Por Ton Paulo

A lei existe para promover ações que garantam uma renda emergencial para trabalhadores da Cultura e manutenção dos espaços culturais durante o período de pandemia
[caption id="attachment_285618" align="alignnone" width="620"] Foto: Cristine Rochol/PMPA[/caption]
Apenas 1.047 dos 5.570 municípios do Brasil concluíram os planos de ação para recebimento da Lei Aldir Blanc, criada com o intuito de promover ações para garantir uma renda emergencial para trabalhadores da Cultura e manutenção dos espaços culturais brasileiros durante o período de pandemia do Covid‐19. O número representa apenas 18,7% do total de cidades que podem solicitar o montante direcionado pelo Ministério do Turismo.
Segundo dados do governo federal, entre os estados com as menores taxas de adesão estão: Roraima, onde apenas a capital, Boa Vista recebeu o recurso; Pará, com 4,4% do total das cidades contempladas; além do Amazonas, Rondônia e Mato Grosso, onde menos de 10% das localidades concluíram o processo. Já os estados do Rio Grande do Norte (34,7%), Paraíba (33,6%) e Piauí (32,1%) foram os que tiveram o maior percentual de municípios cadastrados, mas com apenas 1/3 do total.
Atualmente, o governo federal faz o pagamento constante no 2º lote - para os planos aprovados entre os dias 02 e 16 de setembro - e que será finalizado no dia 26 de setembro. Já o Lote 3 será destinado aos planos aprovados até 1 de outubro e deverão receber os recursos até 11 de outubro. O último lote prevê que os planos sejam aprovados até 16 de outubro e determina o pagamento até 26 de outubro.

Ativistas da causa LGBT e dos Direitos Humanos de Goiás se lançam na política na tentativa de conquistar uma vaga no Legislativo
[caption id="attachment_284132" align="alignnone" width="620"] Thiago Henrique, Fabrício Rosa e Beth Caline são alguns dos candidatos LGBT nestas eleições | Foto: Montagem[/caption]
Este ano promete ser bem colorido, pelo menos na política. Conforme dados da Aliança Nacional LGBTI+, 2020 bateu o recorde de pré-candidaturas de pessoas autodeclaradas lésbicas, gays, bissexuais ou transexuais/travestis (LGBT). Até o mês de julho, de acordo com a entidade, mais de 430 indivíduos de orientação sexual ou gênero diferentes dos considerados padrão (heterossexual e cisgênero) no Brasil inteiro decidiram disponibilizar seus nomes para concorrer a um cargo no Legislativo ou Executivo municipal. Comparado à quantidade de "candidaturas heterossexuais" o número pode parecer baixo, mas é um passo gigantesco na busca por representatividade.
Em Goiás, não é diferente. Na capital, ativistas não só da causa LGBT, mas dos Direitos Humanos como um todo, têm se organizado e se mobilizado para tentar garantir uma cadeira na Câmara Municipal e, assim, ter um nome atuante que possa ser a voz, até então minoritária, na política para a população LGBT.
Na noite do último sábado, 12, uma frente suprapartidária formada por 7 candidaturas LGBT ao Legislativo foi lançada em Goiânia com o objetivo de "se comprometer a discutir as pautas LGBTQI+" e levar representatividade ao meio político. A chamada Frente pela Vida e pela Diversidade conta com as candidaturas de Fabrício Rosa (Psol), Thiago Henrique (PDT), Weliton Pina (Psol), Daniel Mendes (PT), Hugo Leonardo (Rede), Ludmila Rosa (Avante) e Beth Caline (Psol). Essa última, sendo candidata a um mandato coletivo formado apenas por mulheres (cis e trans).
Entretanto, as candidaturas de gays, lésbicas e transexuais/travestis não se restringem apenas à capital. Um levantamento feito pelo Jornal Opção juntamente a um dos coordenadores da Frente pela Vida e pela Diversidade, Fabrício Rosa, e com o Instituto Goiano de Cidadania e Direitos Humanos (IGCDH), através do candidato a vereador Thiago Henrique, encontrou a presença de mais de 30 candidatos declaradamente LGBT em vários municípios goianos. Contudo, o número pode ser ainda maior.
