Por Sarah Teófilo

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“O Tocantins ainda é carente de ações e projetos que incentivem e valorizem a cultura do Estado”

Produtor cultural está à frente de mostra de música instrumental que será realizada no distrito de Taquaruçu

A já extensa Goiânia não precisa de mais uma expansão urbana

Se a capital fosse compactada no padrão de Buenos Aires, todos os goianienses poderiam viver (bem) em uma área oito vezes menor do que a do município atual. Mas tem muita gente interessada é em “espalhar” ainda mais a população da cidade. Isso não pode acontecermapa Conjunto Vera Cruz, região oeste de Goiânia, construído na década de 80; Setor Madre Ger­mana 2, na saída sudoeste, datado dos anos 90; Residencial Orlando de Morais, região norte, dos anos 2000; e Jardins do Cerrado, também região oeste, consolidado na segunda década do século. Em comum, entre todos esses bairros residenciais, o fato de terem sido erguidos, cada um à sua época, em loteamentos a quilômetros de distância da então última zona habitada da cidade. Na época em que “nasceram”, por assim dizer, tanto Vera Cruz como Madre Germana eram totalmente isolados de qualquer bairro. Eram vizinhos do nada. Do mato e do nada. Da mesma forma com que ocorre hoje com Orlando de Morais e Jardins do Cerrado, ainda separados do perímetro urbano. São apenas alguns dos muitos exemplos. Observando o que vai se sucedendo, parece que tudo é apenas sinal do progresso e do crescimento de Goiânia: afinal, é a metrópole avançando, “os equipamentos públicos chegando de forma integral aos mais longínquos recônditos da periferia” — uma frase rebuscada, que certamente ficaria muito bonita em qualquer discurso de político, para dizer que os habitantes daquele local escanteado pelo poder finalmente estavam tendo acesso, de fato, à cidade. Para ter ideia da falta de dignidade da situação, somente agora os dois últimos bairros citados no primeiro parágrafo estão sendo pavimentados, na nova leva de obras tocada pela Prefeitura. Foram anos ou até mais de década esperando para ganhar as mesmas condições de infraestrutura de que os demais habitantes da cidade já usufruíam. Tudo mascarado pelo “sonho da casa própria”, como se ter uma moradia fosse algo que desse salvaguarda à negligência dos demais direitos. Não é o caso de falar de um pretenso populismo de programas assistenciais, como o Minha Casa Minha Vida, mas de se questionar: “dar” a residência — na verdade, facilitar a aquisição, com valor financiado com juros bem mais módicos do que os cobrados pelo sistema convencional — absolve um detentor de mandato de buscar praticar uma política pública que inclua de modo efetivo aquele contingente no seio da cidade? A resposta é não. E um “não” ainda maior na atual gestão de Goiânia. Ora, se todo o plano de governo que conduziu Paulo Garcia (PT) à reeleição gira em torno do slogan de campanha “cidade sustentável”, nada mais óbvio do que fazer as tomadas de decisões caminharem nesse rumo. Nesse sentido, é bom observar que o Paço dá sinais de que não vai permitir o surgimento de outros casos similares de confinamento de moradores em um canto qualquer da cidade, disfarçados sob o nome bonito de “expansão urbana”. Pelo menos foi o que indicou Paulo César Pereira, titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano Sustentável (Semdus), em recente reportagem do Jornal Opção (edição 2085). Questionado sobre a movimentação de certos setores por mais uma expansão urbana na capital, Paulo César respondeu de forma categórica: “Não é uma pauta prioritária para a Prefeitura.” E completou: “Embora não