Pesquisadores da Universidade Federal de Jataí (UFJ) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) afirmaram que é raro conseguir amostras como a do meteorito que caiu em uma casa na zona rural de Portelândia, no sudoeste de Goiás, no último dia 19. A pedra foi analisada por uma equipe de pesquisadores locais, que receberam outras três vindas do Rio de Janeiro para observação.

“A chance de cair na terra é muito pequena, menor ainda de atingir uma casa. Foi uma mega-sena que a gente conseguiu”, disse o pesquisador da UFJ, Maurício Bolzan, em entrevista ao G1. Bolzan trabalhou na análise da pedra e de seus impactos ao lado de pesquisadores de Jataí e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que visitaram Portelândia para observações em campo.

Segundo Thiago Lima, técnico do Laboratório de Física da UFJ, as evidências confirmaram que a pedra se trata de um meteorito e que seria impossível simular todo processo que o fragmento passou na atmosfera antes de cair sobre a casa. “Desde o choque, o estrago que foi feito no telhado, no chão. A forma com que a rocha se apresenta, ela tem um lado interior mais, claro, exterior mais escuro, significa que ela passou por um processo na atmosfera”, disse.

Amanda Tosi, física da UFRJ, acrescentou explicando alguns dos passos do meteorito. De acordo com a especialista, a pedra vai freando até chegar na Terra explode a cerca de 10km de altitude. “Vários fragmentos caem. Dias depois, os moradores podem encontrar fragmentos que não são como as rochas da região”, explica a pesquisadora.