Por Gyovana Carneiro

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Dia do Compositor Brasileiro: uma criação de Herivelto Martins

O cantor e compositor foi grande incentivador da música brasileira e colaborou grandemente para a valorização dos músicos no país

Marcos Portugal e o hino à independência do Brasil

De acordo com uma versão divulgada pelo historiador e parlamentar político, Eugênio Egas, em 1909, a música teria sido composta pelo Imperador na tarde do mesmo dia da Independência do Brasil

Sigismund Ritter Neukomm, compositor austríaco, influenciou a música brasileira

Ele ficou no Brasil de 1816 e 1820 e ministrou aulas de música para a Família Real e membros da elite carioca. Ajudou José Mauricio Nunes Garcia e Francisco Manuel da Silva

Elizabeth II: uma rainha que adorava música

Elizabeth gostava de trilhas sonoras de musicais e de músicas da Guarda Britânica

200 anos da independência do Brasil – surpresas e curiosidades

Estamos a celebrar os 200 anos da Independência do Brasil no dia 7 de setembro. A data carrega muitos significados históricos, culturais e políticos. Com uma independência que não aconteceu da noite para o dia, vários fatos no decorrer da história brasileira, foram perdidos pelo caminho.
Uma dessas histórias é a do nosso tradicional Hino Nacional Brasileiro.

Representando um dos quatro símbolos oficiais da República Federativa do Brasil, o Hino Nacional Brasileiro, tão ouvido, cantado e reverenciado possui algumas curiosidades históricas.

O Hino Nacional Brasileiro que conhecemos hoje, não foi composto com a essa finalidade. A melodia de Francisco Manoel da Silva (1785-1865), que tem letra de Joaquim Osório Duque Estrada (1870-1927), foi incorporada ao hino original cerca de quarenta e quatro anos após a morte do compositor da melodia.

“O maestro Francisco Manuel ditando o hino nacional”
Óleo sobre tela (1850) por José Correia de Lima  (1814 -1857)

O maestro e compositor Francisco Manoel da Silva nasceu no Rio de Janeiro e deixou boa quantidade de obras, que estão espalhadas em arquivos cariocas, mineiros e paulistas e abrangem música sacra, modinhas e lundus, além do famoso Hino Nacional Brasileiro.

Francisco Manoel teve grande destaque na vida musical do Rio de Janeiro no período compreendido entre a morte de Padre José Maurício Nunes Garcia (1830) e o apogeu de Carlos Gomes (Segundo Império), e muito contribuiu para a história da música no Brasil, pois fundou, entre outras instituições, o Conservatório Imperial de Música (1848).

Museu Nacional, onde funcionou o Conservatório de Música de 1848 a 1854,
Campo da Aclamação, atual Praça da República.

Quando, em 7 de abril de 1831, D. Pedro I (1798-1834) foi  aconselhado a renunciar e abdicar do trono em favor de seu filho Pedro II (1825-1891), a época com apenas 5 anos de idade, Francisco Manoel compôs a música do atual hino que, em primeira execução, apareceu com letra de Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva.

Em 1841, na coroação de Pedro II, esse hino foi executado novamente, com letra diferente da primeira - e de autor desconhecido. A melodia seguiu sendo executada sem letra, em solenidades civis e militares, até a Proclamação da República em 1889. 

Coroação de Pedro II, 18 de dezembro de 1841
Obra de 1824 retrata o ato de coroação de D. Pedro II.
Óleo sobre tela, 2,38 x 3,10 m, de François-René Moreaux (1807-1860)

Considerando uma herança do Império, em janeiro de 1890,  houve um concurso, no Teatro Lírico do Rio de Janeiro, para a escolha, entre 29 candidatos, de um novo Hino Nacional Brasileiro que representasse a República Brasileira.

O vencedor do concurso foi Leopoldo Miguéz (1850-1941). Curiosamente, depois de executados os hinos concorrentes e escolhida a obra de Miguéz, o proclamador da República, Marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892), preferiu o Hino de Francisco Manoel e o manteve como Hino Nacional apresentado sem letra.

Leopoldo Miguéz (1850-1941)

Deodoro da Fonseca  decidiu então que ao vencedor da música, Leopoldo Miguéz, e letra, José Joaquim Medeiros e Albuquerque, caberia o título de “Hino da Proclamação da República”. O Brasil passava então a ter o seu hino oficializado, porém, de forma incompleta, pois, faltava-lhe a letra.

Marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892)
óleo sobre tela, (1892) 75 X 60 cm por Benedito Calixto (1853 – 1927)

O vencedor do concurso foi Leopoldo Miguéz (1850-1941). Curiosamente, depois de executados os hinos concorrentes e escolhida a obra de Miguéz, o proclamador da República, Marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892), preferiu o Hino de Francisco Manoel e o manteve como Hino Nacional apresentado sem letra.

Assim, oficializado o concurso, foi assinado o Decreto n° 171, de 20.01.1890, que conservava o “Hino Nacional” e adotava o “Hino da Proclamação da República”.

Tal situação permaneceria ignorada até julho de 1909, quando o governo instituiu um novo concurso “para escolha de uma composição poética a se adaptar com todo o rigor à melodia do Hino Nacional”.
O vencedor desse concurso foi o poeta Joaquim Osório Duque Estrada (1870-1927) que ainda esperaria vários anos para afinal ser declarada oficialmente a letra do “Hino Nacional Brasileiro”, pelo Decreto n°15.671, de 06.09.1922.  

