Por Euler de França Belém

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Virmondes Cruvinel, deputado do PSD, participa de evento da CNI para pequenas empresas

O deputado estadual Virmondes Cruvinel (PSD) representou o Legislativo de Goiás no 2º Seminário Pense nas Pequenas Primeiro: Políticas de Fomento às Micro e Pequenas Empresas. O evento aconteceu nesta quarta-feira, 29, no auditório da sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. Entre os temas do seminário, a revisão do Simples Nacional e orientações sobre os sistemas de compras governamentais. “Também participei de uma palestra sobre um dos temas mais importantes para as pequenas empresas, que é o das políticas de redução de riscos de falência e de recuperação judicial”,  conta Virmondes (na foto, no centro). Dada a natureza do Legislativo, cuja atuação tende a ser pulverizada, é preciso eleger bandeiras claras e ter identidade com elas para se destacar. E o jovem deputado do PSD tem conseguido. Além de liderar a Frente Parlamentar da Pequena Empresa, Virmondes circula com desenvoltura a respeito de temas importantes, como educação, cultura e qualidade de vida nas cidades.

Galvão Bueno diz, em livro, que Ayrton Senna foi o melhor piloto da história da Fórmula 1

[caption id="attachment_34297" align="alignright" width="250"]“Fala, Galvão!” conta boas histórias mas reserva apenas 16 linhas para Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF. ‘Nunca foi um homem de futebol’ “Fala, Galvão!” conta boas histórias mas reserva apenas 16 linhas para Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF. ‘Nunca foi um homem de futebol’[/caption] "Fala, Galvão!" (Globo Livros), de Galvão Bueno e Ingo Ostrovsky, são as memórias seletivas — quase hagiográficas — de um narrador esportivo que avalia que o mundo é galvaocêntrico (chega a se tratar na terceira pessoa, como se fosse Pelé). A impressão que se tem é que o jornalista da TV Globo (salário superior ao de William Bonner; é dono de vinícolas no Brasil e no exterior, cria gado) quer ficar bem com todo mundo — até com o ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet, antes tido como desafeto. A amizade muito próxima com jogadores de futebol e pilotos de automobilismo às vezes trava a percepção crítica, o julgamento equilibrado. Os amigos e colegas são apontados como “espetaculares”. Descontados os elogios exagerados e os erros de revisão, há boas histórias, sobretudo dos bastidores da Fórmula 1. O mais incensado dos pilotos, e com razão, é Ayrton Senna (1960-1994), apontado como o maior da história. Aos 22 anos, ao ganhar uma corrida da Fórmula Ford 2000, Ayrton Senna aproximou-se e, chamando o narrador de “seu Galvão”, disse: “Eu vou chegar à Fórmula 1 e o sr. ainda vai narrar muita corrida minha”. Ayrton Senna — ou “Ayyyyyyrton Senna do Brasiiiiil”, na narrativa das provas para a Globo — ganha 28 das 311 páginas do livro. Nenhum outro piloto ganha tanto espaço. O piloto era uma fonte privilegiada para Galvão Bueno. Numa cor­rida, nos Estados Unidos, ante a informação de que “os carros da Williams eram mais rápidos” do que os da McLaren, Ayrton Senna cantou a pedra para o narrador: “Tive a in­formação de que o carro deles é muito rápido, mas o câmbio não vai aguentar, não deve passar de 15 voltas”. O funcionário da Globo deu a notícia e, de fato, “o câmbio da Williams de [Nigel] Mansell” quebrou. No início de sua vida como piloto, Ayrton Senna estava sob pressão de seu pai, Milton Teodor Guirado da Silva. Miltão queria que o jovem “abandonasse o automobilismo”. O piloto insistiu e um sócio do pai, Armando Botelho, passou a se responsabilizar por ele. Na Fórmula 3, em 1983, Ayrton Senna disputou 20 corridas e “ganhou 12 — nove consecutivas”. Um jornal inglês passou a chamar o autódromo de Silverstone de “Silvastone”. “Nesse ano, transmiti [com comentários de Reginaldo Leme] sua primeira corrida. Foi a única vez em sua história que a TV Globo transmitiu uma corrida de Fórmula 3. Todo mundo já percebia que ali existia um fenômeno.” Mas o futuro “rei” ainda era um plebeu que morava “numa casinha alugada e tinha um Alfa Romeo usado”. Quando recebeu uma multa, por ter estacionado em local indevido, Galvão Bueno teve de pagá-la. Seu prato preferido era espaguete. Em 1984, Galvão Bueno o reencontra “correndo pela Tole­man”, quase uma carroça perto das outras escuderias. “Ele me vendeu a certeza de que chegaria lá. E eu comprei.” Era um jovem “reservado”. Porém, como piloto, era de “uma segurança enorme e uma cobrança de si mesmo absurda, quase desumana”. Numa corrida de 1984, na África do Sul, Ayrton Senna marcou seu primeiro ponto e saiu “tão exausto que não conseguia nem andar”. “Reginaldo e eu o ajudamos a chegar ao motor house. E lá, trocamos a roupa dele. Ele estava entrevado de tanto esforço físico e tinha espasmos musculares. Ali, ele entendeu que a Fórmula 1 não era só talento. Fórmula 1 era talento, força mental e condicionamento físico. Foi a partir daí que Ayrton começou a trabalhar com Nuno Cobra e virou um atleta excepcional. Força mental ninguém nunca teve igual a ele. Ele destruía os adversários na mente. E no talento, nem se fala.” O narrador não explica o que quer dizer, exatamente, com “destruía os adversários na mente”. [caption id="attachment_34299" align="alignright" width="620"]sena_moto Ayrton Senna e Galvão Bueno: os dois se tornaram amigos íntimos e o narrador da TV Globo conseguia informações exclusivas com frequência[/caption] Em Mônaco, ainda na Toleman, quase ganhou sua primeira corrida. “A ultrapassagem em cima de Niki Lauda foi histórica. Ele estava em segundo, chegando em Prost, mais duas voltas e assumiria a ponta. As palavras que mais se ouviam nas cabines internacionais de TV vizinhas à nossa para descrever o que Senna estava fazendo eram ‘incredible’, ‘incroyable’ e ‘inacreditável’”. Porém, devido ao temporal, o diretor encerrou a prova. O brasileiro ficou, alegre, em segundo. Alex Hawkridge, Ayrton Senna e Galvão Bueno foram ao Cassino de Monte Carlo, mas Ayrton Senna, de jogging, foi barrado e teve de pegar um paletó emprestado. Em 1985, na Lotus, Ayrton Senna conquistou sua primeira vitória, sob forte chuva, no Grande Prêmio de Portugal. No mesmo ano, ganhou em Spa-Francor­champs, na Bélgica (adorava correr em Spa e Mônaco). O piloto comprou uma Mercedes 190, “o carro mais barato da Mercedes”, e, deliciado, dizia: “Paguei minha Mercedes hoje, paguei minha Mercedes!”

