Bastidores
Sem dinheiro para gastar na campanha, o delegado Waldir Soares migrou para as redes sociais. O tucano conta que tem mais de 300 mil seguidores no Facebook e frisa que, se tiver o voto de 100 mil deles, estará eleito deputado federal.
O delegado Waldir frisa que não tem dinheiro e que percebe que o PSDB está priorizando alguns dos ‘escolhidos” pelo Palácio das Esmeraldas, como Antônio Faleiros e Giuseppe Vecci.
Waldir tem sugerido que é o “candidato do povo” e que isto pode fazer a diferença.
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Lucas Vergílio: político atento, o jovem tem surpreendido até seu pai, Armando Vergílio[/caption]
Lucas Vergílio, único candidato do Solidariedade a deputado federal, tem intensificado a agenda de campanha no Entorno do Distrito Federal. Filho do deputado federal Armando Vergílio, candidato a vice-governador na chapa de Iris Rezende (PMDB), ele considera o eleitorado da área estratégico para seu projeto político. O foco no território goiano limítrofe à capital federal é devido ao grande volume de emendas parlamentares aprovadas por Armando e que foram destinadas às obras de saneamento básico, construção e reforma de escolas, hospitais e estrutura asfáltica.
Lucas tem como principais bandeiras a defesa da livre iniciativa, a redução de impostos e facilidades para a liberação de linhas de créditos para o pequeno e médio empreendedor. O empresário do ramo de seguros, de 27 anos, pretende lutar pela aprovação do projeto de implantação de cursos técnicos profissionalizantes em todos os colégios da rede estadual.
Para a área de segurança pública, depois da saúde a que mais tem preocupado o eleitorado, Lucas Vergílio defende mais investimentos em sistemas de vigilância eletrônica em municípios com mais de 50 mil habitantes e o aumento dos efetivos da Polícia Militar e da Polícia Civil.
Não custa refrescar a memória dos eleitores: foi o PMDB que levou Carlos Cachoeira para o governo de Goiás. Na gestão do governador Maguito Vilela, entre 1995 e 1998. Cachoeira era o chefe da Gerplan. E a demolição da Celg começou com a venda de Cachoeira Dourada, também no governo de Maguito. Maguito diz que foi pressionado pelo governo de Fernando Henrique para vender a Celg. Deve ser verdade, porque o peemedebista não é dado a mentir. Mas vale lembrar que, mesmo pressionado, Itamar Franco, quando governador de Minas Gerais, decidiu não vender sua galinha de ovos de ouro. Vendeu quem quis.
O médico Gustavo Sebba deve ser o puxador de votos do PSDB à Assembleia Legislativa. Filho de Jardel Sebba (PSDB), prefeito de Catalão, ele tem o apoio de 16 prefeitos e 100 vereadores, inclusive do PT e do PMDB, além do apoio da presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Helder Valin (PSDB), que desistiu de disputar a reeleição. Valin disse a um repórter do Jornal Opção, no Empório Saccaria, que o jovem deve obter de 40 mil a 50 mil votos.
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Foto: Jornal Opção/Fernando Leite[/caption]
O candidato do PT a governador de Goiás, Antônio Gomide, vai usar os primeiros programas de TV para se apresentar ao eleitorado. No momento, ele está visitando os municípios goianos e conversando com as pessoas. Sua tese: eleitor, ao vê-lo na TV, tenderá a reconhecê-lo. Na primeira fase, antes de partir para a “qualidade”, o projeto de governo, o petista vai apostar na “quantidade”.
Gomide vai mostrar o que fez em Anápolis, uma reestruturação completa da prefeitura, o que contribuiu para recuperar a autoestima da população, e vai dizer que planeja fazer muito mais no Estado. Vai sugerir que os problemas de Goiás hoje são muito parecidos com os que enfrentou no seu primeiro mandato como prefeito, em 2009.
O petista vai se apresentar ao eleitor como “gestor” eficiente e o político que investiu em crescimento e desenvolvimento.
Alexandre Duarte, da Sambatango, é o marqueteiro da campanha do petista; Pedro Novaes, o redator e Érico Rassi, o diretor de vídeo.
Poucos políticos são tão obstinados quando Vanderlan Cardoso. O líder do PSB, de rara firmeza, não desiste nunca. Mas aliados comentam que notam certa desaceleração na campanha. Eles afirmam que, por falta de estrutura financeira e partidária no interior, Vanderlan vai concentrar seus trabalhos nas grandes e médias cidades e, sobretudo, no programa eleitoral da televisão. “Com o programa, ele vai crescer e virar o jogo”, aposta Joaquim Liminha (PSC). Por ser empresário, dos mais conscienciosos, Vanderlan não gosta de trabalhar com dívidas “complicadas” e de lidar com “cobradores”. Por isso, planeja uma campanha ajustada e mais modesta.
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Senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)[/caption]
A Justiça afastou José Roberto Arruda da campanha para governador do Distrito Federal. O líder do PR recorreu e decisão deve sair até setembro, o que vai dificultar sua campanha.
Com a queda de Arruda, o segundo colocado, Agnelo Queiroz, é cotado para subir para o primeiro posto. Mas em Brasília até os monumentos “sabem” que, quando a campanha pegar fogo, e se Arruda estiver mesmo fora do páreo, o candidato que deve “pegar” será o senador Rodrigo Rollemberg. Por três motivos.
Primeiro, numa cidade em que a corrupção se transformou em patrimônio coletivo, Rollemberg conseguiu se manter limpo.