 Ouviremos uma gravação histórica da música de Francisco Manoel da Silva com letra de autor desconhecido utilizado na celebração nacional, em 1840, na coroação do jovem dom Pedro II de Bragança.

Observe, foi um hino tão representativo do império, que até os dias de hoje, é um dos símbolos oficiais da República Federativa do Brasil.


https://www.youtube.com/watch?v=9TBlvmwix2g

Franz Joseph Haydn (1732 -1809)

Um dos compositores mais importantes do classicismo, com uma produtividade insana, Haydn compunha de maneira constante

Estercio Marquez Cunha: o compositor goiano é tema de curta-metragem

"Estercio é um dos compositores mais prolíficos do cerrado"

Guiomar Novaes: a Dama do Piano

A pianista teve uma trajetória espetacular. Ainda menina inspirou o escritor Monteiro Lobato, a criar a personagem Narizinho

Caetano Veloso: os 80 anos de um dos gênios da arte brasileira

Músico, produtor, arranjador e escritor brasileiro, Caetano Veloso, completou 80 anos de idade no último domingo 07 de agosto, comemorado em grande estilo com um show, transmitido por plataformas digitais, rodeado pelos filhos: Moreno, Zeca e Tom, e, da irmã Maria Bethânia.

Caetano com os filhos e a irmã Maria Bethânia.

Com um passado e um presente que lhe garantem admiração no Brasil e exterior, Caetano, construiu uma obra musical marcada pela releitura e renovação, com grande valor intelectual e poético, se destacando como uma das principais referencia artísticas brasileiras.


O artista plural que nunca parou de compor nem de cantar, ao longo de sua carreira, também escreveu livros e produziu cinema. Caetano Veloso tem canções em trilhas sonoras no cinema nacional e internacional como “Hable com Ella”, de Pedro Almodovar e em “Frida”, de Julie Taymor, recebendo, ao longo de sua carreira, inúmeros prêmios.

“Hable com Ella”, de Pedro Almodover

Caetano Emanuel Vianna Teles Veloso nasceu em Santo Amaro da Purificação, na Bahia, no dia 07 de agosto de 1942. Filho de José Veloso, funcionário dos Correios e Telégrafos, e de Dona Canô, aos 14 anos de idade, veio de mudança com a família para o Rio de Janeiro.
Em 1960, a família voltou à Bahia, indo morar em Salvador. Nessa época, ao violão, Caetano passou a acompanhar, sua irmã Maria Bethânia, em bares da cidade.

Foi ao lado de Gal Costa que Caetano grava “Domingo”, seu primeiro disco. A música “Alegria, Alegria” é classificada em quarto lugar no III Festival de MPB da TV Record.


Nesse momento, surge na música brasileira um movimento de ruptura cultural que tem como marco o lançamento, em 1968, do disco “Tropicália ou Panis et Circensis”, disco-manifesto  do Tropicalismo, cujos participantes foram: Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Gal Costa, os Mutantes (banda) e o maestro Rogerio Duprat.

Capa do Disco “Tropicália ou Panis et Circensis”
fotografia realizada na casa de Oliver Perroy, fotógrafo da Editora Abril, SP

Outro fato que marca a vida e a carreira de Caetano Veloso foi o exilio. Caetano é preso pela ditadura militar, acusado de ter desrespeitado o Hino Nacional e a Bandeira. Em 1969, parte para o exílio, em Londres, voltando em 1971.


Deprimido com o exilio europeu, o artista baiano ganhou ânimo quando o produtor musical britânico Ralph Mace o convida para compor e gravar um disco na Inglaterra.

Álbum Caetano Veloso
Lançado na Inglaterra em junho de 1971 pelo selo Famous / GW (de Ralph Mace) e editado no Brasil via Philips no segundo semestre daquele mesmo ano de 1971

Já no Brasil, Caetano Veloso, Gal, Gil e Bethânia formam o grupo “Doces Bárbaros” gravam “Os Mais Doces dos Bárbaros” e excursionam por todo o país.

“Doces Bárbaros”

Outro parceiro marcante na vida e na carreira de Caetano foi Gilberto Gil, que assim se expressa sobre os 80 anos de Caetano:


“meu afeto fortalecido de amigo e de irmão é tudo que posso lhe dar de presente no seu aniversário de 80 anos”

Gil e Caetano

Na década de 80, ao lado de Chico Buarque, apresentou na televisão, o programa “Chico & Caetano”, onde cantava e recebia convidados.

“Chico & Caetano

Caetano não para de produzir arte. Completa 80 anos nos brindando com sua genialidade que parece inesgotável.


Difícil escolher uma obra como exemplo. Optamos por “Sampa”, do álbum Muito – Dentro da Estrela Azulada, sendo a canção mais ouvida dentre os inúmeros sucessos do baiano Caetano.
Em vídeo ao vivo de março de 2017 - Caetano Veloso e Gilberto Gil - Caetano interpreta (voz e violão) “ Sampa”.


Observe! “Sampa” promoveu a ruptura na composição brasileira, libertando-a do vocabulário culto e do romantismo exagerado.

https://www.youtube.com/watch?v=t4pl079t548

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