queira entrar no mérito do que foi aprovado para parcelamentos como Jardins do Cerrado e Orlando de Morais, é correto citá-los como exemplos negativos para apontar preocupações com relação à expansão urbana sem critérios técnicos.” A Prefeitura pode não querer, mas há setores fortes da sociedade, economicamente falando, que querem porque querem. Nenhum tão interessado quanto o ramo imobiliário. E nenhum poder é mais vulnerável à influência dos donos de construtoras e incorporadoras do que o Legislativo. Afinal, basta olhar a prestação de contas de campanha dos vereadores para perceber que boa parte da Câmara de Goiânia foi eleita com uma ajuda substancial do dinheiro desse pessoal. É hoje, com certeza, o lobby mais forte dentro da Casa. É um assunto de base técnica, mas é fácil políticos fazerem com que ele ganhe formato populista: se a Prefeitura fincar o pé e bancar um veto a um projeto de criação de novas áreas habitáveis (expansão urbana, no fundo, é isso e nada mais), sofre o desgaste de “impedir o pobre de ter casa própria”. Na verdade, a questão meramente funcional — a teoria da cidade compacta e da facilidade de acesso à infraestrutura — não sensibiliza a população. Infelizmente, poderia se dizer. A área do município de Goiânia é bastante extensa: são 789 quilômetros quadrados (km²), quase quatro vezes mais do que, por exemplo, a superfície do distrito de Buenos Aires, que tem 202 km². Mas vejamos o mais importante: a densidade demográfica de uma e de outra. Enquanto a capital portenha tem 14,8 mil habi­tantes/km², o índice para Goiânia é de 1,9 mil habitantes/km². Mas a área goianiense é quase o o quádruplo, argumentariam alguns. Então, para ficar justa a conta, basta multiplicar por quatro a densidade de Goiânia: quatro vezes 1,9 mil resulta em 7,6 mil habitantes/km². Ou seja, levando em conta a densidade de Buenos Aires (14,8 mil), chegamos à conclusão de que, mesmo que toda a população goiana fosse concentrada numa área igual à da capital argentina, esse espaço urbano seria ocupado somente pela metade, no máximo. Em outras palavras: pelo padrão de compactação de Buenos Aires — e várias outras cidades poderiam ser aqui colocadas como (bons) exemplos —, a população da capital poderia viver muito bem (e melhor) em uma área de pouco mais de 100 km². Quase oito vezes menos do que a superfície total do mu­nicípio. E com acesso muito mais facilitado a transporte, escolas, hospitais, repartições e postos de atendimento. O  “espraiamento” da capital, portanto, não é o ideal. Os goianienses não vivem em uma cidade compacta. Isso gera custos altíssimos, inclusive de manutenção, que poderiam ser economizados e reinvestidos na própria cidade. Pior: se os goianienses já não vivem hoje em uma cidade compacta, sob diversos pretextos — todos tecnicamente pouco embasados e visando interesses nada coletivos —, querem torná-la ainda mais espalhada. É um crime contra o cidadão, de duas maneiras: jogam-no longe de tudo e o obrigam a pagar impostos para sustentar esse déficit de qualidade de vida. Mais urgente do que promover qualquer nova expansão urbana, a Câmara de Goiânia deve se preocupar em fazer o que for possível para aproveitar os vazios urbanos da capital. São pelo menos 100 mil lotes vagos por especulação imobiliária, e que acabam servindo para aumentar os índices de violência urbana e exclusão social. Uma boa medida seria agilizar a aplicação do imposto progressivo — que, curiosa e sintomaticamente, não “anda”. É isso que precisa ser feito. Se, pelo contrário, houver o atendimento da sanha por nova expansão, só restará, por Goiânia, tocar um tango argentino. l

