Bastidores

O governador eleito articula um frentão para fortalece-lo no Legislativo e na disputa da reeleição em 2022

Se Wilde Cambão assumir a secretaria, seu suplente, Lineu Olímpio, assume vaga na Assembleia. É aliado de Renato de Castro
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O governador eleito de Goiás, Ronaldo Caiado, do DEM, deve nomear um político — ou técnico — do Entorno do Distrito Federal para titular da Secretaria do Entorno do Distrito Federal.
Dois políticos são mais cotados — o deputado estadual Diego Sorgatto, do PSDB, e o deputado estadual eleito Wilde Cambão, do PSD.
Diego Sorgatto disse ao Jornal Opção que recebeu uma sondagem sobre a possibilidade de assumir a Secretaria do Entorno. “Topo ser secretário desde que a secretaria tenha estrutura de trabalho de fato e, deste modo, eu possa ajudar a minha região.”
Wilde Cambão é liderado do prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin, do PSD. Os dois foram bastiões da candidatura de José Eliton (PSDB) no Entorno de Brasília.
Mas há uma questão que uma fonte sugere que seja levada em consideração. O prefeito de Goianésia, Renato de Castro, do MDB, apoiou Lineu Olímpio, do PTB, para deputado estadual.
Lineu Olímpio não ganhou, mas ficou como primeiro suplente da coligação PSD-PTB. Renato de Castro quer vê-lo na Assembleia Legislativa já a partir de fevereiro de 2019. Como?
Se Wilde Cambão, do PSD, for para a Secretaria do Entorno, Lineu Olímpio se torna deputado — o que agradará Renato de Castro. O prefeito foi um dos primeiros emedebistas a desafiar Daniel Vilela, candidato derrotado do MDB a governador, e bancar Ronaldo Caiado. Este é grato ao representante de Goianésia e a indicação de Wilde Cambão seria uma forma de contemplá-lo.
Há a possibilidade de um tertius? Sim. Trata-se de Marcelo Melo, do DEM, que mantém forte ligação tanto com o Entorno, sua origem, quanto com Brasília. Ele foi deputado federal.

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O governador eleito tem como projeto fortalecer seu grupo político nas principais cidades de Goiás
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Há comentários de que, se não for candidato a prefeito de Goiânia, Maguito Vilela (MDB) será candidato a prefeito de Aparecida de Goiânia. Não é o que se ouve do ex-governador. Aos aliados, que clamam por um posicionamento, o emedebista frisa, com todas as letras, que não será candidato em Aparecida e que apoiará a reeleição do prefeito Gustavo Mendanha (MDB).
No campo da oposição, há uma articulação relativamente discreta, mas os atores estão em campo. Quando inquirido, o empresário Glaustin da Fokus (PSC) fala o que todo político diz: vai permanecer na Câmara dos Deputados, em Brasília, de 2019 a 2022. Não é bem assim.
De fato, Glaustin da Fokus usou dinheiro pessoal para se eleger — não foi bancado financeiramente por terceiros. Mas sozinho, com seus 100.437 votos — 3,31% dos votos válidos —, não teria sido eleito deputado federal. Mais: Foi eleito, em larga medida, graças ao apoio da Igreja Assembleia Deus, uma das mais respeitadas facções evangélicas do país. Sem a Igreja, não teria obtido a metade dos votos que amealhou.
O destino político de Glaustin da Fokus, portanto, não depende só dele. A Assembleia de Deus e um grupo de empresários — como Sandro Mabel — têm interesse e influência nos seus projetos. Por isso, se bancado pelo governador eleito de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), pode disputar a Prefeitura de Aparecida de Goiânia.
Colocar um pé em Aparecida de Goiânia, além do fato em si de conquistar a segunda cidade de Goiás com maior eleitorado — quase 400 mil —, se eleger o prefeito, o grupo de Ronaldo Caiado e Iris Rezende, prefeito de Goiânia, conseguiria reduzir a força política do deputado federal Daniel Vilela, presidente regional do MDB, e do ex-prefeito Maguito Vilela.

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