Bastidores
Júnior Friboi confidenciou a amigos que, para ajudar Daniel Vilela em 2018, na disputa pelo governo do Estado, poderá disputar mandato de senador.
O empresário não desencantou-se com a política. Na verdade, desencantou-se com Iris Rezende. Ele acreditou que o ex-peemedebista-chefe o bancaria para o governo, em 2014, e, depois, descobriu que, na realidade, estava, desde o início, puxando seu tapete.
No momento, Júnior Friboi está se dedicando a dois negócios: frigorífico e construção de edifícios em Goiânia.
FGR, EBM e Consciente têm Goiânia como base de seus principais negócios imobiliários
A senadora opera nas principais regiões de Goiás, fortalecendo o PSB e seu projeto político-eleitoral
Na opinião do ex-prefeito, os eleitores votam nele, mas não querem que avalize outro nome para a Prefeitura de Goiânia
No 1º turno, o deputado se apresentará como não pertencendo a nenhuma base política. Um outsider. Se for para o 2º turno, tende a se tornar governista
Lúcia Vânia banca Vanderlan. Vilmar Rocha lança Virmondes. Wilder Morais aposta em Sandes. Jovair Arantes joga com Luiz Bittencourt
Waldir Soares tem sido notado como fora da base governista
[caption id="attachment_55469" align="alignleft" width="620"] Carlão Alberto Andrade: pré-candidato do PSDB a prefeito de Goianira| Foto: divulgação[/caption]
Aliados de Carlão Alberto de Oliveira (PSDB) apostam que o tucano será eleito prefeito de Goianira com pelo menos 70% dos votos. Eles acreditam que o desgaste do prefeito Miller Assis (PSD) é incontornável.
Convém não subestimar o adversário Miller Assis. Não há dúvida de que faz uma gestão abaixo da crítica, denunciada várias vezes, mas o prefeito detém o controle da máquina pública. Quer dizer, ele tem e terá dinheiro para bancar sua campanha. Dinheiro não ganha eleição sempre, mas, muitas vezes, ajuda.
O tucano aposta na renovação e, ao mesmo tempo, está fugindo dos altos custos das campanhas eleitorais
O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, articula com o PSD de Vilmar Rocha e Thiago Peixoto
O governador Marconi Perillo é sempre preocupado em deixar algumas marcas nos seus vários governos. A principal talvez tenha permeado do primeiro ao quarto governo: a ideia de necessidade da modernização da economia e das práticas políticas. A modernização como uma coisa incontornável. Não dá para recuar — é o seu recado.
Para o quarto governo, que acaba de completar um ano, Marconi Perillo quer firmar a marca de que é um político que dialoga e busca o consenso com praticamente todos os setores da sociedade. Com, claro, os que querem dialogar — porque há setores refratários ao debate aberto e livre, devido às amarras político-ideológicas (muito do que parece da defesa da sociedade resulta do jogo ideológico).
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Presidente Dilma Rousseff, do PT, com o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB/ Foto de Eduardo Ferreira[/caption]
Conversar e buscar o consenso, para fazer o Estado avançar, crescendo e se devolvendo, já eram marcas do governo anterior. No governo atual, mesmo quando há resistências, o tucano-chefe busca sempre o consenso. Ele apresenta suas ideias, incorpora novas ideias, mesmo contrárias às suas, admitindo que à sociedade democrática é vital o consenso, ainda que este, por vezes, tenha de ser obtido por meio do conflito. Buscar o consenso não significa, por outro lado, aderir às teses populistas e ficar paralisado. O tucano-chefe é obstinado e trabalha, de maneira incansável, para implantar suas ideias e colher resultados o mais rápido possível.
Quem acreditou que o vereador Anselmo Pereira, o Macunaíma do Cerrado, iria até o fim na intenção de disputar as prévias, com o objetivo de se tornar candidato a prefeito de Goiânia pelo PSDB, entende muito pouco de política.
Na redação do Jornal Opção, ninguém acreditou que o “projeto” de Anselmo Pereira deveria ser levado a sério. Sobretudo porque o próprio vereador nunca levou-se a sério.

