Por Thiago Burigato

Em meio a diversas críticas à presidente Dilma Rousseff (PT) por sua atuação tanto como presidente quanto como candidata, ele também teceu vários afagos aos goianos e garantiu que será eleito no próximo domingo (26/10)

Os dados possibilitariam que o autor dos crimes de injúria, calúnia e difamação seja responsabilizado

João Paulo, que fazia dupla com Daniel, morreu carbonizado quando sua BMW 328i/A capotou e explodiu na Rodovia Bandeirantes, no dia 12 de setembro de 1997. A montadora ainda pode recorrer da sentença

De acordo com o padre-cantor, seu emagrecimento fez parte de seu processo criativo. "Na Bíblia, Jesus fala que o jejum deixa as pessoas mais inspiradas’’, afirmou ao jornal carioca “Extra”

A premissa do projeto é oferecer à população do interior do Estado e da região metropolitana atividades itinerantes gratuitas, como oficinas, exposições, espetáculos cênicos, mostra de vídeos e apresentações musicais

Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Sustentável, Paulo César Pereira, as propostas devem respeitar os aspectos históricos, importância da execução do projeto e a acessibilidade do local

Secretário de Segurança Pública de Goiás? Nada disso. Se Aécio Neves for eleito presidente da República, o senador eleito por Goiás Ronaldo Caiado (DEM) vai ser convocado para o Ministério da Agricultura, com o objetivo de implementar uma política agrícola para fortalecer o agronegócio e torná-lo mais competitivo. O nome de Caiado também tem sido citado para o Ministério da Saúde.

Na surdina, o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, prepara a expulsão de dois vereadores, Tayrone di Martino e Felisberto Tavares, do PT. O paulo-garcismo sustenta que tanto Tayrone quanto Felisberto fazem o jogo do marconismo. Tayrone contrapõe que Paulo se tornou servo voluntário de Iris Rezende. Ele diz que é testemunha de que o prefeito não pediu votos para Antônio Gomide e para Olavo Noleto e garante que o prefeito trabalhou para o casal Iris.

[caption id="attachment_2201" align="alignright" width="300"] Tucano Anselmo Pereira foi autor de requerimento que pede visita a Nelcivone Melo, da Comurg. Foto: Alberto Maia/Câmara de Vereadores de Goiânia[/caption]
Aos trancos e barrancos, o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Clécio Alves — rivais chamam-no de “Néscio Parves” (porque brinca de MMA com a Língua Portuguesa) — tem apoiado a gestão do prefeito Paulo Garcia. Bancado por Iris Rezende, seu chefe político, Clécio tende a apoiar para sucedê-lo o vereador Mizair Lemes, do PMDB.
Mas a oposição cresceu e, com o apoio de dissidentes, como Tayrone di Martino e Felisberto Tavares, do PT mas praticamente rompidos com o partido, pode eleger o próximo presidente, deixando o prefeito numa saia justa.
Os nomes mais cotados para comandar a Câmara são: Thiago Albernaz, Anselmo Pereira, Cristina Lopes e Geovani Antônio, do PSDB.