Primeiro título

Em 1988, pela McLaren, Ayrton Senna ganha seu primeiro título. Derrotou Prost. “Para mim, o campeonato mais marcante de todos foi esse. Ayrton foi o melhor piloto que já conheci.” O “maior piloto de todos os tempos”. Ao narrar uma corrida no qual ele vencera com certa dificuldade, Galvão disse: Ayrton Senna “é um homem que vive, que acorda, que almoça, que janta e que dorme Fórmula 1 e a sua profissão”. Reservado na maioria das vezes, Ayrton Senna se transformava na presença de amigos mais íntimos. Era brincalhão. “Íamos sair para jantar e Ayrton bateu na porta do meu quarto. Quando abri, ele jogou um balde de água em mim. Ainda todo molhado, eu só pensava no troco.” Certa feita, o piloto estava com uma namorada, “importada” do Brasil, de nome Edileine, e Galvão Bueno queria devolver o balde de água. Pediu para Reginaldo Leme chamá-lo e ficou escondido. “Vou abrir, espera um pouco”, disse Ayrton Senna. “A porta abriu, eu mandei a água. Só que era ela. Toda arrumada para jantar, maquiada, pintada, chique pra caramba. Um vexame! E ele morrendo de rir atrás da moça.” Nos anos 1980, em Miami, Ayr­ton Senna pôs “três cadeados no passador de cinto” da calça de Galvão Bueno. “Como é que eu ia tirar o cadeado se não tinha a chave? Tive que embarcar com os três cadeados. O americano não queria me deixar embarcar. E Ayrton dizia: ‘Não deixa ele embarcar, não, ele é louco’. (...) Eu quase não consigo embarcar.” No Grande Prêmio de Mônaco, em 1988, Ayrton Senna “estava 52 segundos à frente de Prost”, mas “bateu na curva da entrada do túnel”. Galvão Bueno indagou-lhe: “Como é que bateu daquele jeito?” Ayrton, irritado, disse: “Pra você eu vou contar. Eu queria botar uma volta no Prost, uma volta no baixinho”. “Os dois corriam pela McLaren e seria diabólico meter uma volta no companheiro de equipe. Olha só a cabeça do Senna.” O piloto queria que Galvão Bueno explicasse isso aos jornalistas. Acabou sobrando para Reginaldo Leme. Em 1993, Galvão Bueno perguntou: “Hoje você sofre mais do que se diverte, sofre muito, né?” Vitorioso, sempre na ponta, Ayrton Senna respondeu: “É uma pressão enorme ganhar todas as corridas”. O narrador ponderou: “Você tem que ser feliz. Você tem que se co­brar menos”. O piloto replicou: “Não consigo, Galvão”. “Ele era mais que ídolo, era um herói brasileiro. Ele era o brasileiro que deu certo, vindo de um país onde tudo dava errado. Ele era o Brasil que dava certo.” No GP da Europa em Donin­gton Park, naquele ano, Ayrton Senna teve como principal rival o francês Alain Prost. “Talvez tenha sido a melhor corrida que ele fez na vida. Ganhou de Prost [debaixo de chuva] — e também de Damon Hill — no braço e na estratégia. Fez as apostas certas de pneus naquela maluquice de chuva, sol, chuva, sol, ao contrário de Prost. Ayrton trocou de pneus quatro vezes; Prost, sete.” Na transmissão para a TV Globo, Galvão Bueno extrapolou: o piloto “não era desse planeta, era um extraterrestre”. Num determinado momento, disputando a ponta com Prost, Ayrton Senna “entrou pelos boxes de Donington e a equipe McLaren não estava pronta para o pit stop. Ele passou como um louco e foi embora”. Galvão Bueno disse: “Que erro absurdo!” Mais tarde, Ayrton Senna explicou-se para o amigo: “Eu quis