São eles: Ana Kelly (PT) – Ceres Ana Luiza (PT) – Cidade Ocidental Beth Caline (Psol) – Mandata coletiva – Goiânia Daniel Mendes (PT) - Goiânia Dr. Guilherme (PDT) - Nazário Fabricio Rosa (Psol) - Goiânia Felipe Freitas (Podemos) – Anápolis Hugo Leonardo (Rede) – Goiânia Jhoe Santos (Psol) - Luziânia Julianna (PT) – Itumbiara Leydiellen (PT) – Formosa Luan Silva (PT) - Morrinhos Ludmila Rosa (Avante) – Goiânia Luís Jesus do Santos (PT) – Águas Lindas de Goiás Luiz Carlos (PT) – Bela Vista de Goiás Maria Marta Ramos (PT) – Senador Canedo Messias Silvério (PDT) - Trindade Nathalia Aureliana (PcdoB) - Goiânia Pai Paulo (PSB) – Cidade Ocidental Paulo Marchiori (PV) – Cidade Ocidental Professor Fagner (PT) – Doverlândia Rimet Jules (PT) - Anápolis Rodrigo Canizo (PSB) – Cidade Ocidental Sarah (PT) - Itumbiara Sônia Cleide (PT) – Goiânia Thiago Henrique (PDT) - Goiânia Tiago Galvão (PT) – Cidade de Goiás Vinicius Martins (PT) - Morrinhos Wanessa Beltrão (PT) – Porangatu Warley Azevedo (PSDB) - Luziânia Warley Filipe (PT) - Ceres Weliton de Pina (Psol) – Goiânia
“A gente quer defender a vida”, diz candidata trans
Roberta Caroline, ou Beth Caline, como é conhecida no ativismo e militância, é uma mulher trans de 23 anos. Cabeleireira e maquiadora por profissão, Beth é uma das quatro candidatas do mandato coletivo “Agora é que são elas! Juntas e misturadas”, ou, como elas mesmo dizem, “mandata coletiva”. Ao lado da cientista social Cíntia Dias, de 43 anos; da professora universitária Cristiane Lemos, de 47 e da pedagoga Valéria da Congada, de 49 anos, todas mulheres cis, Beth Caline faz parte do grupo LGBT que tentará uma vaga no Legislativo goianiense nas eleições de 2020. De acordo com a candidata, não há, na politica goiana, nomes que representem a população LGBT em suas demandas básicas e foi o que a motivou a tentar a gestão pública. [caption id="attachment_284126" align="alignleft" width="244"]

Para candidato LGBT, a contribuição maior é com o debate
Esta é a primeira vez que o produtor cultural e coordenador da Parada LGBT em Goiânia, Thiago Henrique, de 29 anos, se lança a candidato a vereador. Thiago, que é gay e concorre pelo PDT, conta que começou no ativismo LGBT há cerca de 13 anos, desenvolvendo ações diárias para a população LGBT, tanto culturalmente quanto de assistência. De acordo com Thiago, a luta ativista somada à política propicia caminhos para efetivas transformações na sociedade. “Como a gente faz uma militância, ela precisa ser complementada através de um mandato. E por isso essa importância de participação na política. A contribuição maior é com o debate, a defesa da construção de políticas públicas para a população LGBT”, diz. [caption id="attachment_284128" align="alignright" width="300"]
Ativista, policial, candidato e gay
Aos 40 anos, o policial rodoviário federal e candidato à Câmara Municipal de Goiânia pelo Psol, Fabrício Rosa, do Psol, tem uma longa trajetória de militância pelos Direitos Humanos. Fabrício relata que sua atuação surge há mais de 15 anos com o trabalho de proteção aos direitos da criança e do adolescente, como o combate à exploração sexual e trabalho infantil. A militância LGBT de Fabrício somou-se ao trabalho posteriormente, quando o policial, que é gay assumido, sentiu a necessidade da presença de pessoas LGBT em locais onde as mudanças são feitas estruturalmente, ou seja, a política. Todavia, para Fabrício, o cenário no poder público ainda reflete uma cultura há tempos enraizada no país. “Nós vivemos a ditadura do dinheiro. São sempre as mesmas famílias que estão lá, mesmo que sejam com outros nomes, mas os sobrenomes são sempre os mesmos. É uma ditadura também do machismo. Sempre os mesmos homens, milionários, brancos, cis, heteros”, critica. Fabrício, que já tentou uma vaga no Senado Federal em 2018, é doutorando em Direitos Humano pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e integra uma associação de agentes da segurança pública LGBT que atua na manutenção dos direitos dessa minoria, a Rede Nacional de Operadores de Segurança Pública LGBTI+ (Renosp LGBTI+). A entidade, em suas próprias palavras, “foi criada para o enfrentamento da LGBTIfobia no país e para a garantia da liberdade de orientação sexual e de identidade de gênero no âmbito da segurança pública”. [caption id="attachment_284129" align="alignleft" width="300"]
LGBTs em evidência
Com indivíduos LGBT presentes na corrida eleitoral, Victor Hipólito, da Assessoria Especial LGBT da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas de Goiânia, vê a possibilidade das demandas e problemas dessa minoria virem à tona. Para Hipólito, a presença LGBT na política viabiliza o debate e expõe a realidade da população. “A importância de ter candidatos que apresentem a pauta da diversidade sexual, de gênero, é que traz o debate. Vai ser mostrado, vai ser televisionado, vai ser falado. Então, o debate ele vai existir sobre o tema”, avalia. [caption id="attachment_284130" align="alignnone" width="608"]

Após a flexibilização das restrições em Goiás, o órgão tem servido de propulsor para os pequenos empreendedores que amargaram no prejuízo
[caption id="attachment_284196" align="alignnone" width="620"] Élita Ferreira contou com o suporte do Sebrae para lançar sua própria marca de cosméticos | Foto: Arquivo pessoal[/caption]
Desde que foi decretada, a pandemia do novo coronavírus parou o mundo, literalmente. Do início do ano para cá, ações de restrição e fechamento do comércio foram aplicadas na maioria esmagadora dos países afetados pela covid-19 com o objetivo de conter a propagação do Sars-CoV-2. No Brasil, as medidas restritivas foram adotadas pelos governadores e prefeitos desde o mês de março, sendo o Estado de Goiás pioneiro.
