Bastidores

A escolha de um nome interno é a mais sugerida. Mas a sociedade pode pressionar por um nome externo

Prefeito de Goiânia articula, cada vez mais de maneira aberta, com pequenos partidos e líderes evangélicos uma frente de apoio ao pré-candidato do DEM ao governo de Goiás

Maguito Vilela em 1994 e Alcides Rodrigues em 2006 desbancaram candidatos que eram considerados mais consistentes eleitoralmente. Em 2018 pode ocorrer o mesmo

[caption id="attachment_95788" align="aligncenter" width="620"] Reguffe e Rodrigo Rollemberg | Foto: Geraldo Magela e reprodução[/caption]
O senador José Antônio Reguffe diz que, quando terminar seu mandato, em 2022, aí, sim, vai pensar em disputar o governo do Distrito Federal. Mas as circunstâncias da debacle política de Brasília, verdadeira hecatombe — estão presos o ex-senador Gim Argello, o ex-deputado federal Tadeu Filippelli (PMDB) e os ex-governadores Agnelo Queiroz (eleito pelo PT) e José Roberto Arruda (PR) e é provável que o deputado federal Rogério Rosso não escape dos tentáculos implacáveis da Lava Lato — podem forçá-lo a disputar o governo já em 2018. Se não disputar, para a tristeza da capital, o governador Rodrigo Rollemberg pode ganhar por W.O.

[caption id="attachment_93432" align="aligncenter" width="620"] Vice-governador José Eliton, secretária Raquel Teixeira e governador Marconi Perillo | Foto: Jota Eurípedes[/caption]
Analistas experimentados da política de Goiás afirmam que o programa Goiás na Frente pode ser destrutivo para as oposições. Eles frisam que se as obras saírem — e assinalam que começam a sair — em tempo hábil, movimentando as economias municipais, não vai sobrar apoio político tanto para Daniel Vilela quanto para Ronaldo Caiado, possíveis candidato a governador pelo PMDB e pelo DEM.
No interior, vários prefeitos de partidos da oposição não veem a hora de migrarem para a base governista. Eles alegam que são mais bem recebidos pelo governador Marconi Perillo e pelo vice José Eliton que pelos líderes de seus partidos, que só aparecem em época de eleições.

Um dos principais aliados do vereador do PT agora é secretário extraordinário do governo de Marconi Perillo

A líder do PMN será bancada pelo prefeito Valmir Pedro, do PSDB

[caption id="attachment_85154" align="aligncenter" width="620"] Foto: governo de Goiás[/caption]
O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, mantêm um relacionamento amplamente cordial. Os dois sempre falam bem um do outro, tanto pública quanto privadamente. Fica evidente que o tucano e o peemedebista, políticos maduros, pensam, divergência política à parte, no Estado e na capital.

[caption id="attachment_95114" align="aligncenter" width="620"] Paulo do Vale (PMDB), prefeito de Rio Verde | Foto: Divulgação[/caption]
O prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale, filiado ao PMDB, é próximo politicamente do senador Ronaldo Caiado (DEM). É apontado, até por aliados, como o mais caiadista dos peemedebistas, ao lado do prefeito de Goiânia, o neocaiadista Iris Rezende. Mas políticos que conhecem o gestor da principal cidade do Sudoeste dizem que ele está cada vez mais próximo da base governista. A tendência é que migre para a base marconista e deixe a oposição a ver navios.

[caption id="attachment_92907" align="aligncenter" width="620"] Foto: Y. Maeda[/caption]
O candidato do deputado estadual José Nelto ao governo de Goiás em 2018 é o deputado federal Daniel Vilela. Porém, se o jovem parlamentar optar pela reeleição, dado o desgaste da Operação Lavo Jato, admite que seu nome está à disposição do PMDB para a disputa. Dois deputados afirmam que o parlamentar é um crítico contundente do PSDB e que pode disputar o governo, inclusive com o apoio do vilelismo, que não admite apoiar a candidatura de Ronaldo Caiado, bancada por Iris Rezende.

[caption id="attachment_95487" align="aligncenter" width="620"] Juquinha das Neves | Foto: Iris Roberto[/caption]
Juquinha das Neves — que o ex-presidente Lula da Silva chamava de Ligeirinho — estaria admitindo fazer delação premiada com o objetivo de suavizar a situação penal dele e, sobretudo, de sua mulher e de um filho.
Ex-presidente da Celg, Juquinha das Neves sabe todos os detalhes da corrupção na Valec, na construção da Ferrovia Norte-Sul, e pode comprometer tanto aliados do ex-presidente Lula da Silva quanto políticos do PMDB.

Aliados do senador Wilder Morais teriam detectado de onde partem as notas, em geral plantadas do “Giro”, de “O Popular”, sugerindo que ele pretende disputar o governo de Goiás em 2018. As impressões digitais são de dois políticos: um do PSB e outro do PPS. O próprio editor da coluna teria confirmado a informação.
Wilder Morais, líder do PP, já declarou apoio à candidatura de José Eliton para governador. É incontornável. “O resto é fofoca de segunda linha”, afirma um aliado do senador.

[caption id="attachment_77227" align="aligncenter" width="620"] Foto: Fernando Leite / Jornal Opção[/caption]
Apesar de combatido de maneira excessiva pelos oposicionistas e pseudo-aliados, inclusive com apoio de um blog, o prefeito de Jataí, Vinicius Luz, do PSDB, faz uma administração arrojada e decente. Ele incomodando figuras tradicionais da política.
Um tucano de bico erado diz que o governador Marconi Perillo deve ficar atento com aqueles que estão atacando Vinicius Luz. Porque são pessoas cevadas pelo próprio governo do Estado.

[caption id="attachment_91866" align="aligncenter" width="620"] Deputado Jean Carlo | Foto Y. Maeda / Alego[/caption]
O deputado Jean Carlo deve reassumir o comando do PHS em Goiás. Em termos nacionais, Luiz França garante que, mesmo sob contestação de Eduardo Machado, está comandando o partido.
Jean Carlo frisa que, se tiver o controle dos diretórios do interior, fica no PHS. Se não, tende cair fora e a se filiar num partido da base governista, como o PP ou o PSDB.
A condição sine qua non para Jean Carlo permanecer no PHS é que o partido o apoie para deputado federal e que, ao mesmo tempo, apoie a candidatura de José Eliton para governador de Goiás. O partido, sob o comando de Eduardo Machado, planejava apoiar a candidatura de Ronaldo Caiado para governador.

O prefeito de Uruaçu, Valmir Pedro, afirma que, se o governo de Marconi Perillo repassar os recursos para a aquisição de um lote, que abrirá espaço para a construção de uma caldeira e de um estacionamento, o Hospital Regional de Uruaçu poderá ser inaugurado em janeiro de 2018. Se o dinheiro não sair a tempo, a inauguração ficará para março ou abril do próximo ano.
O governo finalizou cerca de 80% do hospital. Cento e quarenta trabalhadores atuam na construção.