Obra beneficiará o transporte de cargas no país por um dos principais corredores de exportação do Brasil, que atende São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná

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O secretário das Cidades e Meio Ambiente, Vilmar Rocha, acompanhou na segunda-feira, 28, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, a autorização do governador Geraldo Alckmin para o lançamento de licitação das obras do Canal de Nova Avanhandava, no trecho paulista da Hidrovia Paranaíba-Tietê-Paraná. A obra beneficiará o transporte de cargas no país por um dos principais corredores de exportação do Brasil, que atende diretamente os Estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná. O edital será publicado terça-feira, 29, pelo Departamento Hidroviário de São Paulo, responsável pela administração da hidrovia, para dar início à concorrência pública de contratação das obras.

A intervenção que será realizada no canal de navegação de Nova Avanhandava, no reservatório de Três Irmãos, proporcionará a ampliação de 2,4 metros de sua profundidade em 10 quilômetros da hidrovia. A melhoria possibilitará maior flexibilidade na operação das hidrelétricas de Três Irmãos e Ilha Solteira sem interferir na navegação, uma vez que as embarcações que navegam pela hidrovia compartilham o mesmo espaço físico das barragens das usinas hidrelétricas, construídas com o conceito de aproveitamento múltiplo de águas.

“Essa obra será de extrema importância para o futuro do modal por contribuir para a compatibilização do uso do reservatório tanto para o transporte de cargas como para a geração de energias”, ressaltou Vilmar Rocha. “Esse conflito entre o uso para energia e transporte foi um dos fatores que provocou o fechamento da hidrovia por mais de 20 meses, causando enormes prejuízos”, sublinhou o secretário.

Vilmar Rocha em São Simão ec2b664c-f470-4650-8a56-ce3b06c2c702

Com a abertura do edital, a expectativa é de que as obras sejam iniciadas em julho deste ano. A empresa que vencer o certame será responsável pela execução dos serviços dentro do prazo de 29 meses. A metodologia construtiva empregada será por meio de escavação submersa (derrocamento) e a seco (céu aberto). O investimento previsto nas intervenções é de R$ 289,6 milhões, que fazem parte do Programa de Modernização da Hidrovia Tietê-Paraná, do governo de São Paulo.

Hidrovia

A Hidrovia Paranaíba-Tietê-Paraná tem 2,4 mil quilômetros de extensão e integra um grande sistema de transporte multimodal, abrangendo Es estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, que conecta áreas de produção aos portos marítimos e serve os principais centros do Mercosul.

Fechada por mais de 20 meses, a navegabilidade da hidrovia foi retomada este ano, com forte trabalho de interlocução realizado pelo governador Marconi Perillo e pelo secretário Vilmar Rocha, que estiveram por diversas vezes com o governador de São Paulo e secretários paulistas e com ministros do governo federal. Um dos principais motivos da interrupção da navegabilidade foi justamente o baixo nível de água dos reservatórios de Três Irmãos e Ilha Solteira e atingiu principalmente as cargas que saem de São Simão, no Sul de Goiás, e Três Lagoas (MG), que contemplam a produção de soja, milho, celulose e madeira.

“Com essas obras e resoluções que conseguimos junto à Agência Nacional de Águas (ANA) e ao Ministério de Minas e Energia, esperamos ter colocado um ponto final nessa insegurança dos produtores em relação ao transporte via hidrovia”, afirmou o secretário Vilmar Rocha.