fazer um teste e avisei para os caras: vou passar por dentro dos boxes e vocês me dão a cronometragem, porque se o Prost estiver na minha frente, eu passo ele por dentro dos boxes”. Era “pura estratégia”, frisa o narrador. “Naquela época não existia limite de velocidade nos boxes. Ayrton tinha domínio total da corrida, sabia de cada detalhe do que acontecia na pista, era inacreditável”. Prost e Ayrton Senna eram ad­ver­­sários ferrenhos. “As voltas de clas­sificação” de Ayrton Senna “são ines­quecíveis. Ele ficava dentro do car­ro, ele e Prost, um olhando para o ou­tro, para ver quem saía por último. E Prost saía antes. Ele vinha depois, fa­zia a pole position no último se­gundo. Era cruel com os adversários, mas o mundo da Fórmula 1 é assim. (...) O cara para ser campeão de automobilismo não pode ser bonzinho”. Ayrton Senna e Prost se respeitavam da mesma maneira que se odiavam nas pistas. “Ayrton era mais rápido, arrojado. Prost era mais frio, calculista. “Na largada do GP do Japão”, em 1990, “Ayrton, de McLaren, literalmente bateu de propósito na primeira curva na Ferrari de Prost. Os dois saíram da corrida. O campeonato foi decidido na primeira curva de Suzuka: bicampeonato de Ayrton. Eu me lembro de ter perguntado depois: ‘Pô, o que você fez? Fechou os olhos?’ Aí ele, cinicamente, falou: ‘Não, Papagaio, eu errei os pedais. Fui pisar no freio, pisei no acelerador’. E saiu dando risada”. Prost já o havia atingido, em 1989. De um profissionalismo que atormentava os mecânicos, Ayrton Senna “era sempre o último piloto a sair do autódromo. Era um perfeccionista, lia a telemetria de cabo a rabo. Quantas vezes nós jantávamos, ele com aqueles papéis de telemetria na mão, e eu dizendo: ‘O que você está fazendo? ‘Tô vendo as minhas curvas de potência... aqui, ó... tá vendo aqui? Aqui eu vou passar o Prost se ele estiver na minha frente’”. “Cruel consigo mesmo”, Ayrton Senna “se cobrava num nível próximo ao da loucura. Exigia perfeição a cada instante, e por isso foi o piloto que foi”, diz Galvão Bueno. Na Itália, em 1994, Ayrton Senna e outros pilotos estavam muito preocupados com a segurança. Havia um “boato de que Ayrton não correria em protesto pela falta de segurança”. Por isso Frank Williams perguntou para Galvão Bueno: “Você, que o conhece bem, acha que ele vai correr amanhã?” O narrador contrapôs: “Frank, eu achei que você o conhecesse melhor. Não é só correr. Ele vai correr e ganhar a corrida”. O chefão da Williams aquiesceu: “É, também penso assim, mas queria mais uma opinião”. Em Jerez de La Frontera, Galvão Bueno quis saber: “Para você, o que é uma Ferrari?” Ayrton Senna respondeu: “A Ferrari é uma cor, um ronco de motor, um estilo de vida, um carro campeão”. Mesmo sabendo que a Ferrari não estava bem, o narrador sugeriu que aceitasse ser piloto da escuderia italiana. O piloto não quis: “Eu não posso, porque eu já não sou campeão há dois anos [tinha sido em 1991]. Eu não posso ficar mais um ano sem ser campeão. (...) Eu vou para a Williams, vou ganhar o campeonato, vou correr lá dois anos, quero ganhar dois campeonatos para igualar o Fangio, e depois eu vou para a Ferrari. Aí encerro a minha carreira na Ferrari”. No meio do caminho, diria Carlos Drummond de Andrade, tinha uma curva. Em 1994.

