Por PH Mota

A partir de agora, ficam imediatamente suspenso os efeitos que colocavam Marcus Holanda no domínio do partido

Com informações de Cilas Gontijo

Após confirmar candidatura ao Senado nas eleições de outubro, o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) se reuniu com ex-prefeitos do Estado para discutir alianças, na tarde desta sexta-feira, 5. A reunião aconteceu momentos após o mesmo grupo de prefeitos participar de uma reunião com Gustavo Mendanha (Patriota), candidato ao governo do Estado.

Ao Jornal Opção, Marconi evitou falar de aliança firmada e garantiu que o partido está com candidatura solo, mas reconheceu que seus apoiadores também caminham pelo projeto do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia. “Esse é um movimento suprapartidário. tem ex-prefeitos de todos os partidos que se relacionaram comigo durante meus quatro mandados e isso facilita muito as coisas”, declarou.

Entre as lideranças presentes nos encontros, esteve Elvilasio Limirio de Lima, ex-prefeito de Mundo Novo, região noroeste do Estado, que reafirmou o compromisso da Associação Goiana de Ex-Prefeitos de Goiás (Agexp) com Marconi. “Nosso objetivo era definir quem apoiaríamos, já que Marconi decidiu sair candidato ao Senado”, explicou. “O compromisso de toda a associação é apoiar Gustavo Medanha para o governo e Marconi Perillo para o Senado”.

Ainda segundo Elvilasio, todos os 150 ex-prefeitos presentes na reunião assinaram um termo de compromisso para garantir o apoio.

Os ex-prefeitos, inclusive, reconhecem a aliança com João Campos, candidato ao Senado na chapa de Mendanha, mas ignoram o projeto do republicano para seguir com Marconi. A aproximação demonstra um cenário de aliança indireta entre os candidatos, apesar do esforço do Patriota, de Jorcelino Braga, em barrar parcerias com Marconi Perillo.

Procurado pelo Jornal Opção, Braga afirmou que não há qualquer acordo com Marconi Perillo para formatação da chapa. A associação de prefeitos convidou Mendanha, que, ao saber que Marconi também iria, saiu antes (pesquisas indicam que uma aliança com Marconi prejudica Mendanha). O candidato a senador é João Campos. O vice deve ser uma pessoa do Entorno ou do Sudoeste.

Durante a convenção do PSDB, realizada durante a manhã, Marconi pediu que militantes e aliados votem na oposição, sem citar o nome de Mendanha ou qualquer outro candidato que dispute ao governo.

A tentativa de aliança já era pauta dos membros da Agexp há meses e, apesar de não oficialmente consolidada, parece ter chegado aos frutos desejados.

Com informações de Eduardo Marques

Com a presença do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), o Progressistas realizou a convenção na manhã desta sexta-feira, 5, em Goiânia. O ato oficializou a candidatura do presidente estadual da sigla Alexandre Baldy para o Senado. O evento contou ainda com a presença do presidente nacional do partido, o ministro da Casal Civil, Ciro Nogueira, que exaltou a candidatura de Baldy. “Tenho certeza que será um orgulho para o Estado de Goiás. Vai ser um senador que vai apoiar o governo do presidente Bolsonaro, para que a gente continue as transformações que o nosso país precisa”, declarou Nogueira.

Baldy reafirmou, durante a convenção, o desejo de ser o único nome na base governista na disputa para o Senado. “Nós trabalhamos para demonstrar, com todo o partido – o maior de apoio à base de Caiado, à base de Bolsonaro – para que a gente possa estar com o governador de forma única e oficial pra disputar o Senado”, declarou. Mais cedo, o presidente estadual do PSD, Vilmar Rocha, também lançou candidatura ao Senado, ao lado de Caiado, que ainda pode apresentar o nome do delegado Waldir Soares (União Brasil), em convenção realizada durante a tarde.

Agora com a candidatura oficializada, Baldy também falou sobre os diálogos mantidos para definir a suplência do cargo. Sem antecipar nomes, ele declarou que aguardar o fim das convenções para poder concluir as articulações.

Além da candidatura ao Senado, também foram apresentados 42 candidatos a deputado estadual e 18 a deputado federal para o pleito. A meta do partido é eleger cinco estaduais, com destaque para nomes como Eder Magrão, Luciano Lima, Flávia Cunha, Vivian Naves e a a vereadora de Anápolis, Thaís Souza; e três federais, com destaque para Adriano, José Nelto e Leandro Ribeiro, apontados como possíveis puxadores de voto para a legenda.

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Marconi Perillo (PSDB) deixou a reunião com aliados políticos do PSDB sem anunciar posicionamento oficial sobre o futuro de sua candidatura nas eleições de outubro. Apesar de confirmar que recua da disputa ao governo e abandona a corrida ao cargo executivo, o ex-governador deixou em aberto se vai ao Senado ou à Câmara Federal. “Ainda não está decidido”, declarou em entrevista coletiva após o encontro.

“Essas decisões são complexas e demandam muita conversa. Tivemos uma rodada boa, mas vamos tomar essa decisão no curso do dia. De qualquer maneira, amanhã na convenção já estaremos decidido”, anunciou. O PSDB fará convenção partidária virtual na manhã desta sexta-feira, 5, quando se encerra o prazo da Justiça Eleitoral para definição de candidaturas.

Ainda hoje, Marconi terá novas reuniões para encaminhar a decisão, inclusive com representantes da cúpula nacional do partido.

Até lá, tanto o ex-governador como o PSDB não batem o martelo sobre o rumo de Marconi, que está redefinido prioridades. “Ele está reavaliando as forças dele”, declarou o deputado estadual Hélio de Sousa (PSDB). Segundo o parlamenter, Marconi está ouvindo “as manifestações que estão acontecendo, principalmente de ex-prefeitos e lideranças importantes do partido, que entendem que ele deveria disputar o cargo de Senador”.

Apesar da indefinição, Marconi afirmou que parcerias locais – como com Vitor Hugo (PL) ou Gustavo Mendanha (Patriota), por exemplo – estão descartadas. Nacionalmente, a tendência é de acompanhar o partido no apoio a Simone Tebet (MDB).

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