Por Gilberto G. Pereira

A criatura sem nome que todos nos acostumamos a chamar pelo de seu criador está de pé há dois séculos, e mais viva do que nunca, graças à qualidade narrativa do texto junto com a adoção feita pela cultura pop do aterrorizante ser

O fascínio exercido pelo ser criado em laboratório sobre o imaginário coletivo deu vida longa não só ao livro, mas também à sua autora, Mary Shelley

De criação coletiva que remonta à cultura persa do século 9, antes de imergir no imaginário árabe e ser completada por copistas desde Bagdá e Cairo, obra engrandece com sua inclinação para o fantástico e com a ideia de que só a palavra salva a humanidade

Morto há uma semana, escritor goianiense deixa um legado memorialista dos mais importantes para Goiânia, cujas ruas e pessoas são louvadas em suas crônicas mais bem acabadas

Romance de Jorge Amado, “Tieta do Agreste”, que fez 40 anos em 2017, continua em alta conta em sua proposta de contrapor os sonhos e os desejos de quem mora no interior em relação aos grandes centros

Livro de Milton Santos, publicado há 40 anos, mantém-se atual pela contundência com que o autor ataca o problema da miséria, sobretudo, nos aglomerados urbanos, onde a globalização é mais eficaz

Romance de Campos de Carvalho, publicado em 1956, ainda consegue crivar as intempéries psicossociais pelo ponto de vista de um lunático, que ao mesmo tempo apresenta uma ofuscante lucidez

Romance de 1964 traz uma prosa marcada pela vibração poética, que mesmo se distanciando de outras linguagens, dotadas de clareza textual, fascina o leitor, talvez por isso, por essa loucura inscrita no chamado do real

Publicado em sete volumes, nem todo grande romance é tão analítico quanto este do escritor francês, com tamanha capacidade de ser descarnado e distribuir pílulas de alta voltagem de observações filosóficas

Tadeu Alencar Arrais, professor do Instituto de Estudos Socioambientais da UFG, analisa em livro os modos de se olhar para os espaços urbanos e compreender o funcionamento de seus organismos, sua vida e morte

Em seu novo livro, o escritor paulistano de 56 anos convida o leitor a uma conversa invulgar sobre a existência, um misto de filosofia e literatura, num texto que pode ser chamado de autobiografia filosófico-literária

Com a realidade recente colada nos fatos recriados como ficção, série da Netflix, conduzida por José Padilha, tem bom ritmo e uma narrativa envolvente, além de chamar a atenção para fatores importantes da nossa sociedade

Nos últimos cinco anos, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás vem fomentando a discussão sobre espaços urbanos por vários tipos de intervenção, entre eles o de patrocínio de projetos que valorizem as ações da categoria

Filme japonês que narra o drama de um homem separado que não quer perder o filho, mas não sabe agir com a devida preocupação com o futuro do garoto, discute questões como liberdade de ser e posicionamento ético no mundo

Escritor italiano tem a nos ensinar mais do que o mantra repetido na internet, que nasceu de um momento de distração de sua parte: “As mídias sociais deram o direito à fala a legiões de imbecis”