Narrador esportivo relata que o “Cala a Boca, Galvão!” deixou-o assustado

Um dos capítulos do livro “Fala, Galvão” (Globo Livros, 311 páginas), de Galvão Bueno e Ingo Ostrovsky, em que o principal narrador esportivo da TV Globo mais se expõe é aquele em que tenta explicar e se defender do “Cala a boca, Galvão!” (noutro capítulo admite: “Sou muito brasileiro, meu lado materno vem direto dos índios do Mato Grosso”). “Foi como se um míssil nuclear tivesse caído na minha cabeça”, admite o narrador. Na cerimônia de abertura da Copa da África do Sul, em 2010, ocorreu um show da cantora Shakira. “Eu dancei — fora do ar, claro —, mas algumas imagens caíram nas redes sociais e começaram a se espalhar.” Galvão Bueno diz que não tem Facebook, Twitter, Instagram. “A melhor coisa da internet é que ela deu a todos a liberdade de se manifestar, e a pior coisa da internet é que ela deu a todos a liberdade de se manifestar. Às vezes, a rede é muito cruel.” Terminada a festança, Galvão Bueno foi para o hotel, já sabendo que sua dancinha “tinha entrado para os world trending topicz do Twitter”. Porém, no dia seguinte, “o vídeo do ‘Cala a boca, Galvão!’ tinha tomado uma dimensão gigantesca. Cheguei à redação da Globo e um olhava para a cara do outro sem saber muito bem o que fazer. Dormi como o Galvão Bueno da Globo e acordei no ‘The New York Times’, no ‘El País’, da Espanha, no ‘Clarín’, da Argentina”. Tudo começou, acredita Galvão Bueno, porque havia falado demais na transmissão da cerimônia. “Eu falo muito mesmo. Aí esse alguém criou e disponibilizou o vídeo do ‘Cala a boca, Galvão!’ na internet, isso virou um rastilho de pólvora e foi crescendo. Fiquei assustado, de verdade, quando pensei que tinha uma Copa inteira pela frente.” O que fazer? A Globo não sabia como reagir à avalanche internacional. “Foi Luís Erlanger, com o aval de [Carlos Henrique] Schroder, quem liderou o processo que nos levou a brincar com tudo aquilo. ‘Se a gente levar a sério e quiser sair na porrada, aí estamos perdidos mesmo’, foi o mote do Erlander. Naquela noite, Luiz Fernando Lima, diretor de esportes, me ajudou a combinar algumas deixas com Tiago Liefert, que, no meio de uma frase minha, durante o ‘Central da Copa’, mandou um sonoro ‘Cala a boca, Galvão!’. ‘Pô, até você, Tiago?’ Fizemos várias piadas, rimos da situação e... segue o jogo”, relata Galvão Bueno. “Levei a brincadeira adiante e disse para Leifert: ‘Ayrton Senna deve estar rolando de rir em algum lugar, porque ele só me chamava de Papagaio’. ‘Cala a boca, Galvão!’, dizia o Tiago. ‘Quer saber de uma coisa? Eu não vou calar a boca, nada, eu vou é falar’. Aí virou um grande barato, uma grande curtição. Um troço que poderia prejudicar meu trabalho naquela Copa acabou me fazendo muito mais bem do que mal, e acho que foi por causa da forma como abordamos a coisa toda.” O humor é o medicamento mais eficaz contra a ira e a burrice. Galvão Bueno conta que, “na manhã seguinte”, acordou dizendo: “‘Vou falar à beça nesta Copa do Mundo’. E falei. Foi um míssil que explodiu, mas eu saí ileso”. De fato. Mas ficou evidente que nem a poderosa Globo e suas estrelas estão infensas ao deboche do mundo globalizado e democratizado pela internet.