Excluídos do PMDB vão formar nova frente política em Goiás

Principais atores do novo bloco formado por PT, PSB e Pros devem protagonizar o processo eleitoral de 2016 com condições de derrotar Iris Rezende em Goiânia. Grupo se unirá para o pleito municipal, mas o objetivo maior é 2018

Jogo de espera emperra pré-definições de candidaturas

Iris Rezende, base aliada e PT não sinalizam em relação a possíveis nomes e estratégias para a sucessão de Paulo Garcia

É preciso respeito ao direito de sonhar da infância e da juventude

No Brasil, há uma ignorância jurídica e social sobre o Estatuto da Criança e Adolescente. É por isso que vemos manifestações e discursos inflamados contra a lei, representando uma ameaça a sua aplicação de forma integral

A política brasileira, este perigoso beco escuro, tarde da noite

Na política do Brasil, quem caminha sozinho dificilmente sobrevive. É preciso ter turma, ou gangue [caption id="attachment_40741" align="alignright" width="620"]Ex-prefeito de Anápolis Ernani de Paula: um exemplo de solitário que foi engolido pelos lobos Ex-prefeito de Anápolis Ernani de Paula: um exemplo de solitário que foi engolido pelos lobos[/caption] Henrique Morgantini Especial para o Jornal Opção A política brasileira é um imenso beco escuro, daqueles mal iluminados de filme noir. Ninguém entra neles, na política ou num beco assim, sozinho. Na política do Brasil só sobrevive quem anda de galera. De turma. De gangue. Os fatos inexoravelmente mostram isto. Quem caminha sozinho – e não falamos aqui de nenhum heroísmo – dificilmente conseguirá ter vida longa caso queira colocar a cabeça “pra fora e acima da manada”. Os exemplos são diversos, mas pelo menos três deles são emblemáticos. Não por acaso, tem inscrições nas diferentes esferas de poder. Vamos a eles, começando pelo que pode ser o exemplo-fundador do que podemos já chamar de “Teoria do Beco Escuro”. Fernando Collor de Mello não somente foi vítima do beco como, depois disso, aprendeu a lição e fez sua inscrição no grupo de lobinhos do Senado brasileiro. É, hoje, um benemérito. Enquanto presidente da República, desafiou máfias disfarçadas de conglomerados empresariais multinacionais e aplicou mudanças racionais e ousadas na vida do brasileiro. Quem se recorda do discurso das “carroças” nas quais o brasileiro andava e chamava de carro sabe do que estamos falando. Se houve abertura de mercado e valorização do produto mediante concorrência, Collor tem participação direta nisto. E sua liberdade para tanto foi justamente não ter compromissos mais profundos com ninguém. Tinha de fazer, achava que devia fazer e fez. O que Collor certamente não conseguiu medir foi o contragolpe destes diversos grupos atingidos, oriundos de outras esferas tanto políticas como da sociedade. Dois destes golpes foram claros: a mídia brasileira patrocinada e o Congresso Nacional. Collor não recebia deputados, senadores, dizia a quem quisesse ouvir – quase sempre longe da antessala presidencial – que não tinha que dar nada a ninguém. Era um “caçador de marajás” e como todo bom lobo solitário andava sozinho pelas planícies e planaltos da política nacional. Santo, não era. Do contrário, era portador de um esquema até então inédito pelo volume de caixa dois. Não foi Collor quem inaugurou o esquema, mas foi a partir dele que descobriu-se o quanto campanhas são um negócio rentável no esquema de patrocínio à vista para pagamento a prazo. Da Era Collor até os dias hoje, coisas piores já aconteceram. Mas Collor andava sozinho na política. Colecionava desafetos e inimizades próprias da sua arrogância no trato diário. Foi se isolando cada vez mais até que ficou sem qualquer base de sustentação no parlamento brasileiro. A Presidência havia se tornado uma imensa e poderosa ilha, mas com a apenas um general, enquanto estava cercada pelo Congresso Nacional, formado por centenas de soldados canibais prontos para invadi-la, saqueá-la. Hoje, mais de 23 anos depois, Collor está de novo em meio a uma confusão com suspeitas de corrupção. O cenário – que ironia – é o mesmo: a Casa da Dinda. A antiga residência oficial é, hoje, um depósito de carros de extremo luxo, todos apreendidos pelo circo de holofotes e câmeras da Lava Jato. Onde antes havia uma fatídica Fiat Elba, hoje deu lugar a uma Ferrari, uma Lamborghini e uma Porsche. Os tempos definitivamente são outros. Acontece que, também diferentemente dos idos de 1992, Collor hoje já não está sozinho. Aprendeu que naquele beco escuro ele não entra mais sozinho. Aprendeu a andar de galera porque é sua turma que o ajuda na hora do aperto. Bastou a notícia da operação e a mesa diretora do Senado manifestou-se pedindo explicações, rechaçando e esvaziando a Lava Jato. Tudo para blindar Collor e outros pares que podem – quem sabe? – também entrar no circo do juiz Sérgio Moro e cia. Colocar a situação nesta perspectiva deixa tudo muito complicado, afinal, defender a postura do Senado é proteger Collor, mas apoiar a condução da Lava Jato com estas operações hollywoodianas é igualmente um exercício de pueril e ingênua burrice. Outra lição na