Nos 5 meses em que Goiás teve os estabelecimentos de atividades consideradas não essenciais de portas fechadas, empresários dos mais variados setores amargaram numa crise histórica. Mesmo com a flexibilização das restrições, determinada no mês de julho, muitos tiveram que recorrer às linhas de crédito liberadas pelos governos federal e estadual, nem sempre conseguindo, devido à apontada dificuldade de acesso. Outros tentam se reinventar e se adaptar para continuar de portas abertas.
Foi nesse cenário de receio do “recomeço pós-restrições” que o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Goiás, o Sebrae Goiás, decidiu lançar a campanha Sebrae Novo Ritmo. Como já sugere o título, a iniciativa do órgão tem como foco os empreendedores afetados pela pandemia e que, agora, precisam conferir aos seus negócios um “novo ritmo” para recuperar o tempo e dinheiro perdidos.
De acordo com o órgão, a campanha, que teve início na última segunda-feira, 14, oferece até 70% de desconto para pequenas empresas em consultorias pagas e tem o objetivo de viabilizar ao empreendedor “acesso à informação e capacitação e, consequentemente, torná-lo mais competitivo no mercado na retomada das atividades pós-pandemia”.
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Derly Fialho, diretor-superintendente do Sebrae Goiás | Foto: Divulgação/Sebrae[/caption]
Para o diretor-superintendente do Sebrae Goiás, Derly Fialho, a campanha Sebrae Novo Ritmo chega em um momento em que o empreendedor reabre suas portas e recoloca o uniforme. “Com a ampliação da flexibilização, a gente quer ajudar o empresário que está recomeçando”, explica. Fialho relata que o Sebrae, que implementou e ampliou os atendimentos online durante a pandemia, mantém essas opções que, agora, ficam inteiramente à disposição do empreendedor.
“Ele vai ter a opção no Sebrae de fazer treinamento online, de buscar conhecimento 24 horas por dia e vai ter uma coisa muito importante que a gente lançou nessa campanha, para as chamadas pequenas empresas: elas vão ter um bônus de 70% naquelas consultorias que têm custos, para que fique acessível e elas possam ter a melhor orientação para reposicionar o negócio”, destaca o diretor, em referência ao Sebrae Novo Ritmo.
Os temas abordados na campanha são: Negócios Digitais, Controles Financeiros, Redução de Custo, Fluxo de Caixa, Vendas, Formação de Preço, Cuidados Pós-Covid, Melhorias de Processos, Websites e Planejamento.
Para usufruir dos benefícios da campanha, basta que o empresário ou empreendedor acesse o portal do Sebrae ou entre em contato pelo 0800 570 0800 e detalhe sua demanda.
Adesão ao atendimento online
Devido aos protocolos de segurança sanitária contra o coronavírus, durante meses o Sebrae Goiás teve que suspender seu atendimento presencial e contar somente com o online. O presencial já retornou, mas o online parece ter caído no gosto dos empresários que procuram o órgão. “O Sebrae foi muito rápido na atuação porque já tínhamos um bom domínio da tecnologia. A gente já praticava muitas coisas como cursos EaD, já estava experimentando consultoria à distância. O que aconteceu: acelerou”, detalha o diretor. Fialho revela que o atendimento à distância, digital, teve um crescimento de 70% ao longo do período da pandemia. De acordo com o diretor, a adesão por parte dos empresários foi totalmente ampla. “Andamos investigando de forma não oficial de que anda perto de 50% as pessoas que gostariam que continuar sendo atendidas à distância. É bem expressivo o número de empresários e empreendedores que viram nesse modelo um modelo fácil de acessar, custo zero, praticamente, e que trouxe resultado pra eles”, ressalta.O efeito Sebrae
A campanha Sebrae Novo Ritmo existe há apenas uma semana, mas o sistema de colaboração e auxílio à pequena empresa prestado pelo órgão, através de palestras, cursos, orientações, parcerias e consultorias, existe há décadas. A artesã Alda Assis, de 59 anos, é um exemplo disso. Alda atua em Goiânia há 9 anos na confecção de acessórios femininos com material orgânico. A profissional conta que conheceu os serviços do Sebrae e usufrui deles desde 2012. De acordo com ela, foi graças às orientações e informações obtidas junto ao órgão que conseguiu construir seu próprio negócio. [caption id="attachment_284201" align="alignright" width="300"]
Conhecimento e alicerce
Há 30 anos no ramo da Estática, Élita Ferreira, de 51 anos, mostra orgulho das conquistas que obteve na profissão. Élita, que tem um salão de beleza, conseguiu, há três anos, lançar sua marca própria de cosméticos, a Élita Brazil. Todavia, nada disso teria sido possível, segundo a profissional, sem o suporte do Sebrae. Élita, que reside em Aparecida de Goiânia, conta que recorre às orientações do Sebrae há anos e desenvolveu uma parceria mais sólida com o órgão desde o lançamento da sua marca. A profissional da beleza relata que o ramo no qual atua “não é muito ligado à gestão”, mas foi graças às orientações e consultorias que ela descobria a importância desse fator para o negócio. “A gestão é de suma importância e eu dou muita atenção a isso, a essa parte, depois que o Sebrae me orientou”, diz. [caption id="attachment_284203" align="alignleft" width="300"]