O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, do PT, fez o maior estardalhaço ao nomear Cairo Peixoto para a Secretaria de Finanças. Seria uma espécie de Delfim “Edward Mãos de Tesoura” Netto chegando à capital goiana. Em suma, o salvador da pátria.
Com poder total para supostamente organizar as combalidas contas da prefeitura, Cairo Peixoto era chamado, nos corredores, de “o James Bond do Paulo Garcia”. Ele tinha licença para detonar tudo e todos. Tinha? Não era bem assim.
Depois de críticas pontuais, explicitando o que havia de errado, Cairo Peixoto começou a cavar mais fundo e descobriu o que era óbvio, mas ninguém tinha coragem de enunciar: Iris Rezende, do PMDB, deixara a prefeitura quebrada para o sucessor — com uma dívida de 400 milhões de reais.
Aos poucos, Cairo Peixoto aprofundou as críticas, sugerindo medidas duras para conter a crise que paralisou a gestão de Paulo Garcia — que não é incompetente e néscio. Só está engessado pelas dívidas deixadas por Iris Rezende. Provocado sobre o assunto, o peemedebista-chefe irrita-se, faz cara de “matador” e garante que deixou 200 milhões em caixa e insinua que o prefeito petista gastou-os mal.
Ao assenhorar-se dos dados, Cairo Peixoto percebeu que o “rombo” era gigante e as digitais de Iris Rezende estavam “quentes” — quase queimando as mãos de Paulo Garcia. Ao perceber que o secretário estava chegando ao busílis da questão, o cacique do PMDB chamou o prefeito em seu escritório político e disse mais ou menos assim: “Ou você fica comigo ou com seu secretário”.
Ao deixar o escritório, minutos depois, Paulo Garcia entregou a cabeça de Cairo Peixoto numa bandeja para Iris Rezende. A partir daí, mesmo desgastando sua imagem, o prefeito proibiu seus auxiliares de associarem a dívida da prefeitura ao seu pai político. Paulo Garcia, ao blindar Iris Rezende, desblindou-se. Daí seu desgaste imenso, pelo qual tem quase nenhuma culpa. Se tem, é mais por omissão, por não ter coragem suficiente de apontar o verdadeiro culpado pela crise da prefeitura.
O prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), planeja bancar seu secretário de Governo, Euler Morais, para sucedê-lo. Mas há uma pequena rebelião na base. O secretário de Regulação Urbana, Jório Rios; o secretário de Desenvolvimento Urbano, Rodrigo Caldas, e o presidente da Câmara de Vereadores, Gustavo Mendanha, vão colocar seus nomes à disposição do PMDB.
Na semana passada, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), articulou uma carreata-monstro para Iris Rezende.
Maguito Vilela quer calar de vez a voz da deputada Iris Araújo, que, volta e meia, diz para peemedebistas que o prefeito de Aparecida “é marconista de manhã, à tarde e à noite” e que só se torna irista na presença de Iris Rezende — o que seria “raro”.
Trata-se de uma injustiça: Maguito Vilela, embora tenha simpatia e respeito pelo governador Marconi Perillo, está mesmo trabalhando na campanha de Iris Rezende.
[caption id="attachment_18441" align="alignleft" width="300"] Agenor Mariano, vice-prefeito de Goiânia, do PMDB: “Antes Marconi Perillo dizia ‘o outro candidato’, agora tem de nominar Iris Rezende”[/caption]
O deputado federal Sandro Mabel não afastou Barbosa Neto da linha de frente da campanha de Iris Rezende para governador de Goiás. Barbosa, Samuel Belchior, Paulo Ortegal e Mabel — o núcleo duro da campanha — têm inclusive apresentado sugestões para o programa de televisão. Mas é fato que o comandante-chefe da campanha é mesmo Ronaldo Caiado e que o marqueteiro que está mandando é Jorcelino Braga, com Paulo Faria, publicitário e jornalista, e Pedro Novaes atuando como coadjuvantes. Mas Mabel, que está pagando o marketing com seus próprios recursos (consta que deve entre 500 mil e 1 milhão de reais para o marqueteiro Dimas Thomas; um aliado do deputado nega a dívida), e Barbosa não foram alijados. Todos dizem que, no segundo turno, com a família de Iris Rezende mais afastada — o “triunvirato de amadores”, Ana Paula-Iris Araújo-Frederico Peixoto levou um chega-pra-lá dos profissionais políticos —, Iris está ouvindo mais as orientações. Mabel e Barbosa estão conseguindo “acessá-lo”. Até o discreto Mauro Miranda, leitor de Montaigne e de fala baixa, tem sido ouvido. Ana Paula ficou com a missão de cuidar dos medicamentos de Iris e Frederico de pagar as contas de energia e água dos comitês e do escritório do candidato. Iris Araújo fica em casa, tuitando contra Júnior Friboi e, às vezes, estocando Maguito Vilela.
