Por Nathália Barros

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Oposição agora vai ter de descer do palanque

[caption id="attachment_1616" align="alignleft" width="300"]Tocantins_1885.qxd Prefeito Carlos Amastha: “Não entendo as reclamações, foi melhor assim”[/caption] O governo já conquistou a primeira vitória com a renúncia de Siqueira Cam­pos e o seu vice, João Oliveira (DEM). Fez a oposição, que vinha promovendo um verdadeiro arrastão pelo interior, descer do palanque. Pelos próximos 20 dias líderes oposicionistas estarão ocupados assistindo o governo vencer uma eleição de cartas marcadas.

Carlos Amastha avalia que saída demorou

O prefeito de Palmas, Carlos A­mastha (PP), acompanha de longe, mas não indiferente, o desdobramento da eleição indireta. Des­to­ando da maioria dos líderes de o­posição que questionaram os motivos da renúncia, o prefeito diz que não consegue entender as re­clamações. Para ele a renúncia de­morou. “Foi um governo que terminou sem nunca ter começado, melhor assim”, comenta. Amastha, que é o coordenador da terceira via, anuncia que deve reunir os partidos para tomar uma decisão. O grupo formado por PP, PT e PCdoB deve bancar a candidatura de Paulo Mourão.

Prefeito corre o risco de repetir erro de Júnior Coimbra

Amastha se deu conta que a candidatura de Marcelo Lelis (PV) vem crescendo e que re­presenta uma ameaça para 2016. Daí o discurso raivoso que não combina com o seu perfil contra Lelis e a senadora Kátia Abreu (PMDB). Amastha não pode repetir o erro do deputado Júnior Coim­bra, que na ânsia de combater os adversários internos virou defensor do siqueirismo.

Lelis decide manter agenda de encontros

O deputado Marcelo Lelis, do PV, pré-candidato ao governo do Estado, já decidiu que não vai mudar em nada a sua agenda política em função da eleição indireta. O deputado explica que vai continuar participando dos encontros promovidos pelo seu partido pelo interior sem descuidar do plenário da Assembleia, onde serão tomadas as decisões com vistas à eleição indireta que vai escolher governador para mandato-tampão.

Lista de candidatos não para de crescer

Já são nove os pré-candidatos a eleição indireta até o momento. Os deputados José Augusto Pugliesi (PMDB), Marcelo Lelis (PV) e Sargento Aragão (Pros), além do senador Ataídes Oliveira (Pros), do deputado federal Irajá Abreu (PSD), do servidor público Nuir Júnior (PMN), do ex-prefeito Paulo Mourão (PT) e do governador interino Sandoval Cardoso (SDD) e ex-secretário de Relações Institucionais Eduardo Siqueira Campos (PTB), novos nomes devem surgir na esteira do movimento popular “eu quero ser candidato a governador”, que busca despertar o interesse da sociedade para a eleição indireta que vai escolher o novo mandatário do Estado para os próximos oito meses.

Incertezas levam a instabilidade

Perplexidade. Esta é a palavra que melhor define o sentimento geral que tomou conta do Estado depois da renúncia inesperada do ex-governador Siqueira Campos (PSDB) e do seu vice, João Oliveira (DEM). A incerteza que já era grande em função da letargia do governo está aumentando. Ninguém sabe quem será o governador daqui a 20 dias.

Jorcelino Braga diz que, contra nomes da estrutura, Vanderlan Cardoso vai se apresentar como candidato dos projetos

