Maguito Vilela sugere que, sem o apoio motivado e ostensivo de Iris Rezende, Friboi pode dar adeus ao governo de Goiás

15 abril 2014 às 14h39
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Nos bastidores, iristas chamam um dos pré-candidatos a governador pelo PMDB, Júnior Friboi, e o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, de Pinky e Cérebro. Maguito é Cérebro e Friboi, Pinky. Trata-se de um exagero evidente, pois o empresário não é descerebrado como o personagem. Mas, de fato, Maguito é o cérebro político por trás de Friboi.
Articulador hábil, e menos indeciso do que aparenta, Maguito disse, na reunião com Friboi na semana passada, que o PMDB precisa ter juízo e que o empresário não será eleito governador se não contar com o apoio de Iris Rezende. O prefeito ressaltou que, se perderam quatro, peemedebistas também ganharam quatro eleições. (Friboi não ganhou nenhuma eleição.)
Se Friboi é um fenômeno empresarial, Iris é um fenômeno político, disse Maguito.
As palavras de Maguito deixaram os friboizistas incomodados. Alguns chegaram a dizer que o prefeito estaria “mudando” de lado. Trata-se de um equívoco. Cérebro, Maguito, está apenas sugerindo a Pinky, Friboi, que, na política, é preciso abrir os olhos e observar os fatos para além do radicalismo de súditos que, embora falem, nem pensam, ou melhor, raramente pensam com clareza e maior largueza de visão. O racionalismo de Maguito é útil para Friboi e, sobretudo, para o PMDB. O prefeito está sugerindo que um PMDB mortalmente dividido será uma presa fácil para um político astuto e versátil como o governador Marconi Perillo.
Maguito “é” Friboi, mas sobretudo quer que o PMDB eleja o próximo governador. Se for Friboi, ótimo. Se for Iris, tudo bem. Os dois são do PMDB.