política brasileira: não importa qual lado você escolher, dificilmente ele será o lado puramente certo. Todo certo tem um podre em se tratando deste assunto. Em tempo: Collor é reincidente nas suspeitas, mas insinuar que o dinheiro que pagou pelos três carros vem de propinas e desvios é uma brutal estupidez. Afinal, Collor e sua família têm em suas propriedades, entre outras coisas, uma afiliada da Globo nas Alagoas. São ricos de doer. Mas ser rico não significar ser honesto com dinheiro público. Estou falando que é difícil ter lado. Exemplo mais próximo Enfim, outro exemplo, mais nosso e mais recente, é o do ex-senador Demóstenes Torres (ex-DEM). Foi pego em conversas com Carlos Cachoeira combinando leis, acertos, influências, vinhos e recebendo presentes de casamento. Foi cassado pelos próprios pares. Ocupando seu mesmo espaço político, está o também goiano Ronaldo Caiado – também do mesmo partido – que foi protagonista de curiosa reportagem da “Folha de S. Paulo” na qual estaria empregando funcionários de seu gabinete no Senado para trabalhar em suas empresas e negócios do meio rural. Uma reportagem bastante ampla, cuidadosa. Mas que ninguém levou adiante. Não foi para o “Fantástico”, pra lugar nenhum. Assim como ninguém sequer levantou a hipótese de Caiado ser ao menos investigado numa Comissão de Ética ou algo parecido. Ficou tudo por isto mesmo. A diferença? À sua época, Torres era um dos senadores mais silenciosamente odiados pelos colegas de Câmara Alta. Não tinha papas na língua e apontava o dedo a todos aqueles que aprontavam alguma coisa, incluindo os grandes, os decanos, nomes da mais alta corte das sombras da política nacional. Ao ser flagrado num negócio esquisito de papo de Nextel (longe de ser um medo “vacilo” e igualmente longe de ser a pior coisa já vista na política brasileira) toda esta sociedade secreta tratou de levar Demóstenes à fogueira. Caiado, com a história mal explicada da “Folha”, flana com sua habitual fúria de mentirinha, pelo Senado. Vive ao lado de nomes fortes como Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Aécio Neves (PSDB-MG) e Agripino Maia (DEM-RN). Nele, é mais difícil tocar. Por fim, um exemplo à anapolina. Todos se lembram do ex-prefeito de Anápolis Ernani de Paula. Ernani foi uma espécie de Collor in vitro, resumido à cidade de Anápolis. Chegou paparicado sob a luz da novidade e venceu as eleições pagando do próprio bolso suas contas. Aterrissou no gabinete municipal em 2001 sem uma dívida, seja com políticos, seja com empresários. Era o momento de, novato e neófito, fazer o seu grupo a partir do seu poder, como um planeta cuja sua volta gravitam satélites. Tinha à frente duas opções: seguir como o ex-presidente Collor, desafiando a tudo e a todos, ou como o também recém-empossado Marconi Perillo que fez um trabalho exemplar de bastidores para trazer para si uma base adversa. Afinal em 1998, só ele venceu as eleições, o resto ainda era da Era Irista, portanto, sua oposição. Ernani seguiu a primeira. Comprou brigas que a cidade de Anápolis precisava ter e outras tantas desnecessárias. Destratou e maltratou políticos e decanos, empresários e outros bandidinhos – é preciso que se diga. Acontece que eles, todos eles, nunca andavam sozinhos. Todos tinham a sua gangue. E vociferando uma espécie Sabedoria Ancestral das Antas, todos se coligaram sob a máxima do “o inimigo do meu inimigo é meu amigo”. E então as forças antagônicas se uniram culminando numa cassação circense e até hoje bastante patética na Câmara Municipal de Anápolis. O legado de Ernani de Paula, que sonhou ser governador, se transformou num caso de estudo sobre “Como não fazer inimigos quando se entra sozinho na Política”. Ernani igualmente como os casos anteriores não era santo, ainda não é. Mas ao verificar os motivos da sua cassação em comparação com as notícias que circundam o nosso cotidiano – e que não dão em nada – só nos mostra que o beco escuro está cada vez mais perigoso para quem anda só. E cada vez mais seguro para quem tem sua turma. Semana passada o mesmo Ernani, mais experiente e com algumas lições aprendidas debaixo de paulada, escreveu em seu blog pessoal alguns artigos sobre a política goiana. Ressaltou o trabalho de seu antigo algoz na cassação, Marconi Perillo, na tentativa de se tornar candidato a presidente e, ainda, falou sobre as chances reais de Jayme Rincón (PSDB), da Agetop, e Vanderlan Cardoso (PSB), de serem fortes candidatos à Prefeitura de Goiânia. Informações dão conta que teria recebido ligações tanto de Vanderlan, agradecendo a menção, quanto do próprio governador, que pessoalmente confessou ser um ávido leitor de sua página na internet e aproveitou para parabenizá-lo pela análise e agradecer a citação. E então vem a lição final do Beco Escuro. Esta só se aprende depois de passar sozinho e apanhar até desfalecer. A lição é a mesma que se aprende em algumas passagens do genial “O Poderoso Chefão”, de Coppola, e diz: não é nada pessoal, são apenas negócios. Sem ressentimentos, por favor. E esta semelhança, infelizmente, não parece ser só uma coincidência.