Untitled-5(2) O empresário e marqueteiro Jorcelino Braga é possivelmente o aliado mais articulado do pré-candidato do PSB a governador de Goiás, Vanderlan Cardoso. O presidente do PRP em Goiás diz que o “Reino da Fofocolândia”, numa espécie de “jogo dispersivo”, sugere que Vanderlan pode apoiar “A” ou “B”, quando, na verdade, não apoiará ninguém, “pois está mais definido do que nunca como candidato. Ninguém pode vetá-lo ou impedir sua candidatura”. “Vanderlan será candidato ainda que apenas três partidos, PSB, PRP e PSC fiquem ao seu lado. Com dois ou três minutos na televisão, vamos disputar. Eduardo Campos foi eleito governador de Pernambuco com dois minutos de tevê. Nós queremos crescer com qualidade, de maneira sólida. A população não aprova o uso de partido político para barganhas”, garante Braga. “Observe que Vanderlan está visitando várias cidades de Goiás, conversando com a população diretamente e com os setores organizados. Só quem não quer ver e escutar não percebe que a população observa os políticos do PSB com outros olhos. Marina Silva aparece numa pesquisa com 27% das intenções de voto e, em Goiás, Vanderlan, mesmo com estrutura menor e menos destaque na imprensa, está em segundo lugar, com cerca de 20% das intenções de voto.” Braga contesta aqueles que dizem que Vanderlan não tem apoios consistentes. “Não estamos apostando em medalhões, mas o procurador federal Aguimar Jesuíno, sem qualquer mácula, é um grande nome para o Senado. Nos debates, ele vai mostrar que tem conteúdo e que representa a modernidade política.” O marqueteiro insiste que, este ano, não se terá uma campanha definida pela “estrutura”. “O eleitor, desconfiado das grandes e caríssimas estruturas, vai optar pelas ideias, por projetos transparentes e críveis.” Raramente Braga gosta de opinar sobre partidos e políticos adversários. Instado a falar sobre a crise do PMDB, que tem dois pré-candidatos, Iris Rezende e Júnior Friboi, em guerra aberta, o marqueteiro apresenta sua opinião: “Iris tem uma história, por isso resta perguntar: o PMDB vai ficar com a história, com o nome que ajudou a construi-lo, ou com a estrutura? O eleitor, tudo indica, vai optar pelas ideias, projetos”. A Vanderlan, assegura Braga, “não importa quem vai enfrentar, quais serão os adversários”. O discurso da renovação tende a ser “apropriado” por quais candidatos? “A rigor, só três candidatos podem adotar o discurso da renovação — Antônio Gomide (PT), Júnior Friboi e Vanderlan. O governador Marconi Perillo (PSDB) e Iris Rezende, se candidatos, não poderão adotá-lo. Gomide não é fraco, como alguns pensam; ocorre que o PT, se for sozinho, terá certa dificuldade. Mas, sim, o petista pode ser visto como ‘a novidade’, como uma delas.”

Reuniões de trabalho no interior
Braga diz que tem notado que alguns políticos praticamente estão fazendo comícios disfarçados no interior. “Nós, pelo contrário, estamos fazendo reuniões de trabalho. Nós apresentamos o diagnóstico do Estado, com números detalhados e confiáveis, em todas as áreas, como segurança pública, saúde e educação. Em seguida, apresentamos algumas de nossas ideias, como, na área de saúde, o Banco de Leite. Não fazemos apenas a crítica, nós formulamos soluções objetivas. Ao mesmo tempo, colhemos sugestões de populares e da sociedade organizada de todas as regiões de Goiás”, afirma Braga. “Nosso plano de metas está quase pronto, faltando apenas ouvir um pouco mais a população e ajustes aqui e ali. Falta definir a parte da gestão. O plano tem começo, meio e fim. Registrada a candidatura, vamos apresentá-lo, para que a população possa verificar a seriedade dos nossos propósitos para o Estado de Goiás.” Uma coisa, na opinião de Braga, é certa: “A população está mais seletiva e quer apoiar um candidato que tenha um projeto que seja confiável”. O “jogo está aberto”, aposta Braga. “Alguns dos nomes que estão sendo anunciados talvez nem mesmo sejam candidatos e, o que é mais relevante, os eleitores não definiram como vão se posicionar. E eles têm razão: por que ninguém, nem mesmo os políticos, sabem quais serão os candidatos. Vanderlan está definido, mas o que dizer dos nomes do PMDB, do PT e do PSDB? O mínimo que se pode dizer é que os nomes dos três partidos estão associados à palavra ‘se’, quer dizer, não sabemos se serão mesmo candidatos.” Dada a dúvida, Marconi será mesmo candidato Braga avalia que, embora não esteja definido, “Marconi tende a ser candidato, pois não tem substituto à sua altura na base governista. Mesmo que não queira ser candidato, será compelido a fazê-lo”. A respeito de Ronaldo Caiado, por quem tem apreço, Braga acredita que deve ser candidato a senador. “É possível que saia com uma candidatura independente. Seu nome é tão consolidado na sociedade, como uma referência de político trabalhador e ético, que pode derrotar até mesmo um político experimentado e querido como Iris Rezende.” Sobre a questão nacional, Braga avalia que “o sentimento do brasileiro será, em larga medida, moldado pelo resultado da copa. Se a Seleção Brasileira não for campeã, disputando no Brasil, Dilma dificilmente ganhará um novo mandato. Já agora o PT, peemedebistas e empresários estão propondo a volta de Lula. Eduardo Campos, como principal nome da renovação, tem chance de ser eleito”.