Próprio negócio
A profissional em Tecnologia da Informação (TI) Nara Rúbia, de 49 anos, atua na área há cerca de 20 anos. Mesmo sendo um ramo altamente requisitado, a crise veio e Nara acabou ficando desempregada. A vontade de ter seu próprio negócio cresceu e acabou acontecendo. Há 4 meses, Nara trabalha para si mesma em casa, em modo home office. A profissional oferece suporte a software, consultoria e treinamento e, indo contra a maré, Nara revela que tem sido imensamente beneficiada na pandemia.“Essa área de TI foi muito beneficiada, porque com a pandemia os funcionários passaram a trabalhar de casa e esse ramo cresceu muito”, relata. [caption id="attachment_284205" align="alignright" width="300"]

População atingida pelas campanhas de vacinação tem diminuído e efeitos desse fenômeno já começam a ser sentidos

Nos meses em que as restrições impostas pela pandemia ficaram em maior evidência, a taxa de ocupação de hotéis no Estado ficou abaixo de 15%
[caption id="attachment_282551" align="alignnone" width="616"] Medidas contra o coronavírus atingiram em cheio o segmento de hotéis do país inteiro | Foto: Reprodução[/caption]
Em épocas de crise, as fontes de lazer e entretenimento parecem ser as primeiras “cortadas na carne”. Com a pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 130 mil pessoas só no Brasil, não seria diferente. Desde março deste ano, quando um decreto estadual determinou a suspensão de atividades consideradas não essenciais em Goiás, mantendo apenas as declaradas de caráter básico como forma de conter a proliferação do Sars-CoV-2, pontos turísticos e demais locais normalmente badalados e atrativos para visitantes ficaram desertos.
As medidas, necessárias mas amargas, atingiram em cheio todos os segmentos ligados ao turismo, e mesmo após a flexibilização das restrições, em julho, os efeitos negativos ecoaram. O segmento hoteleiro, que depende diretamente do fluxo de visitantes e turistas para sobreviver, por exemplo, observou suas taxas de ocupação despencarem.
Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC), desde o início da pandemia o turismo acumula perdas na ordem de R$ 121 bilhões e 97 milhões. Os hotéis são, de longe, alguns dos estabelecimentos mais afetados. Conforme estimativa da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), mesmo com o fim da pandemia, ao menos 3 mil hotéis no Brasil podem não voltar a levantar suas portas.
A avaliação da entidade é a de que hotéis independentes em regiões de lazer ou cidades voltadas para o turismo, além de hospedagem urbanas, terão muitas dificuldades para se reerguer, mesmo após a pandemia.
Em Goiás, taxa de ocupação de hotéis chegou a ficar abaixo de 15%
Ao Jornal Opção, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Goiás (Abih-GO), Fernando Carlos Pereira, desenhou o quadro preocupante do segmento hoteleiro no Estado. De acordo com o presidente, durante os meses em que as restrições provocadas pela pandemia ficaram mais em evidência, como maio, junho e julho, os estabelecimentos do tipo em Goiás chegaram a amargar com taxas de 12% de ocupação. Para se ter uma ideia da discrepância com anos padrões, a taxa de ocupação de hotéis em Goiânia, capital do Estado, em meados de julho de 2018 foi de 61%, conforme levantamento da Abih nacional. “Em janeiro teve um movimento bom, a gente estava muito otimista, o carnaval foi um momento bom. Mas no período da pandemia, a taxa de ocupação caiu demais. A média do semestre inteiro, contando de janeiro até agora, foi de 22%”, informou Pereira. [caption id="attachment_282552" align="alignnone" width="620"]
Crise afeta até os tradicionais
Os efeitos negativos gerados pela pandemia do novo coronavírus e, consequentemente, as medidas impostas para controla-lo não estão restritas aos micro e pequenos empresários do ramo de hotéis. Os grandes estabelecimentos, já consolidados no mercado, também padecem pela queda de faturamento. Com mais de 30 anos de existência, o Castro’s Park Hotel, localizado no Setor Oeste, na capital, tornou-se referência em hotelaria no Estado, mas com a pandemia, vive, provavelmente sua pior época. [caption id="attachment_282553" align="alignleft" width="300"]

Com a aproximações do pleito que definirá os novos vereadores e prefeitos de Goiás, partidos deixam de lado rixas históricas para tentar uma caminhada conjunta
[caption id="attachment_281037" align="alignnone" width="620"] Lívio Luciano, presidente do DEM em Goiânia | Foto: Divulgação[/caption]
Faltando menos de 3 meses para as eleições municipais, previstas para ocorrer em meados de novembro, os partidos políticos têm trabalhado incansavelmente nos bastidores para garantir a eleição exitosa de seus candidatos. Para isso, em Goiás, rezando na tradicional cartilha política, as legendas se movimentam para conseguir compor alianças com outras siglas com as quais têm afinidades e que poderão proporcionar, ao mesmo tempo, recursos políticos e financeiros para o pleito. Mas como águas passadas não movem moinhos, alguns partidos parecem estar dispostos a deixar de lado as convencionais rivalidades para viabilizar uma caminhada conjunta nas eleições.
