido unido, não teria para ninguém. Agora, com três candidatos fortes — Heuler Cruvinel, Paulo do Vale e Lissauer Vieira —, com estruturas poderosas, todos se tornam, por assim dizer, “japoneses”. Heuler Cruvinel pode até descolar num primeiro momento, pelo fato de que ainda não existe uma campanha, mas o fato é que os três postulantes chegarão à reta final praticamente em igualdade de condições. Qualquer um deles pode ser eleito. O favoritismo de Heuler Cruvinel tende a ir para o espaço provavelmente por volta de junho ou julho. Aí, quem sabe, vai pintar desespero em suas hostes.

O presidente estadual do PSDB, Afrêni Gonçalves, disse ao Jornal Opção que o empresário Victor Priori quer disputar a Prefeitura de Jataí. O problema é que, como se afastou da política por algum tempo, Victor Priori abriu espaço para o vereador Vinicius Luz pleitear a prefeitura. Agora, é muito difícil, senão impossível, o jovem político retirar sua postulação. Afrêni Gonçalves afirma que a cúpula estadual não vai interferir em Jataí. Os políticos locais terão de encontrar um denominador comum, por intermédio do consenso ou de prévias. A questão é que, com prévias, as chances de Vinicius Luz aumentam. Victor Priori quer ser ungido pelo partido.

Pesquisas quantitativas e qualitativas indicam que o quadro eleitoral em Senador Canedo está indefinido, aberto. O ex-prefeito Divino Lemes, do PSD, aparece em primeiro lugar, mas não de maneira disparada. Dado a um quadro indefinido, pois os eleitores não sabem quais serão mesmo os candidatos, vários políticos começam a colocar seus blocos nas ruas. Misael Oliveira (PDT) está definidíssimo: será candidato à reeleição. Dada a quantidade de candidatos, suas chances de reeleição são altas. Como não há segundo turno no município, pode ser eleito com 30% dos votos. Zélio Cândido (PSB) confia não no próprio taco, e sim no apoio de Vanderlan Cardoso, seu padrinho político. O problema é que o eleitor não aprecia candidato-marionete. O deputado Sérgio Bravo aposta que poderá ser visto como a terceira via, como o político que diz “não” a Vanderlan Cardoso e “não” a Misael Oliveira, e “sim” ao eleitor. Correndo por fora, mas com o recall de 2012, quando foi bem votado, está o corretor de imóveis Franco Martins, que estaria contratando um marqueteiro que trabalhou para Vanderlan Cardoso.
O grupo político dos advogados Robledo Rezende e Francisco Bento, ligados ao empresário Júnior Friboi, pode apoiar a candidatura do ex-vereador Odair Amorim para prefeito de Porangatu. “Odair Amorim quer disputar e tem o apoio de vários partidos. Devo me posicionar de maneira mais enfática a partir de março. Mas uma coisa é certa: um candidato consistente pode ser visto pelos eleitores como alternativa e, até, antídoto contra os candidatos de sempre — o prefeito Eronildo Valadares (PMDB) e o ex-prefeito Júlio da Retífica (PSDB)”, afirma Robledo Rezende. O advogado, por sinal, tem aparecido de maneira positiva em pesquisas de intenção de voto Mas quem está com a pré-campanha adiantada é o engenheiro Valdemar Lopes, do PT do B. Ele está visitando os eleitores, em suas casas, e se apresentando como alternativa à polarização Eronildo Valadares versus Júlio da Retífica (que lidera as pesquisas de intenção de voto).

O empresário Vanderlan Cardoso (PSB) lançou cinco pré-candidatos para prefeito de Senador Canedo. Até agora, nenhum deles, nem mesmo o empresário Zélio Cândido, emplacou. Ele assegura que sua mulher, Izaura Cardoso (PSC), não vai disputar eleição em 2016.
Porém, se Zélio Cândido não aparecer em primeiro lugar nas pesquisas, até junho, é quase certo que será trocado por Izaura Cardoso. A tese é a seguinte: “Se eleita, o prefeito de fato será Vanderlan Cardoso”. Acredita-se que, assim, a aliança PSB-PSC vai sensibilizar o eleitorado do município.
A história de que Vanderlan Cardoso pode eleger uma “pedra” em Senador Canedo não é verdadeira. O prefeito Misael Oliveira, antes de conhecer o empresário, já tinha uma história política.