Candidaturas de Iris Rezende e de Antônio Gomide reduzem a força de Marconi Perillo em Goiânia e em Anápolis

[caption id="attachment_1595" align="alignleft" width="620"]bastidores.qxd Iris Rezende: se não disputar o governo de Goiás em 5 de outubro deste ano, pode assistir a vitória de Marconi Perillo em Goiânia[/caption] Na sexta-feira, 11, o Jornal Opção colheu dois comentários interessantes. Primeiro: “Se Iris Rezende não for candidato a governador, o governador Mar­coni Perillo será o mais bem votado em Goiânia”. Segundo: “Se Antônio Gomide não for candidato a governador, o governador Marconi Perillo será o mais bem votado em Anápolis”. Os comentários foram formulados, em locais diferentes, por um peemedebista e por um petista. O que eles querem dizer? Mais do que está dito. Tentemos retirar a “vestimenta” das palavras. Em 2010, Anápolis foi crucial para a vitória de Marconi para o governo do Estado. Sem sua força na cidade, possivelmente teria perdido a eleição. O município se tornou uma espécie de cova do peemedebismo — assim como a Itumbiara de José Gomes da Rocha. Costuma-se dizer: “Antônio Gomide, do PT, não trabalhou para Iris”. Papo furado. Trabalhou, sim, e muito. Mas o eleitorado de Anápolis, um dos mais politizados de Goiás, tem uma característica que o distingue: não é, no geral, adepto da transferência de voto. Adora Gomide, mas não vota necessariamente no candidato apoiado pelo petista. Porém, num confronto direto com Marconi, é possível que Gomide o supere. Então, sua candidatura, se confirmada, reduz a força local do tucano-chefe — que, habilidoso, já está procurando conquistar espaço noutras paragens, como Goiânia (onde, curiosamente, Paulo Garcia não está transferindo intenção de voto para o companheiro de partido). Pode-se dizer, por fim, que Anápolis tem duas paixões políticas: Gomide — que todos chamam, na cidade, de Antônio Roberto — e Marconi No caso de Goiânia, se Júnior Friboi for o candidato, o PMDB perde densidade, porque o eleitorado da capital, autônomo e, às vezes, rebelde, também é avesso à ideia de transferência de voto. Se perder Anápolis, na possibilidade de Gomide disputar o governo, Marconi vai tentar compensar com Goiânia, em especial se Iris estiver fora do páreo. Friboi, se permanecer fragilizado nas duas cidades mais importantes de Goiás — ele está tentando compensar com forte apoio em Aparecida de Goiânia e no Sudoeste de Goiás, além do Entorno de Brasília —, corre o risco, se candidato, de não ir para o segundo turno. Pode ser superado por Gomide ou Vanderlan Cardoso, do PSB, que tem presença sólida na Grande Goiânia. Se a presidente Dilma Rousseff cair ainda mais nas pesquisas de intenção de voto, o PT goiano tende a desidratar-se. Ao mesmo tempo, o PMDB pode crescer e, para apoiar a petista, deve fazer algumas exigências. Por exemplo forçar o PT nacional a enquadrar o PT goiano. Isto, no momento, está de fora de cogitação — até porque, se Dilma cair muito, Lula pode ser candidato a presidente — mas, adiante, não se sabe.