Nas conversas com aliados, Mabel, Barbosa Neto, Irondes Morais e Mauro Miranda, e até o iracundo Jorcelino Braga, admitem que Iris não tem chance de derrotar o governador Marconi Perillo. Mas querem dar um pouco mais de trabalho para o tucano-chefe.
Já o vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano (PMDB), afirma que Iris Rezende “é uma força da natureza”. Ele frisa que, aos 80 anos, o peemedebista-chefe tem a energia de um homem de 40 anos. “Como somos realistas, sabemos que não é fácil ‘virar’ e ganhar a eleição de um candidato com uma estrutura tão gigante quanto a de Marconi Perillo. Mas estamos lutando e podemos surpreender. O que é difícil não é impossível. Observe que com um pequeno desenho animado, o do Rei Mandão, nós conseguimos incomodar a campanha do tucano.”
Agenor Mariano diz que, ao encontrar aliados de Marconi na semana passada, percebeu que estavam com “ares preocupados”. “O semblante do pessoal está ‘carregado’ e não há mais aquele discurso de ‘já ganhamos’ e, por isso, ‘nem vamos discutir com Iris’. Com o nosso crescimento, a temperatura subiu e Iris começa a ser mais criticado. Antes diziam ‘o outro candidato’. O programa paz e amor de Marconi foi para o brejo, substituído por um ‘discurso de rua’.”
A indicação de Ronaldo Caiado para a Secretaria de Segurança pública é interpretada por Agenor como um ato de ousadia. “Quem está atrás nas pesquisas de intenção de voto tem de arriscar, e foi o que fizemos. A conclusão, diante do debate suscitado, é que nós mais ganhamos do que perdemos.”
[caption id="attachment_18436" align="alignleft" width="300"] José Paulo Loureiro: o golden boy é mencionado para a Sefaz e SSP[/caption]
Mesmo o governador Marconi Perillo pedindo para sua base não discutir secretariado no momento, os líderes dos partidos estão em campo discutindo a partilha de cargos. Alguns nomes são citados para 2 ou 3 cargos, o que indica sua força junto ao tucano-chefe.
Lista dos mais cotados: Sefaz: José Taveira, José Paulo Loureiro, Jayme Rincon; Saúde: Halim Girade, José Taveira; Casa Civil/Articulação Institucional (ou Governo): Eduardo Machado, Vilmar Rocha, Joaquim Mesquita, Henrique Tibúrcio; Educação: Raquel Teixeira, Edward Madureira, Vilmar Rocha; Cidadania e Trabalho: Flávia Morais, Virmondes Cruvinel Filho, Henrique Arantes, Tales Barreto; Agricultura: Roberto Balestra, Heuler Cruvinel, José Mário Schreiner, Robledo Rezende; Gestão e Planejamento: Igor Montenegro, Leonardo Vilela, Marcos Abrão, Jean Carlo; Segurança Pública: Frederico Jayme, José Paulo Loureiro, Henrique Tibúrcio, Waldir Soares, João Campos; Detran: João Furtado; Saneago: Júlio Vaz; Agetop: Jayme Rincon; Agecom: Orion Andrade, Sandes Júnior; chefe de gabinete: Joaquim de Castro; Meio Ambiente: Jaqueline Vieira; Cultura: Nasr Chaul, Aguinaldo Coelho, Fernando Cupertino, Décio Coutinho; Infraestrutura: Danilo de Freitas; Indústria e Comércio: Alexandre Baldy; Cidades: Roberto Balestra; Agel: Júnior Vieira.
[caption id="attachment_18439" align="alignleft" width="240"] Armando Vergílio , deputado, quer ser governador de Goiás pelo menos por dois anos[/caption]
Uma coisa ninguém pode negar: com quase 81 anos, tomando cerca de 20 medicamentos por dia, Iris Rezende é um autêntico guerreiro. É fato que, enquanto Marconi Perillo visita 25 cidades e conversa com centenas de pessoas por dia, o peemedebista-chefe visita três municípios, evita ficar no sol muito tempo — senão fica tonto —, e fala com algumas dezenas de indivíduos. Mas é mesmo um resistente. Os peemedebistas não gostaram de saber, porém que, se eleito, Iris vai governar apenas dois anos — abrindo espaço para o vice, Armando Vergílio, governar mais dois anos. Foi o compromisso assumido para o presidente do Solidariedade aceitar ser seu vice.
Peemedebistas ficam preocupados porque, como não tem o hábito de terminar seus mandatos, como aconteceu com a Prefeitura de Goiânia, quando Iris passou o bastão para Paulo Garcia, o peemedebista sempre se desgasta. No poder, o prefeito Paulo Garcia, do PT, não tem feito uma administração arrojada. Tanto que, na campanha, Iris o tem mantido afastado para não se queimar.