É o caso de grupos como os do MDB, DEM e PSD. Rivais historicamente, tais legendas, movidas talvez pelas alterações na legislação eleitoral como a extinção da possibilidade de coligações proporcionais, os efeitos da pandemia e o cenário político atípico, têm abertos diálogos e podem, sim, compor alianças que, em outros tempos, seriam, no mínimo, inviáveis.
Em Goiás, o DEM de Ronaldo Caiado e o MDB de Iris Rezende, opositores tradicionais, trocam afagos já há algum tempo. No início de 2018, lideranças que integram uma ala do MDB chegaram a se reunir para explicitar seu apoio à candidatura de Caiado ao governo do Estado. O apoio, além de ter vingado, agora tem sua retribuição. Isso, porque desde o início do ano, mesmo com o prefeito Iris manifestando desinteresse em se candidatar à reeleição, o DEM fincou o pé e declarou total apoio ao emedebista octogenário.
Mesmo com o clamor do MDB e do DEM, Iris acabou cumprindo o que prometeu e anunciou, oficialmente, que não seria candidato e ainda que encerraria sua carreira política em janeiro de 2021. Para o emedebista Gustavo Mendanha, pré-candidato à reeleição de Aparecida de Goiânia, Iris agora ficará como um conselheiro político, “não só para o MDB, mas para qualquer político que queira aprender com sua experiência”.
“E agora, é evidente que talvez outras pessoas que estão no MDB vão ter oportunidade de aparecer um pouco mais”, afirmou o gestor de Aparecida, que adiantou que espera contar com o apoio de cerca de 15 partidos para sua reeleição.
Saída de Iris abala interlocuções
Um nome que se enquadra na fala de Mendanha é o do ex-deputado federal e ex-governador Maguito Vilela que, com a saída de Iris da disputa, vira a figura do MDB para brigar pela cadeira no Paço Municipal. Porém, se com o Iris o DEM tinha o fervor da empolgação, com Maguito o cenário parece ser diferente. Presidente do DEM em Goiânia, Lívio Luciano não demonstra entusiasmo, agora, com uma aliança como o MDB. Ao Jornal Opção, o presidente afirmou que “a interlocução natural seria com o Iris”, e como o prefeito não “manifestou nada até agora, então, a articulação [com o MDB] não tem evoluído”. [caption id="attachment_281039" align="alignnone" width="620"]
PSL pode se aliar a opositores históricos
O PSL se autointitula um “partido independente”, segundo o próprio pré-candidato da sigla ao Paço Municipal, Major Araújo. O deputado estadual conta que é o nome definido para ser homologado candidato em 13 de setembro, na convenção partidária, e avalia que, por conta de sua postura, o PSL pode ter algumas situações emblemáticas na hora de compor alianças. “Tem gente que chama o PSL de um partido radical por causa das bandeiras que ele defende, e isso dificulta alianças. Para completar, eu, particularmente, como pré-candidato que será homologado no dia 13, não concordo com o toma-lá-dá-cá que rola nessas alianças que são feitas. Ninguém vem de graça”, declarou. [caption id="attachment_281040" align="alignright" width="384"]

Indenizado recentemente, o Tenente Quintino viu de perto a face radioativa da morte e do pânico que tomou conta de Goiânia em 1987, ano que ficou marcado para sempre

Com a impossibilidade de reeleição do atual prefeito de Águas Lindas, Hildo Candango, do PTB, o caminho fica aberto para outros nomes
[caption id="attachment_280982" align="alignnone" width="621"] Sargento Godoy | Foto: Divulgação[/caption]
Membro da Polícia Militar de Goiás, o Sargento Godoy é pré-candidato confirmado à Prefeitura de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. O militar, que alega representar a figura popular, deve concorrer pelo partido do governador Caiado, o DEM.
Com a impossibilidade de reeleição do atual prefeito de Águas Lindas, Hildo Candango, do PTB, o caminho fica aberto para outros nomes. Godoy, morador do município há cerca de 20 anos, defende seu legado na polícia e afirma representar a renovação e a postura popular.
De acordo com o pré-candidato, existe uma necessidade de evolução em Águas Lindas. “Precisamos renovar, agora é a vez do povo chegar ao poder. Acredito que por ser morador da cidade, conheço bem a realidade vivida pela nossa população", disse.
"Águas Lindas precisa evoluir, precisa de um representante que realmente entenda e mais que isso, vivencie o dia a dia da cidade”, completou o sargento.