O líder do PPS Darlan Braz garante que o pré-candidato do PSB a prefeito de Goiânia, Vanderlan Cardoso, está empolgado.
Darlan Braz diz que os articuladores da aliança PSB-PPS perceberam que há uma tentativa, “nada sutil, de devolver Vanderlan Cardoso para a política de Senador Canedo. Na verdade, ele está forte em Goiânia, inclusive na região Noroeste, onde Iris Rezende e Waldir Soares são apontados como favoritos”.

O empresário Vanderlan Cardoso teria dito para aliados de confiança que não pode perder a terceira eleição seguida. Seria o fim de sua carreira política. O líder do PSB perdeu duas eleições para o governo de Goiás. Se perder para prefeito de Goiânia, ficará, de fato, sem projeto político. Aí disputará o quê? Há quem proponha que Vanderlan Cardoso fique quieto em 2016 e dispute eleição para governador em 2018 ou em 2022. Ele ainda é jovem e pode esperar — é o que dizem

[caption id="attachment_57676" align="aligncenter" width="620"] Iris e Vanderlan, em 2010 | Foto: Blenda Maraisa[/caption]
Parece loucura, talvez seja loucura e, certamente, é loucura. Mas há quem continue apostando que o candidato a prefeito de Goiânia pelo PMDB não será Iris Rezende, e sim Vanderlan Cardoso.
O problema é que, embora não esteja muito bem nas pesquisas de intenção de voto — é o terceiro colocado, atrás do ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende (PMDB) e do deputado federal Waldir Soares (PSDB) —, mantém uma relação respeitosa com a presidente do PSB, senadora Lúcia Vânia, e com o presidente do PPS, deputado federal Marcos Abrão.

De um tucano graduado: “Nós vamos acabar pedindo, de joelho, para o delegado-deputado Waldir Soares disputar a Prefeitura de Goiânia. Para evitar que Iris Rezende seja eleito no primeiro turno”.

Aliados do deputado tucano Giuseppe Vecci detectaram que, sem a anuência do governador Marconi Perillo, o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Anselmo Pereira, estaria tentando “aplicar” um golpe político. Anselmo Pereira, agindo como uma espécie de laranja, lutaria para ganhar as prévias e, entre maio e junho, alegando que não estaria conseguindo deslanchar — se não deslanchar, é claro —, abandonaria a candidatura, abrindo espaço para outro nome. A agressividade do vereador é vista como suspeita pelos veccistas. “É como estivesse sendo bancado por alguém forte”, sugere um histórico do PSDB. Tudo, ao final, pode ser mera teoria conspiratória. Mais uma

O ex-prefeito de Quirinópolis Gilmar Alves, do PMDB, é um páreo duro para o prefeito Odair Resende, do PSDB. Mas há uma crise no PMDB de Quirinópolis. Aliados de Gilmar Alves teriam dito que, para ganhar do tucano Odair Resende, não precisam do apoio do deputado estadual Paulo Cezar Martins, que foi derrotado na eleição de 2012. Como integrante do PMDB, Paulo Cezar Martins não deve apoiar Odair Resende. Mas pode ficar neutro ou liberar seu grupo político para votar em quem quiser. Aliados de Odair Resende comemoram a crise no PMDB e acreditam que isto ajudará na reeleição do prefeito.

Pré-candidato a prefeito de Anápolis pelo Solidariedade, o deputado estadual Carlos Antônio (Solidariedade) convidou o empresário Ubiratan Lopes para ser seu vice. O diretor da Fieg teria ficado lisonjeado com o convite, mas ainda não disse “sim”.

Os cinco pré-candidatos do PSDB a prefeito de Anápolis — Alexandre Baldy, Frederico Jayme, Onaide Santillo, Fernando Cunha Neto e Ridoval Chiareloto — vão se reunir na segunda-feira, 1º, na Câmara Municipal. O assunto básico é a chapa para prefeito de Anápolis e a formatação da chapa de candidatos a vereador. Embora apontado como “arredio” e distante de Anápolis, Baldy é apontado como o nome mais cotado. Motivo: tem grana para bancar a campanha.