Grupo Energisa planeja investir R$ 800 milhões no Estado até 2018

Outro grupo quer inaugurar este ano concessionária de caminhão

Duplicação de TOs e da BR-153 mobiliza parlamentares

[caption id="attachment_40724" align="alignright" width="620"]br Rodovia federal BR-153 entre Paraíso e Aliança deve ser duplicada com emenda da deputada Josi Nunes[/caption] Enquanto o deputado Paulo Mourão (PT) defende a duplicação urgente da rodovia que liga Palmas a Porto Nacional e ainda a construção de uma ponte rodoviária e uma ponte ferroviária, a deputada federal Josi Nunes(PMDB) apresentou Emenda de Inclusão de Meta e Prioridade ao Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO 2016) visando a garantia da duplicação da BR-153 no trecho que compreende a TO-80, em Paraíso do Tocantins, até a TO-070, em Aliança do Tocantins. Na semana que passou, Mourão articulou uma reunião com diretores da Granol, esmagadora de soja e fábrica de biodiesel, instaladas no distrito industrial de Porto Nacional, a 60 km de Palmas, com integrantes do governo do Estado para discutir a logística de escoamento da produção da empresa que, já a partir do mês de agosto, começa a exportar grãos e farelo da soja. “A partir de agosto teremos uma movimentação inicial em torno de 300 veículos pesados por dia e há necessidade de melhoria de infraestrutura de asfalto, trevo de estruturação, sinalização para poder escoar com segurança”, sinalizou Jardel Souto Brito Machado, gerente Ad­ministrativo Operacional da Granol. “Precisamos dessas obras para estruturar o futuro do Tocantins como Estado industrializado, gerador de emprego e renda. É preciso pensar já a médio e longo prazos essas ações estruturantes”, observa o parlamentar líder do governo na Assembleia Legislativa. Segundo ele, a verba já está liberada, dependendo apenas do projeto para ter andamento. De acordo com os diretores da Granol, a empresa já está com toda a safra deste semestre vendida, o que equivale a quatro navios carregados para exportação. As cargas serão transportadas de Porto Nacional para os portos de Itaqui e Madeira. “Estamos nesta articulação com muito compromisso, acima de tudo orgulho do dever cumprido, porque se trata de uma empresa que trouxemos como prefeito para Porto Nacional e que hoje está se expandindo”, frisou. Os diretores da Granol avaliam que as obras irão beneficiar não só a empresa como todo o Estado. “É animador o potencial do Tocantins”, destacou Valter Torres de Lima Filho. Outro assunto tratado na reunião foi a construção da ponte sobre o Rio Tocantins, em Porto Nacional. Segundo Paulo Mourão o início da construção depende de ser resolvida a discussão judicial quanto ao processo licitatório ganho pela empresa Rivoli. “Lamentavelmente está tendo uma discussão com foco politizado, é preciso isso ser esclarecido, bem verdade nós não queremos, o governo Marcelo Miranda não quer carregar nenhuma mácula de alguma coisa feita sob o desrespeito a qualquer legislação”, ponderou. Mourão diz torcer para que a licitação seja mantida porque os empresários e o governo têm urgência na construção da ponte. Caso tenha qualquer outro resultado será obrigado fazer uma nova licitação, o que implicará a busca de nova fonte de financiamento, lamenta o parlamentar. Para ser uma ideia, essa ponte vai custar em torno de R$ 100 milhões, já uma nova ponte para ser licitada estará girando em torno de R$ 150 milhões, só aí o Estado vai perder R$ 50 milhões, especula Mourão. Já estimando possíveis atrasos no início das obras de construção da ponte e a previsão de um tráfego “monstruoso” na rodovia, o grupo levantou a ideia de utilizar balsas para fazer o transporte de cargas da Granol. “Essa medida é para preservar Palmas, nós não podemos passar dentro de Palmas com até 500 caminhões por dia, seria um transtorno muito grande à sociedade palmense e à região como um todo”, justificou o deputado. Duplicação da BR-153 Por se tratar de uma rodovia que registra alto número de acidentes, Josi acredita que a BR-153 merece atenção do poder público. “São diversos pontos críticos que precisam ser eliminados para dar mais segurança e fluidez ao trafego”, pontua a deputada sobre a necessidade da duplicação da rodovia federal. A parlamentar reforça a importância da duplicação no trecho que vai de Aliança à capital, Palmas, já que as obras nesse trecho serão de responsabilidade do governo federal. “O trecho da BR-153 entre Anápolis (GO) e Aliança foi concedido à iniciativa privada, cujo contrato prevê a manutenção e a duplicação no prazo de cinco anos. No entanto, o trecho de Aliança a Palmas, ficará a cargo do Denit e será executado com recursos públicos, razão pela qual estamos apresentando a presente emenda com a finalidade de garantir prioridade a esse projeto na LDO 2016”, justificou a peemedebista. O relator do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016, deputado Ricardo Teobaldo (PTB-PE), ficou de apresentar o seu parecer final sobre o pedido de Josi. O relator deve avaliar as 3.027 emendas apresentadas ao texto original do Executivo.