Podem participar da seleção alunos do 9º ano que estudem em escolas públicas de Goiás, sejam de baixa renda, tenham idade entre 12 e 15 anos e apresentem alta performance escolar

O prefeito Wilson Santos teria atacado seu vizinho, Luis Antonio Rodrigues, com uma faca, acertando-o no ombro

O projeto Patronos foi criado para identificar e capacitar candidatos militares, que prometem ir com força para o pleito deste ano

Profissionais da comunicação têm enfrentado uma onda de violência e perseguição talvez nunca antes vista no Brasil desde que o país foi redemocratizado
[caption id="attachment_278587" align="alignnone" width="620"] Bolsonaro dá "banana" para jornalistas na saída do Palácio da Alvorada | Foto: Reprodução/YouTube[/caption]
“Por que o Queiroz depositou R$ 89 mil na conta da Michelle?”. Essa pergunta foi repetida por nada menos do que 89 vezes seguidas na coluna de Renato Terra, publicada no dia 26 na Folha de São Paulo. Terra não foi o único. O questionamento também foi destaque nos jornais O Globo, Extra, Estadão, UOL, BBC e diversos outros veículos de comunicação nacionais e até internacionais, como Reuters, CNN, Time e The Guardian.
Os internautas também aderiram. No dia 23, a pergunta que faz referência a depósitos feitos por Fabrício Queiroz e sua esposa, Márcia Oliveira, na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro chegou ao trending topics do Twitter, após ser compartilhada milhares de vezes na rede social.
O efeito dominó do questionamento a respeito dos tais depósitos na conta bancária de Michelle começou depois que o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse a um repórter do O Globo que tinha vontade de encher a boca dele de porrada quando o profissional de imprensa fez a pergunta. Não parou por aí. Alguns dias depois de ameaçar o repórter, o presidente chamou outro jornalista de "otário" quando o comunicador fez exatamente a mesma indagação - ainda sem resposta por parte de Bolsonaro.
A pergunta parece realmente incomodar o presidente do Brasil e sua reação é justamente o reflexo do turbilhão de ataques que a imprensa tem sofrido nos últimos tempos. O Art. 220 da Constituição Federal de 1988, prega que "manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição". Entretanto, profissionais da comunicação têm enfrentado uma onda violência e perseguição talvez nunca antes vista no Brasil desde que o país foi redemocratizado.
Segundo dados da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), que realiza o monitoramento e análise dos casos de agressões contra jornalistas, o Brasil registrou, em 2019, 208 ataques a veículos de comunicação e jornalistas, um aumento de 54% em relação a 2018. Do total, 114 casos foram de descredibilização da imprensa e 94 de agressões diretas a profissionais.
Além dos ataques, a entidade registrou, ainda em 2019, 2 assassinatos, 28 casos de ameaça e intimidação, 15 agressões físicas, 10 casos de censura ou impedimento do exercício profissional, 5 ocorrências de cerceamento à liberdade de imprensa por ações judiciais, 2 casos de injúria racial e 2 ações de violência contra a organização sindical da categoria.
A Fenaj aponta que os jornalistas do segmento de televisão são os mais agredidos. Em 2019, 35 jornalistas de TV foram vítimas de agressão direta, seguidos dos jornalistas de jornais: 33 profissionais agredidos. Em terceiro lugar estão os jornalistas de mídia digital (portais, sites e blogs) com 23 casos de agressão registrados em 2019.
Para presidente da Fenaj, há institucionalização da violência contra comunicadores
O relatório da Fenaj de 2019 foi o primeiro em que a entidade contabilizou as tentativas de descredibilização da imprensa. Em 2019, a modalidade tornou-se a principal forma de ameaça à liberdade de imprensa no Brasil e foi incluída no relatório diante da institucionalização da prática por meio das falas e discursos do presidente da República. Para ser ter uma ideia, a Fenaj apontou, em outro relatório, que, no primeiro semestre de 2020, Bolsonaro protagonizou, sozinho, 245 ataques contra a imprensa. Foram 211 casos de descredibilização da imprensa, 32 ataques pessoais a jornalistas e 2 ataques contra a Fenaj. A Presidente nacional da Fenaj, a goiana Maria José Braga, garante que a entidade tem monitorado o aumento da violência contra jornalistas e que esse aumento “se deu, principalmente, pela atuação do presidente Jair Bolsonaro”. “O presidente foi responsável, sozinho, por cerca de 54% dos ataques a jornalistas ou a veículos de comunicação. Temos o relatório que descreve cada caso pontualmente, para que ninguém duvide dos nossos números”, revela. [caption id="attachment_278588" align="alignright" width="386"]
Na região Centro-Oeste
A violência contra jornalistas não está restrita apenas às grandes metrópoles do Sudeste (que representa a maioria dos casos de agressões. Conforme a Fenaj, a região Centro-Oeste passou à condição de segunda mais violenta para o exercício da profissão de jornalista, lugar que nunca havia ocupado, desde o início da série histórica dos Relatórios. O maior número de agressões foi no Distrito Federal, que também passou ao posto de segundo estado mais violento, ultrapassando o Rio de Janeiro, que mantinha a posição nos últimos anos. Foram 13 casos (13,83%) de violência no DF. Em Mato Grosso, houve quatro casos e, em Mato Grosso do Sul, um. Segundo o presidente do Sindicato dos Jornalistas de Goiás (Sindjor Goiás), Cláudio Curado, não é raro o sindicato ter que intervir em casos de ataques contra profissionais de comunicação no Estado e cita como exemplo uma situação recente, ocorrida no município de Niquelândia. De acordo com Curado, um jornalista de Niquelândia, que mantém um portal de notícias da região, publicou uma matéria sobre um vereador, que não gostou nada do conteúdo. O parlamentar, então, teria mandado áudios com ameaças para o jornalista, que recorreu à ajuda do sindicato. “Fizemos contato com a Secretaria de Segurança Pública e orientei [o jornalista] a fazer um BO. O secretário de segurança pública de Goiânia ligou na delegacia pedindo providências”, detalha Curado. O caso agora corre na Justiça.Ascensão de onda conservadora no Brasil evidenciou ataques a jornalistas, diz professor doutor
Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutor em Epistemologia da Comunicação pela Unisinos, o professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), Luiz Signates, acredita que o crescimento da violência contra jornalistas pode estar diretamente relacionado com a “ascensão ao poder de Jair Bolsonaro, ampliando espaço e legitimidade para grupos extremistas de direita, de perfil autoritário e antidemocrático, para quem uma imprensa livre e crítica sempre constituiu uma ameaça”. Para Signates, o aumento do compartilhamento das chamadas fake News também foi decisivo para a existência desse fenômeno social. O professor explica que as fake News “não se limitaram às disputas de campanha, mas prosseguiram como parte da política de comunicação do próprio governo”. “Essa institucionalização de uma relação autoritária e conflitiva com a imprensa tende a criar um clima de quase legitimação da violência contra jornalistas”, esclarece. [caption id="attachment_278589" align="alignleft" width="349"]

O evento marcou a inauguração da usina de energia fotovoltaica do Grupo Di Roma, de propriedade da deputada federal Magda Mofatto
[caption id="attachment_279023" align="alignnone" width="620"] Bolsonaro, Caiado e outras autoridades antes do evento em Caldas Novas Foto: Governo de Goiás[/caption]
O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), esteve presente na manhã deste sábado, 29, juntamente com o governador Ronaldo Caiado, na solenidade de inauguração da usina de energia fotovoltaica do Grupo Di Roma, complexo turístico em Caldas Novas. Bolsonaro aproveitou a ocasião para voltar a defender o uso da hidroxicloroquina como tratamento para a Covid-19, assim como o uso do nióbio para a produção de "super baterias".
Além de Bolsonaro e Caiado, estiveram presentes também o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o General Heleno, o deputado federal Major Vitor Hugo (PSL), a deputada federal e proprietária do Grupo Di Roma, Magda Mofatto (PL), o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Efrain Pereira da Cruz, além de representantes do Executivo e Legislativo de Caldas Novas.
Em sua fala, Ronaldo Caiado elogiou Bolsonaro e se referiu a ele como o "presidente que mais investiu em Goiás" até o momento, citando obras e projetos já entregues ou previstos pelo governo federal, como a Ferrovia Norte-Sul, a internacionalização do Aeroporto de Goiânia e o Centro de Excelência de Tecnologia Ferroviária, que deve ser sediado em Anápolis
"Com isso, vossa excelência alavancará um dos setores mais promissores diante da nova opção de vossa excelência no novo modal, que é a ferrovia que estava parada no Brasil até vossa excelência assumir o governo", disse o governador.
Hidroxicloroquina e nióbio
Bolsonaro agradeceu o apoio de Caiado e comemorou a entrega da usina fotovoltaica em Caldas Novas. O presidente também voltou a defender o uso da hidroxicloroquina e disse que, após conversas com a pessoas do Food and Drug Administration (FDA), referida por Bolsonaro como a "Anvisa americana", e embaixadores de outros países, concluiu que a substância poderia sim ser recomendada por médicos contra o coronavírus. Diante da ausência de estudos que comprovam a eficácia de hidroxicloroquina, o presidente citou um caso que, segundo ele, aconteceu durante a Guerra do Pacífico, em que um soldado foi submetido a uma transfusão de água de coco. "O soldado voltava da frente de batalha ferido, não tinha como conseguir uma transfusão. Até que alguém teve a ideia de injetar na veia dele, Caiado, água de coco e deu certo. Então a hidroxicloroquina é uma realidade", afirmou Bolsonaro. [caption id="attachment_279024" align="alignnone" width="544"]
Usina fotovoltaica
Construída em perímetro urbano, a usina inaugurada hoje foi idealizada pela deputada federal e proprietária do Grupo Di Roma, Magda Mofatto, e ocupa um espaço físico de 75 mil metros quadrados e possui 16.578 módulos fotovoltaicos. Segundo o grupo, a usina possui uma potência de 5,6 milhões de Watt-pico (Wp), montante capaz de iluminar 4.256 casas, ao considerar um consumo médio padrão de 157 de quilowatt-hora (kWh). O investimento vai viabilizar a garantia de energia limpa e sustentável para o complexo turístico. Segundo o grupo, o excedente elétrico será ofertado à cidade de Caldas Novas. s
A pesquisa pretende promover a avaliação da possibilidade de a utilização bem-sucedida do medicamento experimental poder reduzir as complicações da doença
[caption id="attachment_278986" align="alignnone" width="620"] Testes serão realizados pela empresa alemã Merck | Foto: Reprodução[/caption]
A agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o início de testes clínicos para o uso de uma molécula específica para tratamento de pacientes que tenham contraído pneumonia através da infecção da Covid-19, doença causada pelo coronavírus.