O governador Marconi Perillo só vai delinear as táticas para o pleito quando seus adversários forem definidos

[caption id="attachment_1590" align="alignleft" width="300"]Marconi Perillo: se disputa for contra Júnior Friboi, sua campanha será mais encorpada; contra Antônio Gomide, será mais ideológica Marconi Perillo: se disputa for contra Júnior Friboi, sua campanha será mais encorpada; contra Antônio Gomide, será mais ideológica[/caption] Na reunião com secretários na semana passada, o governador Marconi Perillo foi exigente e, mesmo, duro. O tucano-chefe sugeriu que, no afã de “proteger” o governo, há setores que estão burocratizado suas ações. Prefeitos têm reclamado, com frequência, que convênios se perdem nos desvãos do poder público e, em consequência, seus municípios não recebem obras que poderiam fazer a diferença, tanto administrativa quanto politicamente. Mesmo assim, o gestor atento ressaltou que é fundamental que se respeite as leis, sobretudo a legislação eleitoral, e cobrou pressa na conclusão das obras. Há quem, como o deputado federal Jovair Arantes, perceba Marconi como “excessivamente” cauteloso. O líder petebista sugere que o tucano defina sua candidatura já em maio. Dada a prioridade à gestão, e não à política partidária tradicional, às vezes não se percebe que a candidatura, na verdade, já está absolutamente posta. Mais candidato do que Marconi, impossível. A cautela tem, porém, uma explicação. O tucano sabe que entre seus adversários estarão, possivelmente, Iris Rezende ou Jú­nior Friboi, pelo PMDB, An­tônio Gomide, pelo PT, e Vanderlan Cardoso, pelo PSB. Entretanto, como o quadro não está definido — Gomide vai para governador ou para senador? O PMDB ainda não sabe se disputa com Iris ou com Friboi —, Marconi, se pode fixar a estratégia, não tem como delinear as táticas para cada adversário. Político astuto e perspicaz, Marconi pretende planejar sua campanha milimetricamente, com uso farto de recursos científicos, como pesquisas e estudos detalhados e atualizados. Se Gomide for candidato — suspeita-se na base governista que disputará o Senado —, adotará táticas diferenciadas, reforçando, por exemplo, a ideia de que, mesmo depois de anos no poder, permanece “novo”, com grande capacidade de renovação e, assim, um apóstolo da mudança. Se Gomide estiver fora do páreo, a campanha tende a ir para um campo mais tradicional. Se Friboi estiver no páreo, Marconi entende que terá de fazer uma campanha mais encorpada, com uma estrutura, além de altamente profissional, gigantesca. Não dá para enfrentar uma campanha de muitos milhões com alguns tostões ou alguns milhões. Mesmo estando no governo, tendo força para arrecadar dinheiro para a campanha, o tucano sabe que não terá condições de reunir a mesma quantidade de dinheiro que Friboi pretende pôr no jogo político deste ano. Comenta-se, porém, que, depois de determinados valores e com estruturas bem montadas, as diferenças entre uma campanha de 100 milhões e uma de 70 milhões não é muito grande. Marconi certamente vai combater a estrutura financeira de Friboi com o adensamento de sua estrutura política, incorporando, por exemplo, novos aliados — como o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM). Que o vice-governador José Eliton (PP) e o deputado federal Vilmar Rocha (PSD) não se enganem: o tucano é leal aos dois, por quem nutre respeito e admiração, mas sabe que, numa campanha, o grande pecado é perder a eleição. Para ganhar, perdendo o anel, digamos o Senado, mas mantendo os dedos, o governo, Marconi compõe, sim, com Caiado. De que adiante eleger um senador e vários deputados federais e não eleger o governador? É a pergunta que está na ordem do dia e o governador certamente quer que Eliton e Vilmar, políticos respeitáveis, pensem a respeito. Na política, para evitar uma possível derrota, às vezes é preciso sacrificar o interesse pessoal em benefício do ganho coletivo. É fato: Marconi não vai pressionar Eliton e Vilmar para “saírem” da chapa majoritária — ou mudarem de posição (com Vilmar, por exemplo, optando pela vice, desistindo do sonho da senatória), mas, no momento apropriado, vai mais sugerir do que pedir para que avaliem o quadro político-eleitoral do ponto de vista do interesse da base aliada.