Redução de 25% no número de queimadas no Tocantins

De 1º de janeiro a 15 de julho deste ano, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 2.509 focos de calor no Tocantins. No mesmo período de 2014, o número foi de 3.142 focos. A redução representa uma queda de 25%, mas mesmo com cenário positivo, os bombeiros alertam que com a escassez das chuvas e o aumento da temperatura, a ocorrência de incêndios florestais e queimadas devem aumentar nos próximos meses. “Em 2014, o período de queimadas se estendeu um pouco mais que em anos anteriores, esse fator contribuiu para que a vegetação demorasse um maior espaço de tempo para se recuperar e crescer. Outro aspecto importante é que, este ano, o período de chuvas se prolongou até o início de junho, o que também ajudou a reduzir a incidência de queimadas”, explica o gerente do Sistema Integrado de Operações dos Bombeiros (Siop), Alex Matos Fernandes. Na sua análise, mesmo com a redução, a população precisa tomar algumas medidas para evitar que este número aumente. A orientação dos bombeiros é que as pessoas não queimem resíduos em terrenos baldios, uma vez que as chamas podem se propagar para outros locais, atingindo a vegetação. As queimadas geram ainda fumaça e fuligem que pioram a qualidade do ar e ainda podem atingir a rede elétrica e telefônica. Na zona rural, a atenção deve ser redobrada, não é recomendado atear fogo próximo à vegetação. O ideal é que os proprietários de chácaras, sítios e fazendas, façam aceiros preventivos nos limites de sua propriedade para evitar a propagação das chamas e facilitar o combate caso ocorra incêndio. Ao realizar a queima controlada para renovo de pastagem (manejo com fogo) ou para limpeza de área, procure antecipadamente os órgãos ambientais como o Naturatins, por meio da Linha Verde, 0800 63 1155. Os bombeiros recomendam ainda que, ao trafegar por estradas e rodovias os, viajantes não lancem pontas de cigarro na vegetação, visto que com a baixa umidade desse período, o Cerrado se incendeia com muita facilidade. E que mantenham sempre os contatos do Corpo de Bombeiros 193 e Defesa Civil 199 para casos emergenciais. Legislação Provocar incêndio florestal é crime de acordo com a Lei de Crimes Ambientais 9.605/98. As penas podem ser de reclusão, de dois a quatro anos, e multa. Se o crime for considerado culposo, a pena é de detenção de seis meses a um ano, além de multa.

Prefeitura de Gurupi discute criação de plano de Mobilidade Urbana

A equipe técnica responsável pela elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável de Gurupi se reuniu para tratar da criação do Plano de Mobilidade Urbana da cidade. Na reunião foram abordadas as melhorias no trânsito de Gurupi. “A parte da engenharia e a fiscalização no processo de educação para o trânsito são questões importantes que estão sendo trabalhadas pela Prefeitura de Gurupi”, garante o prefeito Laurez Moreira (PSB). “Vamos colocar o projeto em prática o quanto antes para a melhoria do nosso trânsito; a cidade está crescendo e a mobilidade urbana precisa caminhar junto”, acrescentou. Segundo a arquiteta Daniella Mendonça, essa primeira etapa é para a preparação, mobilização inicial, análise da lei, definição da metodologia e definição das capacitações, que tem como principal objetivo a leitura técnica da cidade.