Segundo, e talvez até mais importante: Rollemberg é o candidato da presidenciável Marina Silva.
Terceiro, o líder do PSB conta com o apoio de José Antônio Reguffe, o darling da classe média e também apontado como político ético. Reguffe é candidato a senador pelo PDT.
Em Brasília, portanto, o próximo governador deverá ser Rollemberg. Agnulo? Bem, o governador, sem mandato, certamente vai responder a processos na Justiça comum.
Peemedebistas jovens não aguentam mais ouvir Iris Rezende contando histórias de mutirões que aconteceram em meados da década de 1960. Há quase meio século.
Quando Iris começa a sessão nostalgia, os jovens desconversam e alguns acionam seus celulares, escapando para as redes sociais e jogos. O pior é que o peemedebista não percebe que não está agradando. Iris, definitivamente, não é contemporâneo dos goianos. Vive no passado.
Ninguém teve coragem de dizer a verdade para Iris Rezende. Mas se for mesmo verdade que ele vai começar seu programa na televisão participando de uma corrida com amigos e professores de academia estará cometendo mais um desatino. Um homem de 81 anos não deixa de ser um homem de 81 anos só porque participa de uma corrida.
Iris Rezende, político experiente e sério, deveria tentar vencer Marconi Perillo, Vanderlan Cardoso e Antônio Gomide noutro campo: o das ideias. Nesta área, fica-se com a impressão de que o peemedebista está mais do que defasado. As pessoas, depois de ouvi-lo, concluem que “parou” no tempo. É uma pena, porque Iris é um político com uma estatura que se aproxima da de Pedro Ludovico e Mauro Borges.
Depois que disse que as pessoas não podem mais colocar “cadeira no passeio”, sugerindo um bucolismo, uma nostalgia e desconhecimento do mundo moderno ímpares, só falta Iris dizer que vai asfaltar até os quintais das casas de todo o Estado.
O mestre em história pela Sorbonne Gilvane Felipe integrou-se à equipe de José Paulo Loureiro, com o objetivo de contribuir para organizar uma juventude mais participativa e, politicamente, agressiva para a campanha do governador tucano Marconi Perillo.
Ex-militante do PC do B, agora filiado ao PSDB, Gilvane Felipe tem experiência na “arte” de lidar com jovens.
Importante: o governador Marconi Perillo mantém seu apreço por Gilvane Felipe, que considera competente e leal.
A ascensão de Nayara Barcelos e, sobretudo, de Paulo do Valle em Rio Verde começa a assustar Heuler Cruvinel. Na disputa para deputado federal, Cruvinel ainda é o favorito, mas Valle e Nayara começam a cair no gosto do eleitorado.
Nayara Barcelos foi casada com Heuler Cruvinel, mas não faz uma campanha de vingança.
Em Rio Verde, até os “doutores” Milho e Soja “dizem” que, se Heuler Cruvinel (PSD) for derrotado para deputado federal e se Lissauer Vieira for eleito para deputado estadual, a situação do primeiro se complica.
Lissauer Vieira, se eleito, pode pleitear a Prefeitura de Rio Verde.
Tese de Francisco Gedda: “Karlos Cabral (PT), mesmo com muita dificuldade, vai ser reeleito deputado estadual, o que é positivo para o Legislativo, uma vez que é atuante e crítico”.
Gedda frisa que Karlos Cabral é um político consistente, propositivo e ético. “Rio Verde certamente vai elegê-lo.”
O vereador tucano Fernando Cunha, de Anápolis, decidiu não apoiar Onaide Santillo para deputada estadual. Ele coordena o palanque de Eliane Pinheiro, do PMN.
Eliane Pinheiro trabalhou durante anos com o avô de Fernandinho, o falecido Fernando Cunha, que foi deputado federal e secretário do governo de Marconi Perillo.
O PSD é curioso: tem dois deputados atuantes, Vilmar Rocha e Thiago Peixoto. Os dois também foram eficientes como secretários do governo de Marconi Perillo. No entanto, os prefeitos do partido fazem administrações consideradas pífias.
Juraci Martins, de Rio Verde, fez uma gestão competente no primeiro mandato. No segundo, parece que cansou-se da cidade e de seus moradores. Sua administração arrasta-se em campo, como a seleção brasileira que jogou contra a Alemanha na Copa do Mundo. É uma das mais frágeis e sem criatividade de Goiás. Juraci está perdendo de 10 a 0. Fica-se com a impressão de que Juraci Martins tomou gosto mesmo foi pelas vaias.
O prefeito de Formosa, Itamar Barreto, aproximando-se dos 80 anos, faz uma gestão acanhada, e apresenta a desculpa de que herdou uma dívida de quase 100 milhões de reais. De fato, um papagaio federal. Mas nenhum prefeito é eleito para ficar chorando em cima dos problemas deixados pelo antecessor. Talvez fosse o caso de Barreto renunciar e abrir espaço para alguém com mais energia. O prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin, deu uma melhorada, mas ainda está aquém do Célio Silveira do primeiro mandato. Falta criatividade à equipe do prefeito. Luiz Carlos Attié, de Cristalina, parece que foi acometido da maldição do segundo mandato. Ele paga salários e fornecedores e parece avaliar que administrar é apenas isto, o que, como se sabe, não é.
É possível que se os prefeitos estivessem bem, apresentando-se como exemplo positivo para a população, a situação do candidato a senador Vilmar Rocha fosse bem melhor.