Os quatro maiores pilotos da história da Fórmula 1, segundo Galvão Bueno

Na sua autobiografia, “Fala, Galvão!”, o narrador es­portivo Galvão Bueno lista os quatro melhores pilotos da his­tória da Fór­mula 1: Ayrton Senna, Alain Prost, Michael Schu­macher e Nelson Piquet. A quinta vaga de melhor piloto seria disputada por Emerson Fittipaldi, Jackie Ste­wart, Niki Lauda, Nigel Mansell e Fernando Alonso.

Erros de revisão e informação em livro de Galvão Bueno

O livro de Galvão Bueno tem alguns erros de revisão e de informação. “Taxado [ta­cha­do] de maluco”. Escreve: “No final daquele ano”, mas não diz qual. Há outros problemas. “Toquei a campanhia, abriu a em­pregada, Isabel, uma portuguesa de Cabo Ver­de.” Cabo Verde, ter­ra da cantora Cesária Évora, é um país, não é mais colônia de Por­­tugal. Pode ser que se trate de uma portuguesa que teria morado, antes de trabalhar para Ayrton Senna, no país africano.

Jornalistas lançam ótimo livro sobre restaurantes e lanchonetes do Centro de Goiânia

imprensa0001As jornalistas Sonea Stivel e Darmélia Barbosa tiveram uma excelente ideia e a colocaram em livro: “Maiores de 21 — História da Gastronomia no Centro de Goiânia”. Elas listam e contam a história dos restaurantes do bairro que sobrevivem há mais de 21 anos, provando que o Centro continua vivo e muito ativo. O Centro é meu bairro preferido, o que mais contempla a diversidade social-comportamental da cidade. O livro resgata a história da ótima Lanchonete Esfiha Quente (sou habitué), do Restaurante Popular (vou sempre lá) e do Restaurante Bologna. Falta alguma coisa. Sempre falta em todos os livros. O poeta Carlos Willian Leite certamente dirá que é um pecado, quase venial, as jornalistas não terem incluído a pizzaria do chinês da Rua 7. “Trata-se da melhor pizza da cidade”, costuma dizer o bardo de Iporá. Não é bem assim. Mas a pizza é mesmo boa e, claro, há a história, sua longevidade (fica-se com a impressão de que se está numa cidade europeia ou em Buenos Aires). Passo por lá de vez em quando e como um brotinho (estou falando de pizza). O Restaurante Popular é ótimo, com clientela diversificada, inclusive estrangeiros. Um dos garçons, João da Cruz, fala inglês fluentemente; recebeu algumas dicas de uma professora (pelo menos foi o que me disse), mas acabou aprendendo sozinho. A história é devidamente contada, e muito bem, pelas jornalistas. A Esfiha Quente é o ponto de parada tanto meu quanto dos vates Valdivino Braz (a gente se encontra lá, de passagem para os sebos) e Carlos Willian e do cronista Eberth Vencio. A esfiha é mesmo de primeira — assim como os sucos e vitaminas. Às vezes, quando vou ao sebos do Juari, o Didática, e do Lúcio, o Opção Cultural, almoço uma ou duas esfihas e tomo um creme de banana com aveia ou de morango sem açúcar. Os funcionários, velhos de casa, conhecem parte dos clientes e são muito receptivos para atender. Um deles, Wesley Nunes da Conceição (há 19 anos no batente), já esteve no Faustão (no "Se vira nos 30), da TV Globo. Porque se trata da pessoa que corta laranjas, para suco, mais rápida do Brasil. É impressionante sua rapidez. Ele está trabalhando para figurar no Guiness, o Livro dos Recordes. O Bologna, todos sabem, é um restaurante italiano pioneiro. A comida continua muito boa. O livro "Maiores de 21", além de bem escrito e pesquisado, é bonito.