O presidente estadual do PMDB, deputado federal Daniel Vilela, disse ao Jornal Opção na sexta-feira, 19, que o candidato do partido a prefeito de Goiânia está praticamente definido. “Será Iris Rezende. Só não será, se ele não quiser. Os líderes e militantes do partido o querem na disputa. Como seu recall na capital é altamente positivo, suas possibilidades de vitória são as mais altas possíveis. Ele tem capacidade administrativa, conhece a cidade como poucos, por isso o eleitorado sabe que se trata de um político e gestor qualificado.” Mas há quem defenda que o PMDB precisa renovar. “As pesquisas sugerem que o goianiense quer Iris na prefeitura. Isto é um fato.”

O deputado Luís Cesar Bueno embarcou na canoa furada de Iris Araújo e deram com os burros n’água. A oposição está repetindo o mesmo erro ao concentrar seu discurso nos buracos nas rodovias estaduais. Como o governador de Goiás, Marconi Perillo, viabilizou recursos, as estradas deverão ser recuperadas brevemente. Assim, mais uma vez, a oposição perderá seu discurso.

[caption id="attachment_59116" align="alignnone" width="620"] Iris Rezende, Waldir Soares e Vanderlan Cardoso: os três querem conectar-se com a sociedade e manter-se desconectados de Paulo Garcia e Marconi Perillo | Foto: Fotos: Renan Accioly/ Paulo José[/caption]
Assim como os leitores de jornal, políticos adoram pesquisas quantitativas. Mas o que políticos experimentados e modernos esquadrinham com lupa, sobretudo na pré-campanha e no início da campanha, são as pesquisas qualitativas. Elas são mais caras, mais longas, mas fornecem material para os candidatos adequarem e, até, reformularem seus discursos e projetos. Mesmo Iris Rezende, do PMDB, refratário a examinar pesquisas, sobretudo as qualis, está mais disposto a dar-lhe um “voto de confiança”. O deputado federal Waldir Delegado Soares, que procura um novo partido político, e o empresário Vanderlan Cardoso (PSB) são atentos aos números e, sobretudo, à Goiânia profunda captada pelos levantamentos dos institutos de pesquisa. Por isso há uma busca, até frenética, pela imagem de “candidato independente”.
As pesquisas sugerem que, em Goiânia, os eleitores estão de olho num candidato que, antes de ser político, é visto como gestor. Mas Waldir Soares não é apontado mais como político do que como administrador? Surpreendentemente, o delegado-deputado é visto como um político não-político. Noutras palavras, como um político que desafia os políticos tradicionais e que, por vezes, parece sintonizado com os chamados eleitores de formação cultural apenas mediana. Há uma sintonia fina entre o quase ex-tucano e parte do eleitorado que não se julga representado com ninguém. Este eleitorado não o vê como maluco, e sim como um político que “tem coragem de dizer o que precisa ser dito”.
Porém, nas classes média e alta, há uma certa desconfiança, pois Waldir Soares é visto como mais político do que gestor. Teme-se que, eleito, não dê conta de administrar a capital. Mas as pesquisas sugerem que é, no momento, o pré-candidato mais observado por todas as classes sociais. Para o bem e para o mal.
O que mais chama a atenção nas pesquisas qualitativas é o modo como os eleitores — a média deles — querem que se posicionem os candidatos. Eles querem um “candidato independente” em relação ao que avaliam como “os poderes”, quer dizer, o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, e o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT. O eleitorado sugere que o “bom” candidato não deve se “subordinar” a nenhum dos dois, mas, percebendo que o governador não está na disputa, indica que o “candidato adequado” deve manter-se distante e, sobretudo, crítico da gestão do petista. Conectar-se à sociedade significa, segundo a avaliação, desconectar-se dos “poderes”.
Examinando o que se disse acima, o leitor passa a entender porque, de repente, Iris Rezende colocou dois de seus aliados, o vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano, e o ex-presidente da Câmara Municipal Clécio Alves para criticar, de maneira cáustica, a gestão do prefeito Paulo Garcia. Ao mesmo tempo, o peemedebista mantém-se crítico da gestão de Marconi Perillo. Waldir Soares, crítico de Paulo Garcia, começa a se descolar do tucano-chefe (daí as críticas às OSs da Saúde). Vanderlan Cardoso, por intermédio de Lúcia Vânia, apresenta-se como o mais novo “independente”.