Salão do Livro 2015 será no mês de setembro

O Salão do Livro deste ano será realizado no mês de setembro, segundo confirmou o secretário de Educação, Adão Fran­cisco. A previsão é que a data e a programação sejam divulgadas nesta semana. O secretário, em entrevista à TVE regional, disse que a educação de tempo integral é prioridade para a gestão do governador Marcelo Miranda. “É importante destacar que o investimento mais importante que estamos realizando é no processo de humanização das pessoas que fazem parte do universo da educação escolar. Para isso, estamos investindo não apenas nos alunos, mas também nos professores”, destacou.

Se perder Goiânia para Iris, situação da base marconista se complica em 2018

[caption id="attachment_40693" align="alignright" width="620"]O grupo do governador Marconi Perillo tem duas opções: vencer diretamente Iris Rezende e Ronaldo Caiado ou torcer para que Vanderlan Cardoso o faça | Fotos: Fernando Leite/Jornal Opção O grupo do governador Marconi Perillo tem duas opções: vencer diretamente Iris Rezende e Ronaldo Caiado ou torcer para que Vanderlan Cardoso o faça | Fotos: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption] Dizer que 2018 passa por 2016 é lugar comum. Afirmar que a base do governo estadual, ligada à figura de Marconi Perillo (PSDB), precisa ganhar em Goiânia também. A questão não é que a base precisa ganhar, mas que não pode perder, principalmente se o provável vitorioso for o ex-prefeito Iris Re­zende (PMDB). Vamos por partes: o projeto “alfa” de todos os grupos políticos de Goiás é o governo do Estado, que entrará em disputa apenas em 2018. Acontece que o cenário estadual está, mais que nunca, ligado ao da capital. Os motivos são dois: a saída de Marconi do jogo e a entrada de Ronaldo Caiado. A aliança de Caiado com o PMDB de Iris Rezende mudou tudo. Os governistas entendem que Caiado não representa uma ameaça em 2018, uma vez que não tem um trabalho expressivo para mostrar a não ser ele mesmo e a oposição que tem feito no Senado. Porém, a história muda de figura se Iris Rezende vencer na capital. Atrelado à figura do já conhecido “tocador de obras” peemedebista, Caiado passará a ter algo para mostrar. Isto é, passa a ser um forte candidato contra o possível nome apresentado pela base estadual. A aliança firmada entre Caiado e PMDB visa utilizar a força do democrata na articulação para o ano que vem com o objetivo de conseguir o maior número de prefeituras possível. Em troca, o PMDB dará irrestrito apoio à quase certa candidatura de Caiado ao governo. Isso, claro, se todos cumprirem com suas partes no acordo. Se Iris vencer em Goiânia, Caiado passará a vincular verbas e facilitar a captação de recursos para a capital, além de estar sempre presente na cidade. E isso poderá dar visibilidade ao senador. Por isso, o Paço goianiense passou a ser a obsessão de todos. Quem vencer terá uma ferramenta e tanto para usar nas eleições estaduais. Há, entretanto, um ponto a ser ressaltado. Goiânia, ao que consta, deverá ter três grandes grupos na disputa: o da base, o de Iris e o de Vanderlan. As três aglomerações são fortes, independente de quem seja o candidato marconista, uma vez que o apoio da máquina estadual será primordial. A possível vitória de Vander­lan também tem importância, afinal, ele foi candidato ao governo nas duas últimas eleições. Porém, os governistas veem Vanderlan mais como aliado que como adversário. “Esta­remos juntos em um prová­vel segundo turno”, diz um tucano. Pelo visto, em 2016, será cada um por si e todos contra Iris.

