Bastidores
O presidente da Assembleia Legislativa, Helio de Sousa, se for aprovada a fusão entre o DEM, seu partido, e o PTB, deve se filiar ao PSDB. Ele será seguido, possivelmente, pelo prefeito de Quirinópolis, Odair Resende.
O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), continua defendendo a tese de que a melhor vice para Iris Rezende é mesmo a deputada Adriana Accorsi (PT). Paulo Garcia teria dito isto ao peemedebista, que nada respondeu. Quando alguém faz a proposta ao ex-prefeito de Goiânia, ele estaria dizendo: “Vamos ver. Está cedo. Deixa o rio correr”.
Gilmar Alves, em almoço recente com sua irmã Neyde Aparecida, no Companhia do Peixe, disse que deve disputar a Prefeitura de Quirinópolis, em 2016. O PMDB acredita que é o único que pode derrotar o prefeito Odair Resende, do DEM. Ele foi prefeito do município por dois mandatos consecutivos e considera que Resende é seu “freguês”.
Um aliado do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, afirma que o petista avalia que o vereador Elias Vaz (PSB) é quem mais articula contra sua gestão. Ele seria a caixa de Pandora da gestão do prefeito. Ao lado do presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Anselmo Pereira (PSDB), Elias Vaz e Djalma Araújo (SD) são os vereadores que mais conhecem a gestão pública de Goiânia. “Quando quer, o Elias Vaz mexe alguma coisa, aqui e ali, e às vezes consegue paralisar a prefeitura”, afirma um petista. Dos vereadores novos, Tayrone di Martino (Sem partido) é o que está se tornando um dos maiores conhecedores das entranhas do Legislativo municipal. O ex-petista não se considera inimigo do prefeito Paulo Garcia, não quer prejudicar sua gestão, mas diz para os aliados que está livre para votar de acordo com a sua consciência e os interesses da sociedade.
Adriana Accorsi quer ser prefeita de Goiânia? Quer. Mas não vai pôr a faca no pescoço de ninguém para ser a ungida. Há quem diga que o prefeito Paulo Garcia põe seu nome na mídia única e exclusivamente para impedir a candidatura de Edward Madureira e Humberto Aidar. Ao mesmo tempo, vai tentando melhorar sua gestão para, em seguida, convencer o PMDB a aceitá-la como vice de Iris Rezende na disputa da capital.
Edward Madureira não vai mais para o governo federal. Ele assumiu, de vez, como professor de Agricultura 1 (soja) e Agricultura 2 (milho) da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal de Goiás. Ele agora é professor titular.
No momento, o professor-doutor Edward Madureira, mais do que de política, está cuidando da organização de uma grande festa dos egressos da Faculdade de Agronomia — de 1966 (a primeira turma) a 2015 —, que será realizada em 23 de maio desde ano. “São 1.100 alunos e a festa será para duas mil pessoas”, conta.
O deputado Cláudio Meirelles (PR), depois de resistir muito, apoiou o nome do ex-deputado e ex-prefeito de Jussara Joaquim de Castro para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). “Apoiei Joaquim, seguindo a base do governador Marconi Perillo, mas não o perdoo pelos ataques que fez a mim e à prefeita de Jussara, Tatiana Santos (PTC).”
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Edward Madureira (PT) e Vanderlan Cardoso (PSB) abrem diálogo | Fotos: reprodução / Facebook[/caption]
O presidente do PSB, Vanderlan Cardoso, e o primeiro suplente de deputado federal Edward Madureira se encontraram na sexta-feira (17/4), em Goiânia.
Trata-se de uma conversa preliminar. Mas Vanderlan disse ao Jornal Opção que, se Edward se filiasse ao PSB, poderia apoiá-lo para prefeito de Goiânia. Pelo PT o professor-doutor da Universidade Federal de Goiás não terá como ser candidato. Estaria vetado pelo prefeito Paulo Garcia, que só banca a deputada Adriana Accorsi, embora tenha o apoio do deputado estadual Humberto Aidar.
Edward diz que não pretende deixar o PT — “sou coerente” — e garante que não conversaram sobre a possibilidade de disputar a prefeitura pelo PSB. “Vanderlan me falou de seus propósitos, que percebo como idealistas, e apreciei a conversa. Falamos da Reforma Política, que precisa ser feita. A política não pode continuar sendo vista como um grande negócio.”
O encontro ocorreu na sede do PSB. Edward foi convidado por Vanderlan.
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Presidente da OAB-GO, Enil Henrique e o advogado Felicíssimo Sena | Fotos: Leoiran / OAB[/caption]
Os grupos de Enil Henrique e Felicíssimo Sena podem travar uma guerra sem quartel — até na Justiça — pelo direito de usar a marca OAB Forte. Henrique Tibúrcio foi eleito pela OAB Forte.
Enil, atual presidente e tesoureiro da gestão de Tibúrcio, é o representante da OAB Forte e pode usar a marca para a disputa. Mas será questionado pelo grupo Felicíssimo-Miguel Cançado. Há quem aposte que o grupo de Felicíssimo e Miguel prefira a simbologia OAB Forte a uma chapa com o nome de Nova Oposição.