Maguito Vilela sugere que, sem o apoio motivado e ostensivo de Iris Rezende, Friboi pode dar adeus ao governo de Goiás

Nos bastidores, iristas chamam um dos pré-candidatos a governador pelo PMDB, Júnior Friboi, e o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, de Pinky e Cérebro. Maguito é Cérebro e Friboi, Pinky. Trata-se de um exagero evidente, pois o empresário não é descerebrado como o personagem. Mas, de fato, Maguito é o cérebro político por trás de Friboi. Articulador hábil, e menos indeciso do que aparenta, Maguito disse, na reunião com Friboi na semana passada, que o PMDB precisa ter juízo e que o empresário não será eleito governador se não contar com o apoio de Iris Rezende. O prefeito ressaltou que, se perderam quatro, peemedebistas também ganharam quatro eleições. (Friboi não ganhou nenhuma eleição.) Se Friboi é um fenômeno empresarial, Iris é um fenômeno político, disse Maguito. As palavras de Maguito deixaram os friboizistas incomodados. Alguns chegaram a dizer que o prefeito estaria “mudando” de lado. Trata-se de um equívoco. Cérebro, Maguito, está apenas sugerindo a Pinky, Friboi, que, na política, é preciso abrir os olhos e observar os fatos para além do radicalismo de súditos que, embora falem, nem pensam, ou melhor, raramente pensam com clareza e maior largueza de visão. O racionalismo de Maguito é útil para Friboi e, sobretudo, para o PMDB. O prefeito está sugerindo que um PMDB mortalmente dividido será uma presa fácil para um político astuto e versátil como o governador Marconi Perillo. Maguito “é” Friboi, mas sobretudo quer que o PMDB eleja o próximo governador. Se for Friboi, ótimo. Se for Iris, tudo bem. Os dois são do PMDB.

O petista Antônio Gomide é mais forte para o governo do que para o Senado

[caption id="attachment_1584" align="alignleft" width="200"]Antônio Gomide precisa encorpar durante a campanha Antônio Gomide precisa encorpar durante a campanha[/caption] Na semana passada, políticos do PMDB e do PT de Goiânia, depois de verificar que o ex-presidente Lula da Silva defendeu a candidatura de Antônio Gomide (PT) para governador de Goiás — chegando a chamá-lo de Alexandre Padilha de Goiás, sinalizando que se trata de um elemento da renovação e da mudança —, durante um encontro em São Paulo, propuseram uma questão interessante. Eles asseguram que o petista é mais forte para o governo do que para o Senado. Petistas e peemedebistas avaliam que Gomide é visto como gestor, mais bem avaliado para uma disputa do governo, e não para uma disputa para senador. Pensam o mesmo de Iris Rezende, mas sugerem que Vilmar Rocha (PSD) e Ronaldo Caiado (DEM) têm perfis adequados para senador. Defendem também que a luta de Gomide — que estão chamando de “Gomedo”, porque estaria assustando os adversários — será ir para o segundo turno com o governador Marconi Perillo. Aposta-se que, aí, será uma luta mortal de dois leões políticos. Porém, para chegar ao segundo turno, precisa de mais musculatura política. Com uma estrutura mínima, sem apoio até de partidos pequenos, pode soçobrar. Em disputas eleitorais não basta ser novo. O candidato precisa chegar às urnas “encorpado”.

Oligarquia de Euler Ivo e Isaura Lemos provoca divisão no PC do B e esvazia o histórico partido

Não dá para imaginar o PC do B de Goiás sem líderes íntegros como Aldo Arantes, Fábio To­karski, Luiz Carlos Orro e Denise Carvalho. Eles são “o” partido, símbolo de uma legenda que não se dobra. Porém a parte ética e ideológica, verdadeiramente marxista, está sendo “encostada” pela cúpula dos oligarcas Euler Ivo e Isaura Lemos. Aldo, cotado para disputar mandato de deputado federal, não deve concorrer, porque a família que se tornou proprietária do partido decidiu que a candidata deve ser a filha do casal, Tatiana Lemos. Ivo e Isaura, que transformaram o PC do B no PC do Is — Partido Comunista do Ivo e da Isaura —, instalando no poder uma hegemonia virulenta, que expurga quem não comunga com seu nepotismo, já foram expulsos uma vez da histórica legenda. Isto pode voltar a ocorrer, se Isaura não for reeleita. Orro, um dos mais dedicados militantes, escreveu uma carta indignada (pode ser lida no link: http://bit.ly/OTjpB0) denunciando o coronelismo vermelho.