A autorização dos testes clínico com a molécula foi publicada no último dia 21 e tem validade até o próximo dia 13 de novembro.
Conforme informações da Agência Brasil, a pesquisa será desenvolvida pela Merck, empresa alemã da indústria química e farmacêutica fundada em 1668 com sede em Darmstadt. Segundo a empresa, o objetivo do estudo é investigar se a utilização da M5049 pode impedir ou melhorar a resposta inflamatória em pacientes, infectados com a covid-19, com pneumonia e barrar a progressão para um quadro mais grave.
Objetivo dos testes
Ainda de acordo com a Merck, a pesquisa pretende promover a avaliação da possibilidade de a utilização bem-sucedida do medicamento experimental poder reduzir as complicações da Covid-19 como sintomas respiratórios graves que geralmente precisam de ventilação mecânica. A princípio, a M5049 será investigada em um estudo controlado por placebo, nos Estados Unidos e no Brasil. Segundo a Merck, além do tratamento padrão, que pode incluir tratamentos antivirais, os indivíduos receberão uma das duas doses de M5049 ou placebo. A empresa destacou que o objetivo é comparar a M5049 ao placebo com base nos resultados do paciente.
Moradora de Goianápolis, Priscilla Neiva de Maria chegou a hospedar Sara Winter em sua casa
[caption id="attachment_277315" align="alignnone" width="620"] Sara Winter, militante extremista bolsonarista do movimento 300 do Brasil | Foto: Reprodução[/caption]
De ativista extremista contra o patriarcado a convertida ao catolicismo e antiaborto, Sara Giromini, ou Sara Winter, como é conhecida, é uma figura controversa. A militante de extrema-direita é a principal porta-voz do grupo bolsonarista “300 do Brasil” e tem um histórico de polêmicas e problemas com a Justiça.
Na última semana, o Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) acionou a Justiça contra Sara e pediu a condenação da extremista por divulgar na internet os dados pessoais de uma criança de 10 anos que engravidou após passar 4 anos sendo estuprada pelo próprio tio. Caso seja condenada, Sara terá de pagar o valor equivalente a R$ 1,3 milhão por danos morais ao Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente da cidade de São Mateus, no Espírito Santo.
O ato da moça, que já pertenceu a grupos radicais como o Femen, também gerou revolta entre internautas, que a acusaram de expor uma criança que já havia passado por grande sofrimento. O caso ganhou repercussão devido às circunstâncias lamentáveis. Após anos de abuso sexual por parte do tio, a menina obteve autorização da Justiça para interromper a gestação fruto do estupro, o que é previsto em lei.
Ao divulgar o hospital onde a criança estava, Sara Winter tinha como intenção inflar manifestantes contrários ao aborto e impedir a concretização do procedimento. A tática acabou não funcionando e Sara se viu em maus lençóis.
Entretanto, enquanto para alguns as atitudes de Sara chegaram ao ponto da crueldade para com a criança de 10 anos, para amigos próximos da extremista sua intenção era a melhor possível e o objetivo era um só: salvar vidas.
A amiga goiana de Sara
Natural de Goiânia, mas moradora há dois anos do município de Goianápolis, a 40 quilômetros da capital do Estado, a jornalista Priscilla Neiva de Maria é dona de uma marca de roupas homônima enquadrada no gênero ‘moda cristã’. Católica praticante, foi graças às peças de roupas de estilo clássico e a fé cristã que Priscilla e Sara acabaram estabelecendo um relação de negócios e amizade íntima. Ao Jornal Opção, Priscilla revela que parou de confeccionar roupas desde maio do ano passado. Porém, muitas de suas peças exclusivas eram frequentemente usadas por Sara. A jornalista conta que tudo começou quando, no início de 2018, decidiu tentar um contato com a militante para entrevistá-la sobre questões do feminismo, movimento alvo de extrema oposição por parte de Sara. “Ela ainda morava no Rio de Janeiro e eu entrei em contato como o primo dela, pedindo uma entrevista sobre o feminismo. A sara conheceu as minhas roupas e ficou bastante encantada. Mandei algumas peças de roupa pra ela e ela fez um evento só para mulheres no Rio, usando um dos meus vestidos. Aí começou a amizade”, recorda. [caption id="attachment_277316" align="alignleft" width="364"]