Doracino Naves e Clara Dawn publicam a excelente revista Raízes

imprensa0002A revista Raízes, com formato parecido ao da “Piauí”, consegue ser, ao mesmo tempo, belíssima graficamente e é dotada de excelente conteúdo editorial-cultural. Numa ótima entrevista, o professor Altair Sales diz que “o cerrado acabou”. O poeta Luiz de Aquino escreve sobre José J. Veiga. Celso Moraes F. é autor do texto “As sociedades secretas continuam secretas depois do Google?” Jonathans Medeiros diz que “a Marvel está definindo a cultura do século 21”. Os editores da revista são Doracino Naves, Clara Dawn, Wanderley da Silveira, Jonathans Medeiros e Celso Moraes F. Um timaço. Vida longa para a “Raízes”. Longuíssima.

Ministério Público Federal investiga ex-presidente Lula como suposto “lobista em chefe do Brasil”

O petista-chefe pode ter cometido crime, segundo o MPF, de tráfico de influência

Ex-soldado do Exército dos Estados Unidos lidera grupo de matadores no Brasil. Foi preso

Ex-soldado do exército norte-americano é preso em Viamão Divulgação/Brigada Militar O jornal “Zero Hora” publicou reportagem, “Ex-soldado do Exército norte-americano é preso em Viamão”, assinada por Eduardo Torres, na quinta-feira, 30. A Polícia Militar do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina prendeu quatro pessoas e apreendeu dois adolescentes, “todos catarinenses”, no distrito de Águas Claras, em Viamão. Um dos presos é David Beckhauser Santos Herold [foto acima], conhecido como o Americano. David Herold foi soldado do Exército dos Estados Unidos e, como é qualificado militarmente, é apontado como “um dos principais ‘especialistas’ do Primeiro Grupo Catarinense (PGC), facção criminosa que comanda crimes a partir das cadeias de Florianópolis, em Santa Catarina. Em outubro do ano passado, Americano foi denunciado por uma das execuções ordenadas pelo grupo”, relata o “Zero Hora”. A Brigada Militar contou que o grupo estava “criando um ponto de distribuição de drogas”. A polícia apreendeu “1,5 quilo de maconha e 10 comprimidos de ecstasy”. A facção criminosa PGC mata pessoas sob mando de traficantes de drogas em Santa Catarina e com ramificação no Rio Grande do Sul. [Foto divulgada pela Polícia Militar]

Repórter especial de um jornal paulista busca informações sobre Ronaldo Caiado

Um repórter especial de um jornal de São Paulo — mas baseado na sucursal do Rio de Janeiro — passou três dias em Goiânia em busca de informações sobre o senador Ronaldo Caiado. O jornalista, segundo uma fonte que conversou com ele, estava em busca de informações sobre uma suposta denúncia de que o presidente do DEM manteria funcionários num escritório particular de Goiânia, no Setor Marista, mas recebendo pelo Senado. Não se sabe o que o repórter encontrou e o que vai publicar. Aos entrevistados, falava em “desvio de função”. O repórter disse que, embora seu foco fosse outro, tentou falar com o ex-senador Demóstenes Torres, mas não conseguiu.