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Foto: Renan Accioly[/caption]
O secretário Cyro Miranda estaria se apresentando como “candidato do governador Marconi Perillo” a presidente do PSDB. Não é bem assim.
Numa possível disputa entre Miranda e o deputado federal Alexandre Baldy — a possibilidade de consenso é mais factível —, o tucano-chefe deve ficar neutro, porque mantém relações cordiais com os dois políticos.
Por ser parlamentar, Baldy teria mais força política local e nacionalmente. É um ponto a ser levado em consideração.
A fusão do PSB com o PPS é tida como certa, segundo o deputado federal Marcos Abrão (PPS). Porém um deputado federal afirma que conversou com Carlos Siqueira, um dos chefões do PSB, e que ouviu que a fusão não tem muito sentido. Porque as experiências ideológicas dos dois partidos são muito diferentes. “Se a cláusula de barreira for ‘pesada’, aí vão se fundir pela dor.”
O senador Ronaldo Caiado é o novo “darling” da imprensa nacional. “Veja”, a revista mais crítica do país, TV Globo e Globo News entrevistam-no com frequência e o líder goiano mostra-se sempre bem informado e dominando com facilidade os assuntos abordados, indicando que estudou-os detidamente. Porém, dado o jogo político, como as fusões partidárias — o DEM de ACM Neto está “apaixonado” pelo PTB da filha de Roberto Jefferson, Cristiane Brasil —, o senador pode ficar algum tempo sem partido. A fusão entre DEM e PTB, se efetivada, criará uma estrutura curiosa: o partido terá o nome de PTB, mas ficará com o número do DEM, 25. Se o PTB ficar na oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff, Caiado pode assumir seu comando. Porém, se ficar dúbio, para negociar, deverá procurar novo rumo. O PMDB (nacional e local) está de “olho gordo” em Caiado. Em Goiás, o senador não teria problema algum, pois se dá muito bem com o ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende, seu aliado na disputa de 2014. O peemedebista-chefe, com Caiado ao seu lado, se tornaria um candidato a prefeito de Goiânia ainda mais forte. E, em 2018, o bancaria para governador de Goiás, se eleito, é claro, prefeito da capital. O problema é o PMDB nacional, e por dois motivos. Primeiro, o PMDB apoia o governo do PT. É sua principal âncora no Congresso Nacional. Segundo, Caiado não concorda com o balcão de negócios no qual se tornou o partido. Então, se sentiria um peixe n’água em Goiás e um peixe fora d’água em Brasília, se se filiasse ao PMDB.
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Presidente do PHS, Eduardo Machado: só recebe elogios | Foto: reprodução / site PHS[/caption]
O governador Marconi Perillo é pródigo em elogios ao presidente da Metrobus, Eduardo Machado, e por uma questão objetiva. Em três meses na gestão da estatal, adotando métodos gerenciais modernos e rigorosos, “Magic” Machado conseguiu retirá-la do vermelho.
Qual o milagre? “Nenhum. Segui o receituário do governador Marconi e da secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão Costa. Nossa equipe aumentou a receita em 23% e reduziu a despesa em 48%.” A Metrobus arrecada mensalmente 12 milhões de reais (6 de bilheteria e 6 do governo).
“Magic” Machado reduziu o número de funcionários, diminuiu o consumo de combustível, conseguiu desonerar o combustível usado pela Metrobus. “Os cortes não são indolores, mas a Metrobus está ficando cada vez mais azeitada.”
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Friboi quer continuar no PMDB | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Acusado de infidelidade partidária — não apoiou Iris Rezende, e sim Marconi Perillo, na eleição para governador de Goiás —, Júnior Friboi apresentou sua defesa à Comissão de Ética do PMDB.
O empresário alegou que, como não é dirigente partidário, não pode ser expulso do partido. Dirigente, se apoiar candidato de outro partido, é passível de expulsão. Friboi alegou que não participou da campanha do tucano-chefe e que apenas declarou que ele seria eleito no segundo turno.
O próximo passo é a convocação de uma audiência, com apresentação de testemunhas. Friboi apresentou sua defesa técnica e, na audiência, fará a defesa política. Vai dizer que tentou ser candidato e que foi olimpicamente vetado. Não o deixaram sequer disputar a convenção do partido.
O relator vai analisar a denúncia e a defesa. A Comissão de Ética, com todos os dados em mãos, decidirá se Friboi infringiu o Estatuto do PMDB. “Ao contrário do que querem Iris Rezende e José Nelto, não será um julgamento político, por isso as chances de ‘absolvição’ de Friboi são altas”, afirma um advogado.
Friboi não quer sair do PMDB. Pelo contrário, quer disputar o comando regional, em outubro, ou então bancar o deputado federal Daniel Vilela para a presidência. A tese do empresário é a mesma de outros líderes: alguns caciques não podem usar a estrutura partidária apenas no período eleitoral e, depois, abandonar inteiramente os correligionários do interior.
Friboi pretende disputar o governo de Goiás (ou o Senado), prioritariamente, em 2018.

