Se perder Goiânia para Iris, situação da base marconista se complica em 2018
18 julho 2015 às 11h42

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Dizer que 2018 passa por 2016 é lugar comum. Afirmar que a base do governo estadual, ligada à figura de Marconi Perillo (PSDB), precisa ganhar em Goiânia também. A questão não é que a base precisa ganhar, mas que não pode perder, principalmente se o provável vitorioso for o ex-prefeito Iris Rezende (PMDB).
Vamos por partes: o projeto “alfa” de todos os grupos políticos de Goiás é o governo do Estado, que entrará em disputa apenas em 2018. Acontece que o cenário estadual está, mais que nunca, ligado ao da capital. Os motivos são dois: a saída de Marconi do jogo e a entrada de Ronaldo Caiado.
A aliança de Caiado com o PMDB de Iris Rezende mudou tudo. Os governistas entendem que Caiado não representa uma ameaça em 2018, uma vez que não tem um trabalho expressivo para mostrar a não ser ele mesmo e a oposição que tem feito no Senado.
Porém, a história muda de figura se Iris Rezende vencer na capital. Atrelado à figura do já conhecido “tocador de obras” peemedebista, Caiado passará a ter algo para mostrar. Isto é, passa a ser um forte candidato contra o possível nome apresentado pela base estadual.
A aliança firmada entre Caiado e PMDB visa utilizar a força do democrata na articulação para o ano que vem com o objetivo de conseguir o maior número de prefeituras possível. Em troca, o PMDB dará irrestrito apoio à quase certa candidatura de Caiado ao governo. Isso, claro, se todos cumprirem com suas partes no acordo.
Se Iris vencer em Goiânia, Caiado passará a vincular verbas e facilitar a captação de recursos para a capital, além de estar sempre presente na cidade. E isso poderá dar visibilidade ao senador.
Por isso, o Paço goianiense passou a ser a obsessão de todos. Quem vencer terá uma ferramenta e tanto para usar nas eleições estaduais.
Há, entretanto, um ponto a ser ressaltado. Goiânia, ao que consta, deverá ter três grandes grupos na disputa: o da base, o de Iris e o de Vanderlan. As três aglomerações são fortes, independente de quem seja o candidato marconista, uma vez que o apoio da máquina estadual será primordial.
A possível vitória de Vanderlan também tem importância, afinal, ele foi candidato ao governo nas duas últimas eleições. Porém, os governistas veem Vanderlan mais como aliado que como adversário. “Estaremos juntos em um provável segundo turno”, diz um tucano.
Pelo visto, em 2016, será cada um por si e todos contra Iris.