Por Euler de França Belém
O deputado Wanderley Dallas “apresentou um projeto que propõe transformar palavras como ‘piroca’, ‘cabaço’, ‘baitola’, ‘pinguelo’ e ‘xibiu’ em patrimônio imaterial do Estado”
“Vício Inerente”, filme de Paul Thomas Anderson, com Joaquin Phoenix e Josh Brolin, não entrou em cartaz nos cinemas de Goiânia. É provável que nem entre, ou, se entrar, fique apenas uma semana, se ficar. Quem aprecia cinema de certa qualidade não deve ter apreço algum pelos programadores de filmes da capital construída por Pedro Ludovico. O “filme” (reluto em pôr aspas, mas, depois de consultar os críticos de cinema Iúri Rincon Godinho e Adalberto de Queiroz, decido colocá-las) “O Vingadores 2 — Era de Ultron”, dirigido por Joss Whedon (será que alguém precisa dirigir uma joça dessa?!), será exibido em 24 salas de cinema da cidade! Duas exclamações num texto de jornal não pegam bem. Ora, o que não pega bem é exibir um filme deste naipe em tantas salas. É uma verdadeira ode à estupidade, diria Mário de Andrade.
O crítico e cinéfilo Lisandro Nogueira, que entende de cinema, não diz nada, não faz nenhum protesto. Espero que o André Lcd, o Marcelo Franco, o Ademir Luiz, a Candice Marques, o Arthur de Lucca (autor do livro jamais escrito “Porque o Cinema Não é Arte”) e o Danin Júnior, vingadores da arte, saquem suas armas e comecem uma “vingança” urgente.
Os jornais não vão protestar. Estão paralisados.
Passou o tempo da beleza a todo custo. Cuidar da aparência para elevar a autoestima é decisão que deve ser pensada em criteriosos debates entre médico e paciente
Nota do Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás Os engenheiros e a terceirização O Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás (Senge), entidade sindical representativa dos engenheiros goianos, em face da votação na Câmara dos Deputados do Projeto de Lei Nº 4330/04, que trata da terceirização do trabalho no Brasil, manifesta ao povo goiano seu posicionamento favorável à justa reação dos trabalhadores contra a precarização dos seus empregos que fatalmente ocorrerá se o projeto como proposto transformar-se em lei. Não sendo possível, neste espaço, posicionar-se relativamente a todos os dispositivos do projeto de lei danosos aos trabalhadores, o Senge-GO priorizou defender os seguintes temas: 1) A terceirização não deve atingir a atividade fim da empresa contratante; 2) Deve ser garantida a isonomia de direitos entre todos os trabalhadores, terceirizados ou não; 3) A responsabilidade da empresa contratante da terceirização em relação aos direitos dos trabalhadores terceirizados deve ser, sempre, solidária e, nunca subsidiária; 4) Deve ser proibida a chamada “pejotização” em que a empresa demite o seu empregado e, depois, contrata-o na forma de pessoa jurídica; 5) Deve ser proibida a subcontratação de trabalhadores, ou seja, a “quarteirização”; 6) A representação sindical de cada categoria profissional dos trabalhadores deve ser, sempre feita pelo respectivo sindicato. A diretoria do Sindicato dos Engenheiros no Estado de Goiás Nota da redação: O título "Sindicato dos engenheiros sugere proibição da quarteirização — a subcontratação de trabalhadores" é de responsabilidade do Jornal Opção, porém a partir da nota acima.
O professor de Oxford escreveu livros seminais sobre a Revolução e a Guerra Civil Espanhola
Insistência do Sintego em reviver nesta greve práticas e discursos que objetivam a manutenção do servilismo ao Paço afasta-o ainda mais da categoria
Vi Cláudio Cunha em ação pelo menos duas vezes e amigos que entendem de teatro diziam: “É um canastrão”. É provável que eles tinham-têm razão. Mesmo assim, diverti-me com sua interpretação precisa de “O Analista de Bagé”, texto do escritor Luis Fernando Verissimo. Ele fazia um analista machão, durão e, até, meio cafajeste. Sobretudo, era convincente e, apesar dos excessos — o texto foi se tornando mais abusado-modernizado ao longo do tempo —, as histórias eram muito boas. Mas era a interpretação de Cláudio Cunha, enfático e excessivo, que coloria o trabalho do filho de Erico Verissimo. Durante 30 anos — chegou até ao livro dos recordes —, o ator interpretou o “analista”. O país não poderá vê-lo mais em ação, pois morreu na segunda-feira, 20, aos 68 anos, em decorrência de um infarto.
[Foto: divulgação]
É preciso respeitar os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório. É importante porque aparentemente a defesa no Brasil se tornou um meio dispensável e muitas vezes ignorado
Manoel de Souza [foto, de seu Facebook], operador de imagem, deixou “O Popular” na segunda-feira, 20. Numa carta (dolorosa mas bela) divulgada aos colegas e amigos, ele escreveu: “Nunca imaginei que este momento chegaria tão rápido, apesar de vários anos já terem se passado, parece que foi ontem que recebi aquelas boas vindas tão lindamente”.
O operador de imagem conta que entrou no jornal em 18 de outubro de 1994, há quase 21 anos. Colegas consultados por e-mail e Facebook dizem que se trata de um “profissional correto e consciencioso”.
A editora-chefe de “O Popular”, Cileide Alves, havia dito aos colegas — depois das demissões dos jornalistas Karla Jaime, Rosângela Chaves, Wanderley de Faria e João Carlos de Faria — que não seriam feitas novas demissões.
O mais provável é que a editora não esteja em condições, dado o processo de contenção de despesas da empresa, de prestar informações objetivas e “otimistas” aos colegas que ficaram.
O brasileiro Lyoto Machida perdeu para o americano Luke Rockhold na luta em que parecia um pouco diferente — relativamente mais ofensivo. Mas, na madrugada de sábado para domingo, quem quis uma luta de boxe de alto nível, disputadíssima, precisou recorrer ao canal Fox. Lá, sem que os jornais e sites brasileiros vissem e divulgassem, ocorreu uma batalha sensacional entre o argentino Lucas Matthysse, de 32 anos, e o russo Ruslan Provodnikov, de 31 anos.
Matthysse, a “Máquina” — porque não para de bater, sempre de maneira intensa —, e Provodnikov fizeram uma luta que merece figurar entre as melhores da história. Depois de 12 rounds, Matthysse venceu por pontos, com méritos. Mas, se o resultado fosse empate, é provável que nem o argentino reclamasse.
O argentino bateu muito nos primeiros rounds, mas Provodnikov, no lugar de se intimidar e de mostrar fraqueza, a cada round partia para cima. Nos rounds finais, Matthysse chegou a dobrar as pernas.
“O Popular” extinguiu o “Suplemento do Campo”. “As notícias sobre agronegócio serão publicadas diariamente no primeiro caderno no jornal e no site do ‘Popular’”, explicou a direção numa nota. “A mudança atende uma demanda do setor”, afirma. Quer dizer, no lugar de informações semanais, notícias diárias. Curiosamente, as notícias diárias sobre o agronegócio já eram publicadas no primeiro caderno.
O “Suplemento do Campo” morreu aos 27 anos. Foi criado em 1988.