PT e PMDB de Goiás devem se tornar adversários quando (e se) Iris e Friboi se uniram

PMDB e PT ainda trocam flores — um tanto amassadas, é certo. Entretanto, no momento em que Júnior Friboi e Iris Rezende se unirem, se isto for mesmo possível, os dois partidos tendem a se tornar inimigos figadais. Como apostam que uma vaga no segundo turno é de Marconi, as legendas, na campanha, tendem a se atacarem. O PT vai se apresentar como a alternativa, como o novo.

Vice-prefeito Agenor Mariano diz que Iris tem imensa vocação pública e que sua idade não atrapalha

[caption id="attachment_1577" align="alignleft" width="200"]Agenor Mariano: “Idade de Iris, longe de atrapalhar, até ajuda” Agenor Mariano: “Idade de Iris, longe de atrapalhar, até ajuda”[/caption] O vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano (PMDB), acompanhou o pré-candidato do PMDB a governador de Goiás, Iris Rezende, à missa de sétimo dia de Altamir “Pesado” Garcia, irmão do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia. “A igreja parou para cumprimentá-lo. Iris é a unanimidade inteligente da política de Goiás.” Agenor conta que, na quinta-feira, 10, e na sexta-feira, 11, Iris recebeu gente o dia inteiro, em seu escritório político. “Só prefeitos, que eu tenha visto, foram cinco. O curioso é que os peemedebistas demonstram mais entusiasmo do que o próprio Iris. Não é puramente homenagem, não. Percebo que o apoio para a disputa do governo do Estado é consistente e genuíno.” O Jornal Opção perguntou a Agenor qual é a principal virtude política de Iris. “Iris é um ser múltiplo, altamente vocacionado para a vida pública. Portanto, é difícil, quiçá impossível, citar apenas uma virtude. Antes de tudo, é preciso dizer que é um homem público na acepção da palavra.” “Além de gestor eficiente e extremamente focado, é preciso dizer que Iris tem autoridade. Quando indica um caminho as pessoas o seguem, porque sabem que é o melhor. Isto significa saber liderar. Ademais, Iris tem um resíduo eleitoral e uma história política impressionantes. Li, recentemente, uma reportagem da revista ‘Realidade’, feita em meados da década de 1960, com o título de ‘Nasce um novo líder’. Ao lê-la, por vezes cheguei a imaginar que o texto havia sido escrito ontem, tal a atualidade do que escreveu o repórter. Iris é um político sólido, de caráter reto”, disserta Agenor. Perguntado sobre a idade de Iris, 80 anos, Agenor frisa que “não atrapalha em nada. Talvez seja o que ele tem de melhor. Iris é o tipo de político que tem experiência, mas não se trata de uma experiência acomodada, paralisante. Ele quer sempre seguir em frente, jamais pensa em recuar, e não desanima em nenhum momento. Às vezes penso que, dada sua força interior, tem mais energia do que muito jovens”.

Não convidem Cruvinel e Lívia para a mesma picanha da Churrascaria Gramado. Pode sair sangue e não será da carne

Não convidem para a mesma picanha da Churrascaria Gramado, da Praça 13 de Maio, o deputado federal Heuler Cruvinel, do PSD, e a secretária de Administração da Prefeitura de Rio Verde, Lívia Mattos. Pode sair sangue e não será da picanha. Heuler fica quase “cru” quando encontra com Lívia e esta fica lívida quando esbarra no parlamentar. Não são inimigos, mas, como a secretária está pondo a casa em ordem e exige que todos trabalhem, o pessedista não a aprecia. Na verdade, o parlamentar não defende que pessoas recebam sem trabalhar, mas sempre há comissionados que acreditam que, como foram politicamente indicados, não precisam frequentar a prefeitura.