Assaltantes batem em carro e “matam” psicóloga-professora da PUC e da Alfa

Aos 32 anos, Juliana Soares Dias era uma profissional dedicada, uma formadora de cidadãos

O Popular faz nova reforma ortográfica e cria o neologismo “repostas”. Numa manchete

[caption id="attachment_34222" align="alignright" width="620"]pop 30 Erro em título de reportagem sobre morte de jovem negro nos EUA | Foto: Reprodução[/caption] Mais uma nota da série “Socorro! Os editorem sumiram”: o jornalista Iuri Rincón Godinho, publisher da Contato Comunicação e ombudsman bissexto, registra que um editor de “O Popular” antecipou-se aos gramáticos e aos governos do Brasil, de Portugal, de Moçambique, de Angola e de Cabo Verde e fez uma nova reforma ortográfica sui-generis: “Baltimore à espera de repostas”. Segundo Iúri Rincón e 100% dos gramáticos e dicionaristas, fora da redação do “Pop”, a palavra “respostas” continua merecendo mais um “s”.

Rogério Durst, morto aos 54 anos, era um grande crítico de cinema

O crítico de cinema Rogério Durst morreu na quarta-feira, 29, aos 54 anos, vítima de ataque cardíaco. Ele estava internado no Hospital Beneficência Portuguesa, no Rio de Janeiro. O jornalista sofria de pancreatite, diabetes e estava se tratando de um tumor no rim. Durst começou como crítico de cinema no ex-célebre “Caderno B”, do “Jornal do Brasil”, entre 1988 e 1991. Era, entre tantos críticos, um dos melhores, um dos mais perceptivos. Em 1991, contratado por “O Globo”, colaborou na criação do caderno “InformáticaEtc”. A editora era Cora Rónai, filha do crítico, escritor e tradutor Paulo Rónai. Cora Rónai diz que Durst era bem-humorado. “Era uma época [1991] em que as pessoas não conheciam bem tecnologia, e tínhamos que aproximá-las desse universo. Rogério conseguia escrever com clareza e humor até sobre placa-mãe”, afirma a jornalista. Mas sua vocação mesmo era a crítica de cinema. Era bem informado e procurava não repetir as críticas publicadas em jornais estrangeiros e nacionais. Buscava sempre acrescentar algum detalhe, alguma informação nova sobre o filme comentado. Se dizia que o filme era bom, o cinéfilo podia confiar. Durst escreveu também na “Veja Rio”. Ultimamente, não estava em nenhuma redação — trabalhava como free-lancer. O jornalista escreveu três livros, “Madame Satã: Com o Diabo no Corpo”, de 1985; “Anjo Caído”, de 1996, e “Geração Paissandu”, de 1996. Ele era casado com Ana Beatriz e tinha uma enteada, Ana Marcela. [Foto do arquivo da família]

Biografia de Ary Valadão revela como articulou a queda de Mauro Borges e conta que tem 97 anos

O livro, de autoria do pesquisador Ubirajara Galli, sai no próximo mês

“Demissão” de Arnaldo Jabor nada tem a ver com o governo de Dilma-PT, e sim com contenção de custos

Recebo todos os dias dezenas de e-mails “garantindo” que, ao contrário do que publiquei, o colunista Arnaldo Jabor foi “demitido” do jornal “O Estado de São Paulo”, o “Estadão”, “a pedido do Palácio do Planalto”, “a pedido da presidente Dilma Rousseff” ou “devido às pressões do PT”. Nada disso é verdade. O “Estadão” demitiu Arnaldo Jabor, seu mais celebrado colunista e rei de audiência — lido por antipetistas e, também, por petistas, dada sua habilidade com as palavras; é o típico autor de textos excelentes para debates e polêmicas —, não por que tenha sido pressionado pelo governo da presidente Dilma Rousseff ou pelo PT de Rui Falcão e Lula da Silva. “O Estado de S. Paulo” demitiu — ou não renovou o contrato (não havia carteira assinada) — Arnaldo Jabor porque está numa fase de contenção de despesas e decidiu reduzir o salário dos colunistas. Há uma nova política salarial no jornal. Só isso. O ganho mensal de Arnaldo Jabor estava acima, bem acima, do novo cenário financeiro do “Estadão”. O único responsável pela “demissão” é o jornal. O próximo problema deve ser Dora Kramer, a colunista política.