[caption id="attachment_33514" align="aligncenter" width="620"] Lissauer Vieira: PSD vai eleger próximo prefeito | Foto: Marcos Kennedy / Alego[/caption]
O deputado estadual Lissauer Vieira afirma que o PSD trabalha para viabilizar a candidatura do deputado federal Heuler Cruvinel a prefeito de Rio Verde, na eleição de 2016. “Entendo que, em política, existe ‘fila’ e que Heuler saiu na frente. Portanto, será o candidato de nosso grupo.” Mas está inteiramente definido? “Do PSD é o favorito. Mas pode ser um nome novo. Vai depender muito de pesquisa e viabilidade eleitoral.”
O PSD tem o prefeito de Rio Verde, Juraci Martins, o presidente da Câmara, Iran Cabral, e os deputados Lissauer Vieira e Heuler Cruvinel. “Nosso grupo é hegemônico e nós vamos eleger o sucessor do prefeito Juraci. A oposição não elegeu nenhum parlamentar em 2014, o que prova sua relativa fragilidade eleitoral”, afirma Lissauer Vieira.
O que fazer com o desgaste do prefeito? “Apesar das dificuldades gerais, a avaliação de Juraci é positiva. O prefeito é popular e respeitado pelos eleitores — tanto que foi decisivo para eleger dois deputados.”
A administração de Juraci Martins, na opinião de Lissauer Vieira, “é produtiva para o crescimento e para o desenvolvimento de Rio Verde”.

O PTB tem “dupla personalidade”. Uma apoia o governo da presidente Dilma Rousseff — é o grupo do qual participa o deputado federal Jovair Arantes, de Goiás. A outra faz oposição à petista-chefe — é a facção, dominante, liderada pela deputada Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson. No caso de fusão com o DEM, com o objetivo de radicalizar a oposição ao governo do PT, boa parte dos parlamentares do PTB trocará de legenda. Calcula-se que 18 deputados do PTB migrarão para outros partidos — a maioria, possivelmente, para o PHS (quatro ou cinco do DEM se filiariam ao mesmo partido). Quatro senadores, entre eles Fernando Collor e Armando Monteiro (ministro do Desenvolvimento), se integrariam ao partido dirigido, nacionalmente, pelo goiano Eduardo Machado. O deputado estadual Talles Barreto (PTB) disse ao Jornal Opção que a maioria deve procurar o PHS, mas pode ser que alguns se filiem noutros partidos. “Muitos, de 18 a 20, sairão com Jovair Arantes, com o objetivo de manter o apoio ao governo do PT. Em Goiás, o PTB tem cinco deputados e todos certamente acompanharão Jovair. Porém, se Ronaldo Caiado não se filiar, o PTB continuará um bom partido.” Ao ser localizado pelo Jornal Opção, Talles estava em Ceres, no Norte de Goiás, discutindo o assunto com filiados do partido. “A decisão sobre a fusão não vai demorar, por isso estamos discutindo quais os melhores caminhos.” Talles avalia que, como não apoia a fusão, Caiado deverá migrar para o PMDB. Eduardo Machado diz que, com a adesão dos parlamentares do PTB, “o PHS vai bem ficar na fita. Eu continuo na presidência nacional e Jovair Arantes assume o comando estadual”. Como Talles, o presidente do PHS acredita que Ronaldo Caiado, mesmo enfrentando problemas em termos nacionais, tende a se filiar ao PMDB e assumir o comando do partido em Goiás. “Pode se reinventar como o novo Pedro Simon.”
Se eleições gerais forem disputadas em 2022, como estão sugerindo os políticos, em Brasília, os prefeitos eleitos em 2016 ficarão no poder por seis anos. Um deputado do PMDB diz, em tom jocoso, que, ao ouvir isto, o empresário Sandro Mabel teria dito: “Agora é que eu quero ser vice de Iris Rezende em Goiânia”.

A turma do "deixa-disso" quis entrar em campo para apaziguar os ânimos entre o ex-senador Demóstenes Torres, ex-DEM, e o senador Ronaldo Caiado, do DEM. Nenhum dos dois aceitou os panos quentes e, às vezes, frios. A briga continua na Justiça. Mas novos golpes midiáticos não estão descartados. A dupla quer guerra — das bravas.