Adriana Accorsi é vista como a melhor candidata petista na capital

[caption id="attachment_40496" align="alignright" width="620"]FOTO: Adriana Accorsi Legenda - Adriana Accorsi: deputada pode se mostrar forte candidata em Goiânia | Foto: Fernando Leite/ Jornal Opção Adriana Accorsi: deputada pode se mostrar forte candidata em Goiânia | Foto: Fernando Leite/ Jornal Opção[/caption] Deputada em primeiro mandato, Adriana Accorsi já é apontada por muitos — petistas, peemedebistas, tucanos — como a mais forte candidata que o PT tem para Goiânia. Vista como política de perfil sério, tem feito um bom trabalho na Assembleia Legis­lativa, o que pode lhe garantir boa penetração na cidade. Um peemedebista diz: “Se for candidata, é forte”, lembrando que a delegada teve 43.424 votos, sendo boa parte deles em Goiânia. De uma tucana: “Adriana pode causar dificuldades. Se for candidata, sei não hein...” Adriana é ligada à Arti­culação, tendência petista dirigida pelo prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, e da qual fazia parte seu pai, Darci Accorsi. A dificuldade que Adriana poderá enfrentar, caso seja de fato candidato, é sua falta de experiência administrativa, uma vez que exerce cargo político pela primeira vez. Além disso, há o período de insatisfação por parte da população em relação ao PT, sigla que Adriana já afirmou não abandonar. Porém, os políticos apontam que nem um dos dois fatores será um problema para ela, principalmente o último. “Antônio Gomide, por exemplo, se pudesse ser candidato novamente em Anápolis, seria eleito com mais de 80% dos votos. E é do PT. Isso mostra que a população não vota no PT, vota nele. E assim é com muitos outros”, analisa um político ligado ao Palácio das Esmeraldas. Além disso, Adriana conta com a boa reputação que tinha seu pai, o ex-prefeito Darci Accorsi, considerado um dos melhores gestores que a cidade já teve. Será que Adriana quer ser candidata? Se quiser, talvez seja a hora de começar a se articular.

Jovair Arantes: “Sou da base e ajudo o Estado em Brasília. Nos municípios é outra história”

[caption id="attachment_32788" align="alignright" width="620"]Deputado federal Jovair Arantes: “Não tenho nenhuma dificuldade em conversar com ninguém” | Fernando Leite/Jornal Opção Deputado federal Jovair Arantes: “Não tenho nenhuma dificuldade em conversar com ninguém” | Fernando Leite/Jornal Opção[/caption] Com a possibilidade de firmar aliança com PMDB e DEM, o PTB do deputado federal Jovair Arantes destoa do restante da base do governo estadual. Porém, Jovair, que foi o candidato governista à Prefeitura de Goiânia em 2012, diz não ver dificuldade em se unir a qualquer partido. “Sou da base do governo estadual e o ajudo, em Brasília. Agora, nada nos impede de, no cenário municipal, conversar com todos. Não tenho nenhuma dificuldade com ninguém”, afirma. Jovair diz que a ideia do PTB para 2016 é ampliar o número de prefeitos que tem, de 21 para 35, tendo candidatura nas principais cidades do interior como Apa­recida de Goiânia e Anápolis. “A ideia é ter o maior número de candidatos possível”, conta. E se, para isso, o partido do hábil Jovair precisar se aliar ao PMDB de Iris Rezende e ao DEM de Ronaldo Caiado, tudo bem. “Se tiver que acontecer, partiremos fortes para o pleito”, relata o deputado. Entretanto, há especulações que o afastamento entre o partido e o governador Marconi Perillo tem causado problemas e gerado desgastes ao PTB. Os deputados estaduais Marlúcio Pereira e Talles Barreto estariam pensando em trocar de legenda, aguardando apenas a possível janela.

Jovem Darlan Braz pode ser o vice do PPS na chapa de Vanderlan Cardoso

[caption id="attachment_40688" align="alignright" width="620"]Darlan Braz: tem alguma penetração em Goiânia e pode atrair votos | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção Darlan Braz: tem alguma penetração em Goiânia e pode atrair votos | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption] Ainda na articulação para as eleições do próximo ano, o PPS tem um fato como certo: sua aliança com o PSB de Vanderlan Cardoso. Com o auxílio dos pessebistas, o partido deve lançar de 30 a 35 candidatos a prefeito, com a expectativa de eleger 14 ou 15. Entre as cidades, está Goiânia, local onde Vanderlan deverá assumir a cabeça de chapa com um provável vice do PPS. E este poderá ser Darlan Braz. O jovem tem se articulado e conversado no sentido de viabilizar seu nome à chapa majoritária da capital. Ele, que foi candidato a vice na chapa de Elias Júnior (PMN) em 2012, tem certa penetração nas regiões Norte e Noroeste de Goiânia, locais onde trabalhou cinco anos com o Renda Cidadã. Contudo, não há nada certo. Nas cidades do interior, as candidaturas já estão praticamente certas. Na região metropolitana, porém, o presidente do partido, o deputado federal Marcos Abrão, faz questão de conduzir o processo ele mesmo, o que só será feito, efetivamente, a partir de agosto.